Buscar

Resolução de caso de bioética

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Exercíci� d� Bioétic�
Resoluçã� d� cas�
1. Você deve apresentar um caso real de Bioética ou um caso criado por você mesmo. Este
caso deve ter um dilema ou trilema de bioética. Dilemas ou trilemas bioéticos são situações
em que há uma decisão a ser tomada diante de duas possibilidades de decisão (dilema) ou
três possibilidades de decisão (trilema). Por exemplo, paciente testemunha de Jeová que
precisa fazer transfusão, em situação de risco de vida. O médico deve ou não deve fazer a
transfusão contra a vontade do paciente. Há um dilema aqui porque há duas alternativas.
No caso apresentado por vocês devem dar o máximo de detalhes possíveis para a solução
do caso.
2. Depois de apresentado o caso e o dilema ou trilema correspondente, vocês deve dar a
sua solução para o caso e justificar a sua decisão com base nos princípios da Bioética
principialista e/ou com base nos demais parâmetros bioéticos discutidos no artigo crítico à
bioética principialista.
Caso: “A paciente Pauline Randall, de 65 anos de idade, casada e com três filhos adultos,
tem Esclerose Amiotrófica Lateral desde muitos anos. A sua condição neurológica vem se
deteriorando e ela não tem mais controle voluntário de qualquer músculo, exceto das
pálpebras. Ela estava internada em uma clínica de uma pequena cidade do meio oeste dos
Estados Unidos e respirando por meio de respirador. Ela se comunicava por meio de um
dispositivo eletrônico que interpretava os movimentos palpebrais e os transformava em
palavras ou pequenas frases.
A paciente tinha plena compreensão de que a sua condição de saúde era progressiva,
intratável e que causaria inevitavelmente a sua morte. Ela se manteve participante em todo
o processo de tomada de decisões sobre as medidas terapêuticas que seriam tomadas. Ela
havia solicitado que gostaria de participar tanto quanto possível.
O Dr. Samuels, seu médico, com base na deterioração do seu estado nutricional, indicou a
colocação de uma sonda nasogástrica. A paciente imediatamente piscou a mensagem "Não
mais!". O médico lhe perguntou se ela sabia que ao tomar tal decisão iria morrer lentamente
de fome, caso não autorizasse a colocação da sonda. Ela respondeu "Sim, nada mais!"
Esta decisão da paciente dividiu as opiniões da família, que estava sempre presente e lhe
dava suporte afetivo. O marido e um dos filhos achavam que ela tinha o direito de ter a sua
decisão respeitada, enquanto os outros dois filhos propunham que a sua vida deveria ser
mantida. A equipe de enfermagem tinha um posicionamento unânime em aceitar a decisão
da paciente, pois achava que ela não deveria ter o seu sofrimento prolongado.
A paciente era considerada, até então, como legalmente capaz.”
Minha solução: O dilema desse caso está entre permitir que a paciente tome sua própria
decisão (a decisão por não tratamento) e a possibilidade de administrar a sonda de acordo
com a vontade de dois de seus filhos. Ao meu ver, o princípio da bioética a ser respeitado é
o da autonomia. A paciente tem consciência de sua situação e entende o que a falta da
sonda nasogástrica irá causar a si mesma. Tanto a paciente quanto os médicos e
enfermeiros sabem de suas condições de saúde, que não há perspectiva de melhora. O
médico não estaria, nesse caso, desrespeitando o princípio da beneficência, uma vez que
somente estaria respeitando o desejo de sua paciente. Da mesma forma, se resolvesse
administrar a sonda sem a vontade da paciente, o médico estaria ferindo, além do princípio
da autonomia, o da não-maleficência, sendo que o procedimento feito sem autorização
poderia ser considerado como uma agressão a paciente.
Referência: CRIEGGER, BJ. Caso Limite Terapêutico e Respeito à Pessoa. Disponível
em: https://www.ufrgs.br/bioetica/gertub.htm. Acesso em: 21 ago. 2020.

Continue navegando