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[Pneumologia] - Cancer de Pulmão - Resumo Helano

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1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
1 
Pneumologia 
Câncer de Pulmão 
1. Introdução 
▪ No Brasil, é a primeira causa de morte por câncer em homens e a 2ª 
causa em mulheres. 
▪ Geralmente, mais localizados nos lobos anteriores do pulmão. 
(Enquanto a TB se localiza nos lobos posteriores) 
2. Classificação 
▪ Epidermoide – Carcinoma de células escamosas (2/3 dos casos). 
Opacidade em massa, heterogênea, são centrais e mais localizados 
no lobo anterior/superior do pulmão (diferenciando-se da TB, que se 
localiza mais frequentemente na região posterior). 
▪ Adenocarcinoma – Massa regular espiculada. Geralmente, localizado 
em região periférica. 
▪ Carcinoma Bronquioloalveolar – Subtipo de adenocarcinoma. 
Apresenta múltiplas opacidades, acometendo diversos ácinos, 
podendo mesmo simular uma pneumonia (por exemplo, apenas pelo 
RX, sem a história do paciente, pode-se facilmente confundir com um 
quadro de pneumonia). 
▪ Carcinoma de Grandes Células – Correspondem a 10% dos casos. 
Caracteriza-se por massas de grande tamanho, localizadas na 
periferia. 
▪ Carcinoma de Pequenas Células (Oat Cell) – São mais centrais, 
localizando-se comumente em região perihilar, acometendo mais 
vasos. Muitos casos se relacionam com a síndrome da veia cava 
superior. 
3. Manifestações Clinicas 
▪ Tosse (75%); 
▪ Perda de peso (60%); 
▪ Dispneia (50%); 
▪ Hemoptise (35%); 
▪ Dor torácica (30%); 
▪ Sibilos localizados (5%). 
▪ As manifestações clinicas são secundaria ao crescimento do tumor 
primário, ao comprometimento loco regional, à disseminação à 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
2 
distância e às síndromes paraneoplásicas. Vejamos algumas delas 
abaixo: 
▪ Derrame Pleural (disseminação locorregional) – Metástase na pleura, 
o que cursa com derrame pleural. Exsudato seroso hemorrágico de 
médio/grande volume. 
▪ Tumor de ápices pulmonares (Tumor de Pancost) – Disseminação 
locorregional. Agressivo, podendo causar lesão do plexo braquial e 
do nervo simpático, ruptura escapular, dano as costelas adjacentes e 
síndrome de Horner (ptose, miose, anidrose). 
▪ Síndrome da Veia Cava Superior – Disseminação locorregional. 
Causada pelo carcinoma de pequenas células, que, por compressão 
da veia cava, altera o retorno venoso. Paciente com turgência jugular, 
edema facial proeminente, presença de circulação colateral 
evidente. 
▪ Metástase à distância – SNC, OSSOS, FIGADO, ADRENAIS (SOFA) 
▪ Síndromes Para Neoplásica – Ocorrem concomitantemente ao tumor 
e devem ser investigadas e tratadas. Vejamos algumas delas: 
▪ Hipercalcemia: Tumor produzindo PTH, sendo mais comum no 
carcinoma Epidermoide. O PTH sérico se encontra normal (desse 
modo, é possível reforçar fortemente a HD de tumor e não de uma 
patologia endócrina, por exemplo). 
▪ SIADH: Síndrome inapropriada do ADH. Produção tumoral de ADH, 
causando retenção hídrica e hiponatremia. Mais comum nos tumores 
de pequenas células. 
▪ Síndrome de Cushing: Aumento tumoral de ACTH. Diferentemente 
do aumento de ACTH por síndrome endócrina, no caso tumoral, não 
há resposta à dexametasona. Mais comum nos tumores de pequenas 
células. 
▪ Osteoartropatia Hipertrófica: Baqueteamento digital por aumento 
dos tecidos moles nas extremidades. Mais comum no 
adenocarcinoma. 
▪ Síndrome Miastenica de Eaton Lambert: Anticorpos contra canais de 
cálcio. Mais comum em tumores de pequenas células. 
4. Diagnóstico 
▪ Screening de CA Pulmonar – TC tórax no paciente com carga 
tabágica superior a 30 maços/ano, que se encontrem fumando ou 
que pararam há menos de 15 anos e que apresentem idade entre 
55 e 80 anos. Além disso, é importante que apresentem condições 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
3 
clinicas para tratamento. Nesse screening, utiliza TC de baixa 
dosagem. 
▪ Confirmação Histopatológica – Realizada após screening com o 
objetivo de confirmar a HD. 
▪ Broncofibroscopia com Biopsia Transbrônquica – Mais utilizada para 
tumores centrais. Sensibilidade mais elevada para tumores > 2cm. 
▪ Biopsia Transtorácica Guiada por TC – Mais utilizada para tumores 
periféricos. Todavia, apresenta risco de acarretar pneumotórax. 
▪ Mediastinoscopia – Mais utilizada para estadiamento. Verificar se o 
aumento do linfonodo é uma metástase. 
▪ Biopsia Pleural + Citologia do Liquido – Em casos de derrame pleural 
associado. 
5. Sistema TNM – Pós Diagnóstico 
▪ Determinado pela extensão do tumor (T), pela presença de 
metástases para linfonodos intrapulmonares, hilares ou mediastinais 
(N) e pela presença de metástases extra torácicas (M). 
▪ Tumor T1 – Menor do que 3,0 cm. Melhor prognostico, sendo 
geralmente operável. 
▪ Tumor T2 – Maior do que 3cm e menor do que 5cm. Envolve 
brônquio principal sem envolver a carina. Acarreta atelectasia de 
parede pulmonar. 
▪ Tumor T3 – De 5 a 7 cm ou de qualquer tamanho sendo associado a 
nódulo maligno no mesmo lobo. É capaz de promover invasão da 
parede, do nervo frênico, do pericárdio parietal ou mesmo 
pneumonite obstrutiva de todo o pulmão. A maioria desses tumores 
é não operável. 
▪ Tumor T4 – Maior do que 7 cm. Presença de nódulo em outro lobo 
no mesmo pulmão, invasão da carina, do diafragma, do mediastino, 
dos grandes vasos, do coração, do corpo vertebral e/ou do esôfago. 
É inoperável. 
▪ Tumor N0 – Menor do que 3cm e sem comprometimento de nenhum 
linfonodo. Melhor prognostico cirúrgico. 
▪ Tumor N1 – Presença de linfonodos perihilares somente do mesmo 
lado. Prognostico razoável (operável) quando se mantem do mesmo 
lado. 
▪ Tumor N2 – Linfonodos podem estar dois lados e/ou no mediastino, 
por exemplo. 
 
 
 
4 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
4 
▪ Tumor N3 – Linfonodos dos dois lados, no mediastino e em outras 
regiões (supraclavicular, por exemplo). 
▪ M1a – Nódulos metastásicos contralaterais; derrame pleural ou 
pericárdico. 
▪ M1b – Metástase extratorácica (SOFA). 
 
 
 
 
6. Diagnóstico 
 
7. Tratamento 
▪ Estagio I – Lobectomia ou pneumectomia + ressecção linfonodal. 
▪ Estagio II – Lobectomia ou pneumectomia + ressecção linfonodal + 
quimioterapia adjuvante. 
 
 
 
5 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
5 
▪ T3N0M0 – Sem metástase e sem linfonodos com invasão de parede 
torácica: quimio neo adjuvante (pré operatória) + ressecção em bloco 
da lesão. 
▪ Estagio III – Em geral, usa-se a quimioterapia. 
▪ T3N1MO – Cirurgia + quimio adjuvante 
▪ T4N0-1MO – Quimio neo adjuvante + cirugia. (Extremamente raro) 
▪ Estagio IV – Quimioterapia. Radio como tratamento paliativo. 
▪ Estágio IV Não Escamoso – Procurar mutações EGFR ou EML4-ALK. 
Se positivas, respondem a imunoterapia. 
▪ Carcinoma de Pequenas Células – Respondem bem a quimioterapia. 
Em casos de doença limitada (tumor confinado a um hemitórax e aos 
linfonodos mediastinais ou supraclaviculares do mesmo lado) fazer 
quimio + radioterapia. 
▪ Metástases de outros órgãos para o pulmão – MAMA, RINS, 
OVARIO, TESTICULO, COLO, TIREOIDE. (MARIOTECOT) 
▪ Acompanhamento Cirúrgico – Mensal nos 3 primeiros meses; 
trimestral nos 2 primeiros anos; semestral do ano 2 ao ano 5; 
anualmente após 5 anos.

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