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Técnicas de análise e interpretação de dados qualitativos

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Análise e interpretação de dados qualitativos 
CESMAC-P4 MATÉRIA MARIA LUIZA PEIXOTO 
INTRODUÇÃO 
 Análise de dados em pesquisa qualitativa 
- Consiste na fase de reflexão crítica do traba-
lho investigativo (seja ela qualitativo ou quan-
titativo); cuja finalidade é organizar, fornecer 
estruturas e extrair significados dos dados da 
pesquisa. 
 
 Em pesquisa qualitativa, a proposta é trans-
formar tudo aquilo que foi transcrito ou gra-
vado (dados empíricos) em interpretações 
que se sustentem teoricamente. 
 
 Desafios dos pesquisador 
 Não existem regras sistemáticas para aná-
lise e apresentação dos dados qualitativos 
 Enorme quantidade de trabalho requerido 
para organizar e dar sentido ao material 
narrativo 
 Reduzir as informações para fins do relato 
sem perder a essência e a riqueza dos origi-
nais 
 
 
 Incertezas do observador 
 Se as categorias extraídas correspondem 
ao referencial escolhido 
 Se as categorias extraídas englobam os dis-
cursos apreendidos 
 
 
 Se foi possível chegar à construção de um 
novo conhecimento 
 
 Obstáculos do pesquisador 
 Ilusão da transparência 
- Os dados coletados não revelam o real 
com transparência. 
 
 Magia dos métodos e técnicas 
- A análise exige uma fidedignidade para 
compreensão do material que reflete as re-
lações sociais dinâmicas e vivas. 
 
 Junção e síntese das teorias 
- Dificuldade de se juntarem teorias e con-
ceitos muito abstratos com os dados reco-
lhidos no campo. 
 
ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS 
 Análise de conteúdo 
- Técnica de tratamento de dados coletados 
que visa à interpretação de material de caráter 
qualitativo e assegura uma descrição objetiva, 
sistemática e com a riqueza manifestada no 
momento da coleta dos mesmos. 
 
 Faz apenas a análise lexical, de expressão, de 
relações, de enunciado e da temática (apenas 
o que está no texto). 
 É composta por três etapas cronológicas de 
Bardin. 
 
 
CESMAC-P4 MATÉRIA MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
 
 Pré-análise 
- É a fase da organização propriamente dita 
onde organiza-se o material a ser analisado 
com o objetivo de torna-lo operacional e 
sistematizar as ideias iniciais. 
 
 Nessa etapa, utiliza-se da estratégia de “A-
nálise Flutuante” que consiste em estabe-
lecer contato com os documentos a anali-
sar, deixando-se invadir por impressões e 
orientações; a partir dela, podem surgir as 
primeiras hipóteses ou questões norteado-
ras. 
 
 Regras para organização do material a 
ser analisado 
 Da exaustividade: deve-se esgotar 
a totalidade da comunicação, do a-
cervo, da coleção 
 Da representatividade: a amostra 
deve representar o universo 
 Da homogeneidade”: os dados de-
vem referir-se ao mesmo tema, se-
rem obtidos por técnicas iguais e 
selecionados por indivíduos seme-
lhantes 
 Da pertinência: os documentos pre-
cisam adaptar-se ao conteúdo e ob-
jetivo previstos 
 
 Exploração do material 
- É a etapa mais longa, que há a efetivação 
das decisões tomadas na pré-análise, sen-
do o momento em que os dados brutos são 
transformados de forma organizada e a-
gregados em unidades, as quais permitem 
uma descrição das características pertinen-
tes do conteúdo. 
 
 Há a transformação de dados brutos dos 
textos por recortes, agregação ou enume-
ração, até que sua codificação atinja a re-
presentação do conteúdo ou sua expres-
são. 
 Utiliza-se de palavras, temas, contextos, 
relações e personagens como elementos 
norteadores para organização dessas uni-
dades. 
 
 Análise e tratamento do material 
- Inclui a condensação e o destaque das in-
formações para análise, culminando nas in-
terpretações inferenciais, a compreensão 
dos dados coletados, a confirmação ou não 
dos pressupostos (hipóteses), a obtenção 
de respostas às questões formuladas e am-
pliar o conhecimento sobre o assunto pes-
quisado. 
 
 
 
 
CESMAC-P4 MATÉRIA MARIA LUIZA PEIXOTO 
 Análise de discurso 
- Privilegia a materialidade linguística através 
de condições empíricas; enfatiza a compreen-
são dos sentidos manifestados pelo discurso. 
 
 Acredita que não existe discurso sem sujeito, 
não existe também sujeito descontextualiza-
do, portanto, não existe discurso sem ideolo-
gias. 
 Acredita também que o sentido de uma pala-
vra não existe em si mesmo, pois expressa i-
deologias existentes no contexto sócio-histó-
rico em que a palavra ou expressão foi produ-
zida. 
 
 Etapas 
 Estudar as palavras do texto: estudar 
quais são os seus termos constituintes, 
adjetivos, substantivos, verbos e advér-
bios, até que se compreenda a constru-
ção das frases 
 Dividir frases em proposições: isso exi-
ge operações linguísticas para restabe-
lecimento de ordem e reagrupamento 
de termos; o pesquisador deve, em ter-
mos práticos, refazer o discurso, para 
que as proposições possam ir sendo re-
duzidas a unidades mínimas 
 Elaborar análise: considera-se a produ-
ção social do texto como geradora de 
seu sentido 
 
Observação (Análise e tratamento dos dados): Há 
ainda análise documental, hermenêutica-dialética 
e clínico-qualitativa.

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