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Resumo Temático - 1

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Universidade Federal do Espírito Santo – UFES 2020/2 EARTE
Curso: Direito / Disciplina: Obrigações II
Prof. Lucas Abreu Barroso
Alunos: 1. Amanda Bortolini Kill
 2. Amine Cozac Gonçalves
 3. Emmanoely Angelis Pires Barbosa
 4. Isabel Caetano Valotto
 5. Laila Cavassani Silva
 6. Manoely Nunes de Almeida
 7. Renê Francisco Ferreira dos Santos
 8. Savanna Hemily Garcia dos Santos Zuqui
 
Atividade: Resumo temático nº. I
A evolução histórica dos contratos é dividida em fases. No primeiro momento, no Direito Romano, as obrigações contratuais estavam reduzidas a um pequeno número de instrumentos. O sistema econômico da época não exigia uma grande complexidade. As funções e papel do contrato somente foram alcançar uma dimensão maior com a intensificação do comércio. 
Na era Clássica, o que tinha maior importância era a forma em que o contrato seria celebrado, isso porque era fortemente influenciado pela cultura da época. O que gerava a obrigação era a observância das formalidades: se seguia o rito costumeiro, se a coisa foi entregue. 
Seguindo, no direito pós-clássico, há a consolidação do contrato como a soma dos elementos: acordo de vontade e elemento objetivo que faz surgir a obrigação. Os pactos adjetos, pretorianos e legítimos passaram a gerar obrigações. Também é nesse período que há o surgimento dos Contratos Inominados. 
Avançando na história, chega-se à época justinianéia. Os juristas bizantinos se afastaram do formalismo dos períodos anteriores e passaram a valorizar o conteúdo e a intenção das partes no contrato. A obrigação, então, nasce do acordo de vontade. Este torna-se o elemento juridicamente relevante da obrigação. Assim, o contrato de firma como conceito jurídico. 
Já na Idade Média, o direito consuetudinário influenciava diretamente nos efeitos gerados pelos contratos, variando, assim, de acordo com o grupo ou comunidade a qual pertencesse o contratante. A liberdade contratual era limitada. Em comparação com o Direito Romano, houve um retrocesso. 
Com a instauração do Estado Absolutista, na Baixa Idade Média, inaugurou-se a economia de mercado. O que tornou necessária uma reformulação do sistema jurídico, que voltou a ser como no direito justiniano. 
Com a criação do Código Civil Francês, 1804, houve a regularização normativa dos direitos dos contratos. A mudança foi fruto das aspirações liberais da burguesia que ascendeu ao poder com a Revolução Francesa. O contrato, dessa forma, refletia o pensamento político da classe dominante, podendo assim, encontrar premissas como a liberdade de contratar, a igualdade entre as partes e a obrigatoriedade dos contratos. Premissas estas que podem ser classificadas como princípios formadores de toda uma teoria contratual baseada no ideal liberal, no plano econômico, e no voluntarismo, no campo jurídico. 
Dessa influência do Estado liberal nos contratos, na busca do apogeu da autonomia da vontade e na vontade de superação do modelo feudal, eram desconsideradas as desigualdades materiais entre os contratantes, o que teve como produto contratos com disparidades de interesses e substancialmente injustos. 
Após a Segunda Revolução Industrial, com a intensificação das forças produtivas com as trocas constantes, o contrato se torna elemento essencial para o meio econômico. 
Apresentada a evolução histórica dos contratos, é indispensável citar as crises. Sendo elas: a crise da massificação, da pós-modernidade e da confiança. A primeira, está ligada ao surgimento dos contratos de massa, como o de adesão, por consequência da industrialização. Na segunda, o contrato passou de um instrumento normativo geral e único, para um regime jurídico plural, a fim de garantir a autonomia da vontade do contratante mais fraco, ao mesmo tempo em que também está voltado para a proteção dos novos bens desmaterializados. A terceira, crise da confiança, que tem o problema da confiança como reflexo da fase aprofundada da pós-modernidade nas relações contratuais. Cabendo ao Direito Civil, reconstruir suas teorias e reforçar seus valores éticos e sociais, tendo em vista o enfrentamento aos desafios da sociedade contemporânea.

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