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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL LABORATÓRIO DE FÍSICA I DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I DOCENTE: TÍTULO DO EXPERIMENTO: COLISÕES DATA: 18/10/2019 DISCENTES: Natal/RN 2019 OBJETIVOS: • Estudar a conservação de momento linear nas colisões elásticas e inelásticas; • Estudar a conservação de energia nas colisões elásticas e inelásticas. MATERIAL UTILIZADO: • Trilho de ar com compressor; • Dois carrinhos; • Batedor para choque elástico; • Prendedor para choque perfeitamente inelástico; • Módulo Interface Phywe (Basic Unit – Cobra 3); • Disparador mecânico; • Massa adicionais variadas; • Balança; • Fios diversos, cabos e o computador com programa Measure. Figura 1. Materiais utilizados no experimento: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: • Momento linear: quantidade de movimento linear em que um corpo ou partícula possui. Relaciona a inércia do corpo com sua velocidade. Sua representação matemática é o produto da massa pela velocidade. • Conservação do momento linear: em um sistema fechado (que não troca matéria com o meio externo e nem possui forças agindo sobre ele), o momento linear é constante. • Conservação da energia mecânica: a energia mecânica de um objeto, na ausência de atrito, não se altera. • Colisão elástica: encontro de dois corpos em que a energia cinética e o momento linear total do sistema se conservam. • Colisão inelástica: tipo de colisão na qual a energia cinética do sistema não é conservada. • Dissipação de energia: em um sistema dinâmico, modelos mecânicos perdem energia ao longo do tempo. INTRODUÇÃO: Nesse experimento, será demonstrado a teoria das colisões, amparadas pela teoria de conservação do momento linear e da conservação de energia. Para isso, foram realizados choques em apenas uma dimensão entre dois corpos onde o alvo encontrava-se em repouso. Dessa forma, sabendo as condições do sistema antes do choque, determina-se o que ocorre com os corpos depois do choque e, assim, a ideia é analisar os resultados dos dois tipos de colisões: o elástico e o perfeitamente inelástico. As notações adotadas para as grandezas serão: “m” para massa, “v” para velocidade, “EC” para energia cinética, “p” para o momento linear. Além disso, dependendo da situação, essas grandezas receberão índices que podem ser “2” ou “1” para diferenciar “alvo” do projétil. E, recebem um índice “i” quando for a situação inicial ou “f” e caso de final. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Inicialmente, foi realizado o experimento de colisão do tipo elástico, em que tanto o momento linear como a energia cinética do sistema se conservam, situação representada nas equações abaixo: Figura 2. Equações das conservações de momento linear e energia cinética: Dessa forma, liga-se o trilho de ar e solta-se o projétil, que atinge o alvo, e o sensor medirá as velocidades no momento inicial e no momento final. Esse procedimento será feito três vezes: na primeira vez com a massa do alvo e projétil sendo iguais; na segunda vez, acrescenta-se 100g ao projétil, deixando-o com mais massa que o alvo; e, na terceira vez, acrescenta-se 100g ao alvo e retira-se as 100g do projétil. Na segunda parte do procedimento experimental, realiza-se a colisão do tipo totalmente inelástico, colocando-se o batedor de agulha em um dos carrinhos e o batedor com cera no outro, repetindo-se as três situações citadas anteriormente no choque elástico. ANÁLISE DOS RESULTADOS: • CHOQUE ELÁSTICO: Tabela 1. Caso 1 (m1 = m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,19 1,16 0,13 0,22 Alvo (m2) 0,19 0,00 0,00 0,00 Tabela 2. Caso 1 (m1 = m2 depois da colisão): Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,00 0,00 0,00 Alvo (m2) 1,12 0,12 0,21 Tabela 3. Caso 2 ( m1 > m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,29 0,92 0,12 0,27 Alvo (m2) 0,19 0,00 0,00 0,00 Tabela 4. Caso 2 (m1>m2 depois da colisão): Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,00 0,00 0,00 Alvo (m2) 1,09 0,11 0,21 Tabela 5. Caso 3 (m1 < m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,19 1,19 0,14 0,22 Alvo (m2) 0,29 0,00 0,00 0,00 Tabela 6. Caso 3 (m1 < m2 depois da colisão) : Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,00 0,00 0,00 Alvo (m2) 0,89 0,11 0,26 • CHOQUE PERFEITAMENTE INELÁSTICO: Tabela 7. Caso 1 ( m1 = m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,19 1,17 0,13 0,22 Alvo (m2) 0,19 0,00 0,00 0,00 Tabela 8. Caso 1 ( m1 = m2 depois da colisão): Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,54 0,03 0,10 Alvo (m2) 0,54 0,03 0,10 Tabela 9. Caso 2(m1> m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,29 0,93 0,13 0,27 Alvo (m2) 0,19 0,00 0,00 0,00 Tabela 10. Caso 2(m1 > m2 depois da colisão): Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,49 0,03 0,14 Alvo (m2) 0,49 0,02 0,09 Tabela 11. Caso 3 (m1 < m2 antes da colisão): Massa (kg) Velocidade inicial (m/s) Energia cinética inicial (J) Momento linear inicial (Kgm/s) Projétil (m1) 0,19 1,63 0,25 0,31 Alvo (m2) 0,29 1,63 0,38 0,47 Tabela 12. Caso 3(m1 < m2 depois da colisão): Velocidade final (m/s) Energia cinética final (J) Momento linear final (kgm/s) Projétil (m1) 0,37 0,01 0,07 Alvo (m2) 0,37 0,02 0,11 CONCLUSÃO: Pode-se afirmar que o experimento obteve sucesso, mais uma vez graças ao aparato instrumental, diminuindo a porcentagem de erro consideravelmente. Após os resultados obtidos para as duas situações (choque elástico e perfeitamente inelástico), conclui-se que os resultados foram bem próximos e coerentes. No entanto, é necessário citar erros aleatórios inevitáveis, tais como resistência do ar ou atrito do trilho que foi amenizado com o canhão do ar. Nas colisões elásticas houve conservação de energia cinética e momento linear e, na perfeitamente inelástica, a energia mecânica não foi conservada, mas o momento linear conservou-se, evidenciando o sucesso do procedimento experimental. REFERÊNCIAS: • Fundamentos de Física 2 - 8ª ed, D. Halliday, R. Resnick and J. Walker. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora, 2009 • Física 1 - 6ª ed, P. Tipler, Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora, 2009
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