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Autoridade como poder e no serviço da sociedade, família e Igreja. Relação Entre a Ética e a Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

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ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO	2
1.1. Objectivos	2
1.1.1. Objectivo Geral:	2
1.1.2. Objectivos Específicos:	2
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	3
2.1. Generalidades	3
2.2. Autoridade como poder e/ou serviço na sociedade	5
2.3. Autoridade como poder e/ou serviço da família	6
2.4. Autoridade como poder e/ou serviço na Igreja	8
2.5. Relação entre a Ética e a Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos	8
III. CONCLUSÕES	11
IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	12
I. INTRODUÇÃO
A pesquisa sobre poder e autoridade tem sido uma apreensão apelante das ciências sociais e da filosofia política. As relações que se estabelece entre uma pessoa e sociedade em termos de preponderância e submissão estimulou dissertações e investigações entre os mais conhecidos cismáticos das ciências sociais desde seu nasce douro no século XIX até boa parte do século XX (Pinheiro, 2010).
Todavia, contiver a autoridade e/ou serviço como poder interpessoal e seu exercício é fundamental para a melhor compreensão na sociedade, na família e na igreja (Diniz & Limongi-França, 2005). A sociedade, num contexto geral, necessita de disciplina, e para que haja esta disciplina é preciso que tenha alguém que exercite o poder de mandar, e o sujeito que aceita ser mandado (Costa, s/d).
No contexto ético, agir eticamente significa agir em concordância com determinados valores e padrões de conduta da sociedade a que se pertence. Contudo, o que se verifica é que diversas sociedades divulgam regras, ou até mesmo códigos de ética mas, na realidade, não os cumprem (Nunes, 2017).
Neste contexto, o presente trabalho tem o intuito de abordar sobre as concepções de Autoridade como Poder e/ou no Serviço da Sociedade, Família e Igreja, assim como, relacionar a Ética e a Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral:
· Analisar as concepções de Autoridade como Poder e/ou no Serviço da Sociedade, Família e Igreja; 
1.1.2. Objectivos Específicos:
· Caracterizar as concepções de Autoridade como Poder e/ou no Serviço da Sociedade, Família e Igreja; 
· Relacionar a Ética e a Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos;
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Generalidades
Muitos trabalhos, auxiliaram de incitações hipotéticos às obras historiográficas, e dentre elas, àquelas voltadas à percepção da época marcada pela elevação da Igreja, bem como pela falta de um estado burocrático e capitalista. Na qual destacam-se principalmente, as meditações de Max Weber e Hannah Arendt, que aprovisionaram uma magnificência conceitual tradicionalmente demarcado para a apreensão de tal problemática desde a Antiqualha até a época pós-guerra (Pinheiro, 2010).
De acordo Max Weber na obra clássica Economia e sociedade, citado por Pinheiro (2010), ostentou sua teoria da preponderância e definiu o que é autoridade a partir de três formas de expressão, sendo as seguintes: carismática, tradicional e legal. Ainda Max Weber, definiu o poder como a possibilidade de obrigação da determinação a outrem, enquanto autoridade sendo a possibilidade de deparar submissão.
Hannah Arendt, ainda citado por Pinheiro (2010), vira a óptica optimista de Weber e enfatiza a insolvência da racionalidade do Estado burocrático legal face à emergência de regimes totalitários, situando sua pesquisa sobre as noções de autoridade e poder, em correlação com a liberdade.
Pinheiro (2010), reafirma que a Hannah Arendt trata a autoridade em relação à obediência, como o fizera Weber, realçando assim a própria hierarquia como elo comum entre aqueles que mandam e os que obedecem, e a exclui da esfera dos meios externos de coerção. A mesma tem defendendo que, se a autoridade não é poder e violência, também não é persuasão, que pressupõe igualdade e argumentos. Da mesma forma, ela não foi tirania, totalitarismo ou ditadura. 
Faria & Imasato (2007), afirmam que autoridade é de fundamental importância para a sociedade porque pode garantir a sociedade o direito de exercer poder sobre ela, pessoas, instituições e organizações. Esta característica se aplica a diferentes tipos de sociedades. Ainda de acordo com Singhvi (1969), citado pelos autores acima citados, o uso do poder sem autoridade é associado a termos problemáticos, tais como tirania, autoritarismo ou abuso.
 De modo geral, o poder é um tema de estudos e debate de várias áreas do conhecimento, que apresentaram definições com perspectivas e abordagens diferentes durante a “evolução” da conceituação (Ferreira et. all, s/d).
Segundo Diniz & Limongi-França (2005), o termo poder alcança bastantes significados, mas a definição mais aceite pode ser de Hampton (1992), sendo definido como a capacidade de exercer influência. Robbins (1999), citado pelos mesmos autores, Poder refere-se à uma capacidade que A tem de influenciar o comportamento de B, de modo que B haja de acordo com os desejos de A.
Ferreira et. all (s/d), cita as palavras de Richard A. Schermerhon, que relata aquilo que percebe essência de uma conexão de poder, este escritor parte do pensamento de simetria na correspondência entre duas pessoas, onde cada parte se coloca no mesmo plano que a outra. Entre os aspectos de assimetria que formam bases de poder, o autor destaca a atracção e a pressão ou incentivo.
Segundo Correa (1977), citado por Ferreira et. all (s/d), expõe distintas perspectivas das abordagens feitas nas pesquisas sobre poder, entre eles a sociologia com interesse pelo poder tal como se verifica nas macroestruturas sociais. Já a psicologia vê como um fenómeno do ponto de vista indivíduo, pessoa e a administração se interessa em conhecer o comportamento humano nas sociedades e as consequências das relações de poder entre as pessoas.
Segundo Torres & Castro, (2009), citando os pensadores Aristóteles (2004) e Platão (2006), afirma que estes, ao se referirem à autoridade, ligavam-na às relações hierárquicas no âmbito privado (pais e filhos, maridos e esposas, chefes de família e escravos). A autoridade se caracterizava como algo natural, como se algumas pessoas nascessem destinadas a mandar e outras a obedecer.
Faria & Imasato (2007), apresenta a definição de Robert Dahl, que considera o poder como habilidade para conseguir que outra pessoa faça alguma coisa que, de outra forma, não seria feita. Ainda Faria & Imasato (2007), sustenta esta definição com duas disposições dos teóricos em relação à definição de Dahl; aqueles que levam a discussão a um estudo das condições do “aqui e agora”, sob as quais, uma pessoa, grupo ou organização se tornam dependentes de outra; enquanto outros levam ao exame de forças históricas que determinam o estágio da acção no qual as relações de forças actuais são estabelecidas.
Em Psicologia Social, de acordo com Aguiar (1989), citado por Diniz & Limongi-França (2005), o Poder social é tido como a habilidade potencial da pessoa de influenciar uma ou mais pessoas para agir em determinada direcção ou para mudar a direcção da acção. Nesse sentido, Poder social é a capacidade de exercer influência interpessoal.
Assim, para Diniz & Limongi-França (2005), com base nas definições acima apresentadas, pode-se dizer que o Poder esta inserido em dois grupos fundamentais:
· A capacidade de um indivíduo influenciar uma ou mais pessoas é o poder interpessoal. Poder interpessoal é a capacidade de exercer influência interpessoal.
· A capacidade de um grupo humano de influenciar uma ou mais pessoas é o poder social. Poder Social é a capacidade de uma colectividade realizar influência social.
Ainda para os autores acima citados, O poder só provieste em uma relação de dois elementos ou grupos. A relação de poder é sempre formada por uma díade (dois elementos), aquele que tem poder (o influente) e o outro sobre quem ele tem poder (o influenciável).
2.2. Autoridade como poder e/ou serviço na sociedade
Na dinâmica da vida social o poder exerce forte deslumbramento sobre as pessoas. Muitas pessoas cobiçam preencher ocupações que lhes defira poder sobre outras pessoas, mas poucas sabem exercer esse encargo com autoridade (Anónimo, s/d).
Dentro da sociedade, deter opoder não é o inclusivamente que ter autoridade. O poder é visto como a competência de impor ou compelir alguém a fazer sua vontade, por razão de sua orientação ou vigor, mesmo que a pessoa optasse em não o fazer, enquanto, a autoridade é vista como a aptidão de conduzir as pessoas a fazerem de boa firmeza o que quer, por razão de sua preponderância pessoal (Faria & Imasato, 2007; Pinheiro, 2010).
Para (Faria & Imasato, 2007), a autoridade de uma sociedade se auxilia em bases sociais de autenticidade. Ou seja, a autoridade em uma sociedade se apoia em uma base mais ampla, que pode ser vista de natureza institucional, legal ou de costumes.
Nesse sentido Pereira (s/d), aponta que, na sociedade actual a autoridade é aliada à ideia de arbitrariedade, de imposição e barbaridade, porém, debater autoridade requere o reconhecimento do seu carácter dialéctico e, portanto, oposto, semelhante cita alguns autores da teoria crítica da sociedade.
Horkheimer (2008), entende que a relação de autoridade, é obediência assente, que pode expressar tanto uma posição de arbitrariedade, se a dependência dos sujeitos a uma obstinação afasta contra-arresta as suas próprias conveniências, quanto ainda pode significar o atendimento ao interesse real e consciente de indivíduos e grupos. Dessa forma, a autoridade como elemento constitutivo das relações sociais pode fundamentar tanto a submissão cega e servil quanto a disciplina do trabalho necessária em uma sociedade em ascensão.
O pensamento de Horkheimer (2008), sustenta que, ao julgar o sujeito como um ser perfeito em si, submisso apenas da sua escolha e rectidão, desagregado das situações de presença na sociedade, e, portanto, também da natureza, o pensamento burguês admitiu a possibilidade de realização, mesmo que interior, da sua liberdade por meio da oposição à autoridade. Para ele, a autoridade está presente em todas as relações sociais e é determinante.
2.3. Autoridade como poder e/ou serviço da família
Pratta & Santos (2007), defende que família tem ultrapassado por inumeráveis mudanças nos últimos anos, sendo, portanto, susceptível de diversos tipos de combinações na actualidade. Ementes, as ocupações principais executadas pela fundação familiar no decorrer do processo de desenvolvimento psicológico de seus membros permanecem as mesmas. 
Enquanto isso, Adorno e Horkheimer (1956), citados por Pratta & Santos (2007), anteviram que a família se expõe como uma área favorecida de socialização da pessoa, a família não só depende da realidade social, em suas sucessivas concretizações históricas, mas também está socialmente mediatizada, mesmo em sua estrutura mais íntima. 
Vários pensadores afirmam que a autoridade familiar como poder tem como característica comum bem definida, em que nada é imposto, nem o parente deverá pensar que é detentor da verdade, deve apenas estar presente para reflectir em conjunto com os descendentes. Sublinha a ideia de que, para o efeito, não se trata de um carisma ou de uma questão de talento, mas sim de uma atitude (Pratta & Santos, 2007).
Em algumas famílias, a autoridade assim como o poder, são vistos como proibições. Contudo, a proibição é verbalizada, imposta, enquanto a autoridade e o poder são algo natural. Portanto, o acto de proibir está mais associado ao autoritarismo, sendo que, quanto mais sólida for a autoridade do educador, menos necessidade haverá de formular proibições, caso contrário, a criança revelar-se-á tendencialmente propensa a provocar uma autoridade imposta (Pereira, s/d).
Sudbrack (2001), diz que na aparência sistémica a família pode ser descrevida a partir da natureza das afinidades instituídas entre os seus constituintes, isto é, a forma como interagem entre si e como se encontram vinculados nos diferentes papéis e subsistemas, pois o sistema familiar é constituído por múltiplos subsistemas, como, mãe - criança, pai - criança, mãe – pai -criança, os quais instituem relações irrepetíveis, sendo que cada um destes influencia e é influenciado pelos outros subsistemas presentes.
Ainda no raciocínio de Sudbrack (2001), a família ajusta a um todo complexo e integrado, dentro do qual os membros são interdependentes e executam influências mútuas uns nos outros. Além disso, sustenta que, a família pode ser julgada, ao mesmo tempo, como um sistema dentro de um outro sistema (o sistema social), passando influências persistentes deste extremo, além de influenciá-lo também.
No que concerne às relações instituídas dentro do âmbito familiar, pode-se dizer que, a família está estruturada por relações de naturezas distintas (Romanelli, 2002), Nesse contexto, Scabini (1992) alteia que a família, integrando-se como uma estrutura complexa de ligações entre os membros que a formam, tem por objectivo organizar, produzir e dar forma a essas ligações. 
Romanelli, (2002), afirma que, de um lado, relações de poder e autoridade estruturam a família, pertencendo a marido e esposa, a pais e filhos, organizações hierárquicas aclaradas e direitos e deveres específicos, porém desiguais. Por outro lado, a família é composta por encadeamentos afectuosas geradas entre seus constituintes, com conteúdo diferenciado conforme o atilho entre eles e de acordo com o género e a idade de cada um dos seus componentes. Todavia, a organização das relações organizais é oscilante em famílias de distintas partes sociais.
Portanto a afinidade entre pais e filhos é a que ostenta o atilho mais robusto adentro do contexto familiar, ligando-se à reprodução da família em sentido mais amplo, englobando a reprodução biológica e, sobretudo, a reprodução social (Romanelli, 2002). 
2.4. Autoridade como poder e/ou serviço na Igreja
Nee (1972), diz que, Deus detém o desígnio de exteriorizar sua autoridade ao mundo através da igreja. A autoridade de Deus pode ser percebida na disposição dos distintos membros do corpo de Cristo. Deus emprega seu poder maior para manutenir sua autoridade; por isso a coisa mais difícil de enfrentar é a sua autoridade. Nós que somos tão cheios de justiça própria e ainda assim tão cegos, precisamos, uma vez em nossa vida, ter um encontro com a autoridade de Deus para sermos quebrantados até à submissão e assim começar a aprender a obedecer a essa autoridade. Antes que um homem se sujeite à autoridade delegada por Deus, é preciso que reconheça a autoridade inerente a Deus.
Deus age a partir do seu trono, e o seu trono está estabelecido sobre a sua autoridade. Todas as coisas são criadas pela autoridade de Deus e todas as leis físicas do universo são mantidas através de sua autoridade. Por isso a Bíblia diz que Deus está "sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder", o que significa que todas as coisas são mantidas pela palavra do poder de sua autoridade. Pois a autoridade divina representa o próprio Deus enquanto o seu poder se expressa apenas pelos seus actos (Krievin, 1979). 
O pecado contra o poder é mais facilmente perdoado do que o pecado contra a autoridade, porque este é um pecado contra o próprio Deus. Só Deus é autoridade em todas as coisas; toda a autoridade da terra foi instituída por Deus. A autoridade é uma coisa tremenda no universo, nada a sobrepuja. Portanto é imperativo que nós que desejamos servir a Deus conheçamos a autoridade de Deus (Krievin, 1979).
Para que a autoridade se expresse é preciso que haja submissão. Se é preciso que haja submissão, o ego precisa ficar excluído; mas de acordo com o ego, a submissão torna-se impossível. Isto só se torna possível quando alguém vive no Espírito. É a mais alta expressão da vontade de Deus (Nee, 1972).
2.5. Relação entre a Ética e a Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos
O conceito de ética tem significados diferentes. Quando se usa o termo “ética” no plural – as éticas – podemos estar a falar das “normas e níveis de comportamento que as pessoas adoptam para distinguir o que é bom ou mau, o que está certo ou errado” (Banks e Nohr, 2008, citado por Capembe, 2016).
Outras explicações do conceito de ética são-nos dadas pela adaptação que Mercier (2003) faz da obra de Wunenburger,onde estabelece uma distinção entre a ética enquanto reflexão dos fundamentos da moral, aqui ética é definida como “a ciência do comportamento, dos costumes; ética enquanto estudo teórico dos princípios que regem as escolhas práticas” e ética enquanto um conceito particular a uma determinada sociedade, sendo o “conjunto das regras de conduta partilhadas e típicas” dessa sociedade, regra que têm por base a distinção daquilo que é “bom” e o que é “mau” (Mercier, 2003).
Moçambique é um dos países da SADC que ainda possui consideráveis recursos florestais e faunísticos. Estes recursos são de especial importância para o país, pela sua dimensão ambiental, social e económica. O sector de florestas e fauna bravia, tem como estratégias para o desenvolvimento da actividade agrária a utilização sustentável dos recursos naturais e equidade social visando atingir a segurança alimentar através da produção diversificada de produtos de consumo e exportação (MINAG, 2006). 
Cerca de 40 milhões de ha em Moçambique são cobertos por floresta dos quais 26.9 milhões apresentam potencial para a produção madeireira (Marzoli, 2007). As áreas de conservação, entre parques, reservas, coutadas de caça totalizam aproximadamente 10 milhões de hectares, cerca de 12% do território nacional. Para além de madeira para indústria, as florestas fornecem materiais de construção, alimento, produtos medicinais a maioria da população e são uma importante fonte de receitas para muitas famílias, que vivem da venda de produtos florestais madeireiros e não madeireiros. Por exemplo, 30% da proteína animal consumida no campo provém da fauna bravia, um número considerável de habitações no país, tanto no campo como nas cidades, são construídas de materiais não convencionais provenientes das matas nativas e, calcula-se que, 80% da população utiliza a lenha e carvão para a produção de energia doméstica. O volume de biomassa extraído para estes fins estima-se em cerca de 18 milhões de m³ por ano (FAO, 2008). 
Aliado a exploração e utilização dos recursos florestais, tem-se notado uma crescente degradação destes como resultado de práticas antiéticas na sua utilização, criando um ciclo de pobreza uma vez que a agricultura tem sido frequentemente feita através de práticas com baixo uso de insumos, realização de queimadas descontroladas associadas com o preparo de terras para agricultura, abate insustentável de árvores para produção de carvão e exploração de madeira para obtenção de materiais de construção. A melhoria na exploração e utilização dos recursos florestais e faunísticos requer a intervenção de técnicos ligados ao sector. 
Actualmente, o sector de florestas e fauna bravia, tem aumentando a preocupação em integrar a responsabilidade social no seu contexto. Os gestores possuem crescente consciência da importância da ética no sector. Contudo, as práticas de gestão dos recursos florestais e faunísticos parecem estar alheadas desse esforço. De facto, o alinhamento estratégico dos intervenientes tem levado a gestão dos recursos florestais e faunísticos a congregar esforços em objectivos de controlo e racionalidade. 
Todavia, os profissionais de recursos florestais e faunísticos desempenham uma multiplicidade de papéis, que potenciam a ocorrência de dilemas éticos. Por outro lado deve reflectir eticamente sobre si mesma, com vista a evitar tornar-se um mero instrumento de interesses, assim é dever profissional dos gestores de recursos florestais e faunísticos promover práticas de negócio éticas e contribuir para o sucesso ético das comunidades. 
Na actualidade, existe uma maior complexidade dos desafios éticos na gestão dos recursos florestais e faunísticos, ainda que muitos dos problemas mais recorrentes já se encontrem enquadrados legalmente.
A exploração de recursos naturais para diferentes fins, principalmente de recursos florestais e faunísticos, não está a ser realizada com base num conhecimento ecológico e requisitos das espécies que compõem as formações, sua capacidade de regeneração e nos processos de desenvolvimento e a sucessão ecológica após perturbação. Isto resulta na degradação dos ecossistemas, pondo em causa a sustentabilidade dos recursos. Para compatibilizar essas particularidades é essencial a adopção de algumas estratégias ou valores éticos que visam satisfazer as necessidades humanas e ao mesmo tempo garante a conservação da biodiversidade. Estas estratégias estão por trás na mudança de uso, ocupação do solo e conservação da biodiversidade.
A capacitação das comunidades em matérias de valores áticos sobre a Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos é o primeiro passo para a conservação destes recursos. Dessa forma, a população estará consciente sobre a necessidade de gerir, permitindo assim, a redução e retirada dos factores que causam impactos negativos ao ambiente. 
 
III. CONCLUSÕES
O termo poder alcança bastantes significados, mas a definição mais aceite pode ser definido como a capacidade de exercer influência. Falar da autoridade, olhamos às relações hierárquicas no âmbito privado (pais e filhos, maridos e esposas, chefes de família e escravos). A autoridade se caracterizava como algo natural, como se algumas pessoas nascessem destinadas a mandar e outras a obedecer.
Dentro da sociedade, deter o poder não é o inclusivamente que ter autoridade. O poder é visto como a competência de impor ou compelir alguém a fazer sua vontade, por razão de sua orientação ou vigor, mesmo que a pessoa optasse em não o fazer, enquanto, a autoridade é vista como a aptidão de conduzir as pessoas a fazerem de boa firmeza o que quer, por razão de sua preponderância pessoal.
Vários pensadores afirmam que a autoridade familiar como poder tem como característica comum bem definida, em que nada é imposto, nem o parente deverá pensar que é detentor da verdade, deve apenas estar presente para reflectir em conjunto com os descendentes.
No contexto da igreja, o pecado contra o poder é mais facilmente perdoado do que o pecado contra a autoridade, porque este é um pecado contra o próprio Deus. Só Deus é autoridade em todas as coisas; toda a autoridade da terra foi instituída por Deus. A autoridade é uma coisa tremenda no universo, nada a sobrepuja. Portanto é imperativo que nós que desejamos servir a Deus conheçamos a autoridade de Deus.
Actualmente, o sector de florestas e fauna bravia, tem aumentando a preocupação em integrar a responsabilidade social no seu contexto. Os gestores possuem crescente consciência da importância da ética no sector. Contudo, as práticas de gestão dos recursos florestais e faunísticos parecem estar alheadas desse esforço. De facto, o alinhamento estratégico dos intervenientes tem levado a gestão dos recursos florestais e faunísticos a congregar esforços em objectivos de controlo e racionalidade.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPEMBE, A. L. (2016). Estudo de caso nas Empresas Públicas na Província do Namibe (Angola) -Projecto realizado no Mestrado Gestão Empresarial: Instituto Superior De Contabilidade E Administração De Coimbra. Coimbra.
COSTA, G. M. (S/D). Algumas Considerações Sobre As Formas De Poder, Disciplina X Privilégio, Status E Suas Relações Com Pesquisa Educacional: As Contribuições De Foucault. S/D.
DINIZ, B. V., & LIMONGI-FRANÇA, A. C. (2005). Poder e Influência Interpessoal nas Organizações. S/L.
FARIA, F., & IMASATO, T. (2007). Autoridade, Legitimidade e o Poder do Estrategista. Rio de Janeiro.
FERREIRA, J. C., VILAMAIOR, A. G., & GOMES, B. M. (s/d). O Poder Nas Organizações Conceitos, Características E Resultados. s/l.
FAO. (2011). Assessing forest degradation: Towards the development of globally applicable guidelines. Rome.
HORKHEIMER, M. (2008). Autoridade e família. In: Teoria Crítica I. São Paulo: Editora Perspectiva.
KRIEVIN, Y. M. (1979). Autoridade Espiritual, tradução de Watchman Nee (versão original). São Paulo: Vida.
MARCIER, S. (2003). A Ética Nas Empresas. Porto edições afrotamentos.
MARZOLI, A. (2007). Inventário Florestal Nacional,Avaliação Integrada das Florestas de Moçambique AIFM. Maputo.
MINAG. (2006). Estratégia Nacional de Reflorestamento: Por um Desenvolvimento de Plantações Florestais Sustentáveis. Documento Para Discussão. Maputo.
NEE, W. (1972). Autoridade Espiritual. Brasil: Vida.
NUNES, P. V. (2017). Contexto Organizacional e Ética nas Práticas de Gestão de Recursos Humanos: Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Gestão de Recursos Humanos e Consultadoria Organizacional. Lisboa.
PEREIRA, E. A. (s/d). As Relações De Autoridade Na Escola E Na Família Segundo Os Adolescentes. 
PINHEIRO, R. (2010). Apontamentos sobre Poder, Autoridade e Ascetismo: uma breve comparação entre Agostinho e João Cassiano- Crítica Histórica. Alagoas.
PRATTA, E. M., & SANTOS, M. A. (2007). Família E Adolescência: A Influência Do Contexto Familiar No Desenvolvimento Psicológico De Seus Membros. Sao Paulo.
ROMANELLI, G. (2002). Autoridade e poder na família -A família contemporânea em debate. São Paulo.
SCABINI, E. (1992). Ciclo de vida familiar e de saúde familiar. Milão, Itália.
SUDBRACK, M. F. (2001). Terapia familiar sistêmica. São Paulo.
TORRES, M. C., & CASTRO, C. R. (2009). Resgatando e actualizando os sentidos da autoridade: um percurso histórico. RJ- Brasil.