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CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA - PERIGO COMUM

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CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA (TODOS de perigo comum). 
Incólume: algo protegido, algo preservado, não atingido.
Incolumidade pública: proteger a coletividade.
Condutas que podem acarretar um dano social.
Crimes de perigo comum.
Crimes de dano: aquele que se consuma com a ofensa ao bem jurídico: furto, aborto, homicídio, etc.
Crimes de perigo: antes do dano. Possibilidade do dano ocorrer; as vezes tem o perigo, mas não ocorre o dano. Aquele que não precisa da ocorrência do dano, basta a sua possibilidade.
Ex: Crime de porte ilegal (legal?) de arma de fogo, não é crime de dano, mas a lei não quer esperar o crime acontecer e pune a porte.
Incêndio: Art. 250 (PRINCIPAL)
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
OBS: Causar incêndio, expondo a risco a vida, a integridade física ou o patrimônio de um número indeterminado de pessoas. Já que este artigo se encontra no título de crimes contra a incolumidade pública.
Ex: pessoa que coloca fogo em sua casa (ou não) por x motivo, sendo esta casa em uma ilha afastada da sociedade, este não comete crime de incêndio, pois o fogo não teria como se propagar e atingir várias pessoas. Neste caso responderia pelo crime do art. 163 (crimes individuais), crime de dano.
Para ser incêndio tem que potencial lesivo de se espalhar e atingir várias pessoas. Este exemplo se estende para inundação, explosão, gás toxico, etc. se a explosão ocorre em lugar distante, isolado, abandonado e sem risco, é um dano, não comporta perigo. Deve-se interpretar o bem jurídico.
Crime de perigo e não de dano, ou seja, não precisa que se espalhe, mas sim que tenha pelo menos a possibilidade de se espalhar.
Crime de perigo abstrato: perigo presumido, não é preciso comprovar que a ação foi perigosa na pratica. A lei já presume o perigo; basta realizar a conduta que já é o suficiente para a lei.
Crimes de perigo concreto: deve-se provar na pratica que o ato foi perigoso, com a perícia.
Ex: dirigir embriagado é crime de perigo, pois pode ou não acontecer um acidente. Crime de perigo abstrato, pois já foi presumido em lei que dirigir embriagado é crime.
Incêndio seria então um crime de perigo concreto: “expor a perigo”, não basta causar um incêndio, deve-se evidenciar na pratica que o perigo a incolumidade pública existiu.
Obs: admite-se a modalidade culposa – pena de detenção de seis meses a dois anos.

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