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ABORDAGEM CLÍNICA DA LINFADENOPATIA E ESPLENOMEGALIA

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Camila Shelly de V. Ramos 
 
ABORDAGEM 
CLÍNICA DA 
LINFADENOPATIA E 
ESPLENOMEGALIA 
 
 
• LINFADENOPATIA 
-Linfonodos de tamanho anormal, especialmente, 
maiores do que 1cm ou de consistência diferente 
dor normal 
↳Região mais cranial, axilar >1cm 
↳Região inguinal >1,5cm 
OBS:CONSISTÊNCIA NORMAL DE UM 
LINFONODO 
-Fibroelástica, levemente endurecida 
• ÓRGÃOS LINFÓIDES 
 
-Adenoides 
-Amigdalas 
-Timo = maturação de linfócitos T 
↳Ao longo da vida -> diminui de tamanho 
*na fase adulta = resquícios do timo (sendo um 
órgão não funcionante na idade adulta) 
-Linfonodos 
-Vasos linfáticos 
↳Drenagem 
-Estômago, cólon, intestino delgado = sistema 
imune do trato digestivo 
↳Como entramos em contato com muitos 
antígenos através da alimentação -> sistema 
imune do trato digestivo é mais tolerante 
-Baço 
• LINFONODOS 
→O QUE SÃO? 
-São pequenas estruturas que funcionam como 
filtros para substâncias nocivas 
↳Contém células do sistema imunológico que 
ajudam no combater às infecções atacando e 
destruindo ´´germes´´ que são transportados pelo 
líquido linfático 
→FUNÇÃO 
-Sítio de drenagem de antígenos 
-Combater as infecções, destruindo os antígenos 
transportados pelo sistema linfático 
→REGIÕES 
-Cortical 
↳Presença de folículos de folículos linfoide -> 
centro germinativos -> local aonde o linfócito 
aprende a reconhecer o antígeno (transformação 
do linfócito virgem/naive -> linfócitos ativados) 
-Medular 
 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
OBS:HIPERMUTAÇÃO SOMÁTICA 
-Processo de transformação do linfócito 
virgem/naive em linfócitos específicos/ativados 
• LINFADENOPATIA 
→EPIDEMIOLOGIA 
-Incidência anual de 0,6% 
↳Apenas 1,1% dos casos são relacionados com 
malignidades 
-Fatores de risco para malignidade 
↳>40 anos 
→ETIOLOGIA 
 
-Malignidades 
↳Praticamente todos os tipos de CA 
-Infecções 
↳Tuberculose ganglionar 
↳Doença da arranhadura do gato -> bactéria do 
gênero bartonela 
↳Epstein-barr vírus 
↳Toxoplasma gondii 
-Autoimunidade 
↳Lúpus 
↳Síndrome de sjogren 
→O QUE É IMPORTANTE ANALISAR 
NA HISTÓRIA CLÍNICA? 
-Idade 
↳>40 anos = chance de malignidade é maior 
*quanto mais idoso maior a chance de ser 
malignidade 
-Tempo de duração da adenomegalia 
↳<2 semanas 
↳>12 meses 
-Exposição ocupacional ambiental 
↳Viagens recentes (doenças endêmicas), uso de 
medicações, imunizações recentes (exposição ao 
antígeno), ambiente de trabalho(infecção), 
história familiar de neoplasias 
-Sintomas associados 
↳Pode ajudar a diferenciar entre etiologias 
autoimunes, infecciosas e neoplásicas 
-Exame físico 
↳Localização -> localizado ou generalizado? 
↳Consistência -> fibroelástica ou 
endurecida/pétrea? 
↳Tamanho dos linfonodos (>2cm = biópsia) 
→LOCALIZAÇÃO X SÍTIOS DE 
DRENAGEM 
 
 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
 
OBS:LOCALIZAÇÕES QUE APONTAM A 
FAVOR PARA QUADRO PATOLÓGICO 
-Linfonodo supraclavicular 
↳Sempre é patológico 
*linfonodo 
supraclavicular 
esquerdo -> linfonodo 
de virchow = 
associado a CA de TGI, 
tumores gástricos, 
ovarianos, testiculares 
e renais 
-Linfonodo infraclavicular 
↳Sempre é patológico 
-Linfonodo epitroclear 
↳Sempre é patológico 
-Linfonodo axilar -> CA de mama 
OBS:LINFONODOS INGUINAIS 
ENGANAM 
-Pela região inguinal ser um local que drena 
vários sítios que geralmente têm inflamações -> 
aumento de linfonodo inguinal (reacional), 
mesmo sem ser patológico 
OBS:QUAL LINFONODO ESCOLHER 
PARA BIÓPSIA? 
-Sempre escolher o linfonodo mais cranial e 
maiores de 2cm 
 
OBS:LINFADENOPATIAS 
GENERALIZADAS 
 
 
→MEDICAMENTOS ASSOCIADOSA 
LINFADENOPATIA 
-Destaque para 
↳Fenitoína = usada para controle de convulsão 
↳Captopril 
 
OBS:O DIAGNÓSTICO DE 
LINFADENOPATIA RELACIONADA A 
MEDICAMENTOS DEVE SER DE 
EXCLUSÃO 
1)Afastar a possibilidade de ser malignidade 
-Afastou? Próximo passo 
2)Associar a linfadenopatia com medicamentos 
→CARACTERÍSTICAS NODAIS 
✓ QUANTIDADE E FORMA 
-Quantidade 
↳Linfadenopatia generalizada 
↳Linfadenopatia localizada 
-Forma do linfonodo normal = fusiforme 
↳Forma de cilindro, arredondada = não normal 
 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
✓ CONSISTÊNCIA 
-Fibroelástico = linfonodo normal 
↳No entanto, as doenças linfoproliferativas 
costumam ter linfonodo fibroelástico 
-Endurecido 
↳Malignidade 
Ex: tuberculose ganglionar 
-Pétreo 
↳Malignidade 
✓ SINAIS INFLAMATÓRIOS 
-Eritema, dor e calor 
↳Cursa a favor de linfonodo reacional 
(Ex: infecção por vírus Epstein-barr = 
mononucleose infeciosa) 
✓ MOBILIDADE X ADERÊNCIA A 
PLANOS PROFUNDOS 
-Linfonodos normais = mobilidade tanto em 
planos superficiais, quanto em profundos 
-Linfonodo que sugere malignidade 
↳Aderido a planos profundos 
OBS:NENHUMA DAS VARIÁVEIS 
CLÍNICAS É CAPAZ DE DEFINIR SE O 
LINFONODO É MALIGNO OU NÃO 
-Sempre haverá necessidade de realizar biópsia 
para confirmação 
OBS:PISTAS DO DIAGNÓSTICO ****** 
-Febre + sudorese noturna + perda de peso + 
linfonodo localizado na região supraclavicular = 
sugere malignidade 
-Febre com calafrio + fraqueza + odinofagia = fala 
a favor de infecção -> linfonodo reacional 
-Comportamento sexual de risco -> linfonodo na 
região inguinal 
-Animal em contato com alimento -> doença da 
arranhadura do gato, toxoplasmose 
-Comidas mal cozidas -> brucelose 
-Artralgia + rash -> lembrar das doenças 
autoimunes 
 
OBS:TUBERCULOSE 
-Adenomegalia isolada com sinais inflamatórios, 
febre, perda de peso 
-Granulomas caseosas na biópsia do linfonodo 
→ALGORITIMO DA LINFADENOPATIA 
-Avaliação do linfonodo (consistência, localização, 
aderido ou não, mobilidade, sinais inflamatórios, 
quantidade, forma) + avaliação de características 
clínicas 
1)SUSPEITA INICIAL:DOENÇA 
INFLAMATÓRIA OU BENIGNA 
-O linfonodo desapareceu espontaneamente 
após a doença? Sim -> linfonodo aumentado por 
causa inflamatória 
-Linfonodo não depareceu/persiste? Sim -> 
investigar 
2)SUGESTÃO DE DOENÇA 
AUTOIMUNE 
-Rash malar, lesão cutânea, artrite -> testes para 
doença autoimune 
3)SUSPEITA DE MALIGNIDADE 
-Biópsia do linfonodo 
4)SEM IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS 
QUE POSSAM AJUDAR NA ANÁLISE 
DO LINFONODO 
-Miscelânea 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
-Doença neoplásica 
-Sorologia para vários vírus 
OBS:QUANDO SUSPEITAR DE 
MALIGNIDADE? 
 
• ABORDAGEM DA 
ESPLENOMEGALIA 
→O QUE É ESPLENOMEGALIA? 
-Esplenomegalia é caracterizado por aumento do 
volume ou tamanho do baço 
↳Padrão ouro -> peso do baço após cirurgia 
>250g = esplenomegalia 
-Conseguiu palpar o baço? Esplenomegalia 
-Esplenomegalia maciça é definida pelo maior 
diâmetro >20cm (peso >1000g) 
↳Analisado por imagem de imagem 
↳Atingiu a cicatriz umbilical 
→EPIDEMIOLOGIA 
-É uma condição rara, aproximadamente 2% da 
população dos EUA apresenta esplenomegalia 
→FUNÇÃO NORMAL DO BAÇO 
´´Baço = linfonodo muito grande´´ 
-Função imune 
↳Clearance de microrganismo e partículas 
antigênicas 
↳Por armazenar muitos linfócitos B -> papel 
importante na síntese de imunoglobulinas 
-Hemocaterese 
↳Destruição de hemácias senescentes -> 
fornecendo ferro para recirculação 
-Hematopoese no período embrionário 
→MECANISMOS DA 
ESPLENOMEGALIA 
✓ CONGESTÃO 
-Principal causa = hipertensão portal (Ex: 
esquistossomose, cirrose hepática) 
✓ INFILTRAÇÃO 
-Doença de gaucher = doença de depósito 
lisossômico -> esplenomegalia 
↳No adulto = doença óssea, infiltração medular 
(citopenia) 
✓ IMUNE 
-Endocardite infecciosa, sarcoidose, artrite 
reumatoide, anemias hemolíticas 
✓ NEOPLÁSICO 
-Linfomas e leucemias 
#tumor sólido -> raramente dá metástase para o 
baço 
→COMO ABORAR O PACIENTE COM 
ESPLENOMEGALIA? 
 
 
 
*esplenectomia = retirada de todo o baço -> 
aumenta o risco de infecção por germes 
encapsulados 
 
→DOENÇAS ASSOCIADAS A 
ESPLENOMEGALIA 
-Infecções 
↳Agudas -> mononucleose infeciosa (Epstein-barrvírus) 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
↳Subagudas -> tuberculose 
↳Tropicais -> malária, calazar 
-Neoplasia hematológica 
↳Leucemia, linfomas 
-Anemias hemolíticas 
-Cirrose 
↳Esplenomegalia congestiva + hipertensão portal 
-Neoplasia sólida no baço = rara 
 
OBS:HIPERESPLENISMO 
-Síndrome 
↳Cursa com citopenia (plaquetopenia, 
leucopenia) + esplenomegalia + hiperplasia 
compensatória da medula óssea + resposta a 
esplenectomia 
#ocorre na cirrose hepática 
 
OBS:CALAZAR/LESHIMANIOSE 
VISCERAL 
-Quadro clínico 
↳Febre + pancitopenia + esplenomegalia 
↳Formas amastigotas no mielograma 
-Sorologia para avaliação = K39 
↳K39+ = tratar paciente 
 
OBS:ESPLENOMEGALIA TROPICAL 
-Mais frequente na região norte do BR 
-Plasmodium -> hiperativação de vários linfócitos 
B -> produção de várias imunoglobulinas -> 
hipergamaglobulinemia policlonal 
-Critérios diagnósticos 
 
→COMPLICAÇÕES DA 
ESPLENOMEGALIA 
-Ruptura esplênica 
↳Espontânea ou após trauma 
-Choque hemorrágico 
↳Baço acumula grande quantidade de sangue -> 
rompe -> muito sangue para cavidade abdominal 
-> choque hemorrágico 
↳Queda abrupta de Hb 
↳Potencialmente fatal se não suspeitado 
precocemente 
-Tratamento cirúrgico

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