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CCJ0008-WL-AMMA-11-Sociologia Jurídica da Vida Econômica [Modo de Compatibilidade]

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SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA
AULA 11
SEMANA 11
EFEITOS NEGATIVOS DA NORMA. O 
CÍRCULO VICIOSO IMPUNIDADE-
ILICITUDE 
2
2
AULA 11
CONTEÚDO
1 – Norma e produção de efeitos sociais. Conceito:
efeitos negativos da norma.
2 - Conseqüências sociais, políticas e econômicas
relacionadas aos efeitos negativos da norma. Conceito:
efeitos negativos, impunidade e estímulo à ilicitude.
3
3
AULA 11
Nossos objetivos nesse encontro
AULA 1
· Compreender a dinâmica da produção de efeitos
sociais da norma, pela sua simples existência;
· Identificar efeitos sociais positivos e negativos das
normas;
· Compreender as situações que provocam efeitos
negativos da norma.
4
AULA 11
AULA 15
05
Segundo Ana Lucia Sabadell a análise das
repercussões sociais de uma norma jurídica
pode ser feita em três perspectivas:
a) Efeitos da norma. Qualquer repercussão
social ocasionada por uma norma constitui
efeito social da mesma.
b) Eficácia da norma. É o grau de
cumprimento da norma dentro da prática
social. Pode-se distinguir a norma de
eficácia de preceito ou primária da norma
de eficácia da sanção ou secundária.
AULA 11
AULA 16
06
c) Adequação interna da norma. Trata-se da
capacidade da norma em atingir a finalidade
social estabelecida pelo legislador.
Duas observações:
- Normas simbólicas. Uma norma inadequada
ou ineficaz pode ter relevância social, o
objetivo de sua elaboração é produzir efeitos
simbólicos, ou seja satisfazer os anseios de
uma parte da população ou exercer uma
função pedagógica.
AULA 11
AULA 17
07
Ex:
http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/brasil
-precisa-tantas-leis/artigo/lei-ineficaz/13278
-Adequação externa da norma. Os objetivos
do legislador e os resultados obtidos são
avaliados segundo critérios da ‘justiça”.
-Ex:
http://www.cntu.org.br/cntu/internas.php?pag=
NjUx
AULA 11
FATORES DE EFICÁCIA E INEFICÁCIA 
DA NORMA
AULA 18
08
-FATORES INSTRUMENTAIS-
-A) divulgação do conteúdo da norma pelos
meios adequados;
-B) Conhecimento efetivo da norma por parte
dos seus destinatários;
-C) Elaboração de estudos preparatórios sobre
o tema que se objetiva legislar;
AULA 11
FATORES DE EFICÁCIA E INEFICÁCIA 
DA NORMA
AULA 19
09
D) Preparação dos operadores do direito
responsáveis pela aplicação da norma;
E) Consequências jurídicas adaptadas à
situação e socialmente aceitas;
F) Expectativas de efeitos negativos da norma:
AULA 11
EFEITOS NEGATIVOS DA LEI
AULA 110
10
1- A eficácia da norma depende do
reconhecimento, aceitação ou adesão da
sociedade a essa norma. A norma jurídica –
igualmente como as demais normas sociais –
para que seja cumprida, para que se converta
em força efetivamente configuradora das
condutas, exige um reconhecimento, uma
adesão da comunidade, isto é, da maior parte
dos indivíduos que integram o grupo. Graças à
esse reconhecimento, a norma se incorpora à
vida do grupo.
AULA 11
AULA 111
11
Esse reconhecimento ou recusa, que gera
eficácia ou ineficácia da norma, pode
depender da legitimidade da autoridade que a
estabeleceu, do conteúdo da mesma, ou de
outros fatores. As leis nascem para viver e só
valem quando podem entrar no mundo dos
fatos e ali governar. Valem pela força que têm
sobre os fatos e como são entendidas nessa
aplicação. As leis, entretanto, em constante
AULA 11
AULA 112
12
conflito com os fatos, acabam superadas por
estes e terminam por desmoralizar-se,
estendendo-se o desapreço a toda a
legislação.
Às vezes o legislador, através da lei, quer
alterar velhos hábitos e dar-lhes nova
disciplina. Os hábitos, no entanto, teimam em
sobreviver, e sobrevivem apesar da lei. Outras
vezes, o legislador, levado pelo idealismo de
pôr o país em dia com as conquistas da
civilização, antecipa instituições e prevê
AULA 11
AULA 113
13
soluções que naufragam num meio hostil,
acanhado e despreparado. De outras feitas,
no entanto, o legislador não consegue vencer
as poderosas forças do misoneísmo que
seguram, retardam e impedem as reformas,
ou as tornam mofinas. O nosso País já é
afamado pela distância entre a realidade e a
norma jurídica.
Misoneísmo é aversão sistemática às
inovações ou transformações do status quo, o
que em nosso país constitui na realidade
AULA 11
AULA 114
14
uma forte causa da ineficácia da lei. Velhos
hábitos, costumes emperrados e privilégios de
grupos impedem que a lei seja aplicada ou
mesmo elaborada. Às vezes porque há
grandes interesses políticos, econômicos ou
religiosos em jogo; outras vezes por mero
comodismo da autoridade que não levou a
sério a aplicação da lei. Costuma-se entre nós
dizer que a lei não pegou.
Lei ineficaz, portanto, produz efeitos negativos
porque não tem força para governar os fatos
AULA 11
AULA 115
15
sociais, quer por ser artificial, fruto apenas do
pensamento, quer por ter se tornado
anacrônica, desatualizada, superada pela
realidade social. É fogo que não queima, tiro
sem bala. A conseqüência é que a lei se
desmoraliza e estende o desapreço a todo o
sistema. EX:
http://amarantobh.blogspot.com/2008/05/uma-
lei-ineficaz.html
AULA 11
AULA 116
16
2) Efeitos negativos pela omissão da
autoridade em aplicar a lei
Se a lei é transgredida e, por desídia,
incompetência ou irresponsabilidade da
autoridade, a sanção não é aplicada, vai se
enfraquecendo aquela disciplina que a norma
impõe a todos, vai se diluindo a sua função
preventiva e, conseqüentemente, a
transgressão sem punição vai estimulando
novas transgressões. Quem transgride a lei
impunemente sente-se encorajado a
AULA 11
AULA 117
17
transgredir novamente, e o seu exemplo serve
de estímulo a outros. Por isso é comum dizer-
se que, pior do que não ter leis, é tê-las e não
aplicá-las.
Exemplo eloqüente disso é o Código de
Trânsito Brasileiro. Em janeiro de 1997,
quando foi editado, havia uma grande
expectativa de que ele haveria de por ordem
em nosso trânsito caótico, dada a severidade
de suas normas e a gravidade das penas,
entre as quais a perda da carteira.
AULA 11
AULA 118
18
Depois de um começo promissor, sequer
reduziu a incidência de infrações graves como
excesso de velocidade e embriaguez ao
volante. Está ameaçado de cair em desuso se
não forem resgatadas com urgência a sua
letra e o seu espírito.
EX: Esqueceram a lei seca 17 de Mar�o de 
2009 | Por: 
http://www.dm.com.br/
AULA 11
AULA 119
19
3- Efeitos negativos pela falta de estrutura
adequada à aplicação da lei
Nesta terceira hipótese, poderemos ter leis
boas e eficazes, autoridades competentes e
responsáveis, mas a norma não atingirá seus
objetivos sociais por falta de estrutura para
uma eficiente aplicação do Direito. Falta
pessoal, falta material, faltam instalações,
equipamentos, falta tudo enfim. Torna-se
impossível aplicar a lei sem os recursos
humanos e materiais necessários.
AULA 11
AULA 120
20
Quais serão as conseqüências dessa falta de
estrutura? As mesmas anteriormente
mencionadas: transgressão sem punição e
estímulo à ilicitude. Esse, lamentavelmente,
continua sendo o nosso grande problema
atual. A Polícia, o Ministério Público e o próprio
Judiciário não estão suficientemente
aparelhados para aplicar a lei.
Enquanto a criminalidade cresce
assustadoramente, principalmente no
denominado poder paralelo, a Justiça fica
AULA 11
AULA 121
21
impedida de julgar em decorrência da falta de
estrutura do organismo policial e de seus
institutos de criminalística, por carência de
aparelhos e de material humano.
Segundo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário
nacional de Segurança Pública, as taxas de
elucidação de homicídios mostram uma
tendência à impunidade, já que apenas 4%
dos casos no Rio de Janeiro e 12% em São
Paulo são resolvidos. Diz ainda que a divisão
de tarefas entre a Polícia Militar, encarregada
AULA 11
AULA 122
22
de fiscalizar, e a Polícia Civil, responsável
pelas investigações, cria uma “esquizofrenia
institucional”. O Brasil é campeão em resolver
problemas elaborando leis, sem, todavia,
executá-las. Por meio de um prodigioso
processo mental, toma-se o dito pelo feito,
confunde-se o projeto coma realização, a
intenção de resolver o problema com a
solução em si.
AULA 11
AULA 123
23
E quando a lei é aprovada e nada faz
acontecer, em vez de se discutir o que fazer
para dar-lhe execução, os legisladores se
reúnem e aprovam outra lei.
Exs: 
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1354
140-5598,00.html
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_1
6745/artigo_sobre_lei_maria_da_penha:_o_us
o_distorcido_da_lei_(marginaliza%C3%87%C
3%83o_masculina)
AULA 11
MUDANÇA DE PARADIGMAS
AULA 124
24
A) Participação dos cidadãos no processo de
elaboração e aplicação das normas;
B) Coesão social;
C) Adequação da norma à situação política e
às relações de força dominantes;
D) Contemporaneidade das normas com a
sociedade.
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 125
25
CASO 1 “Toda a sociedade brasileira está
empenhada em procurar alternativas para
melhorar a resposta do Estado a quem comete
um crime, seja maior ou menor de idade,
buscando dessa forma coibir a impunidade.
Contudo, a sociedade não tem tido muito êxito
e as propostas para soluções se avolumam
nos escaninhos das autoridades competentes.
Embora necessitemos de medidas eficazes
para conter a violência, temos registrado uma
série de medidas paliativas como forma de
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 126
26
responder a crimes de comoção nacional,
como o do menino João Hélio, de 6 anos,
assassinado de forma brutal, ao ser arrastado
pelas ruas do Rio de Janeiro, preso ao cinto
de segurança do carro da família, por
delinqüentes juvenis” (Luiz Flávio Borges
D’Urso - advogado criminalista, mestre e
doutor pela USP, é presidente reeleito da
OAB-SP - Publicado no jornal Correio
Braziliense do dia 4/3/07)
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 127
27
Em relação ao controle da criminalidade em
nosso país, que problemas podemos
identificar relacionados aos efeitos
negativos da norma? De que forma a
impunidade se relaciona com estes
efeitos?
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 128
28
CASO 2
“Muito se comenta quanto à demora da
prestação jurisdicional, mas pouco se fala
quanto aos motivos dessa possível
morosidade, quando e porque acontece, até
para que sejam observados e analisados pelo
grande público, pelos meios de comunicação e
pelos litigantes. Na verdade, a Carta Magna,
ao tratar dos direitos e deveres individuais e
coletivos, prescreve que a todos devem ser
assegurados a razoável duração do processo.
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 129
29
Sim, mas a mesma norma constitucional
também garante que devem ser destinados os
meios para garantir a tão falada celeridade,
tais como as condições de trabalho, a
demanda compatível com a estrutura
existente, pessoal suficiente e qualificado e o
pronto oferecimento de elementos e
cumprimento de diligências pelos advogados,
incluindo ai os defensores públicos e
procuradores fazendários, Ministério Público,
Polícia e outros órgãos públicos e privados.
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 130
30
Ora, ao magistrado compete
conduzir/processar e julgar o feito e para tanto
ser provocado para que ele se desenvolva e
isto depende muitas vezes das partes, por
seus patronos – os advogados –, que devem
oferecer os elementos para tal, inclusive
cumprir as diligências, pois se isto não
acontece com a presteza necessária, pode até
resultar em extinção do processo, frustrando e
prejudicando as partes, na expectativa da
resolução de suas pretensões. E ainda, o
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 131
31
magistrado não pode decidir sem cumprir
determinadas formalidades impostas pela
legislação, a começar pela Carta Magna, que
no mesmo capítulo dos direitos e deveres
individuais e coletivos já em comento,
assegura aos litigantes e aos acusados em
geral, o contraditório e a ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes”. (EVERTON,
Marcelino Chaves - Juiz de Direito. Publicado
no jornal “O Estado do Maranhão” coluna
Opinião, 24/02/2008).
AULA 11
EXERCÍCIOS
AULA 132
32
A que este magistrado atribui a demora 
da prestação jurisdicional? Que efeitos 
negativos da norma encontramos neste 
caso?
AULA 11
Leitura para a próxima aula
Moral
ula
33
Indicação bibliográfica:
SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia
Jurídica: introdução a uma leitura externa do
Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
Capítulo indicado: Sociologia da aplicação do Direito.
AULA 11

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