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Ao longo dos últimos anos, a higienização hospitalar vem despontando como uma atividade essencial não só ao bem-estar dos clientes e profissionais, como também contribui de forma relevante com a prevenção e controle de infecção hospitalar, exigindo assim que os profissionais em higienização de estabelecimentos de saúde se aperfeiçoem em suas atividades. Entendemos que as falhas nos processos de limpeza e desinfecção de superfícies podem ter como consequência a disseminação e a transferência de microorganismos do ambiente para o paciente, colocando em risco a sua segurança e a dos profissionais da área de saúde. Higienização hospitalar, também compreendida como limpeza hospitalar, frequentemente é definida como processo de remoção de sujidade de superfícies inanimadas. A higiene dos hospitais é alcançada mediante os procedimentos de descontaminação, desinfecção e/ou limpeza. LIMPEZA: É a remoção de toda sujidade de qualquer superfície ou ambiente (piso, paredes, teto, mobiliário e equipamentos). O processo deve ser realizado com água, detergente e ação mecânica manual. DEVE PRECEDER OS PROCESSOS DE DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO. DESINFECÇÃO: É o processo de destruição de microorganismos patogênicos na forma vegetativa existente em artigos ou superfícies, MEDIANTE A APLICAÇÃO DE SOLUÇÃO GERMICIDA EM UMA SUPERFÍCIE PREVIAMENTE LIMPA. DESCONTAMINAÇÃO: É a remoção de materiais orgânicos de uma superfície, COM AUXÍLIO DE UMA SOLUÇÃO DESINFETANTE, APLICADA DIRETAMENTE SOBRE O AGENTE CONTAMINANTE. É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e microorganismos presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica. A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. Áreas críticas: São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de infecção, seja por procedimentos invasivos realizados, pela presença de pacientes com seu sistema imunológico deprimido ou por executar limpeza de artigos (hemodiálise, central de material e esterilização, centro-cirúrgico, UTI, etc.) Áreas semicríticas: São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas (unidades de internação, ambulatórios). Áreas não críticas: Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas administrativas, depósitos). Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias programadas do dia. Remover as partículas de poeira nas superfícies dos mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com solução detergente ou desinfetante (álcool 70%) com um pano úmido e branco são seus objetivos; Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano comum embebido em agente químico de amplo espectro para que não ocorra secagem da superfície e disseminação contaminando o ar; Limpeza concorrente: Executada no término de cada cirurgia. Envolve procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies horizontais dos móveis e equipamentos. O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à lavanderia. O instrumental cirúrgico deve ser colocado aberto em caixas perfuradas (usando luvas) e encaminhado ao expurgo da central de materiais e esterilização (CME) o mais cedo possível para o reprocessamento. As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou levadas ao expurgo da CME. Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia recebem cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local apropriado. Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes do uso da próxima cirurgia. As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso. As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem ser limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%. Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de corrosão dos metais. O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso nem sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a cada sala de operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser mandado à lavanderia para ser processado. As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto. A SO pode ser montada para outra cirurgia. Limpeza terminal: diária e periódica. A limpeza diária é realizada após a última cirurgia programada do dia. Envolve todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à limpeza de todos os equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e paredes da SO. As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo à maçaneta. O chão deve ser lavado com água e sabão. As macas e os carros de transporte também devem ser limpos. Os lavabos devem ser limpos, trocar a solução antisséptica, assim como as escovas de degermação. Já a limpeza periódica envolve itens cuja frequência de limpeza não necessita ser diária, por não se sujar com facilidade e ou por não estarem diretamente relacionados com a infecção direta do sítio cirúrgico. Dessa forma, rotinas de limpeza com periodicidades maiores podem ser estabelecidas. É o caso das superfícies verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da sala de operação. Limpeza molhada: mais eficiente. Manual: escova, esfregão e rodo, água escoa pelo ralo. Mecânica: máquinas com detergente, com sistema conjugado de enxague e aspiração. Limpeza úmida: Manual: baldes, pano, esponja, mop com solução degermante e pano . Não é tão eficaz. Limpeza seca: Retirada de sujidade, pó ou poeira, por meio de vassoura, aspirador espanador, entre outros. Recomendada em áreas não críticas descobertas. Limpeza com vapor de água saturado sob pressão: Limpeza demorada e não garante desinfecção ou esterilização. Retirar instrumentais, equipamentos, roupas, acessórios e materiais perfurocortantes. Recolher o lixo e realizar a limpeza do piso. Limpar o teto e as paredes se essas áreas estiverem sujas, antes do piso. Com o uso do mop úmido, recolher todas as partículas e resíduos do piso. Com o mop úmido, contendo o desinfetante preconizado pela CCIH da instituição, proceder a limpeza do piso. Mesmos critérios da limpeza terminal, levando -se em consideração a necessidade ou não de higiene total das paredes e do teto. . É aconselhável que a sala tenha o mínimo de material. Uso de EPI. Limpeza Diária; Descrição do procedimento: Desmontar os acessórios de suporte respiratório e encaminhá-los para o processo de desinfecção ou esterilização. Após essa fase, o procedimento segue ao passo a passo da limpeza terminal da SO. Limpeza concorrente; Deve ser realizada entre o atendimento de um paciente e outro, após o encaminhamento do indivíduo à SO ou depois da alta para sua unidade de destino. Limpeza semanal: Higiene de vidros, cortinas ou biombos e da limpeza terminal da estrutura do leito. A limpeza do CC é dividida entre o pessoal da limpeza e o circulante da sala. O pessoal da limpeza deve ter noções de: microorganismos e sua transmissão; o porquê da limpeza da sala de operação; como realizar a limpeza em função da técnica (paredes e anexos de cima para baixo; tetos no sentido unidirecional; pisos: do fundo para a porta da sala; piso e corredores, saguões: de dentro para fora e de trás para frente; iniciar sempre da área menos contaminadapara a mais contaminada; nunca realizar movimentos de vaivém; iniciar a limpeza pelas paredes e por último o piso). Os procedimentos devem estar escritos, organizados num manual, de fácil acesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem sofrer revisão periódica. Deve-se ter um programa contínuo de atualização e desenvolvimento da equipe de CC, ressaltando a importância da limpeza no processo de controle de infecção.
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