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Projeto Arquitetônico de Edificações

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Projeto Arquitetônico de 
Edificações
Profa. Esp. Geisla Aparecida Maia Gomes
1ª Edição
Gestão da Educação a Distância
Todos os direitos desta edi-
ção ficam reservados ao Unis 
- MG.
É proibida a duplicação ou 
reprodução deste volume (ou 
parte do mesmo), sob qual-
quer meio, sem autorização 
expressa da instituição.
Cidade Universitária - Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650,
Bairro Aeroporto. Varginha /MG
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
Autoria
Currículo Lattes:
Graduada em Engenharia Civil pelo Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS. Graduada em 
Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR. Mestranda 
em Estatística Aplicada pela Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL. Pós-graduada em Ma-
temática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras - UFLA. Pós-graduada em Física pela 
Universidade Federal de Lavras - UFLA. Pós-graduada em Gestão Educacional pela FACECA. 
Pós-graduada em Design Instrucional pela Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI. Pós-gradu-
ada em Metodologias Ativas pelo Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS, Pós-graduanda 
em Engenharia de Estruturas pelo Centro Universitário do Sul de Minas - Unis. Pós-graduanda 
em Geoprocessamento e Georreferenciamento pela UCAMProminas. Atualmente atua como 
professora da Escola Estadual Coração de Jesus, como Engenheira Civil na empresa G&G En-
genharia Civil e como professora na Unidade de Gestão da Educação a Distância do Unis-MG.
Profa. Esp.
Geisla Aparecida Maia Gomes 
http://lattes.cnpq.br/7396303156419720
http://lattes.cnpq.br/7396303156419720
5
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650, 
Bairro Aeroporto. Varginha /MG 
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
GOMES, Geisla Aparecida Maia. Projeto Arquitetônico de Edifica-
ções. Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2019.
102 p.
1. Projeto de Edificações. 2. Práticas de Projeto. 3. Edificações.
 A disciplina de Projetos de Edificações oferece subsídios para a compreenção dos pro-
cedimentos sobre a concepção de projetos em que conheceremos as determinações legais 
das legislações vigentes, elaboraremos um projeto residencial multifamiliar, integrando no 
contexto urbano, local e microrregional. Enfim, a disciplina de Projeto de Edificações não al-
meja formar desenhistas, mas sim desenvolver no futuro Engenheiro Civil os requisitos iniciais 
necessários para elaboração do projeto arquitetônico de uma edificação residencial multifami-
liar vertical, compatibilizando esse projeto com os projetos complementares, principalmente 
o projeto estrutural, elétrico, hidrossanitário e de prevenção e combate a incêndios, além de 
mostrar o que é e qual a importância da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.
 Diante disso, desejo a todos um excelente curso e que os conhecimentos adquiridos 
possam ser utilizados de maneira correta e responsável!
 Bons Estudos! 
 Abraço,
 Profª Esp. Geisla Ap. Maia Gomes
Ementa
Orientações
Palavras-chave
Noções gerais da Lei de uso e ocupação do solo, Código de Obras, Plano diretor. 
Projeto arquitetônico: categoria de uso, estudo preliminar, anteprojeto, Projeto 
executivo. Representação dos diferentes elementos arquitetônicos. Pré-lança-
mento da estrutura de concreto armado. Posicionamento dos pontos principais 
para os equipamentos de instalações elétricas. Lançamentos das prumadas hi-
dráulicas. Verificação das interferências relativas ao PSCIP. 
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Projeto de Edificações, Práticas de Projeto, Edificações.
Unidade I - Lei de Uso e Ocupação do Solo 14
1. Introdução 14
1.1. Das Definições 14
1.2. Zoneamento do Solo 16
1.3. Classificação do Uso 16
1.4. Índices Urbanísticos 18
1.5. Código de Obras 20
1.6. Disposições Gerais 20
1.7. Condições Para o Licenciamento da Obra 20
1.7.1. Responsabilidade Técnica 20
1.7.2. Licença para Execução 20
1.7.3. Projetos de Edificação 21
1.8. Condições Gerais da Edificação 23
1.8.1. Implantação 24
1.8.2. Salubridade e Conforto das Edificações 24
1.8.2.1. Classificação dos Compartimentos 24
1.8.2.2. Condições Mínimas das Edificações 25
1.8.2.3. Elementos Construtivos 27
1.8.2.4. Iluminação e Ventilação 27
1.8.2.5. Garagens 27
1.8.2.6. Condições de Acesso e Circulação 29
1.9. Normas Específicas das Edificações 32
1.9.1. Edificações Residenciais 32
Unidade II - Convenções e Símbolos de Projetos Arquitetônicos 35
2.1. Introdução 35
2.2. Paredes 35
2.2.1. Dimensões das Paredes 35
2.2.1.1. Paredes Revestidas 35
2.2.1.2. Paredes em Osso (Sem Revestimento) 36
2.2.1.3. Observações 36
2.3. Pisos e Tetos 36
2.3.1. Pisos Intermediários 36
2.3.2. Contrapisos 37
2.4. Esquadrias 38
2.4.1. Portas 38
2.4.1.1. Porta Abrir 38
2.3.3. Tetos 38
2.4.1.2. Porta Correr 39
2.4.1.3. Porta Sanfonada ou Pantográfica 39
2.4.1.4. Porta Basculante 40
2.4.1.5. Porta Enrolar 40
2.4.1.6. Vai Vem 40
2.4.1.7. Pivotante 41
2.4.2. Janelas 41
2.4.2.1. Janela Abrir 41
2.4.2.1.1. Representação de Janelas Acima ou Abaixo do Plano de Corte 
(h=1,50m) 41
2.4.2.2. Janela Correr 42
2.4.2.3. Basculante 42
2.4.2.4. Janela Guilhotina 42
2.4.2.5. Pivotante 43
Unidade III - Escadas e Rampas 45
3.1. Escadas 45
3.1.1. Escada com Guarda-Corpo Contínuo 46
3.1.2. Escada com Guarda-Corpo Vazado 47
3.2. Emprego das Escadas 47
3.3.2. Escadas Curvas 48
3.2.1. Escadas Internas 48
3.2.2. Escada Externas 48
3.3. Forma e Disposição dos Lances 48
3.3.1. Escadas Retas 48
3.3.3. Escadas Mistas 49
3.4. Largura das Escadas 49
3.5. Caixa da Escada 49
3.6. Iluminação 50
3.7. Forma dos Degraus 50
3.7.1. Piso Perpendicular ao Espelho 50
3.7.2. Espelho Inclinado com Piso 50
3.7.3. Pisos Engastados Sem Espelhos 51
3.7.4. Pisos Sobre Vigas 51
3.8. Dimensionamento de Degraus e Patamares 51
3.9. Altura Livre 52
3.10. Inclinação 53
3.11. Corrimãos e Guarda-corpos 53
3.12. Rampa 59
3.12.1. Dimensionamento 60
3.12.2. Tabela Para Dimensionamento de Rampas 61
3.12.3. Tabela Para Dimensionamento de Rampas Para Situações Excepcionais 62
3.12.4. Outras Normas de Dimensionamento 62
3.12.5. Patamares das Rampas 64
Unidade IV - Telhados 66
4. Introdução 66
4.1. O que são Telhados 66
4.2. Tipos de Superfície 66
4.3. Cobertura 66
4.3.1. Tipos de Cobertura 67
4.4.1.1. Terminologia 68
4.4. Estrutura 68
4.4.1. Estrutura em Madeira 68
4.4.2. Estrutura Metálica 69
4.5. Calhas 69
4.6. Inclinação das Coberturas 70
4.7. Formas de Cobertura 71
4.7.1. Águas 71
4.7.1.1. Cobertura Meia-água 71
4.7.1.2. Cobertura Duas-águas 72
4.7.1.3. Cobertura Quatro-águas 72
4.7.1.3. Cobertura Seis-águas 72
4.7.2. Beirais 73
4.7.3. Platibandas 73
4.7.4. Oitões 74
4.8. Projeto de uma Cobertura 74
4.8.1. Projeção das Paredes Externas 75
4.8.2. Projeção das Paredes Externas Mais o Beiral 76
4.8.3. Projeção do Telhado (Paredes Externas com Beiral de 80cm) 76
4.8.4. Encontrando a Cumeeira Mais Alta 77
4.8.5. Projetando a Cobertura de Quatro Águas 78
4.8.6. Projetando o Telhado do Retângulo ABEF 79
4.8.6.1. Projetando o Retângulo 1 80
4.8.6.2. Projetando o Retângulo 2, Idem ao Anterior 80
4.8.6.3. Projetando o Retângulo 3, idem ao Anterior 81
4.8.7. Traçado Definitivo 81
4.8.8. Projeto Definitivo da Cobertura 81
4.8.9. Cortes 82
Unidade V - Projeto Arquitetônico, Projetos Complementares e Anotação de 
Responsabilidade Técnica 88
5. Introdução 88
5.1. Projeto Arquitetônico 88
5.1.1. Planta Baixa 88
5.1.2. Cortes 90
5.1.3. Fachadas 90
5.1.4. Planta de Cobertura 91
5.1.5. Planta de Locação 92
5.1.6. Planta de Situação 93
5.2. Pavimento Tipo 94
5.3. Projeto Estrutural 95
5.3.1. Projeto de Pilotis 96
5.4. Projeto Elétrico Baixa Tensão 97
5.5. Projeto Hidro-Sanitário 97
5.6. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico 99
5.7. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) 101
Referências Bibliográficas 102
Objetivos da Unidade
Unidade I - 
Lei de Uso e 
Ocupação do SoloI
• Conhecer e analisar aspectos no tocante da Lei de Uso e 
Ocupação do Solo. 
• Identificar as categorias de uso e zoneamento da edifica-ção.
• Conhecer e analisar aspectos no tocante ao Código de 
Obras;
• Orientar o projeto e a execução da edificação;
• Proporcionar e garantir a melhoria da qualidade das edifi-
cações.
14 
Unidade I - Lei de Uso e Ocupação do Solo
1. Introdução
 Cada município possui sua lei de Uso e Ocupação do Solo; é ela quem estabelece as 
orientações e os procedimentos para ocupação do solo com a finalidade de organizar o cresci-
mento do município, portanto, na elaboração de um projeto, seja ele qual for, deve ser adquiri-
da a lei de Uso e Ocupação do Solo, junto à prefeitura do município que tem autoridade sobre 
a obra. 
 A nível acadêmico, iremos utilizar o Lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade de Vargi-
nha MG.
 Lei de Uso e Ocupação do Solo de Varginha-MG, acesse o link: 
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/86-1999/
1574-lei-3181
1.1. Das Definições
 Da lei de Uso e Ocupação do Solo, temos algumas definições importantes: 
• ACESSO - Em arquitetura, significa o modo pelo qual se chega a um lugar ou se passa 
de um local a outro, por exemplo do exterior ou de um pavimento para o seguinte. Em 
planejamento urbano é a via de comunicação através da qual um núcleo urbano se liga 
a outro.
• ACESSO - Em tráfego e trânsito é a interligação para veículos ou pedestres entre:
• logradouro público e a propriedade privada;
• propriedade privada e área de uso comum em condomínio;
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/86-1999/1574-lei-3181
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/86-1999/1574-lei-3181
15
• logradouro público e espaços de uso comum em condomínio.
• AFASTAMENTO - É a maior distância entre duas edificações.
• ÁREA CONSTRUÍDA - A soma das áreas dos pisos utilizáveis cobertos ou não de todos 
os pavimentos de uma edificação.
• BALANÇO - Avanço da parte superior da construção sobre o alinhamento do pavimento 
inferior.
• CIRCULAÇÃO - Designação genérica aos espaços necessários à movimentação de pes-
soas de um compartimento para outro, ou de um pavimento para outro.
• COEFICIENTE DE IMPERMEABILIZAÇÃO - Determina a relação entre a área impermea-
bilizada do solo (construções, pavimentação, pavimentos, etc) e a área total considerada.
• GABARITO - Significa as dimensões em altura, regulamentares, permitidas ou fixadas 
para uma edificação; no caso, é a altura máxima permitida para a edificação, contada a 
partir da cota mais baixa do pavimento térreo até a cota mais elevada da cobertura do 
último pavimento, excetuando-se as obras de caixa d'água, casa de máquinas, platiban-
das e telhado.
• PÉ-DIREITO - Distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento, ou entre o 
piso e a face interior do frechal, quando não existir o teto.
• PERFIL DE UM TERRENO - Representação gráfica da interseção de um plano vertical e 
o terreno.
• PILOTIS - Espaço livre sob a edificação resultante do emprego de pilares.
• RECUO - São as distâncias perpendiculares à divisa do lote, medidas entre a divisa e os 
limites externos da projeção horizontal da edificação. Podem ser classificados como:
• Recuo frontal - medido em relação ao alinhamento do lote que dá para o passeio 
público.
• Recuo lateral - medido em relação às divisas laterais do lote.
• Recuo de fundos - medido em relação às divisas de fundo do lote.
• TAXA DE OCUPAÇÃO - Índice que estabelece uma relação entre a área ocupada pela 
projeção da construção e a área total do terreno em que está inserida.
16 
1.2. Zoneamento do Solo
 Zoneamento do município é a divisão de toda a área do município em pequenas áreas 
chamadas de zonas, onde as mais comuns são: Zona Central; Zona Residencial; Zona Industrial; 
Zona Comercial; Zona Mista; Zona de Preservação.
Figura 1- Modelo de Zoneamento 
Fonte: https://legislacaoufc20141.wordpress.com/zonas/
1.3. Classificação do Uso
 De acordo com Marques (2016), os Usos do Solo são classificados de acordo com as suas 
características, divididos em tipos de uso e subdivididos de acordo com a categoria de uso, os 
https://legislacaoufc20141.wordpress.com/zonas/
17
quais são estabelecidos de acordo com o seu porte.
 Tipos de Uso:
I - Residencial;
II - Comercial;
III - Serviços;
IV - Misto;
V - Institucional;
VI - Industrial.
 Categoria de Uso:
• R1 - Residencial Unifamiliar; Uso Misto até 02 Pavimentos;
• R2 - Residência Multifamiliar, associada ou não a serviços e comércio, correspondendo a 
mais de uma unidade por lote, agrupado horizontal ou verticalmente, com no máximo 
três pavimentos incluindo o térreo;
• R3 - Residência Multifamiliar com mais de 03 Pavimentos, espaço predominantemente 
destinado à habitação permanente ou a atividades de serviço e comércio, correspon-
dendo a mais de uma unidade por lote agrupado verticalmente;
• S1/C1 - Espaço destinado predominantemente a atividades de serviços ou comércio de 
pequeno porte;
• S2/C2 - Espaço destinado predominantemente a serviços ou comércio de médio e gran-
de porte;
• S3/C3 - Espaço destinado predominantemente a serviços ou comércios especiais, de 
médio e grande porte;
• E1 - Espaço destinado predominantemente ao uso institucional de pequeno porte; 
• E2 - Espaço destinado predominantemente ao uso institucional de médio porte; 
• E3 - Espaço destinado predominantemente ao uso institucional de grande porte;
18 
• I1 - Espaço destinado predominantemente ao uso industrial sem impacto ambiental;
• I2 - Espaço destinado predominantemente ao uso industrial de médio e grande porte e 
de baixo impacto ambiental;
• I3 - Espaço destinado predominantemente ao uso industrial de alto impacto ambiental.
Figura 2 - Zona/Uso cidade de Varginha MG 
Fonte: Lei nº 3.181 da cidade de Varginha MG
1.4. Índices Urbanísticos 
 A Lei do Uso e Ocupação do Solo, de acordo com a categoria de Uso, também define 
alguns índices urbanísticos relacionados à ocupação do solo e toda edificação deve respeitar 
esses índices urbanísticos. A tabela a seguir nos traz um exemplo dos referidos índices de acor-
do com a categoria de uso, conforme a Tabela 1:
19
Tabela 1 - Índices Urbanísticos 
Fonte: Tabela de índices Urbanísticos lei nº 3.181, Varginha
 Calculando a taxa de ocupação!! 
https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/taxa-de-ocupacao/
 Calculando o coeficiente de impermeabilização!!
http://44arquitetura.com.br/2018/03/taxa-de-permeabilidade-calcular/
https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/taxa-de-ocupacao/
http://44arquitetura.com.br/2018/03/taxa-de-permeabilidade-calcular/
20 
1.5. Código de Obras
 Conforme a lei de Uso e Ocupação do Solo, o código de obras é próprio de cada mu-
nicípio e nele se estabelecem as normas e os procedimentos que devem ser seguidos para a 
elaboração e execução de um projeto.
 Código de Obras do município de Varginha-MG, acesse o link: 
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/85-1998/
2273-lei-3006
1.6. Disposições Gerais
 O Código de Obras regula a obra, seja ela construção, reforma ou ampliação, pública ou 
privada, e todas as orientações e exigências dessa lei acrescentam sem substituir a Lei de Uso 
e Ocupação do Solo.
1.7. Condições Para o Licenciamento da Obra
1.7.1. Responsabilidade Técnica
 O código de Obras considera como profissionais habilitados a projetar, construir, calcu-
lar, fiscalizar e orientar, os profissionais que se enquadram nas exigências da legislação comple-
mentar do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).
1.7.2. Licença para Execução
 Para execução de toda obra, completa ou parcial, o código de obras exige que seja feito 
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/85-1998/2273-lei-3006
http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/85-1998/2273-lei-300621
um requerimento do licenciamento junto à prefeitura do município.
1.7.3. Projetos de Edificação
 Para Projetos da edificação, o código de obras recomenda:
• O projeto arquitetônico completo de edificação será apresentado, contendo os elemen-
tos necessários para a sua perfeita compreensão e execução.
• Os projetos complementares (cálculo estrutural e instalações prediais) deverão ser visi-
tados pelo órgão competente e comprovados através de:
1. Cópia do selo padrão, em papel opaco, sem rasuras, contendo a aprovação, ou;
2. Documento hábil do órgão competente.
• Os projetos complementares poderão, a qualquer hora, ser solicitados pela Prefeitura 
Municipal.
• Os projetos complementares compreendem projetos de instalações elétricas, hidros-
sanitárias, telefônicas e instalações especiais, compreendendo o sistema de combate 
e prevenção contra incêndios, instalações eletrônicas, refrigeração, ar condicionado e 
renovação de ar, e elevadores, observadas as normas da ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas).
• O projeto arquitetônico deverá se constituir dos seguintes elementos:
I - Planta cotada do terreno, na escala 1:200 (um para duzentos), e/ou 1:500 (um para qui-
nhentos) com as divisas e confrontantes e perfis do terreno, locação da obra, orientação 
magnética e, quando houver, as construções existentes indicadas por meio de hachuras;
II - Planta cotada na escala 1:100 (um para cem) ou 1:50 (um para cinquenta) de cada 
pavimento, situando-o no terreno, contendo a disposição e as divisórias do prédio e 
suas dependências, o destino de cada compartimento, as dimensões dos mesmos e dos 
pátios ou áreas, bem como a espessura das paredes, localização dos equipamentos fixos 
e dimensões das aberturas;
22 
III - Seções longitudinais e transversais do prédio pelas partes mais importantes do edi-
fício, em número suficiente ao perfeito entendimento do projeto, com indicação das 
alturas dos embasamentos, pavimentos e abertura, largura do beiral, com os respectivos 
perfis do terreno superpostos na escala 1:100 (um para cem) ou 1:50 (um para cinquen-
ta);
IV - Elevação das fachadas voltadas para logradouros públicos na escala 1:100 (um para 
cem) ou 1:50 (um para cinquenta), com indicação superposta do "grade" de rua e do tipo 
de fechamento do terreno no alinhamento;
V - Planta de cobertura na escala 1:200 (um para duzentos), com projeção dos beirais 
e contorno da edificação, indicação do sentido de escoamento das águas, tipo de co-
bertura, localização de calhas, condutores, caixas d'água, casas de máquina, recuos e 
afastamentos e, se for o caso, fossa séptica;
VI - Os detalhes essenciais e legendas explicativas serão exigidos em escala mínima de 
1:50 (um para cinquenta), ou que permitam o perfeito entendimento do projeto, exigin-
do-se, no mínimo, detalhamento de: escadas, ventilação indireta, hall (com as indicações 
das exigências de lei), layout da circulação e vagas da garagem;
VII - Indicação de espaços definidos para colocação de correio e destino final do lixo, de 
forma acessível pelo lado externo do lote.
• Nos projetos de modificação, acréscimo e reconstrução das edificações, serão indicados:
• Poderão ser apresentadas em escalas maiores que as indicadas, contanto que sejam 
acompanhadas de detalhes essenciais e de legendas explicativas, para o exato entendi-
mento do projeto e dos limites e acidentes do terreno:
I - As plantas e as seções de prédios que tenham dimensão, comprimento ou largura, 
superior a 50 m (cinquenta metros);
II - As plantas de terreno que tenham dimensão, comprimento e/ou largura, superior a 
23
200,00 (duzentos) metros.
• O órgão municipal competente poderá exigir as especificações técnicas que julgar ne-
cessárias, as quais integrarão o projeto, quando o mesmo não fornecer clareza ou infor-
mações básicas.
• Nos projetos em que existirem marquises, os desenhos deverão conter representação 
do conjunto marquise-fachada, na escala de 1:50 (um para cinquenta), com os detalhes 
construtivos.
• A Prefeitura do Município fixará um prazo de 120 (cento e vinte) dias corridos, a contar 
da data da aprovação do projeto arquitetônico, para a apresentação dos comprovantes 
dos projetos complementares.
• Será devolvido ao autor, com declaração de motivo, todo projeto indeferido por não 
satisfazer as exigências da Legislação Municipal.
• O prazo máximo para aprovação de projetos é de 15 (quinze) dias úteis, a contar da data 
de entrada do requerimento na Prefeitura do Município.
• Caso seja introduzida qualquer alteração no projeto já aprovado, o mesmo será global-
mente recusado.
• Somente em novo projeto, a modificação a ser introduzida poderá ser analisada.
• Excetua-se do disposto nesse artigo a execução de pequenas alterações, sem modifica-
ção dos elementos geométricos que alterem a função ou a estrutura da edificação, as 
quais serão permitidas desde que se cumpram as determinações da Legislação Munici-
pal e sejam regularizadas mediante aprovação do projeto, por ocasião da concessão da 
Certidão de Término de Obra.
• Dos exemplares do projeto aprovado, rubricados pela autoridade competente, a cópia 
constante do processo será arquivada na Prefeitura do Município e as outras entregues 
ao interessado, juntamente com o Alvará de Licença para Construção.
1.8. Condições Gerais da Edificação
24 
 Para edificações com mais de um bloco, o código de obras faz as seguintes orientações:
1.8.1. Implantação
 O código de Obras orienta que a implantação do edifício deve seguir os recuos obriga-
tórios previstos na Lei de Uso e Ocupação do Solo, desejando beneficiar a estética urbana e ga-
rantir a iluminação, a ventilação, insolação e a privacidade da edificação e dos imóveis vizinhos.
1.8.2. Salubridade e Conforto das Edificações
1.8.2.1. Classificação dos Compartimentos
 Os compartimentos de uma edificação são classificados no código de obras, pela sua 
finalidade, temos:
• PROLONGADA (com funções destinadas a dormir, repousar, estar, lazer, trabalhar, estu-
dar, ensinar, preparar ou consumir alimentos, reunir ou recrear).
• Quartos, dormitórios e salas em geral;
• Lojas, escritórios, oficinas e indústrias;
• Salas de aula, estudo, aprendizado e laboratório didáticos;
• Salas de leitura e bibliotecas;
• Enfermarias e ambulatórios;
• Copas e cozinhas;
• Locais de reunião e salões de festa;
• Locais fechados para prática de esportes e ginástica;
• TRANSITÓRIA OU EVENTUAL (com funções ou atividades de circulação, higiene pesso-
al, depósito para guarda de materiais, utensílios, troca de roupas, lavagem de roupas e 
serviços de limpeza).
• Escadas, patamares e antecâmaras;
25
• Patamares de elevadores, corredores e passagens;
• Atritos e vestíbulos;
• Banheiros, lavabo e instalações sanitárias;
• Depósitos, rouparias e adegas;
• Vestiários e camarins de uso coletivo;
• Lavanderias, áreas de serviço e similares.
• ESPECIAL, entre outros:
• Auditórios e anfiteatros;
• Cinemas, teatros e salas de espetáculos;
• Museus, galerias de arte;
• Estúdios de gravação, rádio e TV;
• Laboratórios fotográficos, de som e cinematográficos;
• Centros cirúrgicos e salas de Raio X;
• Salas de computadores, transformadores e telefonia;
• Saunas e duchas.
1.8.2.2. Condições Mínimas das Edificações
 As condições mínimas das edificações de acordo com o código de obras são apresenta-
das conforme a classificação do compartimento e seu uso, temos como principais condições a 
área mínima, a menor dimensão, o pé-direito, os vãos de iluminação e ventilação e acabamen-
to, como na tabela 2:
26 
Tabela 2 - Condições mínimas dos compartimentos
Fonte:Anexo IV- Código de obras município de Varginha
27
1.8.2.3. Elementos Construtivos
 Os elementos construtivos de uma edificação devem seguiras recomendações prescri-
tas no código de obras; os fechamentos externos de uma edificação, por exemplo, deverão ser 
proporcionais a um fechamento de alvenaria de tijolos com espessura de 0,15m, em relação ao 
isolamento térmico e acústico, como também impermeável, nos pavimentos habitáveis com 
altura acima de 1,00 m do solo, em que não são fechados por alvenarias externas, deverão con-
ter um elemento de proteção como um guarda-corpo, outro exemplo que podemos citar é em 
relação à cobertura das edificações, que deverá ser isolante térmico, acústico e impermeável, 
proporcional a uma telha cerâmica, já quando temos pavimentos separados por andares de 
uma edificação; essa separação deverá ser semelhante a uma laje maciça de 0,07m de espessu-
ra, sendo então resistente e impermeável, além de isolante térmico e acústico. 
1.8.2.4. Iluminação e Ventilação
 O código de obras, em relação à iluminação e ventilação, prescreve que todo comparti-
mento, excetuando closet e despensa, deverá conter pelo menos um vão aberto diretamente 
para áreas livres, de forma a oferecer iluminação e ventilação apropriadas.
 As dimensões mínimas dos vãos de iluminação e ventilação são de acordo com o com-
partimento e seu uso.
1.8.2.5. Garagens 
 Todo local destinado para estacionamento de veículos deverá seguir a Lei de Uso e 
Ocupação do Solo conforme vimos na Unidade I, o código de obras nos traz as seguintes reco-
mendações:
 Para quaisquer dos tipos de áreas de estacionamento e acesso de veículos, deverão ser 
cumpridas as exigências:
28 
I - Quanto aos acessos:
a) os rebaixamentos dos passeios para os acessos distarão mais de 6,00 (seis) metros das 
esquinas, medidos a partir do encontro dos alinhamentos dos meios-fios das vias;
b) terão as guias dos passeios rebaixadas por meio de rampas, cuja largura fica limitada 
à largura do acesso à garagem, não podendo ultrapassar 50 (cinquenta) centímetros no 
sentido da largura do passeio;
c) as rampas de acesso às áreas de estacionamento deverão ter inclinação menor ou 
igual a 30% (trinta por cento) tomada no eixo para os trechos em linha reta e na parte 
interna mais desfavorável para os trechos em curva, com pé-direito mínimo de 2,30 (dois 
vírgula trinta) metros;
d) terão para cada sentido de trânsito largura mínima de 2,50 (dois vírgula cinquenta) 
metros;
e) terão, pelo menos, 6,00 (seis) metros de raio, medidos na curva interna quando forem 
em curva;
f) serão exigidas para as garagens situadas em nível diferente do "grade" da via pública 
plataforma de concordância entre o passeio e o início da rampa, de no mínimo 5,00 
(cinco) metros.
 Cada vaga deverá ter as seguintes dimensões mínimas, comprovadas por layout em 
escala, após lançamento da estrutura da edificação:
I - uma vaga com dimensão mínima de 2,50 (dois vírgula cinquenta centímetros) x 5,00 (cin-
co) metros;
II - duas ou mais vagas com dimensão mínima por vaga de 2,30 (dois vírgula trinta) metros 
x 4,80 (quatro vírgula oitenta) metros.
 Não será tolerada a utilização das áreas fechadas de estacionamento para outras finali-
dades, exceto para usos esporádicos.
29
 As vagas exigidas deverão ser independentes entre si, com acesso desobstruído, não 
sendo admitida a previsão de vagas nas áreas de circulação e acesso.
 A largura mínima de área de circulação de veículos será de 2,80 (dois vírgula oitenta) 
metros. No caso de mudança de direção da área de circulação, deverá haver uma concordância 
em arco, com raio mínimo de 2,80 dois vírgula oitenta) metros.
 A relação de largura do corredor de circulação de veículos e o ângulo de disposição das 
vagas deverá atender a seguinte Tabela 3:
Tabela 3 - Relação de largura x ângulo
Fonte: Código de obras do município de Varginha
1.8.2.6. Condições de Acesso e Circulação
 Em relação aos espaços de circulação e acesso, o código de obras traz as seguintes re-
comendações:
 São considerados espaços de circulação:
I - Corredores;
II - Escadas;
III - Rampas;
IV - Escadas rolantes;
V - Vestíbulos;
VI - Portarias;
VII - Saídas;
VIII - e similares.
 As dimensões mínimas e outras normas em relação aos espaços de circulação estão 
caracterizadas na seguinte Tabela 4:
30 
Tabela 4 - Dimensões mínimas das circulações
Fonte: Código de obras município de Varginha
 NOTAS: 
 Os corredores com comprimento superior a 10 m terão:
Vão de iluminação igual a 1/8 da área ocupada
Vão de ventilação igual a 1/16 da área ocupada.
• Quando o comprimento for menor que 15 m.
• Quando o comprimento for maior ou igual a 15 m.
• Quando tiverem lojas apenas de um lado.
• Quando tiverem lojas dos dois lados.
 Declividade máxima da rampa será de 12%. A partir de 6%, deverá ter piso anti-
derrapante.
31
 Todas as escadas de uso coletivo deverão ter piso antiderrapante.
 As escadas e rampas deverão ser dotadas de corrimão, quando se elevarem a mais de 
um metro acima do nível do piso, dotados de guarda corpo com espaçamento não superior a 
12 cm.
 Nenhuma porta poderá abrir sobre degraus, ou sobre uma rampa, sendo obrigatório o 
uso de patamar; esse não poderá ter nenhuma de suas dimensões, inferiores à largura mínima 
da escada ou rampa. O patamar de acesso ao pavimento deverá estar no mesmo nível do piso 
da circulação.
 Para as escadas de uso coletivo, a altura dos degraus não poderá exceder a 18 (dezoito) 
centímetros, e o piso não poderá ter largura inferior a 28 (vinte e oito) centímetros.
 Em escadas de uso coletivo, é indispensável o uso de patamar toda vez que a escada 
atingir 18 (dezoito) espelhos.
 As portas de acesso à edificação de uso coletivo não poderão ter dimensões inferiores 
àquelas exigidas para a largura das escadas, rampas ou corredores.
 A largura mínima de qualquer saída deverá ser de 3 (três) metros nas lojas com área 
igual ou superior a 250 (duzentos e cinquenta) metros quadrados.
 Nos prédios com até quatro pavimentos sem elevador, a escada deverá ser iluminada e 
ventilada de acordo com as normas estabelecidas.
 Os edifícios, cujos pisos de pavimento a contar do nível de soleira junto ao alinhamento 
tenham altura superior a 10,60 (dez vírgula sessenta) metros, e que superem um limite de qua-
tro pavimentos, deverão ser servidos por elevador.
 Não será considerado, para efeito desta altura, o último pavimento quando esse for de 
uso exclusivo do zelador.
 Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores de 
qualquer edifício.
 Qualquer edificação que cuja altura mencionada neste artigo seja superior a 23 (vinte 
e três) metros, a contar do nível da soleira junto ao alinhamento, deverá ter, pelo menos, dois 
elevadores de passageiros.
32 
 Os elevadores deverão obedecer às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), seja em relação ao seu dimensionamento, instalação, utilização ou quantidade.
 Os vestíbulos de acesso a elevadores deverão ter as seguintes características:
I - Pé-direito mínimo de 2,50 m (dois vírgula cinquenta metros);
II - No pavimento térreo, área igual ao dobro da área destinada às caixas dos elevadores e 
largura mínima de 2,00 (dois) metros, medida na linha perpendicular à porta de cada um 
dos elevadores;
III - Nos demais pavimentos, área igual à área destinada às caixas dos elevadores que ser-
vem o compartimento, e largura mínima de 1,50 (um vírgula cinquenta) metros medidos na 
linha perpendicular à porta de cada um dos elevadores;
IV - Todo hall, que dê acesso ao elevador, deverá possibilitar acesso direto às escadas.
 Nas edificações de uso coletivo, os espaços exclusivamente destinados à portaria deve-
rão ter área mínima de 6,00 (seis) metros quadrados, com largura mínima de 1,50 (um vírgula 
cinquenta) metros.
 No pavimento de saída, a distância de qualquer ponto atéa saída da Edificação não 
poderá ultrapassar 20 (vinte) metros.
 Nas portarias, vestíbulos e circulações de edificações de uso coletivo, não residencial, 
deverão ser afixadas placas informando as saídas e as caixas de escada. Em locais de reunião, 
tais placas deverão ser iluminadas e colocadas também sobre as portas de saída.
1.9. Normas Específicas das Edificações 
1.9.1. Edificações Residenciais
 Todas edificações residenciais deverão cumprir as disposições descritas na unidade 2.
 O código de obras traz as seguintes recomendações a respeito das edificações residen-
33
ciais:
 Toda habitação deverá dispor de compartimentos para repouso (dormitórios), preparo 
de alimentos (cozinha) e instalações sanitárias (banheiros). Deverá conter também uma área, 
coberta ou não, destinada a guarda de um veículo por unidade habitacional.
 Vamos refletir um pouco?
• Quando, em uma edificação, é obrigatória a utilização de elevador? 
• Defina categoria de uso e exemplifique.
• Qual o pé-direito mínimo dos compartimentos de permanência prolongada em um edi-
fício residencial de quatro pavimentos?
• Calcule o coeficiente de impermeabilização e a taxa de ocupação de uma residência 
com área térrea total de 110,0m² implantada em um terreno de 325,0m².
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Objetivos da Unidade
Unidade II - 
Convenções e 
Símbolos de Projetos 
Arquitetônicos
II
• Desenvolver conhecimento, compreender e interpretar a 
leitura de plantas no campo das Engenharias e Arquitetu-
ra.
35
Unidade II - Convenções e Símbolos de Projetos Arquitetônicos
2.1. Introdução
 Conhecer as convenções e os símbolos gráficos em um projeto arquitetônico é funda-
mental para o bom entendimento do mesmo. Saber utilizar escalas de redução também é de 
extrema importância devido às grandes dimensões dos objetos envolvidos. 
2.2. Paredes
 Existem diversos tipos de materiais utilizados para a construção de escalas na constru-
ção civil, tais como: tijolos, cerâmicas, blocos de cimento, gesso, madeira, cical, alvenaria estru-
tural, etc, mas normalmente são construídas de tijolos cerâmicos assentados e revestidos com 
argamassa.
2.2.1. Dimensões das Paredes
 Os tijolos variam de dimensões, de região para região e por isso é importante uma pes-
quisa para sabermos quais os tipos de tijolos estão disponíveis no mercado local e, com isso, 
representar de maneira correta as dimensões das paredes nos projetos arquitetônicos.
2.2.1.1. Paredes Revestidas
36 
2.2.1.2. Paredes em Osso (Sem Revestimento)
2.2.1.3. Observações
 Nos projetos arquitetônicos de reforma e ampliação; adota-se representar e colorir as 
paredes, da seguinte forma:
• Parede inalterada: traço contínuo, cor preta (incolor)
• Parede a construir: traço contínuo, cor carmin 
• Parede a demolir: tracejado, cor amarela.
2.3. Pisos e Tetos
 Pisos são construções destinadas a separar horizontalmente os diversos andares de um 
edifício e se dividem em pisos intermediários e contrapisos.
2.3.1. Pisos Intermediários
 São pisos executados entre os andares, podendo ser de concreto armado, madeira, fer-
ro, misto, etc.
37
• A = 1,0 cm a 2,0cm --> reboco
• B = 8,0 cm a 10,0cm --> laje
• C = 1,0 cm a 2,0cm --> massa assentamento
• D = 0,2 cm a 3,0cm --> pavimento (revestimento)
• E = 10,2 cm a 17,0cm --> piso - adotaremos E = 15 cm
2.3.2. Contrapisos
 São pisos executados diretamente sobre o solo; podendo ser de concreto simples, con-
creto armado, tijolos, etc.
• A = 5,0 cm a 10,0cm --> concreto
• B = 1,0 cm a 2,0cm --> massa assentamento
• C = 0,2 cm a 3,0cm --> pavimento (revestimento)
• D = 6,2 cm a 15,0cm --> contrapiso - adotaremos D = 10 cm
38 
2.3.3. Tetos
 Tetos são construções destinadas a dar estética à parte inferior das estruturas dos pisos 
intermediários ou dos telhados, recobrindo ou realçando-as parcial ou totalmente.
 Os tetos podem ser de concreto armado, madeira, gesso, etc.
• A = 1,0 cm a 2,0cm --> reboco
• B = 8,0 cm a 10,0 cm --> concreto armado
• C = 9,0 cm a 12,0 cm --> teto - adotaremos C = 10 cm
2.4. Esquadrias
 Esquadrias são os elementos que utilizamos na vedação de aberturas dos edifícios; que 
podem ser internas ou externas; geralmente de madeira, ferro, alumínio, vidro, mista, etc., e são 
divididas em portas, janelas, gradis, etc.
2.4.1. Portas
 Como exemplo, podemos citar:
2.4.1.1. Porta Abrir
39
2.4.1.2. Porta Correr
2.4.1.3. Porta Sanfonada ou Pantográfica
40 
2.4.1.4. Porta Basculante
2.4.1.5. Porta Enrolar
2.4.1.6. Vai Vem
41
2.4.1.7. Pivotante
2.4.2. Janelas
 Existem vários tipos de janela, tais como:
2.4.2.1. Janela Abrir
2.4.2.1.1. Representação de Janelas Acima ou Abaixo do Plano de Corte 
(h=1,50m)
42 
2.4.2.2. Janela Correr
2.4.2.3. Basculante
2.4.2.4. Janela Guilhotina
43
2.4.2.5. Pivotante
Objetivos da Unidade
Unidade III - 
Escadas e RampasIII
• Conhecer e fazer o lançamento das escadas usuais de edi-
fícios;
• Conhecer e fazer o lançamento das Rampas usuais de edi-
fícios.
45
Unidade III - Escadas e Rampas
3.1. Escadas
 As escadas são construções destinadas a permitir a comunicação fácil entre dois ou 
mais pisos situados em níveis diferentes. A existência de elevador em um edifício não dispensa 
a construção de uma escada. Elas são formadas por uma série de pequenos planos horizontais, 
dispostos a uma pequena diferença de nível uns dos outros e de modo a permitir que o ho-
mem os vença com facilidade (Marques,2016).
 Em uma escada, os planos horizontais são denominados pisos e os planos verticais que 
ligam dois pisos consecutivos são chamados espelhos e ao conjunto formado pelo piso e pelo 
espelho dá-se a denominação de degrau. Becel (ou nariz) é o avanço do piso sobre o espelho, 
como mostra a imagem a seguir.
 A NBR que normatiza os projetos de escadas em edificações é a NBR 9077 (saídas de 
emergência em edifícios).
 Chama-se patamar um degrau de maior largura colocado após um certo número de de-
graus e sua finalidade é proporcionar descanso paras as pessoas que estão utilizando a escada.
 A série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar ou entre dois patamares 
consecutivos chamamos de lance e o número de lances de uma escada é definido pela altura a 
se vencer. Podemos ter lances retos ou curvos.
 As escadas possuem parapeito a fim de evitar possíveis quedas das pessoas que delas 
46 
se utilizam. Esses parapeitos denominam-se guarda-corpo e são utilizados em conjunto por 
uma peça, arredondada, chamada de corrimão.
 Os guarda-corpos podem ser contínuos (ex: parede de alvenaria) ou vazados (ex: gra-
de). Estes devem ser adotados nos dois lados da escada, nos edifícios de uso coletivo.
 A NBR 9077 também normatiza a utilização dos guarda-corpos nas edificações.
3.1.1. Escada com Guarda-Corpo Contínuo
47
3.1.2. Escada com Guarda-Corpo Vazado3.2. Emprego das Escadas
 As escadas são empregadas no interior e no exterior dos edifícios e dividem-se em es-
cadas internas e externas.
48 
3.2.1. Escadas Internas
 As escadas internas servem para vencer o desnível interno das edificações. 
3.2.2. Escada Externas
 As escadas externas geralmente têm poucos degraus, pois ligam o passeio ao andar 
térreo.
3.3. Forma e Disposição dos Lances
 Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá lugar à formação de esca-
das retas, curvas ou mistas.
3.3.1. Escadas Retas
 São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas. Temos, 
portanto, escadas:
3.3.2. Escadas Curvas
 São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular. Encon-
tram - se também elípticas, helicoidais, em leques e outras.
49
3.3.3. Escadas Mistas
 São formadas pela combinação de lances retos e curvos.
3.4. Largura das Escadas
 A largura das escadas depende da importância e finalidade do edifício. Em Varginha, o 
Código de Obras estabelece que a largura mínima seja de 90cm para uso residencial unifami-
liar; e de 1,20m para uso coletivo. Veja abaixo um exemplo de ocupação de uma escada.
3.5. Caixa da Escada
 O compartimento em que se constrói a escada chama-se caixa da escada. A forma mais 
comum é a quadrada ou retangular. Podemos encontrar também caixas de escadas nos forma-
tos circulares, elípticas, poligonais, embora com menor frequência. As dimensões variam com 
a largura, disposição dos lances e com o desenvolvimento da escada.
50 
3.6. Iluminação
 A iluminação deve merecer toda a atenção por parte do projetista. A boa iluminação 
atenua em grande parte o perigo, permitindo ao usuário da escada visualizar os degraus da 
mesma. As aberturas poderão acompanhar ou não o movimento da escada.
3.7. Forma dos Degraus
 Os degraus das escadas podem ser engastados ou apoiados.
3.7.1. Piso Perpendicular ao Espelho
3.7.2. Espelho Inclinado com Piso
51
3.7.3. Pisos Engastados Sem Espelhos
3.7.4. Pisos Sobre Vigas
3.8. Dimensionamento de Degraus e Patamares
 O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a escada e é nor-
matizado pela NBR 9077.O código de Obras também estabelece parâmetros para o projeto de 
escadas.
 O Art. 56 do Código de Obras de Varginha estabelece que “Para as escadas de uso coleti-
vo a altura dos degraus não poderá exceder a 18 (dezoito) centímetros e o piso não poderá ter 
largura inferior a 28 (vinte e oito) centímetros”.
 Um lance de escada nunca pode ter menor de três degraus nem subir a uma altura su-
perior a 3,70cm.
 O passo do homem resulta geralmente de 63 a 64cm, então o dimensionamento dos 
degraus é feito pela fórmula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do degrau, deverá 
52 
estar entre 63 a 64cm.
0,63m ≤ (2 x h + b) ≤ 0,64m
 Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer alteração de dimensões 
em seu desenvolvimento.
 Os patamares devem ter comprimento dado pela fórmula: P = (2 x h + b) n + b, situados 
em mudanças de direção, quase sempre iguais a largura da escada, onde b é a largura do piso, 
h a altura do espelho e n = 1, 2, 3 (nº de opções para o patamar) - nº inteiro quando se trata de 
escada reta, medido na direção do trânsito.
3.9. Altura Livre
 As escadas devem ser dispostas, de tal forma que assegurem a passagem com altura 
livre igual ou superior a 2,10m.
53
3.10. Inclinação
 As escadas deverão ter a inclinação sempre constante em um mesmo lance. O valor do 
plano horizontal e da altura (plano vertical) não deve variar jamais de um patamar a outro. A 
inclinação mais favorável é de 30° para as escadas internas.
3.11. Corrimãos e Guarda-corpos
 De acordo com a NBR 9050, os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos 
degraus isolados, das escadas fixas e das rampas. Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm 
e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a 
parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencial-
mente de seção circular, conforme figura a seguir.
 As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem 
dispor de guarda-corpo associado ao corrimão, conforme figura a seguir.
54 
 Em um edifício residencial unifamiliar H1 de 2 pavimentos, 
projetar uma escada, na escala 1:50, em uma caixa da escada com 
2,87m de largura por 3,80m de comprimento, em que os níveis são 
de 0,35 metros no pavimento térreo e de 3,41 metros no pavimento 
superior.
55
• Cálculo do desnível entre pavimentos
 É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior.
3,41m - 0,35m = 3,06m
• Quantidades de espelhos
 A NBR 9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m a 0,18m; 
então a quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelas dimensões dos 
espelhos.
3,06m ÷ 0,16m = 19,125 espelhos
3,06m ÷ 0,18m = 17 espelhos
 Então teremos de 17 a 19,125 espelhos. Como só existem espelhos inteiros, a escada 
poderá ser com
17, 18 ou 19 espelhos.
• Dimensões dos Espelhos (h)
 Como nesse projeto poderemos ter 17, 18 ou 19 espelhos; os valores dos espelhos será 
o desnível dividido pela quantidade de espelhos.
h1 = 3,06m ÷ 17 = 0,18m
h2 = 3,06m ÷ 18 = 0,17m
h3 = 3,06m ÷ 19 = 0,1611m
56 
• Dimensões dos pisos (b)
 Segundo a NBR 9077, no dimensionamento das escadas, deveremos utilizar a fórmula 
de BLONDEL; que define a largura de uma escada em função do espelho, ou seja: 0,63m _ (2 x 
h + b) _ 0,64m. Como neste projeto temos três valores do espelho, teremos três hipóteses de 
piso, ou seja:
Para h = 0,18m c/ 17 espelhos:
0,63m ≤ 2 x h + b ≤ 0,64m
0,63m ≤2 x 0,18m + b ≤ 0,64m
0,63m ≤ 0,36m + b ≤ 0,64m
0,63m - 0,36m ≤ b ≤ 0,64m - 0,36m
0,27m ≤ b ≤ 0,28m
Para h = 0,17m c/ 18 espelhos:
0,63m ≤ 2 x h + b ≤ 0,64m
0,63m ≤ 2 x 0,17m + b ≤ 0,64m
0,63m ≤ 0,34m + b ≤0,64m
0,63m - 0,34m ≤ b ≤ 0,64m - 0,34m
0,29m ≤ b ≤ 0,30m
Para h = 0,1611m c/ 19 espelhos:
0,63m ≤ 2 x h + b ≤ 0,64m
0,63m ≤ 2 x 0,1611m + b ≤ 0,64m
0,63m ≤ 0,3222m + b ≤ 0,64m
0,63m - 0,3222m ≤ b ≤ 0,64m - 0,3222m
0,3078m ≤ b ≤ 0,3178m
57
• Largura da escada
 Sendo a largura da escada em função de sua utilização, e como esta escada se destina a 
uma residência unifamiliar, a largura mínima seria de 0,90m de acordo com o Código de Obras 
de Varginha. Para definirmos o valor, devemos analisar juntamente com a caixa da escada a sua 
forma.
• Forma e disposição dos lances da escada
 Temos três opções de espelhos, com diversas opções de pisos; portanto várias soluções 
de escada.
 Sugerimos algumas considerações praticas a respeito:
• Largura mínima da escada residencial é de 0,90m, sendo que o ideal é de 1,00m.
• Procurar valores de espelhos e pisos variando de 0,5cm em 0,5 cm.
• Cada lance de escada deve ter no máximo 3,20m.
 A escada de maior conforto é espelho de 0,17m e piso de 0,29m.
• Definição do número de lances
 Analisando as dimensões da caixa da escada, de 2,87m e 3,80m e a quantidade de es-
pelhos que deveremos utilizar 17, 18 ou 19, chegamos à conclusão de que, o desenvolvimento 
da escada se dará em 3 lances no mínimo.
• Definição da condição ideal da escada
 Normalmente definimos a escada analisando a menor dimensão da caixa da escada, no 
58 
caso 2,87m.
• OPÇÃO 1: Largura da escada igual a 0,90m (mínimo).
Para h = 0,18m c/ 17 espelhos: O piso varia de 0,27 a 0,28m
Então: 2,87 – 0,80 – 0,80 = 1,27m
1,27m ÷0,27 = 4,70 pisos
1,27m ÷ 0,28 = 4,54 pisos
Para h = 0,17m c/ 18 espelhos: O piso varia de 0,29 a 0,30mEntão: 1,27 ÷ 0,29 = 4,38 pisos
1,27 ÷ 0,30 = 4,23 pisos
Para h = 0,1611m c/ 19 espelhos: O piso varia de 0,3078 a 0,3178m
Então: 1,27 ÷ 0,3078 = 4,13 pisos
1,27 ÷ 0,3178 = 3,99 pisos
 Como só podemos ter pisos inteiros no intervalo de 3,99 a 4,70, devemos ter 4 pisos de 
0,3175m. Esta escada com largura de 0,90m, teremos h = 0,1611 e b = 0,3175.
• OPÇÃO 2: Largura da escada igual a 1,0m (ideal).
Para h = 0,18m c/ 17 espelhos: O piso varia de 0,27 a 0,28m
Então: 2,87 – 1,0 – 1,0 = 0,87m
0,87m ÷0,27 = 3,22 pisos
0,87m ÷ 0,28 = 3,11 pisos
Para h = 0,17m c/ 18 espelhos: O piso varia de 0,29 a 0,30m
Então: 0,87 ÷ 0,29 = 3 pisos
0,87 ÷ 0,30 = 2,99 pisos
59
Para h = 0,1611m c/ 19 espelhos: O piso varia de 0,3078 a 0,3178m
Então: 0,87 ÷ 0,3078 = 2,82 pisos
0,87 ÷ 0,3178 = 2,74 pisos
 Como só podemos ter pisos inteiros no intervalo de 2,74 a 3,22, devemos ter 3 pisos de 
0,29m.
 Esta escada com largura de 1,0m, teremos h = 0,17 e b = 0,29.
3.12. Rampa
 É um plano inclinado usado para circulação e permitir fácil comunicação entre dois pi-
sos situados em níveis diferentes; deve ser previsto patamar de descanso em condições seme-
lhantes às da escada. Quando se destina ao uso de pedestre, a rampa ideal seria a de 8% de 
inclinação.
 As rampas são pouco utilizadas em residências, mas largamente aplicadas em edifícios 
de apartamentos, escolas, hospitais e edifícios comerciais, etc.; onde a circulação interna justi-
fica sua utilização.
60 
 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, de-
vendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos; com 
comprimento mínimo de 1,10m no sentido do trânsito. Não é per-
mitida a colocação de portas em rampas; estas devem estar situadas 
sempre em patamares planos, com largura não inferior à da folha da porta do lado do 
vão.
 O piso das rampas deve ser antiderrapante. As rampas devem ser dotadas de guarda-
-corpo e corrimão, análoga às da escada.
3.12.1. Dimensionamento
 A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte equação:
i = (h x 100)/c
61
 onde:
• i é a inclinação, em porcentagem;
• h é a altura do desnível;
• c é o comprimento da projeção horizontal.
3.12.2. Tabela Para Dimensionamento de Rampas
 As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela a 
seguir. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patama-
res, a cada 50 m de percurso.
62 
3.12.3. Tabela Para Dimensionamento de Rampas Para Situações Excepcio-
nais
 Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam integral-
mente a tabela 5, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,33% (1:12) até 12,5% (1:8), 
conforme a tabela abaixo.
3.12.4. Outras Normas de Dimensionamento
 A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em rampas 
externas.
 A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível de rampa 
em até 10 cm de cada lado.
 A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A 
largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o 
63
mínimo admissível 1,20 m, conforme figura a seguir.
 Quando não houver paredes laterais as rampas devem incorporar guias de balizamento 
com altura mínima de 0,05 m, instaladas ou construídas nos limites da largura da rampa e na 
projeção dos guarda corpos, conforme figura abaixo.
 Em edificações existentes, quando a construção de rampas nas larguras indicadas ou a 
adaptação da largura das rampas for impraticável, podem ser executadas rampas com largura 
mínima de 0,90 m com segmentos de no máximo 4,00 m, medidos na sua projeção horizontal.
 Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível e de 8,33% (1:12) e o raio míni-
mo de 3,00 m, medido no perímetro interno à curva, conforme figura abaixo.
64 
3.12.5. Patamares das Rampas
 No início e no término da rampa devem ser previstos patamares com dimensão longi-
tudinal mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, além da área de 
circulação adjacente, conforme figura abaixo.
 Entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitu-
dinal mínima de 1,20 m sendo recomendável 1,50 m. Os patamares situados em mudanças de 
direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa.
Objetivos da Unidade
Unidade IV - 
Escadas e RampasIV
• Conhecer e analisar os tipos de telhados usuais em edifí-
cios.
66 
Unidade IV - Telhados
4. Introdução
4.1. O que são Telhados
 Telhados são elementos de proteção das ações de intempéries. São constituídos da co-
bertura, estrutura e condutores de águas pluviais.
4.2. Tipos de Superfície
 Os telhados podem ser:
• de superfícies curvas;
• de superfícies planas;
• de superfícies mistas.
4.3. Cobertura
 Existem no mercado vários tipos de telhas, tais como de cerâmica ao natural, esmalta-
das em várias cores, de vidro ou de cimento colorido.
 Antes de se decidir por um ou outro modelo, é importante não só considerar o aspecto 
estético, mas também o funcional.
67
 Não se esqueça que as telhas têm a função de proteger toda a 
estrutura da obra e precisam ser apropriadas ao projeto. Por exemplo, 
para um telhado com grande inclinação, as telhas devem ter saliên-
cias para os furos de amarração, a fim de assegurar total rigidez ao te-
lhado. Se for necessário algum segmento de telhas de vidro para aumentar a iluminação 
no interior do ambiente, deve-se escolher o mesmo tipo de telha, para se ter um telhado 
uniforme, sem vãos que possam permitir a entrada de água.
 Outro detalhe importante: cada tipo de telha exige um caimento (inclinação) mí-
nimo, para a água da chuva escoar com facilidade.
4.3.1. Tipos de Cobertura
 Telhas de barro
• Cores: Vermelha, branca e de vidro
• Características: Telha cerâmica natural com capa e 
canal separados, diferentes entre si e linhas predo-
minantes retas.
• Rendimento por m²: 26 peças
• Peso por m²: 42 Kg
• Inclinação Mínima: 27%
Fibrocimento ondulada
• Cores: Branca, Cinza
• Características: Telha ondulada de fibrocimento.
• Rendimento por m²: variável
• Inclinação Mínima: 9%
68 
4.4. Estrutura
 São peças destinadas a transferir os esforços da cobertura às vigas, lajes, pilares e ou 
paredes.
 As estruturas compõem-se de tesouras e vigamentos secundários. As tesouras são ge-
ralmente de forma triangular.
4.4.1. Estrutura em Madeira
4.4.1.1. Terminologia
1. Ripas: pequenas peças de madeira, apoiadas sobre o caibro para sustentação das telhas.
2. Caibros: Peça de madeira que sustenta as ripas. Nos telhados, o caibro se assenta nas 
cumeeiras, nas terças e nos frechais.
3. Cumeeira: Terça da parte mais alta do telhado. Grande viga de madeira, que une os vér-
tices da tesoura e onde se apoiam os caibros do madeiramento da cobertura. Também 
chamada de "espigão horizontal".
4. Terça: viga de madeira apoiada sobre as pernas das tesouras ou sobre paredes, para 
sustentação dos caibros, paralela à cumeeira e ao frechal.
5. Frechal: terça da parte inferior do telhado, sendo assentada sobre o topo da parede, 
69
servindo de apoio à tesoura.
6. Tesoura: viga em treliça plana vertical, formada de barras dispostas de madeira a com-
por uma rede de triângulos, tornando o sistema estrutural indeslocável.
7. Perna: Cada uma das vigas inclinadas que compõe a tesoura.
8. Linha: Viga horizontal (tensor) que, na tesoura, está sujeita aos esforços de tração.
9. Pendural ou montante: Viga vertical no centro da tesoura, que vai da cumeeira à linha 
da tesoura.
10. Mão francesa, escora ou diagonal: São peças de ligação entre a linha e a perna, encon-
tram-se,em posição oblíqua ao plano da linha. Geralmente trabalham à compressão.
11. Estribo: São ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras. Podem traba-
lhar à tração ou cisalhamento.
4.4.2. Estrutura Metálica
4.5. Calhas
 São elementos destinados a captar águas pluviais provenientes das coberturas e con-
duzi-las através dos condutores verticais até as caixas de areia.
70 
4.6. Inclinação das Coberturas
 As Cobertura sempre devem ter uma inclinação. Ao se projetar um telhado devemos 
consultar ao fabricante especificações de seu produto, tais como as inclinações máximas e mí-
nimas.
 Chama-se inclinação da cobertura o ângulo formado pelos 
planos das coberturas com o horizonte. Ele é geralmente uniforme 
em todo o telhado podendo ser diverso, caso a planta for de forma 
irregular.
 Se a inclinação for uniforme, ela pode ser definida pela relação entre a altura e a largura 
da cobertura.
h = (𝐿𝐿 .𝑖𝑖)
100
 
h = altura da cobertura (desnível) 
 i% = inclinação da cobertura(ponto) 
L= projeção horizontal da cobertura 
71
4.7. Formas de Cobertura
4.7.1. Águas
 As coberturas são constituídas por uma ou mais superfícies que podem ser planas, cur-
vas ou mistas, entretanto as planas são as mais utilizadas.
 Essas superfícies (planos) são denominadas “água”, e conforme o seu número, temos o 
telhado de uma água (vulgarmente conhecido como alpendres ou meia-água), os de duas, de 
três, de quatro, etc.
4.7.1.1. Cobertura Meia-água
72 
4.7.1.2. Cobertura Duas-águas
4.7.1.3. Cobertura Quatro-águas
4.7.1.3. Cobertura Seis-águas
73
4.7.2. Beirais
 É parte da cobertura que avançam além dos alinhamentos das paredes externas. Faz 
o papel das abas de um chapéu; protege as paredes contra as intempéries. Geralmente tem 
largura em torno de 60 cm a 1.00m.
4.7.3. Platibandas
 É a continuação das paredes externas, com o objetivo de esconder as coberturas.
74 
4.7.4. Oitões
 São paredes externas paralelas às tesouras, que muitas vezes servem de apoio para as 
terças.
4.8. Projeto de uma Cobertura
 Consiste na projeção do telhado sobre um plano horizontal, de modo a conhecer a sua 
forma através das linhas de cumeeira, espigões e rincões.
 A cumeeira é um divisor de águas horizontal. Os espigões são também divisores de 
água, porém inclinados e os rincões ou águas furtadas são receptores de águas inclinadas.
 Ao projetarmos uma cobertura devemos nos lembrar de algumas práticas:
1. As cumeeiras são linhas paralelas a uma direção das paredes e perpendicular à outra 
direção, quando as paredes formarem ângulos de 90°.
2. Os espigões formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e partem dos cantos 
externos.
3. Os rincões ou águas furtadas formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e 
partem dos cantos internos.
75
 Dado as projeções das paredes de uma edificação, iremos fazer o projeto da cobertura, 
considerando: beirais e caimento das águas em todas as empenas.
4.8.1. Projeção das Paredes Externas
76 
4.8.2. Projeção das Paredes Externas Mais o Beiral
4.8.3. Projeção do Telhado (Paredes Externas com Beiral de 80cm)
77
4.8.4. Encontrando a Cumeeira Mais Alta
 Desconsiderando as projeções externas das paredes (ou seja, considerando apenas o 
contorno da cobertura), procurar dentro da figura ADJIPNKLFEA o retângulo ou quadrado, que 
ao projetar uma cobertura de 4 águas, teremos a cumeeira mais alta.
78 
 Então o retângulo com a cumeeira mais alta, pela relação p=h/L, sendo p constante, h= 
pxL; portanto, quanto maior o L maior o h. O retângulo que possui o maior L é o L8 = 5.30m. 
O retângulo BDHJ será então a cobertura principal e todas as outras coberturas irão penetrar 
nesta.
4.8.5. Projetando a Cobertura de Quatro Águas
 Teremos:
79
 Como as projeções das paredes externas formam ângulos de 90º, tirando a bissetriz do 
ângulo, teremos uma linha com a inclinação de 45º.
 A cumeeira AB é a mais alta de todas.
4.8.6. Projetando o Telhado do Retângulo ABEF
 Após projetado a cobertura em quatro águas com a cumeeira mais alta, iremos projetar 
os retângulos 1, 2 e 3 da mesma forma.
80 
4.8.6.1. Projetando o Retângulo 1
 Se projetarmos no retângulo ABEF uma cobertura de quatro águas, teremos a neces-
sidade de se colocar uma calha. Quando fizermos uma vista frontal da cobertura iremos ver a 
calha, o que não desejamos, pois queremos que as águas caiam sobre todas as empenas de 
forma uniforme.
 Então projetando com três águas teremos a seguinte cobertura:
4.8.6.2. Projetando o Retângulo 2, Idem ao Anterior
 Se projetarmos no retângulo HIOP uma cobertura de quatro águas, teremos a neces-
sidade de se colocar uma calha. Quando fizermos uma vista frontal da cobertura iremos ver a 
calha, o que não desejamos, pois queremos que as águas caiam sobre todas as empenas de 
forma uniforme.
81
4.8.6.3. Projetando o Retângulo 3, idem ao Anterior
4.8.7. Traçado Definitivo
 Traçando as projeções das cumeeiras, dos espigões e rincões, passa-se o traçado defini-
tivo do telhado, pois existem linhas que não devem figurar por estarem em um mesmo plano.
4.8.8. Projeto Definitivo da Cobertura
82 
4.8.9. Cortes
83
84 
 Exercícios:
1 - Dado o contorno externo de uma construção, fazer o projeto da cobertura, inclusive os 
cortes, considerando: beirais e caimento das águas em todas as empenas. Dados: Beiral = 
60cm e Telha Plan i=27%.
85
2 - Dado o contorno externo de uma construção, fazer o projeto da cobertura, inclusive os 
cortes, considerando: beirais e caimento das águas em todas as empenas. Dados: Beiral = 
80cm e Telha Francesa i=37%.
86 
3 - Dado o contorno externo de uma construção, fazer o projeto da cobertura, inclusive os 
cortes, considerando: beirais e caimento das águas em todas as empenas. Dados: Beiral = 
60cm e Telha Colonial i=25%.
Objetivos da Unidade
Unidade V - Projeto 
Arquitetônico, Projetos 
Complementares e Anotação 
de Responsabilidade Técnica
V
• Orientar o projeto e a execução da edificação;
• Conhecer os projetos complementares exigidos em uma 
edificação;
• Conhecer uma ART – Anotação de Responsabilidade Téc-
nica.
88 
Unidade V - Projeto Arquitetônico, Projetos Complementares e Anotação de 
Responsabilidade Técnica
5. Introdução
5.1. Projeto Arquitetônico
 O Desenho Arquitetônico tem por finalidade a produção de projetos de arquitetura que 
se constituem dos seguintes elementos: planta baixa, planta de situação, planta de locação, 
planta de cobertura, cortes, fachadas, carimbo, quadros de esquadrias e de áreas. 
5.1.1. Planta Baixa
 A planta baixa é a representação gráfica de uma construção onde cada ambiente é visto 
de cima, sem o telhado, a partir do corte horizontal à altura de 1,5m da base. Nela devem estar 
detalhadas em escala as medidas das paredes, portas, janelas, o nome de cada ambiente e seu 
respectivo nível. A partir da planta baixa são feitos os lançamentos dos demais projetos com-
plementares de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate 
a incêndio, sistema de proteção a descargas atmosféricas, sonorização, segurança, assim como 
o cálculo estrutural e de fundações de uma obra (PEREIRA, A. G, 2009).
89
90 
5.1.2. Cortes
 Conforme Caldas, 2011, corte é um desenho que representa a projeção de uma seçãovertical em uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece em planta 
baixa; indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de elementos estruturais, 
altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc.
 Montenegro, 1978, recomenda que a identificação dos cortes numa planta, seja feita 
por letras consecutivas, do tipo AA’ e BB’.
 A escolha da seção de corte numa planta baixa pode ser influenciada por uma série 
de fatores, dependendo do grau de detalhes que o arquiteto pretenda demonstrar. Porém, 
recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro, visualizando o sanitário, 
lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a posição do corte deve passar pela escada, 
mostrando detalhes dos degraus e as alturas de seus espelhos.
5.1.3. Fachadas
 Fachada é um desenho que representa as faces externas do edifício (frontal e lateral). 
Podem ser interpretadas como a representação daquilo que se almeja construir. As escalas 
mais usuais são: 1/50 e 1/75 (CALDAS, D. B., 2011).
91
5.1.4. Planta de Cobertura
 Planta de cobertura é a representação do projeto arquitetônico que indica os detalhes 
da cobertura de uma construção. Nesse tipo de desenho, por se tratar de uma vista superior, 
estarão representadas as inclinações da cobertura, quantidade de “águas”, material emprega-
do, localização da caixa d'água, calha etc.
92 
5.1.5. Planta de Locação
 Conforme Caldas, 2011, a planta de situação é a representação do projeto arquitetônico 
que indica a posição da construção no terreno. Podendo ser indicado também muros, portões, 
vegetação existente, orientação magnética (norte geográfico), passeio público e opcionalmen-
te construções vizinhas.
93
 A Planta de Locação é o ponto de partida para o início de uma obra. Pois representa 
graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhado em escalas médias, ex.: 
1/200, 1/250, 1/500.
 Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o registro de 
imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais, frontal e de fundos, a 
presença de calçadas, piscinas etc.
5.1.6. Planta de Situação
 É a representação do projeto arquitetônico que indica as dimensões do terreno, a qua-
dra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de acesso e opcionalmente 
pontos de referência. Essa representação vai localizar o terreno dentro de um perímetro urba-
no ou até mesmo rural, facilitando sua identificação junto aos órgãos públicos competentes na 
regularização e fiscalização da obra.
94 
 A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso, normalmente é 
desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, 1/2000 etc. (CALDAS, D. B., 2011).
5.2. Pavimento Tipo
 Pavimento tipo (ou pavimento padrão), é um ou mais pavimentos que se repetem em 
planta em um edifício. Uma configuração comum de um edifício tem-se; subsolo, pilotis, me-
zanino, diversos pavimentos-tipo e cobertura.
95
5.3. Projeto Estrutural
 O Projeto Estrutural, também chamado de cálculo estrutural, é o dimensionamento das 
estruturas que vão sustentar uma edificação (vigas, lajes e pilares), sendo o responsável pela 
segurança das edificações, não só evitando o colapso (desmoronamento) como também pato-
logias (trincas, quedas de revestimentos, deslocamentos de pisos, etc.) que podem ocorrer em 
uma edificação. Trata-se de um estudo fundamental para:
• Racionalização das peças e componentes da estrutura;
• Especificação dos tipos e características dos materiais a empregar;
96 
• Estudo prévio do tipo de fundação mais indicado para sua obra.
 Desde modo, o projeto estrutural funciona como um tripé composto por três pernas: 
segurança, economia e durabilidade, juntamente com o conceito de sustentabilidade. Se uma 
dessas “pernas” não for contemplada, descaracteriza o projeto e perde sua funcionalidade.
5.3.1. Projeto de Pilotis
 Pilotis é um conjunto de colunas que sustentam uma obra e, ao mesmo tempo, deixam 
o pavimento térreo livre. Ele pode ser usado em edifícios, casas, museus, escolas, entre vários 
outros tipos de construções. 
 A primeira vantagem do pilotis é em relação ao nivelamento do solo. Ele torna-se uma 
solução em caso de terrenos mais inclinados, já que é possível erguer casas sem o trabalho de 
mover a terra. Outro benefício é que a construção ganha um ar de leveza, além de evitar pro-
blemas com umidade.
97
5.4. Projeto Elétrico Baixa Tensão
 As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela norma NBR-5410, da 
ABNT, que estabelece de 1000 volts como o limite para a baixa tensão em corrente alternada e 
de 1500 volts para a corrente contínua. 
 A frequência máxima de aplicação desta norma é de 400 Hz. Toda a energia gerada para 
atender a um sistema elétrico é sob a forma trifásica, alternada, tendo sido fixada a frequência 
de 60 ciclos/segundo para uso em todo o território brasileiro, por decreto governamental.
5.5. Projeto Hidro-Sanitário
 Pode-se entender por instalações hidráulico-sanitárias prediais o conjunto de canali-
zações, aparelhos, conexões, peças especiais e acessórios destinados ao suprimento de água 
ou ao afastamento de águas servidas ou pluviais dos prédios, desde a ligação à rede pública 
de água até o retorno ao coletor público de esgotos ou o sistema individual de tratamento, e 
98 
também o encaminhamento das águas pluviais a rede pluvial da rua ou demais sistemas que 
utilizem a água da chuva (reutilização, infiltração no solo, etc). 
 As instalações hidráulico-sanitárias prediais atendem a pelo menos dois requisitos bási-
cos: 
• Hidráulico: Fornecer água de qualidade apropriada, em quantidade suficiente e sob 
pressão adequada a todos os aparelhos. 
• Sanitário: Impedir o retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos 
aparelhos e a entrada de gases de esgotos, de roedores ou insetos nos prédios. 
 Outro aspecto importante a ser levado em consideração durante um projeto de insta-
lações hidráulico-sanitárias prediais é sua relação com o projeto arquitetônico. Deve-se haver 
um perfeito entrosamento com as soluções arquitetônicas e estruturais. 
 Um projeto de instalações hidráulico-prediais deverá conter: 
• Instalações de água fria;
• Instalações de água quente;
• Instalações de esgoto sanitário; 
• Instalações de águas pluviais.
 Os projetos hidráulicos são dimensionados de acordo com as necessidades do cliente, 
e adequados em sua perfeita otimização dentro das Normas Técnicas da ABNT.
99
5.6. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico
 O Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico, ou PSCIP, é um documento que reúne 
um conjunto de medidas de segurança contra incêndio e pânico para toda edificação de uso 
coletivo e que, por sua vez, devem ser apresentadas ao Corpo de Bombeiros local, procurando 
identificar todos os riscos da edificação.
 Tem como objetivo o de garantir a segurança mínima contra incêndio e pânico nas edi-
ficações. Cabe ao Corpo de Bombeiros local a responsabilidade de fazer a verificação das medi-
das de segurança instaladas em conformidade com o Processo de Segurança Contra Incêndio 
e Pânico, ou PSCIP aprovado.
100 
 Veja aqui as Instruções Técnicas (IT’s) do Corpo de Bombeiros 
de Minas Gerais: 
http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471- 
instrucoes-tecnicas.html
http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471- instrucoes-tecnicas.html
http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471- instrucoes-tecnicas.html
101
5.7. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
 A A.R.T. é o instrumentoque define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela 
execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema 
Confea/Crea.
 https://maiscontroleerp.com.br/o-que-e-art-e-qual-a-sua-im-
portancia-na-construcao-civil/
https://maiscontroleerp.com.br/o-que-e-art-e-qual-a-sua-importancia-na-construcao-civil/
https://maiscontroleerp.com.br/o-que-e-art-e-qual-a-sua-importancia-na-construcao-civil/
Referências Bibliográficas
VARGINHA, Lei do Uso e Ocupação do Solo nº 3.181. Dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo 
Urbano do Município de Varginha e dá outras providências. Varginha:1999.
VARGINHA, Código de Obras nº 3.006. Dispõe sobre o Código de Obras Habitacionais. Var-
ginha:1998.
VARGINHA, Anexo VIII, Código de Obras nº 3.065. Altera a redação do Anexo VIII da lei Muni-
cipal nº 3.006, que institui o Código de Obras Habitacionais. Varginha:1998.
	Unidade I - Lei de Uso e Ocupação do Solo
	1. Introdução
	1.1. Das Definições
	1.2. Zoneamento do Solo
	1.3. Classificação do Uso
	1.4. Índices Urbanísticos 
	1.5. Código de Obras
	1.6. Disposições Gerais
	1.7. Condições Para o Licenciamento da Obra
	1.7.1. Responsabilidade Técnica
	1.7.2. Licença para Execução
	1.7.3. Projetos de Edificação
	1.8. Condições Gerais da Edificação
	1.8.1. Implantação
	1.8.2. Salubridade e Conforto das Edificações
	1.8.2.1. Classificação dos Compartimentos
	1.8.2.2. Condições Mínimas das Edificações
	1.8.2.3. Elementos Construtivos
	1.8.2.4. Iluminação e Ventilação
	1.8.2.5. Garagens 
	1.8.2.6. Condições de Acesso e Circulação
	1.9. Normas Específicas das Edificações 
	1.9.1. Edificações Residenciais
	Unidade II - Convenções e Símbolos de Projetos Arquitetônicos
	2.1. Introdução
	2.2. Paredes
	2.2.1. Dimensões das Paredes
	2.2.1.1. Paredes Revestidas
	2.2.1.2. Paredes em Osso (Sem Revestimento)
	2.2.1.3. Observações
	2.3. Pisos e Tetos
	2.3.1. Pisos Intermediários
	2.3.2. Contrapisos
	2.4. Esquadrias
	2.4.1. Portas
	2.4.1.1. Porta Abrir
	2.3.3. Tetos
	2.4.1.2. Porta Correr
	2.4.1.3. Porta Sanfonada ou Pantográfica
	2.4.1.4. Porta Basculante
	2.4.1.5. Porta Enrolar
	2.4.1.6. Vai Vem
	2.4.1.7. Pivotante
	2.4.2. Janelas
	2.4.2.1. Janela Abrir
	2.4.2.1.1. Representação de Janelas Acima ou Abaixo do Plano de Corte (h=1,50m)
	2.4.2.2. Janela Correr
	2.4.2.3. Basculante
	2.4.2.4. Janela Guilhotina
	2.4.2.5. Pivotante
	Unidade III - Escadas e Rampas
	3.1. Escadas
	3.1.1. Escada com Guarda-Corpo Contínuo
	3.1.2. Escada com Guarda-Corpo Vazado
	3.2. Emprego das Escadas
	3.3.2. Escadas Curvas
	3.2.1. Escadas Internas
	3.2.2. Escada Externas
	3.3. Forma e Disposição dos Lances
	3.3.1. Escadas Retas
	3.3.3. Escadas Mistas
	3.4. Largura das Escadas
	3.5. Caixa da Escada
	3.7. Forma dos Degraus
	3.7.1. Piso Perpendicular ao Espelho
	3.7.2. Espelho Inclinado com Piso
	3.6. Iluminação
	3.7.3. Pisos Engastados Sem Espelhos
	3.7.4. Pisos Sobre Vigas
	3.8. Dimensionamento de Degraus e Patamares
	3.9. Altura Livre
	3.10. Inclinação
	3.11. Corrimãos e Guarda-corpos
	3.12. Rampa
	3.12.1. Dimensionamento
	3.12.2. Tabela Para Dimensionamento de Rampas
	3.12.3. Tabela Para Dimensionamento de Rampas Para Situações Excepcionais
	3.12.4. Outras Normas de Dimensionamento
	3.12.5. Patamares das Rampas
	Unidade IV - Telhados
	4. Introdução
	4.1. O que são Telhados
	4.2. Tipos de Superfície
	4.3. Cobertura
	4.3.1. Tipos de Cobertura
	4.4.1.1. Terminologia
	4.4. Estrutura
	4.4.1. Estrutura em Madeira
	4.4.2. Estrutura Metálica
	4.5. Calhas
	4.6. Inclinação das Coberturas
	4.7. Formas de Cobertura
	4.7.1. Águas
	4.7.1.1. Cobertura Meia-água
	4.7.1.2. Cobertura Duas-águas
	4.7.1.3. Cobertura Quatro-águas
	4.7.1.3. Cobertura Seis-águas
	4.7.2. Beirais
	4.7.3. Platibandas
	4.7.4. Oitões
	4.8. Projeto de uma Cobertura
	4.8.1. Projeção das Paredes Externas
	4.8.2. Projeção das Paredes Externas Mais o Beiral
	4.8.3. Projeção do Telhado (Paredes Externas com Beiral de 80cm)
	4.8.4. Encontrando a Cumeeira Mais Alta
	4.8.5. Projetando a Cobertura de Quatro Águas
	4.8.6. Projetando o Telhado do Retângulo ABEF
	4.8.6.1. Projetando o Retângulo 1
	4.8.6.2. Projetando o Retângulo 2, Idem ao Anterior
	4.8.6.3. Projetando o Retângulo 3, idem ao Anterior
	4.8.7. Traçado Definitivo
	4.8.8. Projeto Definitivo da Cobertura
	4.8.9. Cortes
	Unidade V - Projeto Arquitetônico, Projetos Complementares e Anotação de Responsabilidade Técnica
	5. Introdução
	5.1. Projeto Arquitetônico
	5.1.1. Planta Baixa
	5.1.2. Cortes
	5.1.3. Fachadas
	5.1.4. Planta de Cobertura
	5.1.5. Planta de Locação
	5.1.6. Planta de Situação
	5.2. Pavimento Tipo
	5.3. Projeto Estrutural
	5.3.1. Projeto de Pilotis
	5.4. Projeto Elétrico Baixa Tensão
	5.5. Projeto Hidro-Sanitário
	5.6. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico
	5.7. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
	Referências Bibliográficas

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