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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE PROF. BRUNO CAMPOS 2021.2 PROF. MSC BRUNO CAMPOS 2021-2 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IBMR Prof. Bruno Campos – 2º/2021 Bacharel em Ciências Contábeis – UFF Especialista em Liderança e Gestão - UNIDERP Mestre em Ciências Contábeis – UERJ Bacharel em Teologia– FATUN Graduando em Direito - IBMR Sócio de Escritório de contabilidade Introdução à contabilidade Prof. Msc. Bruno Campos 2021-2 Introdução à contabilidade Ementa da Disciplina: Apresenta o conceito, objeto e objetivos da contabilidade, definindo usuários e seus aspectos quantitativos e qualitativos; patrimônio, métodos e formas de escrituração e de lançamentos contábeis. Aborda ainda a elaboração, apuração e análise das principais demonstrações contábeis, visando à tomada de decisão gerencial. Introdução à contabilidade Objetivos de Aprendizagem: Identificar as práticas matemáticas necessárias ao curso. Desenvolver práticas contábeis que possibilitem a demonstração da situação patrimonial, financeira e econômica da organização. Analisar os métodos adequados para divulgação dos resultados alcançados pela organização. Analisar os resultados patrimoniais, financeiros e econômicos alcançados pela organização. Investigar as projeções de resultados estabelecidos pela organização. Conhecer o Método das Partidas Dobradas e a Legislação Vigente. Testar sistemas de custeio adequados à organização. Desenvolver sistemas de controles gerenciais adequados à organização. Conhecer sistemas de informações para operacionalização contábil. Introdução à contabilidade BIBLIOGRAFIA BÁSICA GONÇALVES, Eugênio Celso; BATISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 7ª. edição. São Paulo: Atlas, 2011. (Disponível na biblioteca virtual) MARION, José Carlos; RIBEIRO, Osni Moura. Introdução à Contabilidade Gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011 (disponível na biblioteca virtual) ALVES, Revson Vasconcelos. Contabilidade Gerencial: livro texto com exemplos, estudos de casos e atividades práticas. São Paulo: Atlas, 2013. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W.; BREWER, Peter C... Contabilidade Gerencial. 14ª. edição. São Paulo: McGraw Hill, 2013. (Disponível na biblioteca virtual) WEIL, Roman L.; SCHIPPER, Katherine; FRANCIS, Jennifer. Contabilidade Financeira: introdução aos conceitos, métodos e aplicações. 14ª. edição. São Paulo: Cengage Learning, 2016 (disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade Básica: com exercícios práticos. De acordo com as normas brasileiras de contabilidade do CFC. São Palo: Atlas, 2014. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica. 2ª. edição. São Paulo: Saraiva, 2012. (Disponível na biblioteca virtual) FREZZATTI, Fábio; ROCHA, Welington; NASCIMENTO, Artur Roberto do; JUNQUEIRA, Emanuel. Contabilidade Gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico, comportamental e sociológico. Sâo Paulo: Atlas, 2009. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") “A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia concebida para captar, registrar, acumular, resumir, interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeirSaLsIDeEeconômicas de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de1 finalidades não lucrativas, empresa, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado, Município, União, Autarquia etc., tem um campo de atuação muito amplo”. (Contabilidade Introdutória, 2010) Conceito e Definição de Contabilidade A contabilidade é uma arte composta principalmente por quatro técnicas: escrituração, demonstração, análise e auditoria. A contabilidade se classifica como Ciência mediante os seguintes requisitoSsL: IDE Milenar1- reconhecidamente existe há 8.000 anos; Universal - a contabilidade é praticada em todo o mundo; Evolução – evoluiu conforme as transformações que ocorreram na humanidade, como por exemplo a tecnologia. Conceito e Definição de Contabilidade SLIDE 1 Conceito e Definição de Contabilidade Planejamento – é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro; Controle – pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração; Processo Decisório – é o conjunto de ações que faz com que se consiga a obtenção dos objetivos desejados, definidos pelo planejamento. Conceito e Definição de Contabilidade O objetivo principal da Contabilidade é o de permitir a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica- financeira da entidade, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras, e também o controle do seu Patrimônio. Conceito e Definição de Contabilidade • Objeto O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência. Na Contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio das entidades. Campo de Atuação • • • Estudar o campo de aplicação da Contabilidade significa saber onde a Contabilidade é utilizada. • Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 Primeira regulamentação contábil Conceito e Definição de Contabilidade 1850 Primeiro curso de Contabilidade e Ciências Atuariais 1945 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico Histórico 1850 Criação do Conselho Federal de Contabilidade 1945 1946 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil 1850 Publicação da Lei nº 6.404/76 – Lei das S.A. e criação da CVM 1945 1946 1976 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico Histórico 1850 1945 1946 1976 1986 Deliberação CVM nº 29 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Resolução CFC nº 750/93 1986 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Resolução CFC nº 774/94 1986 1994 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 1986 1994 2005 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Instrução Normativa CVM nº 457/07 1986 1994 2005 2007 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Lei 11.638/2007 1986 1994 2005 2007 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Início da adoção do IFRS 1986 1994 2005 2007 2008 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil 1850 1945 1946 1976 1993 Publicação da Lei nº 11.941/09 1986 1994 2005 2007 2008 2009 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Histórico Histórico 1850 1945 1946 1976 1993 Adoção Obrigatória do IFRS 1986 1994 2005 2007 2008 2009 2010 Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil Lei nº11.638/07 Lei nº 11.941/09 “Foi a grande mudança que proporcionou condições para a convergência às normas internacionais de contabilidade. O texto legal não só determinou essa convergência com produziu alterações na Lei nº 6.404/76 que impediam a adoção de várias dessas normas internacionais”; Traz alguns complementos a Lei nº 11.638/07 como por exemplo: O fim do Ativo Diferido, da conta de resultado futuros e outras; Faz menção ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis; Formalização, do ponto de vista tributário, e não societário, da desvinculação entre Fisco e Contabilidade, com a criação do Regime Transitório de Tributação. Faz a segregação, de forma enfática, entre a Contabilidade para fins deDemonstrações Contábeis e Contabilidade para fins Fiscais. Conceito e Definição de Contabilidade Evolução Contábil no Brasil “Representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objetivo é o Patrimônio das Entidades” Resolução CFC nº 1.282/10, revogada e inserida no CPC 00 Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Entidade Continuidade Oportunidade Registro Pelo Valor Original Competência Prudência Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Entidade “Reconhece o Patrimônio como objetivo da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes” Capítulo 1, itens OB17 a OB21 – CPC 00 Continuidade “A Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstancia” Capítulo 4, item 4.1 – CPC 00 Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Oportunidade “Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas” Capítulo 4, item 4.37 e 4.38 – CPC 00 Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Registro pelo Valor Original “Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional” Capítulo 4, item 4.54 a 4.56 – CPC 00 Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Competência “Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independente do recebimento ou pagamento” Capítulo 1, itens OB17 a OB21 – CPC 00 Prudência “Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido” Resolução CFC nº 1.282/10 Conceito e Definição de Contabilidade Princípios de Contabilidade Fundamentais Melhoria Relevância Comparabilidade Materialidade Verificabilidade Representação Fidedigna Tempestividade Compreensibilidade Conceito e Definição de Contabilidade Características Qualitativas Conceito e Definição de Contabilidade Características Qualitativas Relevância “Capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.”. CPC 00 Materialidade “[...] A informação contábil a ser divulgada deve conter itens relevantes para o usuário e omitir detalhes que não contribuam para as suas decisões e possam prejudicar suas interpretações ”. Roni Cleber Bonízio Conceito e Definição de Contabilidade Representação Fidedigna Para ser útil a informação contábil-financeira deve representar o fenômeno que se propõe, para isso ela precisa ser completa, neutra e livre de erro, ou seja, maximizar os referidos atributos na extensão que seja possível. Conceito e Definição de Contabilidade Comparabilidade “Permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles”. Resolução CFC nº 1.374/11 Conceito e Definição de Contabilidade Conceito e Definição de Contabilidade Verificabilidade “Ajuda a assegurar ao usuário que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe. (...) diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna”. CPC 00 Tempestividade “Significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões”. Resolução CFC nº 1.374/11 Conceito e Definição de Contabilidade Compreensibilidade “Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão”. Resolução CFC nº 1.374/11 Conceito e Definição de Contabilidade 1 Objetivos da Contabilidade Usuários da Contabilidade “toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar”. SLIDE Iudícibus et al. (2000) Usuários Externos Internos Informações mais profundas, referente ao ciclo operacional Focam em aspectos mais genéricos, expressos nas Demonstrações Financeiras Objetivos da Contabilidade Usuários da Contabilidade Grupos de Pessoas e de Interesses na Informação Contábil Sócios, acionistas e proprietários de quotas societárias de maneira geral; Administradores, diretores e executivos; Bancos, capitalistas, emprestadores de dinheiro; Governo e acionistas governamentais; Pessoas físicas; Objetivos da Contabilidade Planejamento – é o processo deFdinecaildidiraqdueedcauIrnsofodremaaççããoodCevoenrtáásbeirl tomado para o futuro; Controle – pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração; Processo Decisório – é o conjunto de ações que faz com que se consiga a obtenção dos objetivos desejados, definidos pelo planejamento. Objetivos da Contabilidade “OOPaPtraimtrôinmioônio é o um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, avaliado em moeda”. (RIBEIRO, 2018, p.11) Bens – humanas “são objetos capazes de satisfazer às necessidades e que são suscetíveis de avaliação econômica” (RIBEIRO, 2018, p. 11); Direitos – “são os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Terceiros, neste caso, correspondem a todas as pessoas que se relacionam com a empresa, como os clientes” (RIBEIRO, 2018, p. 12); Obrigações – “representam os valores que a empresa tem para pagar a terceiros” (RIBEIRO, 2018, p. 12) O Patrimônio Aspecto Qualitativo Aspecto Quantitativo “Os aspectos qualitativos tratam dos componentes do patrimônio segundo a espécie de cada um” (RIBEIRO, 2018, p. 13) “Os aspectos quantitativos referem-se ao valor com que cada elementos possa ser expressado em moeda”. (RIBEIRO, 2018, p. 13) 1 Campos de Atuação Função do Contador úteis aos usuários da Função básica do Contador é produzir informações Contabilidade para tomada de decisões; EntretSaLntIoD, rEessalta-se que na pequena empresa a função do Contador, foi distorcida, estando voltada basicamente para satisfazer as exigências fiscais Independente (Autônomo) Na Empresa Contador Contador Geral, Contador de Custos, Controler, Subcontador, etc.. Cargos Administrativos Auditor Interno Contador Fiscal Auditor Independente Consultor Perito Contábil Escritório de Contabilidade Campos de Atuação Professor Consultor Pesquisador Contador Público Controlador de Arrecadação Fiscal Tributos Tribunal Contas Escritor Contador No Ensino Órgãos Públicos Campos de Atuação A contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades, com as seguintes alternativas: Contabilidade Financeira Contabilidade de Custos Contabilidade Gerencial Auditoria Analista Econômico Financeiro Perícia Contábil Consultoria Contábil Professor Pesquisador Campos de Atuação Apresentação da Estrutura Patrimonial O Balanço Patrimonial “O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento, dentro de certas regras. Nessa demonstração,estão claramente evidenciados o Ativo, Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade”. (Contabilidade Introdutória, 2010) ATIVO PASSIVO PATRIMÔNI O LÍQUIDO O Balanço Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Lado Esquerdo Lado Direito O Balanço Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Elementos do Balanço Patrimonial Definição Ativo Compreende, de forma muito simplificada, os bens e os direitos da entidade expressos em moeda. Ex: Caixa, bancos, imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias, contas a receber de clientes. Passivo Compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a empresa deve a terceiros. Ex: Contas a pagar, fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar, financiamentos. Patrimônio Líquido É a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em determinado momento. Patrimônio Líquido = Ativo (bens + direitos) – Passivo (obrigações) O Balanço Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Balanço Patrimonial Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Bens Dinheiro Máquinas Veículos Estoque Direitos Títulos a Receber Depósitos em Banco Obrigações Fornecedores Salários a Pagar Empréstimos Bancários Impostos a Pagar Patrimônio Líquido Capital Reservas de Lucro Lado Esquerdo Lado Direito Representação Gráfica Apresentação da Estrutura Patrimonial Capital de Terceiros Capital Alheio a P ssivo = Obrigações = + Capital próprio = Recursos (financeiros ou materiais) dos Proprietários (sócios ou acionistas = = Capital Total Patrimônio Líquido Apresentação da Estrutura Patrimonial Capital = Recursos Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Origem de Recursos (Passivo + PL) Aplicação de Recursos (Ativo) Apresentação da Estrutura Patrimonial Origem e Aplicação de Recursos Botafogo S.A Balanço Patrimonial em 31/01/20x2 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 3.000 Passivo Bancos 800 Contas a Pagar 5.500 Contas a Receber 3.000 Fornecedores 1.800 Estoque de Materiais 3.000 Total Passivo 7.300 Terrenos 1.700 Patrimônio Líquido Veículos 500 Capital 4.000 Reserva de Lucros 700 Total Patrimônio Líquido 4.700 Total Ativo 12.000 Total Passivo + PL 12.000 O Balanço Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO (lado esquerdo) L(ÍlQadUoIdDiOreito) Equação Fundamental do Patrimônio Equação Patrimonial Configurações do Estado Patrimonial 1UªmOpsoercaieçdãaod–e Saunbôsncirmiçaãoé dfounCdaapdiatacl oSmociaaldenominação Alfa S.A. e investem o total de R$ 4.000,00, em dinheiro, para dar início ao empreendimento. Esse valor inicial é denominado capital inicial do empreendimento. Com isso, subscrevem (assinam o compromisso de entregar o dinheiro) e integralizam (entregam definitivamente o dinheiro). A entidade inicia sua atividades em 15/01/x1, no ramo de prestação de serviços. Apresentação da Estrutura Patrimonial Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 15/01/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 4.000 Patrimônio Líquido Capital Subscrito 4.000 Total Ativo 4.000 Total Passivo + PL 4.000 Configurações do Estado Patrimonial 1ª Operação – Subscrição do Capital Social Apresentação da Estrutura Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Configurações do Estado Patrimonial 2ª Operação – Aquisição de edifício A empresa resolve adquirir em 10/02/x1, mediante pagamento a vista, um edifício de dois pavimentos para abrigar suas instalações, pela importância de $ 1.200. Com essa transação, a empresa adquire um novo Ativo (Imóveis), mas vê seu dinheiro (Caixa) diminuindo do mesmo valor. 2ª Operação – Aquisição de edifício Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 10/02/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa Imóveis 2.800 1.200 Patrimônio Líquido Capital Subscrito 4.000 Total Ativo 4.000 Total Passivo + PL 4.000 Configurações do Estado Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Para iniciar suas atividades mercanCtiosn,fiagueramçõpersedsoaEnsteacdeosPsiattarimonial 3aªdOqupierriraçmãoat–erCiaoims,pqruaedesemrãaoteersitaoiscados, para uma posterior utilização, quando da prestação dos seus serviços a seus clientes. Em 13/02/x1 a empresa adquire esses materiais por $ 2.000. Nenhum pagamento em dinheiro é feito nessa data, já que será paga em um momento posterior. Para essa transição, a empresa adquire um novo Ativo (materiais) e assume um Passivo, uma obrigação de pagar (fornecedores). Apresentação da Estrutura Patrimonial 3ª Operação – Compra de materiais Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 13/02/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa Estoque de Materiais Imóveis 2.800 2.000 1.200 Passivo Fornecedores Patrimônio Líquido Capital Subscrito 2.000 4.000 Total Ativo 6.000 Total Passivo + PL 6.000 Configurações do Estado Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Configurações do Estado Patrimonial 4Aª AOlpfaerSa.çAã.on–ecCesosmitpardaeduemveuíctiuliltoário para efetuar aos clientes a entrega dos aparelhos eletrônicos consertados. Adquire, então, em 20/02/x1, da Beta Automóveis S.A, um veículo, a vista por $ 200. Efetuada essa nova transação, a empresa adquire um novo Ativo (veículos) e seu dinheiro (caixa) diminui no mesmo valor. 4ª Operação – Compra de veículo Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 20/02/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 2.600 Passivo Fornecedores Patrimônio Líquido Capital Subscrito 2.000 Estoque de Materiais 2.000 Imóveis 1.200 4.000 Veículos 200 Total Ativo 6.000 Total Passivo + PL 6.000 Configurações do Estado Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial total, $ 1.200, fosse dividido em partes iguais, $ 600 como custo de cada um dos dois pavimentos adquiridos. Desta forma temos que o ativo cresceu $ 800, mas o ativo foi reduzido em $ 600, devido a baixa da parte do imóvel vendido. Com isso, há um incremento líquido de $ 200 no ativo; como nada se altera no passivo, isso provoca, então, um aumento de $ 200 no patrimônio líquido, em função desse lucro na venda do imóvel. Nenhum dinheiro foi recebido nessa data, porém a empresa tem um direito de receber $ 800, representado por uma Nota Promissória emitida pelo comprador. A Alfa S.A. decide vender a parte supCeornifoigrudraoçõseesudeodEisftíacdioo,Peamtrimonial 52ª3/O02p/exr1açpãoor–$Ve8n0d0a. Sdueppoanrdteodqoueediofícciuosto pago pelo imóvel Apresentação da Estrutura Patrimonial Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 23/02/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 2.600 Passivo Fornecedores Patrimônio Líquido Capital Subscrito Lucro Total Patrimônio Líquido 2.000 Estoque de 2.000 Materiais 800 4.000 Títulos a Receber 600 200 Imóveis 200 4.200 Veículos Total Ativo 6.200 Total Passivo + PL 6.200 5ª Operação – Venda de parte do edifCícoionfigurações do Estado Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Configurações do Estado Patrimonial 6ª Operação – Pagamento de obrigação Em 05/03/x1, a Alfa S.A paga $ 1.300, correspondente a parte da dívida assumida no dia 13/02/x1, quando da aquisição de materiais eletrônicos. Esta operação diminui o Passivo (fornecedores) e também a disponibilidade de dinheiro em Caixa (ativo). Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 05/03/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 1.300 Passivo Fornecedores Patrimônio Líquido Capital Subscrito Lucro Total Patrimônio Líquido 700 Estoque de Materiais 2.000 Títulos a Receber 800 4.000 Imóveis 600 200 Veículos 200 4.200 Total Ativo 4.900 Total Passivo + PL 4.900 Configurações do Estado Patrimonial 6ª Operação – Pagamento de obrigação Apresentação da Estrutura Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Configurações do Estado Patrimonial 7ª Operação – Recebimento de direito Em 10/03/x1,são recebidos $ 400 como pagamento parcial da venda de parte do imóvel. Esse fato contribui para aumento o dinheiro em Caixa (ativo) e diminuir os Títulos a Receber (ativo). 7ª Operação – Recebimento de direito Alfa S.A. Balanço Patrimonial em 05/03/x1 Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 1.700 Passivo Fornecedores Patrimônio Líquido Capital Subscrito Lucro Total Patrimônio Líquido 700 Estoque de Materiais 2.000 Títulos a Receber 400 4.000 Imóveis 600 200 Veículos 200 4.200 Total Ativo 4.900 Total Passivo + PL 4.900 Configurações do Estado Patrimonial Apresentação da Estrutura Patrimonial Representação gráfica dos estados patrimoniais 1) Quando A > P, teremos PL > 0 A = P + PL A P PL Legenda: A = Ativo P = Passivo PL = Patrimônio Líquido. Revela existência de riqueza própria. Apresentação da Estrutura Patrimonial Representação gráfica dos estados patrimoniais 2) Quando A > P e P = 0, teremos PL > 0 A = PL A PL Legenda: A = Ativo P = Passivo PL = Patrimônio Líquido. Revela inexistência de dívidas (passivo); logo, todo o Ativo é dos sócios e não há reclamos de terceiros sobre ele. Apresentação da Estrutura Patrimonial Representação gráfica dos estados patrimoniais 3) Quando A = P, teremos PL 0 A = P A P Legenda: A = Ativo P = Passivo PL = Patrimônio Líquido. Revela inexistência de riqueza própria, como, por exemplo, acontece com o indivíduo que possui bens a sua disposição, mas tem dívida junto a terceiros de igual valor. Apresentação da Estrutura Patrimonial Representação gráfica dos estados patrimoniais 4) Quando P > A, teremos PL <0 A + PL = P A P PL Legenda: A = Ativo P = Passivo PL = Patrimônio Líquido. Revela má situação, existência de “Passivo a Descoberto” (“Patrimônio Líquido Negativo”). Obs: O Patrimônio Líquido Negativo, ou Passivo a Descoberto, pode também aparecer no lado direito do balanço, mas com valor negativo. Apresentação da Estrutura Patrimonial Contas Contas - Conceito “Os elementos que compõem o patrimônio e suas alterações são controlados por meio de contas, cuja função é registrar e expor os bens, os direitos, as obrigações e a situação líquida patrimonial, além das receitas e despesas, com base nas quais são apurados os lucros ou prejuízos decorrentes das atividades da empresa”. (FERREIRA, p. 79. 2015) Contas – CPC 00 Balanço Patrimonial Ativo “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”. Passivo “Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”. Patrimônio Líquido “Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos”. “O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral1 é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade.” Contas Classificação das Contas Classificação (FERREIRA, p. 80 – 82, 2015) Quantos aos Elementos Patrimoniais – “registram os bens, os direitos e as obrigações, além da situação líquida”; De Resultado – “registram as receitas e as despesas”. De Compensação – “ registram os principais atos administrativos”. Quantos à Natureza Devedoras – “são de natureza devedoras as contas do ativo, de despesa, retificadoras do passivo exigível e retificadoras do patrimônio líquido”; Credoras – “são de natureza credora as contas do passivo exigível, do patrimônio líquido, de receita e retificadoras do ativo”. Quanto à Variação Estáveis – “são as contas cujo saldo só pode ser devedor ou credor, sem variação (em regra, as contas são estáveis)”; Instáveis – “são as contas cujo saldo ora pode ser devedor, ora credor”. Contas Classificação das Contas Classificação (FERREIRA, p. 80 – 82, 2015) Quantos à Movimentação Unilaterais – “em regra, recebem registro apenas a débito ou apenas a crédito”. Ex: Capital Social. Bilaterais – “são contas que regularmente recebem registro tanto a débito quanto a crédito”. Ex: Conta Caixa Quanto à Necessidade de Desdobramento Sintéticas – “são as contas não divididas em subcontas”. Analíticas – “são contas divididas em subcontas”. Obs: Atos Administrativos: são os acontecimentos que não provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado, portanto, não interessam à contabilidade; Fatos Administrativos: Fatos Administrativos: são aqueles que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado, portanto, interessam à contabilidade. Por essa razão, também são denominados fatos contábeis. Contas R“aAzãnotigamente, as contas eram registradas nas páginas de um livro chamado Razão. Depois, passaram a ser registradas em folhas ou fichas soltas. Hoje, estão na memória do computador. No entanto, em seu conjunto, mantidas em um livro, ou arquivo, ou numa memória, continuam com a mesma denominação, Razão”. (Contabilidade Introdutória, 2010, p. 38) Contas Débito e Crédito “O lado esquerdo de uma conta é chamado o lado do débito; o lado direito é chamado lado do crédito. Um lançamento no lado esquerdo de uma conta é denominado lançamento a débito; um lançamento no lado direito de um conta é chamado lançamento a crédito, ou, simplesmente, crédito”. (Contabilidade Introdutória, 2010, p. 38) Título da Conta Aplicação Origem (lado do débito) (lado do crédito) Contas Débito e Crédito Conta de Ativo Débito Crédito $ Aumentos $ Diminuições Contas de Ativo Contas de Passivo Contas de Patrimônio Líquido Conta de Passivo Débito Crédito $ Diminuições $ Aumentos Conta de PL Débito Crédito $ Diminuições $ Aumentos Contas Resumo do Débito e Crédito Contas Débito Crédito Para Para Ativo Aumentar Diminuir Passivo Diminuir Aumentar Patrimônio Líquido Diminuir Aumentar Contas Método das Partidas Dobradas O autor do Método foi Luca Pacioli, frade franciscano em 1494. “A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados”. (Contabilidade Introdutória, 2010, p. 43) Contas Exemplo do Método 1) Diversas pessoas resolveram, em 20-7-X8, fundar uma sociedade anônima, com o Capital total integralizado em dinheiro no ato de $ 17.000 em 1.700 ações de $ 10 cada uma. Com a entrada de dinheiro para a sociedade, o Ativo CAIXA foi aumentado (debita-se CAIXA) e o Patrimônio Líquido também foi aumentado (credita-se CAPITAL). CAIXA Aplicação Origem (1) 17.000 CAPITAL Aplicação Origem (1) 17.000 Contas 2) A empresa, ao planejar a construção de umExeedmifpícloiodopaMraétosudaos instalações, adquire dois lotes de terrenos contíguos, em 22 de julho, por $ 3.100 cada um, pagando a vista. Resulta daí que: O Ativo Terrenos foi aumentado – debita-se Terrenos; O Ativo Caixa foi diminuído – credita-se Caixa. CAIXA Aplicação Origem (1) 17.000 6.200 (2) Saldo = 10.800 TERRENOS Aplicação Origem (2) 6.200 Contas O Ativo Terrenos foi diminuído – credita-se Terrenos; O Ativo ficou aumentado pelo aparecimento de um direito – debita-se Títulos a Receber. TERRENOS Aplicação Origem (2) 6.200 3.100 (3) Saldo = 3.100 TÍTULOS A RECEBER Aplicação Origem (3) 3.100 Contas 3) O gerente resolveu vender um dos lotes ao Sr. A. Silva, em 27 de julho, por $ 3.100, isto é, pelo mesmo valor EqxueemhpalvoiadocuMstéatdoodoà empresa. Nenhum direito foi recebido do Sr. A. Silva nessa data, porém a empresa adquiriu o direitode cobrar $ 3.100 do Sr. Silva. Consequentemente: 4) Em 28 de julho, foram adquiridos, do Sr. Figueiredo, a prazo, materiais pelo preço de $ 7.800. Como resultado, temos que: Um novo ativo, Materiais, foi adquirido – debita-se Estoques; Foi assumida uma obrigação – credita-se Contas a Pagar. ESTOQUES Aplicação Origem (4) 7.800 CONTAS A PAGAR Aplicação Origem 7.800 (4) Contas Exemplo do Método MÓVEIS E UTENSÍLIOS Aplicação Origem (5) 5.000 Um novo ativo foi adquirido – debita-se Móveis e Utensílios; O passivo Contas a Pagar foi aumentaCdOoNT–AcSrAePdAiGtaA-Rse Contas a Pagar. Aplicação Origem 7.800 (4) 5.000 (5) Saldo = 12.800 Contas 5) No mesmo dia, foram adquiridos, também a praEzox,edmopSlor. dFoigMueéitroeddoo, duas mesas, quatro cadeiras, um computador e uma impressora, pelo preço de $ 5.000. Todos estes elementos podem ser representados por uma única conta de Ativo, Móveis, Utensílios e Equipamentos. Logo: 2.200. Um novo resultado de apresenta: Um ativo Caixa foi aumentado – debita-se Caixa; O ativo Títulos a Receber foi diminuído – credita-se Títulos a Receber. Aplicação Origem (1) 17.000 (6) 2.200 6.200 (2) Saldo = 13.000 CAIXA TÍTULOS A RECEBER Aplicação Origem (3) 3.100 2.200 (6) Saldo = 900 Contas 6) Em 30 de julho, foi recebida do Sr. A. Silva pEaxrteemdpelosudao dMívéidtoad, o$ 7) Foi pago, em 31 de julho, ao Sr. Figueiredo, parte da dívida para com ele, $ 7.000. Uma nova alteração ocorre: O passivo Contas a Pagar foi diminuído– debita-se Contas a Pagar; O ativo caixa foi diminuído– credita-se Caixa. CAIXA Aplicação Origem (1) 17.000 (6) 2.200 6.200 (2) 7.000 (7) Saldo = 6.000 CONTAS A PAGAR Aplicação Origem (7) 7.000 7.800 (4) 5.000 (5) Saldo = 5.800 Contas Exemplo do Método Diário - Exemplo Rio de Janeiro, 5 de julho de X1. (1ª Fórmula) Estoque de Mercadorias a Caixa H: N/ compra, a vista de F. Macedo Ltda., conf. s/ Nota Fiscal nº 334565 3.400 Partidas do Diário Composição 1ª Fórmula Uma conta de débito e uma conta a crédito. 2ª Fórmula Uma conta a débito e duas ou mais contas a crédito. 3º Fórmula Duas ou mais contas a débito e uma só a crédito. Contas Diário - Exemplo Rio de Janeiro, 5 de julho de X1. (2ª Fórmula) 3.400 Estoque de Mercadorias a Diversos a Caixa H: N/ compra, a vista de F. Macedo Ltda., conf. s/ Nota Fiscal nº 3456 a Fornecedores H: Idem a prazo, de J. Cavalcanti S.A, conforme s/ Nota Fiscal nº 73 2.500 5.900 Contas Diário - Exemplo Rio de Janeiro, 5 de julho de X1. (3ª Fórmula) H: Pago a Móveis Industriais S.A., ref. A s/N.E nº 3478 8.000 Veículos H: Idem à Soc. Comercial de Automóveis Ltda. s/N.E. nº 4565 12.000 Terreno H: Ide, a Joaquim Marques, conf. Escritura lavrada no 3º Tabelião de São Paulo, a fls. 25 do livro 132 62.000 82.000 Contas Diversos a Caixa Móveis e Utensílios dade Introdutória, 2010, p. 53) Cia. Brasília de Radiadores Balancetes de Verificação em 31-7-X1 Contas Saldos Devedores Credores Caixa 60.000 - Contas a Receber 9.000 - Estoques 78.000 - Terrenos 31.000 - Móveis e Utensílios 50.000 - Fornecedores - 58.000 Capital - 170.000 228.000 228.000 Contas Mediante o método deBPaalratnidcaesteDdoebVraedraisficéapçãoossível concluir que o valor total dos saldos credores deve ser igual ao valor total dos saldos devedores. “É costume procurar verificar essas igualdades periodicamente, relacionando todas as contas em demonstrações chamadas Balancetes de Verificação”. (Contabili Balancete de Verificação “Os outros tipos (de balancetes) são mais completos na evidenciação de dados de interesse para o leito”.(Contabilidade Introdutória, 2010, p. 53) Cia. Brasília de Radiadores Balancetes de Verificação em 31-8-X1 Contas Saldos Anteriores Movimento do Período Saldos Atuais Devedores Credores Débito Crédito Devedores Credores Contas “O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que 3) Plano de Contas disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa. Cada emSpLreIDsaEdeve elaborar seu Plano de Contas sempre obedecendo aos s“Aeuelsaboirnaçtãeo rdee1susmebsomeP,lanpo rdienCcoinptasaélmfunednamteen,talàno legislação pertinente ao ramo de sentido de utilizar todo o potencial da Contabilidade em seu avatliovr iidnfaodrmeatiqvouepareaxoesrcineúm”e.ro(sRuIsBuáErioIs.RAOss,im2, 0a1o 8, p. 4 preparar um projeto para desenvolver um Plano de Contas, a empresa deve ter em mente as várias possibilidades de relatórios gerenciais e para uso externo e, dessa maneira, prever as contas de acordo com os diversos relatórios a serem produzidos. Se anteriormente isso era de grande importância, atualmente, com os recursos tecnológicos da informática, passou a ser essencial, pois tais relatórios propiciarão tomada de decisão mais ágil e eficaz por parte dos usuários”. (GELBECKE et al., 2018, p. 817) E SLID 1 Classificação das Contas Tipo de Conta Definição Exemplos Patrimoniais “São aquelas que representam os bens, direitos, as obrigações e o Patrimônio Líquido”. (RIBEIRO, 2018, p. 37) Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido Resultado São contas que provocam variações no Patrimônio Líquido Receitas, Despesas e Resultado SL DE 1 Contas de Resultado Tipo de Conta Definição Exemplos Receita I “Entende-se por Receita a entrada de elementos do ativo, sob a forma de dinheiro mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços”. (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 65) Aluguéis Ativos, Receitas de Serviços, Descontos Obtidos e etc. Despesas “Entende-se por Despesa o consumo de bens ou serviços, que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir uma receita. Diminuindo o Ativo ou aumento o Passivo, uma Despesa é realizada com a finalidade de se obter uma Receita”. (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 66) Aluguéis Passivos, CMV, Impostos, Despesas Bancárias e etc. Resultado “Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o Resultado do período contábil será positivo, denominado de lucro, aumentando o Patrimônio Líquido. Se as despesas forem maiores que as receitas, este fato ocasiona um prejuízo que diminuirá o Patrimônio Líquido”. (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 66) “Atos Administrativos são os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no patrimônio. Por exemplo: admissão de empregados, assinatura de contratos de compra, de vendas e de seguros”. (RIBEIRSOL,ID20E18, p. 53) 1 “Fatos Administrativos são os acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. Por modificarem o patrimônio devem ser contabilizados por meio de contas patrimoniais ou de resultado”. (RIBEIRO, 2018, p. 54) Atos e Fatos Administrativos SLI DE 1 Os Fatos Administrativos podem ser classificados em três grupos: Fatos Administrativos Fatos Definição Permutativos “São aqueles que provocam permutações entre os elementos componentes do Ativo e/ou do Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido”. (RIBEIRO, 2018, p. 54) Modificativos “São aqueles que acarretam alterações, para mais ou para menos, no Patrimônio Líquido. São também denominados fatos quantitativos”. (RIBEIRO, 2018, p. 57) Mistos “O fato misto envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um modificativo. Pode, portanto, acarretar alterações no Ativo e no Patrimônio Líquido, ou no Passivo e no Patrimônio Líquido, ou no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido ao mesmo tempo”. (RIBEIRO, 2018, p. 59) SLI DE 1 Exemplo dos Fatos Administrativos Fatos Exemplo Permutativos “Recebimento da importância de $ 500, em dinheiro, referente a uma duplicata” (RIBEIRO, 2018, p. 55) Modificativos “A empresa J. Fernandes Ltda. Pagou a importância de $ 100, em dinheiro, referente a despesas com o uso de telefones”. (RIBEIRO, 2018, p. 57) Mistos “Os Móveis e utensílios, que custaram $ 700, foram vendidos,à vista, por $ 750”. (RIBEIRO, 2018, p. 59) SLI DE 1 Regime de Caixa x Regime de Competência Regime Conceito Competência “As receitas e despesas são apropriadas ao período em função de sua incorrência e da vinculação da despesa à receita, independentemente de seus reflexos no caixa. A Lei das Sociedades por Ações não admite exceções”. (GELBCKE et. al., 2018, p .4) Caixa Este regime é uma forma simplificada de contabilidade aplicado basicamente às microempresas ou às entidades sem fins lucrativos, tais como igrejas, clubes, sociedades filantrópica etc. Na apuração dos resultados do exercício, são considerados apenas os pagamentos e recebimentos efetuados no período. Só pode ser utilizado nas entidades sem fins lucrativos. Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Despesas, Receita e Resultado As principais variações do Patrimônio Líquido são: Investimento inicial de capital e aumentos ou desinvestimento posSteLrIioDrEes; Result1ado do Exercício obtido pelo confronto de Receitas e Despesas dentro do Período Contábil. Definições Receita – “Entende-se por Receita a entrada de elementos Appuarraaçãoo daotivRoe,suslotabdoa dfoorEmxearcdíceiod(iAnhReEi)ro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços”. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 65); Despesas – “ Entende-se por Despesa o consumo de bens ou serviços que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir umaSrLeIcDeiEta. Diminuindo o Ativo ou aumentado o Passivo, uma De1spesa é realizada com a finalidade de se obter uma Receita”. (IUDÍCIBUS, 2010, 66); Resultado – “Caso as receitas superem as despesas incorridas, o Resultado do período contábil será positivo, denominado lucro, aumentando o Patrimônio Líquido. Se as despesas forem maiores que as receitas, esse fato ocasiona um prejuízo que diminuirá o Patrimônio Líquido”. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 66) Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Resumo do Resultado Receitas > Despesas: Resultado Positivo ou Lucro (aumento do PL). SLIDE Receitas1< Despesas: Resultado Negativo ou Prejuízo (diminuição do PL). Receitas = Despesas: Resultado Nulo ou Equilibrado (sem alteração do PL). Apuração do Resultado do Exercício (ARE) “Toda empresa necessita fazer a apuração de resultados pelo menos uma vez por ano. O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do confronto das contas de receita e de despesa, e esse resultado líquido é apurado na conta denominada Resultado”. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 67) SL“IPDaEra que isso ocorra, no final de cada período deve-se proceder ao1encerramento das contas de resultado, por meio dos lançamentos de encerramento. O encerramento das contas de receita é realizado pela transferência (débito) de seus saldos credores para crédito da conta Resultado. As contas de despesas são encerradas pela transferência (crédito) de seus saldos devedores para débito da conta Resultado”. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 67-68) 1 Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Apuração do Resultado do Exercício – RESUMO Primeiro passo: Zerar o saldo das Contas de Despesas, ou seja, para zerar uma conta de despesa você deverá creditá-la e transpSoLrtIaDr Eo seu valor para a conta de RE (Resultado do Exercício), lançando-a a débito. Segundo Passo: Zerar o saldo das Contas de Receitas, ou seja, para zerar uma conta de receita você deverá debitá-la e transportar o seu valor para a conta de RE, lançando-a a crédito. Terceiro Passo: Apurar no RE, se o somatório das Receitas, é maior que o somatório das Despesas ou vice-versa e assim chegar ao resultado final de Lucro ou Prejuízo. Quarto passo: Depois de identificado o Lucro ou Prejuízo encerraremos a conta do RE que é uma conta transitória de 1 Exemplo (IUDÍCIBUS, 2010, p. 70-74) Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Durante o mês de outubro de X1, a empresa incorreu nas seguintes despesas e receitas: Dia 2 – pagamento de despesas de materiais de escritório consumidos no mês - $ 250.000; Dia 3 –ScLoImDpEra, a prazo, de peças para reparos empregadas nos serviços prestados no mês - $ 1.100.000; Dia 5 – recebimento de receita por serviços prestados no mês - $ 4.450.000; Dia 15 – emissão de uma fatura por serviços prestados no mês e ainda não recebidos - $ 5.800.000; Dia 30 – pagamento de salários no mês - $ 4.500.000 Dia 31 – pagamento do aluguel da loja, no mês - $ 400.000. APpaurrtaiçdãaosddooRDesiuáltraidoo(dIUo EDxÍeCrcIBíciUo S(A, R2E01) 0, p. 70-74) 1. D. Despesas de Material C. Caixa 2. D. Despesas de Peças e Reparos $ 250.000 C. Fornecedores $ 1.100.000 3. D. CaixaSLIDE C. Receita 1de Serviços $ 4.450.000 4. D. Contas a Receber C. Receita de Serviços $ 5.800.000 5. D. Despesas de Salários C. Caixa $ 4.500.000 6. D. Despesas de Aluguel SLIDE 1 Apuração do Resultado do Exercício (ARE) 1 Contas de Receita Apuração do Resultado do Exercício (ARE) DEn.cRerercameietnatodedaSs eCrovnitçaos sde Resultado - Diário C. ARE $ 10.250.000 Contas de Despesas SLIDE D. ARE $ $ $ $ C. Despesas de Material de Escritório 250.000 C. Despesas de Peças para Reparos 1.100.000 C. Despesas de Salários 4.500.000 C. Despesas de Aluguel 400.000 SLIDE 1 Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Encerramento das Contas de Resultado - Razão SLIDE 1 Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício Em $ mil Receitas de Serviços 10.250 Despesas de material para escritório (250) de peças para reparo (1.100) de salários (4.500) de aluguel (400) (6.250) Lucro Líquido 4.000 Esse valor entrará no Patrimônio Líquido na conta Reserva de Lucro, conforme Lei nº 11.638/07. Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício tem o objetivo de evidenciar a formação do resultado líquido de uma entidade, logo após a dedução dos custos e despesas ocorridos. Essa demonstração é uma exposição ordenada das receitas realizadas, contra as despesas ocorridas dentro do exercício, conforme o regime de competência determina. O Balanço Patrimonial mostra o patrimônio da entidade em um determinado período, já a DRE mostra a evolução do resultado dessa mesma entidade no decorrer de um período, por esse motivo ela também é conhecida como sendo a demonstração que representa a dinâmica patrimonial. Do ponto de vista dos acionistas/proprietários, a Dedmemonosntsrtaraççõãeos Cdoonretásubletiasd–o CdoPCex2e6rcício é importante para se avaliar o retorno que a entidade está proporcionando com o Decmapointastlraqçuãeo ndeolaRefsoui ltiandvoesdtiodEo.xeArcssícimio, detentores de capital podem comparar demonstrações do resultado de diferentes organizações para decidirem se vale ou não a pena investir em determinada organização. Adicionalmente, informações sobre o retorno que a entidade tenha produzido, por meio da geração de resultados positivos, ajudam os investidores a avaliarem quão diligente e eficaz os gestores têm sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eficiente e eficaz o uso dos recursos da entidade que reporta a informação. Ademais, informações sobre a variabilidade e sobre os componentes desse retorno também são importantes, especialmente para avaliação das incertezas associadas a fluxos de caixa futuros. Nesse sentido, informações sobre a performance financeira passada da entidade e sobre o desempenho da administração Demonstrações Contábeis – CPC 26 DeOmorenssutrltaaçdãooédofrReqeusuelnttaedmoednoteEuxseardcoícicoomo medida de desempenho ou como base para outras avaliações, tais como o retorno do inveRsteimceeintatos o“uRerceesiutlatsadsoãopaourmaçeãnoto. sOnsoeslebmeneenftíocsiodsierectoanmôemnitceorseldaucriaonntaedoospecroímodoa mcoenntsáubrial,çsãoobdaoforersmualtaddaoesnãtroadaas dreecreeitcausrseosdeosupedsoasa.um(BeOntRoINdeEaLtLivIoes PouIMdEimNiTnuEiLçã, o20d1e7p, aps.s1iv4o2s), que resultam em aumentos do patrimônio líquido,e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais” (CPC 00, 2011, p. 27) Despesas “Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais”. (CPC 00, 2011, p. 27) abatimentos e os impostos; I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os DIIe-maonresctreaitçaõleísquCidoantdáabseivse–ndCaPsCe 2s6erviços, o custo das mercadorias e Dseermvioçnosstvraeçnãdoiddoos Re eosulultcardoobdruotoE;xercício III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício Receita Bruta de Vendas ou Prestação de Serviços (-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Líquida de Vendas ou Prestação de Serviços (-) CMV/CSP (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (=) Lucro Antes do Resultado Financeiro (+/-) Receita e Despesas Financeira (=) Lucro Líquido Antes da CSLL (-) Despesa c/ Prov. Contribuição Social s/ Lucro Líquido (=) Lucro Líquido antes do IR (-) Despesa c/ Prov. Para Imposto de Renda (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado do Exercício Itens da DRE Definição Receita Bruta “A demonstração de resultados, para fins de publicação, deve discriminar a receita bruta de vendas e serviços. O objetivo dessa linha é, então, divulgar o valor total de prestação de serviços ou de venda de mercadorias ou produtos, obtido pela entidade, em um determinado período de tempo. Dessa forma, a contabilização de vendas deve ser feita pelo seu valor bruto, ou seja, incluindo todos os tributos que são calculados com base no valor de vendas (por exemplo, ICMS, ISS, PIS e COFINS). Assim, os tributos, bem como as devoluções e os abatimentos concedidos, devem ser contabilizados em contas individualizadas, que são tratadas como contas redutoras de vendas (deduções da receita bruta)”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 152) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado do Exercício Itens da DRE Definição Deduções da Receita “Após a receita bruta vem, em seguida, uma conta redutora chamada de “dedução da receita bruta”. Dentro dessa conta estão as vendas canceladas, os abatimentos e os tributos incidentes sobre vendas. Essas contas são subtrações da receita bruta e diferem, substancialmente, de custos e despesas, porque, normalmente, não representam sacrifício e esforços feitos pelas organizações. Por exemplo, quando uma montadora de veículos vende um produto, inclui o IPI e, logo em seguida, exclui, já que o IPI não é um sacrifício seu, mas, sim, é um imposto pago pelo comprador”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 153) Receita Líquida “A receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos tributos incidentes sobre vendas. Portanto, para obter a receita líquida deve-se obter a receita bruta (vendas de bens e serviços) e subtrair as deduções (vendas canceladas, abatimentos e tributos incidentes sobre as vendas)”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 154) Itens da DRE Definição CPV, CSP e CMV “Depois de apurada a receita líquida, deve-se apurar o resultado bruto. Para tanto, é necessário deduzir da receita líquida os valores relativos ao custo dos produtos vendidos (CPV) (empresas industriais), custo das mercadorias vendidas (CMV) (empresas comerciais) e o custo dos serviços prestados (CSP) (empresas de serviços). Tais custos devem ser evidenciados na demonstração do resultado no mesmo período em que ocorrerem suas respectivas receitas de venda ou prestação de serviço. Isso nada mais é do que o confronto, ou seja, a associação do bem vendido e o quanto ele custou para ser confeccionado. Portanto, só aparecem na demonstração do resultado do exercício os custos dos produtos, mercadorias ou serviços que foram efetivamente vendidos ou prestados. Se o item ainda não foi vendido, o valor dele está na demonstração denominada balanço patrimonial, em uma conta de estoque, no ativo”.(BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 155 - 156) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado do Exercício Demonstrações Contábeis – CPC 26 Itens da DRE Definição Resultado Bruto “Depois da obtenção da receita líquida, deve-se reduzir o custo das vendas para se obter o resultado bruto”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 158) Despesas e Outras Receitas O Artigo nº 187 da Lei nº 6.404/76 alguns grupos de despesas operacionais para demonstrar nesse grupo: Despesas com vendas; Despesas gerais e administrativas; Outras Receitas e Despesas Operacionais. Resultado antes dos Juros e Impostos “Apesar de a Lei das S/As não obrigar, o CPC e a CVM exigem que exista quebra adicional na demonstração do resultado que apresente o resultado antes das receitas e despesas financeiras. Esse resultado é comumente chamado de Lucro Antes dos Juros (resultado financeiro) e Impostos, ou simplesmente LAJI, ou ainda sua sigla em inglês, EBIT (Earnings Before Interest and Taxes)”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 16 Demonstrações Contábeis – CPC 26 Itens da DRE Definição Resultado antes dos Impostos e Contribuições sobre a Renda “Após a obtenção do resultado bruto, devem-se reduzir as despesas com vendas, gerais e administrativas e as outras despesas operacionais, além de computar o resultado financeiro, para se obter o resultado antes dos impostos e contribuições sobre a renda, frequentemente chamado de Lucro Antes dos Impostos, ou, simplesmente, LAIR (lucro antes do imposto de renda). Assim, o resultado antes dos impostos sobre a renda é a confrontação entre todas as receitas e despesas que têm a ver com o sentido de existência da entidade, ou seja, com todos os eventos relacionados à sua atividade-fim que vão desde a compra de materiais de fornecedores, produção, distribuição de seus produtos, propaganda, administração do negócio, até a remuneração do capital de terceiros”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 162) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Itens da DRE Definição Imposto e Contribuições sobrea Renda (IRPJ/CSLL) “O Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são os encargos sobre o lucro auferido pela entidade, ou seja, a parte que é direcionada para o grande “sócio da organização”: o governo. Basicamente, a entidade pode se enquadrar em uma das quatro formas de tributação: Simples, lucro presumido, lucro real e lucro arbitrado. A forma mais comum para organizações de grande porte é o lucro real e para as de médio e pequeno porte, o lucro presumido e o Simples”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 162-163) Resultado Líquido “A última linha da demonstração do resultado é a do resultado líquido. Essa representa, efetivamente, o benefício gerado pela entidade aos acionistas, o que vai aumentar, se for lucro, ou diminuir, se for prejuízo, o patrimônio líquido da sociedade. DoLAIR, deduzem-se os valores referentes ao Imposto de Renda e à Contribuição Social e chega-se ao resultado líquido”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 163) Medidas de Lucratividade Margem Bruta MB = LB/RL Onde MB = Margem Bruta; LB = Lucro Bruto; RL = Receita Líquida. MB = LB/RB Onde MB = Margem Bruta; LB = Lucro Bruto; RL = Receita Bruta. “A partir da apuração do resultado bruto, pode-se calcular a margem bruta de lucro (MB), uma primeira medida de lucratividade que pode ser utilizada pela organização. Lucratividade significa quantos centavos a entidade ganha por real vendido, como mostra a fórmula a seguir”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 158) Medidas de Lucratividade Margem Operacional ou Margem EBIT MO = EBIT ou LAJI/RL Onde MO = Margem Lucro Operacional; EBIT = Earnings Before Interest and Taxes; LAJI = Lucro antes dos juros e impostos; RL = Receita Líquida. Ou MO = EBIT ou LAJI/RB Onde MO = Margem Lucro Operacional; EBIT = Earnings Before Interest and Taxes; LAJI = Lucro antes dos juros e impostos; RB = Receita Bruta. “A margem operacional é uma boa medida da eficiência das operações do sistema produtivo e da parte administrativa da organização. Quando comparada com organizações concorrentes do mesmo ramo, do mesmo setor econômico ou de outras atividades, pode-se fazer um benchmarking (comparar com o melhor) e gerar informações importantes para o processo decisório”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 161) Medidas de Lucratividade Margem Líquida ML = RL/RL Onde MO = Margem de Lucro Líquida; RL = Resultado Líquido RL = Receita Líquida. Ou ML = RL/RB Onde MO = Margem Lucro Operacional; RL = Resultado Líquido RB = Receita Bruta. “A margem líquida é a medida de eficiência da entidade como um todo. Junto com o valor investido de capital, serve como base para analisar o retorno do investimento feito pelo acionista”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 164) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente “O resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não sejam derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Em outras palavras, o resultado abrangente compreende as futuras variações receitas e despesas que se encontram registradas no ativo ou no passivo, mas ainda não afetaram o resultado do exercício. Por exemplo, um instrumento financeiro disponível para venda, ao ser mensurado pelo seu valor justo, tem como contrapartida um ajuste positivo ou negativo na conta ajuste da avaliação patrimonial, do patrimônio líquido”. (ADRIANO, 2018, p. 957) “A DRA embora não conste na Lei nº 6.404/76, ela está prevista no CPC 26 (R1) e é obrigatória segundo a CVM” (ADRIANO, 2018, p. 961) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente AJUSTE NA DRA “O ajuste é resultado de uma avaliação que poderá ser reconhecida como receita ou despesa no futuro, dependendo do ajuste ser positivo ou negativo, respectivamente. Na apuração do resultado abrangente este ajuste será reconhecido como parte integrante do resultado”. (ADRIANO, 2018, p. 957) Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente Tais receitas e despesas são identificadas como “outros resultados abrangentes” e, de acordo com o CPC 26 (R1), compreendem os seguintes itens: “a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (veja Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 – Ativo Intangível); ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados; ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis); ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 48 – Instrumentos Financeiros); ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa (ver também Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente Essa demonstração irá apresentar as seguintes informações: As demais variações do patrimônio líquido (reservas de reavaliação, certos ajustes de instrumentos financeiros, variações cambiais de investimentos no exterior e outros), que poderão transitar no futuro pelo resultado do período ou irem direto para Lucros ou Prejuízo Acumulados, são apresentadas como Outros Resultados Abrangentes. (FIPECAFI 2013, p. 4) Resultado Abrangente = LLE ou PLE + Outros Resultados Abrangentes ou DRA = DRE + Outros Resultados Abrangentes (ADRIANO, 2018, p. 957) Demonstrações Contábeis – CPC 26 DRA – Formas de Apresentação Em conjunto com a DRE “Atualmente a DRA deve ser exibida em demonstrativo próprio, pois o CPC 26 (R1) não permite mais a sua apresentação apenas dentro da DMPL” (ADRIANO, 2018, p. 961) Demonstração do Resultado do Exercício Receita Bruta de Vendas ou Prestação de Serviços (-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Líquida de Vendas ou Prestação de Serviços (-) CMV/CSP (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (=) Lucro Antes do Resultado Financeiro (+/-) Receita e Despesas Financeira (=) Lucro Líquido Antes da CSLL (-) Despesa c/ Prov. Contribuição Social s/ Lucro Líquido (=) Lucro Líquido antes do IR (-) Despesa c/ Prov. Para Imposto de Renda (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (+) Outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (+) Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida pelo MEP (=) Resultado Abrangente do Período Demonstrações Contábeis – CPC 26 DRA – Formas de Apresentação Somente a DRA Demonstração do Resultado Abrangente (=) Resultado Líquido do Período (+) Outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (+) Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida pelo MEP (=) Resultado Abrangente do Período Demonstrações Contábeis – CPC 26 Outros Resultados Abrangente Os resultados serão itens da receita e da despesa que não são reconhecidos no resultado e o CPC 26 (R1) lista itens os componentes que poderão ser outros resultados abrangentes: variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente; ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos; ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior; ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentos patrimoniais designados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de caixa e os ganhos e perdas em instrumentos de hedge que protegem investimentos em instrumentos patrimoniais mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente – Exemplo (CPC 26) Demonstração do Resultado Abrangente Lucro Líquido do período 272.000,00 Participação atribuível aos sócios da controladora 250.000,00 Participação atribuível aos sócios não controladores 22.000,00 (+) Outros resultados abrangentes(*) 160.000,00 (+) Efeitos de reclassificação 10.600,00 (=) Resultado abrangente total(**) 442.600,00 Participação atribuível aos sócios da controladora 414.600,00 Participação atribuível aos sócios não controladores 28.000,00 Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente – Exemplo (CPC 26) (*) Outros Resultados Abrangente (-) Ajuste instrumentos financeiros (60.000,00) (+) Tributos sobre ajustes de instrumentos financeiros 20.000,00 (+) Equivalência patrimonial sobre ganhos abrangentesde coligadas 30.000,00 (+) Ajustes de conversão no período 260.000,00 (-) Tributos sobre ajustes de conversão do período (90.000,00) (=) Outros resultados abrangente 160.000,00 Demonstrações Contábeis – CPC 26 Demonstração do Resultado Abrangente – Exemplo (CPC 26) (**) O Resultado Abrangente é Formado de Três Componentes Resultado Líquido do Período 272.000,00 (+) Outros resultados abrangente 160.000,00 (+) Efeitos de reclassificação 10.600,00 (=) Resultado Abrangente Total 442.600,00 Operações com Mercadorias Resultado com Mercadorias = Vendas – CMV “Depois da obtenção da receita líquida, deve-se reduzir o custo das vendas para se obter o resultado bruto”. (BORINELLI e PIMENTEL, 2017, p. 158) Bibliografia GONÇALVES, Eugênio Celso; BATISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 7ª. edição. São Paulo: Atlas, 2011. (Disponível na biblioteca virtual) MARION, José Carlos; RIBEIRO, Osni Moura. Introdução à Contabilidade Gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011 (disponível na biblioteca virtual) ALVES, Revson Vasconcelos. Contabilidade Gerencial: livro texto com exemplos, estudos de casos e atividades práticas. São Paulo: Atlas, 2013. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W.; BREWER, Peter C... Contabilidade Gerencial. 14ª. edição. São Paulo: McGraw Hill, 2013. (Disponível na biblioteca virtual) WEIL, Roman L.; SCHIPPER, Katherine; FRANCIS, Jennifer. Contabilidade Financeira: introdução aos conceitos, métodos e aplicações. 14ª. edição. São Paulo: Cengage Learning, 2016 (disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade Básica: com exercícios práticos. De acordo com as normas brasileiras de contabilidade do CFC. São Palo: Atlas, 2014. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br") CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica. 2ª. edição. São Paulo: Saraiva, 2012. (Disponível na biblioteca virtual) FREZZATTI, Fábio; ROCHA, Welington; NASCIMENTO, Artur Roberto do; JUNQUEIRA, Emanuel. Contabilidade Gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico, comportamental e sociológico. Sâo Paulo: Atlas, 2009. (Disponível na biblioteca virtualHYPERLINK "http://WWW.fmu.br")
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