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ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES
LICENCIATURA EM ARTE
	
ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SONIA REGINA MENDONÇA
CARAGUATATUBA - SP
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES
LICENCIATURA EM ARTE
ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 O presente trabalho será apresentado para conclusão do curso de Licenciatura em Arte.
SONIA REGINA MENDONÇA
CARAGUATATUBA - SP
2018
RESUMO
O objetivo deste artigo é mostrar a importância que a arte tem na vida da criança e as contribuições do educador neste processo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – tornou obrigatório o ensino de arte na educação básica e como o professor da educação infantil poderá promover situações de aprendizagem utilizando as artes visuais? Através da arte a criança pode expressar seus sentimentos, medos e frustrações? A educação através da arte constitui um importante meio para o desenvolvimento da criança, o acesso a essa leitura permite grandes descobertas. Dessa maneira a criança apropria de diversas linguagens adquirindo uma sensibilidade e capacidade de lidar com formas, cores, imagens, gestos, fala e sons e outras expressões. O contato com a obra se dá pela mediação de um educador sensível, capaz de criar situações em que possa ampliar a leitura e compreensão da criança sobre seu mundo e sua cultura. Tendo como objetivo aproximar a arte do universo infantil, a criança passa a conhecer arte ao mesmo tempo em que fazem Arte.
Palavra-chave: Artes visuais, Educação Infantil, Professor Mediador.
INTRODUÇÃO
Procuramos enfocar nesse artigo o ensino de Artes Visuais na Educação Infantil, qual a contribuição que ela tem dado à escola na formação artística da criança pequena e no seu desenvolvimento, quais são as possibilidades de aprendizado diante das produções infantis e por fim quais equívocos são cometidos nas interpretações destes desenhos, lembrando que quando pensamos quais conteúdos as crianças podem aprender nos primeiros anos da educação infantil, logo nos lembramos das Artes Visuais.
Mediante observação da prática docente ficou evidente que os profissionais Educação Infantil, usam concepções e metodologias equivocadas à respeito das Artes Visuais na sua prática pedagógica. Sentiu-se então a necessidade de pesquisar o tema na tentativa de esclarecer e elucidar a verdadeira função e a contribuição da Arte na Educação Infantil na formação da criança pequena, levando educadores (as) a repensarem sobre as concepções e metodologias a respeito da arte, sobre sua prática, sobre as possibilidades de novas linguagens e técnicas, e reais objetivos do ensino de arte na Educação Infantil.
Este trabalho tem como objetivos mostrar aos educadores (as) da Educação Infantil, que através de leituras especificas, suporte e apoio teórico consistente haverá uma melhor compreensão do exercício do desenho das crianças e suas evoluções, e o quanto é importante ter um olhar diferenciado sobre as produções infantis, visto que estas para as crianças são uma manifestação de seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, possibilidade de se expressar, criar e manifestar-se. 
Como o mundo é repleto de significados e cheio de descobertas, nesta fase da infância! O ensino de Arte aborda uma série de significações, tais como: o senso estético, a sensibilidade e a criatividade. 
A criança na educação infantil se encontra em fase de pensamento concreto e faz largo uso de seus sentidos para enriquecer suas experiências. Nesta fase, as atividades artísticas fornecerão ricas oportunidades para o seu desenvolvimento, uma vez que, põem ao seu alcance os mais diversos tipos de material para manipulação. 
Quando as habilidades infantis são estimuladas, ajudam no processo de aprendizagem, pois desenvolvem a percepção e a imaginação - recursos indispensáveis para a compreensão de outras áreas do conhecimento humano. Estabelecendo, sempre, um diálogo entre todos os participantes da turma - que é uma questão fundamental para que haja uma comunicação ampla - que será ampliado, desenvolvido, trabalhado, estimulado, aprimorado e praticado com constância para que a criança tenha o máximo desempenho de sua capacidade cognitiva. 
Onde estão as Artes Visuais? Em toda a vida infantil cotidiana, ao rabiscar o papel ou desenhar na areia e nas paredes, utilizar materiais da natureza ou de refugo, pintar seu corpo ou objetos, em tudo que sirva para expressar experiências sensíveis.
Sendo uma linguagem, a Arte Visual justifica sua forte presença na educação infantil como forma importante de expressão e comunicação humanas.
Como uma sala ambiente é um "laboratório" para a criança, é o local para exploração, reflexão, ação e elaboração dos verdadeiros sentidos de suas experiências. Com estrutura e características próprias, as Artes Visuais como linguagem específica tem seu aprendizado baseado na articulação dos seguintes aspectos:
 
“O desenho é um pedacinho da alma criança deitado num papel". (Claparéde) 
CONTEXTO HISTÓRICO-PEDAGÓGICO DA ARTE
Antes de adentrar ao mundo da Arte na Educação Infantil, faz-se necessário conceituar o termo Arte, diante de toda a amplitude da palavra.
A Arte é uma forma do ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. Ela pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema e na dança. Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na nossa sociedade, podendo ser vista ou percebida pelo homem de diferentes maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Segundo Martins; Picosque;Guerra (1998, p.14):
A comunicação entre as pessoas e as leituras de mundo não se dão apenas por meio da palavra. Muito do que se sabemos sobre o pensamento e os sentimentos das mais diversas pessoas, povos, países, épocas são conhecimentos que obtivemos única e exclusivamente por meio de suas músicas, teatro, pintura, dança, cinema, etc.
Para uma melhor compreensão do ensino de Artes na Educação Infantil pontuaremos a trajetória da história da Arte no Brasil num primeiro momento, pois as marcas se fazem visíveis na prática pedagógica de muitos professores que atuam com crianças de 0 a 6 anos.
O Ensino de Arte no Brasil evoluiu consideravelmente de acordo com momentos históricos e correntes pedagógicas vigentes, ou seja, após a criação da Escola Nacional de Belas Artes por D. João VI em 1816.
A partir dessa época, do ponto de vista metodológico, as aulas de Artes das escolas brasileiras adquirem uma tendência tradicional, com reproduções de modelos propostos pelo professor, e que levam o aluno a adquirir coordenação motora, precisão, hábitos de limpeza e ordem nos trabalhos que devem ser úteis na preparação da vida profissional. Segundo Ferraz; Fusari (1993, p.27): [...] as práticas educacionais surgem de mobilizações sociais, pedagógicas, filosóficas, e, no caso de arte, também artísticas e estéticas. Quando caracterizadas em seus diferentes momentos históricos, ajudam a compreender a questão do processo educacional e sua relação com a própria vida.
Segundo Martins; Picosque; Guerra (1998), entre as décadas de 50 e 60, nota-se a influência da Pedagogia Nova, onde o papel do professor era dar oportunidades para que o aluno se expressasse de forma espontânea, direcionando o ensino para a livre expressão, dessa forma contrapondo-se a Educação Tradicional, caracterizada por uma concepção de ensino autoritária, enquanto que a Escola Nova rompia com as cópias de modelos valorizando o processo de trabalho.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais da Arte (BRASIL, 1988), autores como John Dewey, Victor Lowenfeld e Herbert Read, acreditavam que a potencialidade criadora se desenvolveria naturalmente em estágios sucessivos, desde que oferecessem condições adequadas para que as crianças pudessem se expressar livremente, isso significava que tudo era permitido, estes princípioslevaram os professores a se tornarem muito passivos, não interferindo nas criações dos alunos.
Porém na década de 60, houve uma reorientação de pensamento sobre o ensino de artes, vinculada as tendências da época, procurando definir a contribuição específica da arte para a educação do ser humano.
Na década de 70, diversos autores embasados nas concepções de Jonh Dewey contribuíram para a sua mudança na metodologia do ensino, seguindo orientação dos Parâmetros Curriculares da Arte (BRASIL, 1988), dentro deste o conteúdo dela é dividido em quatro linguagens, Artes Visuais, Música, Dança e Teatro, e de acordo com o PCN nas escolas a prática as Artes Visuais, são mais priorizadas e as demais perdem espaço por falta de tempo e de estrutura ou por deficiência na formação dos professores, isto porque o desenho, a pintura e a escultura estão mais presentes no dia a dia, portando facilita a abordagem, sendo este tema o foco principal do estudo deste artigo.
Em 1971, é assinada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5.692, que cria o componente curricular Educação Artística, como tentativa de melhoria do ensino da arte na educação escolar.
De acordo com Ferraz; Fusari (1999a), a implantação da Educação Artística como componente curricular não é bem definida, não é caracterizada como matéria, mas uma área bastante generosa e sem contornos fixos, flutuando ao sabor das tendências e dos interesses. A
Arte então é considerada atividade educativa, e não disciplina.
Isso foi um avanço principalmente se considerarmos que houve um entendimento em relação à Arte na formação dos indivíduos seguindo regras de um pensamento renovador.
Como muitos professores não estavam habilitados e preparados para o domínio das várias linguagens, que deveriam ser incluídas no conjunto de atividades artísticas, tais como Artes
Plásticas e Artes Cênicas, Educação Musical, então o resultado foi contraditório.
Segundo Ferraz; Fusari (1993, p.27), a década de 80, inicia-se um movimento de organização de professores de arte, uma mobilização profissional surge com a finalidade de conscientizar e integrar os profissionais, ampliando as discussões sobre o compromisso, a valorização e o aprimoramento do professor, aliando-se aos programas de pesquisas de cursos de pós-graduação, o que faz surgir novas metodologias para o ensino e aprendizagem de arte nas escolas.
O movimento Arte-Educação ampliou discussões sobre a valorização e o aprimoramento deste profissional. As ideias e princípios multiplicaram-se em diversas regiões brasileiras. O objetivo dessas reuniões era formar associações que discutissem questões referentes aos cursos de Educação Artística, desde a Educação Infantil até a Universidade, pois a situação em que as aulas vinham sendo ministradas era caótica. Havia uma distorção em relação à disciplina e aos seus conteúdos, mas ainda hoje é comum as aulas de Arte serem confundidas com lazer, terapia, descanso das aulas “sérias’, o momento para fazer a decoração da escola, preparar as festas, comemorar determinada data cívica, preencher desenhos fotocopiados, mimeografados, isto é, prontos para serem coloridos, e muitas outras posturas e ações equivocadas em torno da disciplina.
Finalmente, nos anos 90, a disciplina Arte, antiga Educação Artística, foi reconhecida como disciplina, constando na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), aprovada em 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 26, parágrafo 2º: “O ensino da Arte constituíra componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL. 1996).
Esta lei também veio garantir este espaço na Educação Infantil, o contexto da linguagem da Arte como fundamental no desenvolvimento cognitivo, sensível e cultural da criança, visto que até bem pouco tempo o aspecto cognitivo não era considerado neste segmento, pois esta não estava integrada a educação básica. No que diz respeito à Arte na Educação Infantil o Referencial Curricular para Educação Infantil (RCNEI) diz que: [...] tal como a música, as Artes Visuais são linguagens, e, portanto, uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na Educação Infantil, particularmente. (BRASIL, 1998c, p.85) Ferraz; Fusari (1999a) colocam que ao trabalharmos a Arte nas escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, faz-se necessária organização e explicitação do trabalho, visto que a prática do ensino e aprendizagem da Arte na escola traz consigo questões relativas ao processo educacional e a forma como o professor organiza suas propostas de Arte para a sala de aula e que esta seja significativa.
A importância do significado da Arte na Educação se dá desde os primórdios da civilização, o que a torna um dos fatores essenciais de humanização, é fundamental, portanto entender que a Arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem ao se conhecerem e ao conhecê-lo.
Desde o nascimento já vivemos em um mundo repleto de produções culturais que contribuem para nossa estruturação do senso estético quanto as imagens, objetos, músicas, falas, movimentos, histórias, jogos e informações da vida cotidiana, e assim vamos dando forma as nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de apreciar e também de fazer as diferentes manifestações culturais de nosso grupo social e dentre elas, as obras de arte que participam das ambiências e manifestações estéticas de nossa vida tanto direta quanto indireta.
Acreditamos que as vivências emotivas e cognitivas tanto de fazeres quanto de análises do processo artístico nas modalidades Artes Visuais, música, teatro, dança, artes áudio visuais, devem abordar os componentes “artistas – obras – público - modos de comunicação e suas maneiras de interagir com a sociedade compondo assim com a composição dos conteúdos de estudo da Arte que quando percebida e analisada ao longo do processo histórico-social da humanidade mobiliza valores, concepções de mundo, de ser humano, de gosto e de grupos sociais e ainda de forma contínua mobilizando as práticas culturais das pessoas. Na escola os objetivos educacionais em Arte, referem-se aos saberes aperfeiçoados pelos alunos e mediados pelo professor, artísticos e estéticos.
AS ARTES VISUAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentidos a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por vários meios, dentre eles; linhas formas, pontos, ainda estão presentes no dia-a-dia da criança, de formas bem simples como: rabiscar e desenhar no chão, na areia, em muros, sendo feitos com os materiais mais diversos, que podem ser encontrados por acaso, e por fim são linguagens, por isso é uma forma muito importante de expressão e comunicação humanas, isto justifica sua presença na educação infantil.
O trabalho com crianças da Educação Infantil (0 a 6 anos) deve levar em conta o processo de aprendizagem que se realiza de acordo com as fases de desenvolvimento da criança. Contudo, é bom lembrar que cada criança é única, com identidade própria e um ritmo singular de desenvolvimento.
Portanto, além de levar em conta o processo de maturação da criança de modo geral e suas características individuais, é preciso propor situações que a incentivem à conquista devagar da autonomia e da individualidade em seus diversos contextos. Detectar os conhecimentos prévios das crianças não é tarefa fácil. Implica que o professor estabeleça estratégias didáticas para fazê-lo. (BRASIL, 1998c, p.33)
O RCNEI sugere que a prática das Artes Visuais seja abordada fazendo parte do cotidiano da vida infantil, visto que nesta faixa etária que vai dos dois até os quatro ou cinco anos, a criança rabisca o chão, as paredes e os muros, desenha seu próprio corpo, pinta objetos, cria sua marca. Ele também propõe que: [...] as Artes Visuais devem ser concebidas como uma linguagemque tem estrutura e As Artes Visuais expressa comunica e atribui sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes etc. (BRASIL, 1998 c, p.85)
Esse saber artístico, característico de crianças pequenas, está repleto de concepções e ideias que revelam valores, emoções, sentimentos e significações sobre si e sobre o mundo que a rodeia.
A linguagem artística adquire caráter ainda mais significativo na escola porque a sua produção envolve tanto os aspectos cognitivos quanto os aspectos afetivos, intuitivos, sensíveis e estéticos. Assim, ao mergulhar no processo de produção artística, as crianças desenvolvem uma série de pré-requisitos muito importantes para o desenvolvimento da aprendizagem, como o pensamento, a imaginação, a sensibilidade, a intuição e a percepção.
O processo de criação artística, portanto, ao mesmo tempo, que contribui para a formação intelectual da criança, promove a aperfeiçoamento do seu domínio corporal, desenvolve seu processo de expressão e de comunicação e favorece seu relacionamento interpessoal, tornando-a mais participativa e flexível. [...] sugere que a prática das Artes Visuais, no interior das instituições escolares, seja abordada sob três dimensões principais: o fazer artístico – que busca desenvolver a criação pessoal por meio das práticas artísticas; a apreciação artística – que visa desenvolver a capacidade de percepção e sentido das obras artísticas, tanto em relação aos elementos da linguagem visual quanto da linguagem material; a reflexão – que promove o pensar sobre os conteúdos das obras artísticas, a partir de questionamentos e dúvidas levantadas pelos alunos sobre suas próprias criações e também sobre outras produções. (BRASIL 1998c, p.89)
Mesmo sendo considerado um ato exclusivo, autônomo e espontâneo da criança, o processo de criação e construção artística pode ser significativamente enriquecido pela ação dirigida do professor. No processo do fazer artístico, também é importante que o professor promova a valorização e a interação das crianças com suas próprias criações artísticas, o que pode ser alcançado, por exemplo, a partir das exposições dos trabalhos realizados.
Baseando no BRASIL (1998a), acreditamos que a educação infantil ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho de linguagem oral e escrita, constitui um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e de expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas as quatro competências básicas: falar, escutar, ler e escrever.
A criança na Educação Infantil pensa o mundo de uma maneira especial e própria. Isso nos faz lembrar-se de uma forma de expressar de Portinari, a respeito das crianças, quando disse que adorava pintar crianças em gangorra e balanço só para vê-los no ar feito crianças.
O ensino de Arte segundo Ferraz; Fusari (2001, p.22-24) apresentam influências de três pedagogias: tradicional, novista e tecnicista, e o marcante destas influências são os aspectos pedagógicos, ideológicos e filosóficos que marcam o ensino e aprendizagem da Arte, ajudando o educador (a) entender as suas ações e todo processo de formação.
Embora a Proposta Curricular continue norteando o trabalho da maioria dos professores, a mescla entre as tendências continua acontecendo nas práticas pedagógicas. Não é difícil encontrar educadores/professores, tanto da rede oficial como do particular, totalmente alienados de seu contexto histórico e social. Consequentemente, são mais resistentes a inovações no ensino e na aprendizagem da arte, principalmente no que se refere as metodologias contemporâneas. Outros professores até conhecem, mas não se preocupam em relacionar esses conhecimentos com sua prática pedagógica, revertendo para a sala de aula um ensino-aprendizagem de qualidade discutível.
Hoje, o conceito de arte segundo as autoras, tem sido objeto de diferentes interpretações: arte como técnica; materiais artísticos; lazer; processo intuitivo; liberação de impulsos reprimidos; expressão; linguagem, comunicação. A Arte, porém, apresenta-se como produção, trabalho, construção, é, portanto, uma representação do mundo com significado, imaginação, é interpretação, é conhecimento do mundo é, também expressão dos sentimentos, da energia interna, da efusão que se expressa, que se manifesta, que se simboliza.
A disciplina de Arte deverá sim garantir que os alunos conheçam e vivenciem aspectos técnicos inventivos, representacionais e expressivos com um trabalho consistente e organizado do educador (a) levando o aluno à análise, reflexão e transformação através de criações artísticas.
Segundo Ferraz; Fusari (2001, p.19-22), a educação através da Arte é, na verdade um movimento educativo e cultural que busca a constituição de um ser completo, total, dentro dos moldes do pensamento idealista e democrático, valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procura despertar sua consciência individual e harmonizada ao grupo social ao qual pertence. Porém na prática, a Educação Artística não é desenvolvida corretamente nas escolas brasileiras, pois necessita de todo um processo de aprendizagem e desenvolvimento do educando envolvendo múltiplos aspectos pedagógicos, ideológicos e filosóficos que marcam o ensino-aprendizagem de Arte e pode dessa forma auxiliar o professor a entender o processo de formação e construções artísticas do aluno. É, portanto, necessário repensar o Ensino de Arte, visto que na atualidade, esta propõe uma ação educativa criadora, ativa e centrada no aluno para que este encontre um espaço para o seu desenvolvimento pessoal e social por meio de vivência e posse do conhecimento artístico e estético.
A Arte-Educação é um movimento que busca novas metodologias do Ensino-Aprendizagem de Arte nas escolas, esse novo modo de pensar requer uma metodologia que possibilite aos estudantes a aquisição de um saber específico, que os auxilie na descoberta de novos caminhos, bem como na compreensão do mundo em que vivem e suas contradições, uma metodologia onde o acesso aos processos e produtos artísticos deve ser tanto ponto de partida como parâmetro para essas ações educativas escolares.
O DESENHO INFANTIL - UMA LINGUAGEM, UMA POSSIBILIDADE
Segundo Moreira (1993), em seu livro O espaço do desenho: a educação do educador, o desenho é uma possibilidade de conhecer a criança através de uma outra linguagem, o ato de desenhar não é visto apenas como possibilidade de se conhecer, recuperar o ser poético que é a criança só é possível quando os professores se percebem como pessoas capazes de viver o estranhamento, que é o ser da poesia, quando o professor descobre nele mesmo o prazer da criação.
Entende-se por desenho o traço que a criança faz no papel ou em qualquer superfície, e também a maneira como a criança concebe seu espaço de jogo com materiais de que dispõe, ou seja, a maneira como organiza as pedras e folhas ao redor do castelo de areia, ou como organiza as panelinhas, os pratos, as colheres na brincadeira de casinha, tornando-se uma possibilidade de conhecer a criança através de uma outra linguagem: o desenho de seu espaço lúdico. (MOREIRA, 1993, p.16).
Antes de aprender a escrever a criança desenha para comunicar suas sensações, sentimentos, pensamentos, a realidade, e, para justificar suas ideias. Moreira (1993, p.15) cita a fala de uma criança: “Desenhar é bom para tirar as ideias da cabeça. Porque sempre que a gente tem uma ideia, a gente quer ter ela, brincar com ela, aí a gente desenha ela. ”
Concordando com Moreira, o BRASIL (1998a) aponta que é muito importante a relação que a criança estabelece com os diferentes tipos de materiais, primeiro para que adquiram habilidades no uso dos diferentes meios de comunicação, depoispela própria exploração sensorial e da utilização de diversas brincadeiras, nesse sentido as concepções que o professor tem sobre esta linguagem exercem uma grande influência na escolha e organização das atividades.
Acompanhando as etapas do desenvolvimento do desenho, através das mesmas etapas descritas por Piaget (s.d. apud. MOREIRA, 1993, p.27) jogo de exercício é caracterizado pela repetição de uma ação pelo prazer que ela proporciona. Ao final de seu primeiro ano de vida, num primeiro momento a criança produz as chamadas garatujas, consideradas muito mais como movimentos do que representações, pois a criança faz marcas no papel ou outra superfície, pelo simples prazer que sente ao constatar os efeitos visuais que essa ação produz, sem a intenção de representar.
Num segundo momento a criança começa a interpretar suas marcas gráficas e através do desenho faz surgir os primeiros símbolos. Para Moreira (1993, p. 32), a garatuja assume, em seguida, um novo aspecto. Começa a adquirir o caráter de jogo simbólico. A criança desenha então para dizer algo, para contar de si mesma, para fazer de conta. É o início da representação.
O que a criança diz enquanto desenha, é muito importante, visto que ela registra o que imagina, e isto está relacionado com as experiências vividas por cada uma. Os desenhos materializam as imagens mentais do que a criança conhece e tem registrado na memória, com a contribuição da imaginação, ou seja, a criança não faz desenho de observação, mas de memória e observação.
Segundo Ferraz; Fusari (1999b) dentro do processo de formação do conhecimento da Arte pela criança o educador deve compreender o significado de seu mundo expressivo e procurar saber porque e como ela o faz, pois quando a criança desenha, pinta, dança e canta, o faz com vivacidade e emoção. A expressão infantil é constituída de elementos cognitivos e afetivos, sendo assim desde pequenas, as crianças desenvolvem linguagem própria traduzida em signos e símbolos, carregados de significação subjetiva e social, e que devem ser respeitadas e reconhecidas, visto que os rabiscos das crianças são extensões de seus gestos primordiais, um ato criador, resultado de um ato expressivo que evidencia o seu desenvolvimento e expressão do seu eu e do seu mundo, além dos aspectos afetivos, perceptivos e intelectuais.
O compromisso do educador segundo as autoras é adequar o seu trabalho para o desenvolvimento das expressões e percepções infantis e buscando aprimorar as potencialidades das crianças orientando-as a observar, ver, ouvir, tocar, enfim perceber as coisas, a natureza e os objetos à sua volta.
Dentro dos processos de percepção a Arte é um dos espaços onde as crianças podem exercitar suas potencialidades perceptivas, imaginativas ou fantasiosas, suas percepções visuais e como um todo ampliar sua leitura de mundo. Todo esse trabalho de desenvolvimento da observação, percepção e imaginação infantil encaminhadas às aulas de Arte tornam-se oficinas perceptivas, onde a riqueza das elaborações expressivas e imaginativas das crianças que interage com os encaminhamentos oferecidos pelo educador que quando sabe intermediar os conhecimentos, é capaz de incentivar a construção e habilidades do ver, do observar, do ouvir, do sentir, do imaginar e do fazer.
Estudos de vários teóricos e pensadores abordam que as concepções interacionistas da produção do conhecimento da Arte, são fundamentais para compreender como a criança faz a construção deste saber, e no caso do desenho, pela ênfase dada na representação e interação social. Portanto, a Arte enquanto processo criador é o elo que faz o ser humano ligar-se a vida.
A ARTE DE OLHAR
Os trabalhos de arte produzidos pela criança não são simples marcas sobre um suporte qualquer, mas resultados de sua elaboração mental, que é construída a partir da leitura que ela faz de si mesma e do mundo. Por meio da linguagem simbólica, a criança expressa a sua própria realidade, construída a partir da seleção de suas experiências em relação ao meio circundante e a si mesma. A princípio, a percepção visual da criança é abrangente e envolve generalidades. Quando desenha uma árvore, a criança desenha um tipo genérico de árvore.
Mais tarde, ela se detém em detalhes, reelaborando seu conhecimento.
O olhar crítico é uma das maneiras de favorecer essa reconstrução cognitiva, para isso é preciso que o educador (a) possibilite à criança o exercício da observação. O olhar e o saber artísticos contribuem para as elaborações perceptivas e reflexivas da criança.
O BRASIL (1998c) apresenta orientações para o professor quanto à organização do tempo, do espaço, a sequência de atividades e as atividades permanentes, onde são oferecidas as crianças diversas atividades simultâneas, como desenhar, pintar, modelar e fazer construções e colagens, para que as crianças escolham o que querem fazer. O mesmo propõe ainda reflexões no sentido de considerar as Artes Visuais como área do conhecimento e apontar transformações acerca da metodologia, objetivos e conteúdos relacionando-os a organização da escola em sua proposta curricular, porém existem compreensões distorcidas e equivocadas desta área do conhecimento, próprias e oriundas da sua trajetória histórica, portanto é de fundamental importância que nos cursos de formação inicial e continuada de professores que atuam ou pretendem atuar na Educação Infantil, existem espaços de aprendizagens e diálogos acerca da Arte, proporcionando, além de contato com objetos artísticos de diferentes épocas e procedências, o contato com os procedimentos que os constituem, facilitando a leitura e interpretação destes, para que os professores tenham maior segurança ao fazer suas escolhas, adaptando-se aos diferentes contextos encontrados na sala de aula.
Ressaltamos nesse artigo a importância do professor pesquisador, atento e envolvido com o que faz e o quão relevante é ao falarmos de arte, falamos de emoção, prazer e encantamento, sentimentos que estão intimamente ligados à experiência estética, que também está ligada à sensibilidade, e desta forma devemos propor desde cedo o contato das crianças/alunos com propostas artísticas, pois é pela vivência que nos sensibilizamos no relacionamento com o mundo, ela e a imaginação criadora nos proporcionam uma imersão no mundo da arte.
Existe um ponto de vista que sustenta duas ideias, no mínimo equivocadas e que devem ser ressaltadas, A primeira é a de que se ensina melhor a Arte fora da escola. De fato, em turmas menores, com recursos para comprar material de qualidade e suficiente para todos os alunos, a produção artística é mais abundante. Mas é aquelas crianças que não têm recursos para fazer um curso de arte? A essas crianças à escola precisa iniciar e atender, caso contrário, poderão nunca ter o menor contato com as Artes.
Uma segunda ideia vigente nessa nossa sociedade é a de que a Arte é para alunos especiais, talentosos, especialmente dotados. Ora, desde a pré-história o ser humano produz arte, conforme já dissemos, nos desenhos nas cavernas, nas cerâmicas, nas músicas tribais, enfim a produção artística é uma capacidade inerente ao homem, tanto quanto a capacidade de respirar, dizer então que alguém não tem talento para as Artes é o mesmo que dizer que alguém não tem talento para falar.
Na verdade, as artes são mais próximas da vida real das crianças do que das outras disciplinas. Precisamos sempre ser criativos para solucionar problemas ou enfrentar as mais diversas situações, a prática artística ensina que não há apenas uma forma de ultrapassar os obstáculos. A escola sempre cobra do aluno respostas prontas iguais, além de ensinar que para cada pergunta existe necessariamente uma resposta. Mas a vida não é assim, sabemos que podemos solucionar problemas de várias maneiras, ou mesmo, não os solucionar.
A busca da escola deve ser a de ensinar as crianças a representar a realidade das mais diversas formas, através de sistemas simbólicos, sistemas estes que movem a humanidade, e a Arte são, portanto, uma forma de desenvolvimento dessas potencialidades.Contudo, não se pode negar que ainda é grande o número de professores que desconhecem a caminhada histórica da Arte e, consequentemente, são alienados de sua função social enquanto educadores (as), terminando sem saber que tipo de sociedade e de cidadão quer preparar para o futuro.
Sendo assim, fica difícil mudar as concepções de ensino e aprendizagem da arte, que continuam presentes de forma mesclada na sociedade, provocando um emaranhado de posturas e uma grande confusão tanto na cabeça dos alunos como na dos próprios professores.
VER ALÉM DE RABISCOS 
Segundo Iavelberg (2003), é chegado o momento de abandonar a concepção da aula de artes como descanso, distração, como mera pausa inserida no estudo de conteúdos tidos como mais importantes. Um número crescente de professores vem não só explorando as instigantes possibilidades que o conteúdo Arte oferece no processo de aprendizagem dos alunos, como também vem estabelecendo elos significantes entre a arte e as demais áreas curriculares.
Conforme BRASIL (1996), a arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, e cabe as equipes de educadores (as) das escolas e das redes de ensino realizar um trabalho de qualidade, a fim de que as crianças, futuros jovens e adultos, gostem de aprender arte, pois esta promove o desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos.
O papel dos educadores (as) é importante para que alunos e alunas aprendam a fazer arte e a gostar dela ao longo da vida. As crianças precisam sentir que as expectativas e as representações destes a seu respeito são positivas, ou seja o seu desenvolvimento em arte requer confiança e representações favoráveis sobre o contexto de aprendizagem.
Portanto, as situações de aprendizagem da arte podem gerar disposição ou indisposição, quando os educadores (as) realizam comparações que não valorizam os avanços das crianças em relação à níveis de aprendizagem e que não consideram o enfrentamento dos obstáculos inerentes ao aprender arte, podendo gerar sentimentos de baixa autoestima e humilhação ou de poder e orgulho por corresponderem ou não as expectativas.
Interagir com os pequenos e uma atividade prazerosa. É interessante vê-los estimulados de forma significativa, considerando a bagagem social que carregam consigo e poder vê-los se expressar através da Arte, da sua arte, do seu desenho.
Sendo as Artes Visuais uma mediadora do lúdico na educação infantil, e considerando as concepções trazidas por BRASIL (1998a), que afirma serem elas uma importante forma de expressão e comunicação humana.
É preciso que o educador (a) tenha conhecimento dos principais aspectos pedagógicos, ideológicos e filosóficos que marcam o ensino e a aprendizagem da Arte, para que ele possa entender as suas ações e todo processo de formação e o quanto as aulas de artes melhoram as relações sociais, e principalmente aquelas relações que interligam professor e aluno, segundo coloca Ferraz; Fusari (2001).
A disciplina de Arte deverá sim garantir que os alunos conheçam e vivenciem aspectos técnicos, inventivos, representativos e expressivos em música, artes visuais, desenho, teatro, dança artes áudio visuais, com um trabalho consistente e organizado do professor levando o aluno á analise, reflexão e transformação através das criações artísticas.
Todos os educadores (as) devem estimular seus alunos para que se identifiquem com suas próprias experiências, e animá-los para que desenvolvam, na medida do possível, os conceitos que expressam seus sentimentos, suas emoções e sua própria sensibilidade estética.
Percebemos então que a criança é simbolista e seu desenho indica sua necessidade de significar. Atendendo tal necessidade, a criança envolve-se com a figuração, colocando o maior número possível de traços no seu desenho, para significar este ou aquele objeto. O desenho é o meio de comunicação/interação da criança com seu modo de pensar, é preciso respeitar o desenho da criança e não se contentar com o traço livre, nem com o colorido superficial de um desenho mimeografado.
A Arte infantil revela autonomia e espontaneidade da criança, evidenciando traços relacionados ao lugar e à época em que vive. Apresenta ainda influência da mídia e do contexto social, revelando, portanto, a capacidade de análise da arte a que tem acesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo mostrar a importância da arte na educação infantil. Através de pesquisas bibliográficas percebe-se que alguns autores citados falam das possibilidades que a arte proporciona na vida das crianças. Por meio da arte adquirimos novas habilidades fazemos novas descobertas expressamos nossas frustrações e angústias, adquirimos autoconfiança, aprendemos a valorizar o nosso potencial trocamos experiências. A educação através da arte auxilia no desenvolvimento criativo e estético, à medida que adquirimos gosto pela arte nos tornamos seres mais críticos e reflexivos. Nesse sentido as artes visuais na educação infantil são importantes para as crianças vivenciarem suas experiências e desenvolver o conhecimento em diferentes produções artísticas. A arte nos proporciona um encantamento nas suas variadas formas. O contato com a arte possibilita novos saberes. O universo infantil é rico dentro das diferentes linguagens da arte e a criança se sente feliz quando é estimulada e valorizada por suas produções. Às vezes o educador esquece que já foi criança, e não leva em conta o saber da criança em suas produções. As produções infantis devem ser valorizadas e não comparadas, porque cada criança estabelece um contato com a arte nas mais variadas formas. Portanto para conseguir que uma sociedade valorize as produções artísticas em geral será necessário termos um novo olhar para com a educação infantil. Aprender apreciar e valorizar as produções infantis. Uma sociedade só aprende a valorizar sua cultura se for vivenciada desde criança. O papel do educador e fazer esta mediação para que as motive e incentive superando assim todos os obstáculos e sintam autoras da sua arte com autonomia e espontaneidade. Ser criança é conquistar seu espaço de forma única, sendo assim o professor deve entender um pouco desse universo infantil. O aprendizado do ser humano se dá de várias maneiras e está em constante busca de novos conhecimentos renovando- se a cada dia.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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