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[Digite aqui] Prezado(a) acadêmico(a), A presente avaliação tem como objetivo avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para atuação profissional, mediante respostas em questões discursivas, envolvendo situação problema. Serão avaliados aspectos como clareza, coerência, coesão, estratégias argumentativas, utilização de vocabulários adequado e correção gramatical do texto. A atividade vale de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos. QUESTÃO 01. Marilda foi contratada na condição de microempresária para prestar serviços de engenharia para determinada Construtora. Ela trabalhou por 5 anos, de forma pessoal, habitual, mediante o recebimento de salário e cumprindo metas estabelecidas pela Construtora. Após ser dispensada, Marilda moveu uma Reclamação Trabalhista para o reconhecimento de vínculo diretamente com a Construtora que, em sua defesa nega o vínculo empregatício, ao afirmar que a relação havida com a autora era regulada através de contrato de prestação de serviços especializados e, portanto, ela estaria submetida a tal contrato. Na sentença, o juiz reconheceu o vínculo empregatício da autora com a Construtora. Considerando a situação narrada, DISCORRA a respeito da decisão do magistrado, fundamentando sua resposta com base nos princípios do Direito do Trabalho e dispositivos legais pertinentes. RESPOSTA: Os requisitos necessários para que haja uma relação de emprego são: pessoalidade, subordinação, onerosidade, habitualidade e alteridade, requisitos estes atendidos pela situação presente no caso concreto. Além dessa definição, no Direito do Trabalho existem princípios indispensáveis para o sistema jurídico, a fim de proteger os trabalhadores. O princípio da Primazia da Realidade define que em uma relação de emprego (que cumpre os requisitos citados acima), o que prevalece são os fatos sobre os documentos formais, ou seja, mesmo que a empresa/empregador conte com inúmeros documentos, a verdade fática, contando com provas ou testemunhas, será válida. Portanto, a decisão tomada pelo magistrado foi em observância desses princípios. QUESTÃO 02. Patrícia foi contratada como empregada da empresa Nara para exercer as funções de ajudante geral, recebendo um salário mínimo mensal. Após um ano de trabalho, Patrícia foi chamada pelo gerente que a informou que, em razão das dificuldades econômicas da empresa, seu salário seria reduzido para meio salário mínimo mensal. Diante de tal conduta, Patrícia lhe procura para atuar na defesa de seus direitos. Dessa forma, apresente JUSTIFICATIVA FUNDAMENTADA para defender os direitos de Patrícia, na condição de seu representante legal, abordando, especificamente, o conceito do princípio da irredutibilidade salarial, destacando ser esse um direito fundamental absoluto ou se passível de limitações. (Valor: 5,0) RESPOSTA: [Digite aqui] O requisito da alteridade define que o empregador assume os riscos decorrentes do seu negócio, mas não os passa para seu empregado, ou seja, apesar das dificuldades econômicas da empresa, o salário de Patrícia deve ser garantido. Em concordância, o salário do empregado é a contraprestação máxima na relação de emprego, portanto deve ser protegido e, de acordo com o princípio da irredutibilidade salarial, é vedada a mudança que não seja benéfica ao trabalhador. Trata-se de uma norma de indisponibilidade relativa, que pode ser alterada por meio de acordo ou convenção coletiva. Os descontos salariais autorizados por lei incluem: à contribuição previdenciária oficial; ao imposto de renda deduzido na fonte; à contribuição sindical obrigatória (art. 8°, IV, CF/88 c/c art. 578 e seguintes, CLT); ao vale-transporte (Leis 7.418/85 e 7.619/87); à retenção do saldo salarial por falta de aviso prévio de empregado que pede demissão (art. 487, § 2°, CLT); a prestações alimentícias judicialmente determinadas; a dívidas junto ao Sistema Financeiro da Habitação (mediante requerimento: Lei 5.725/71); à pena penal pecuniária; a custas judiciais; dano doloso (§1° do art. 462, CLT); dano culposo, desde que esta possibilidade tenha sido pactuada (§1°do art. 462, CLT). No entanto, no caso concreto o empregador deseja reduzir o salário para meio salário mínimo mensal, o que não pode ser aceito, pois o salário mínimo é previsto na Constituição, fixado em lei, para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família.
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