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CÓLICA POR VERMINOSES EM EQUINOS

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CÓLICA POR VERMINOSES EM EQUINOS 
 
Integrantes: Iris Melo, Raphael Comerio, Marcus Mulinario, Layla Iansen e 
Ragner Freitas. 
 
1. CAUSAS E PATOGENIA: 
A cólica equina é uma síndrome resultante de doenças que atacam o 
aparelho digestivo que quando não tratada de forma rápida, pode 
levar o animal a morte. É conhecida popularmente como "nó nas 
tripas" pois causa muita dor. O animal fica agitado e busca de 
alguma forma aliviar a tensão. Uma das causas da cólica são as 
verminoses, e neste caso a cólica é caracterizada como 
espasmódica. A penetração e migração de larvas na parede 
intestinal e de vasos causam alterações do peristaltismo com 
espasmos ou distensão intestinal pela perda da atividade propulsiva, 
resultando em dor. Os principais endoparasitos são os Strongylus 
vulgaris, S. equinus e S. edentatus, Cyathostomum spp., Parascaris 
equorum, Strongyloides westeri, Trichostrongylus axei, Oxyuris equi, 
Habronema spp. e Anaplocefala sp. Os manejados a pasto são mais 
susceptíveis à verminose, especialmente os mais jovens. 
As infecções mais severas causadas por vermes nos equinos ocorrem 
no período seco, devido ao grande número de larvas infectantes 
ingerido durante o período chuvoso anterior, quando há maior 
desenvolvimento e sobrevivência de ovos e larvas na pastagem. 
 
A patogenia da infecção por espécies adultas de estrôngilos está 
associada à lesão da mucosa do intestino grosso em virtude dos 
hábitos alimentares do verme, podendo causar ruptura da parede do 
intestino em animais jovens e adultos levando a emergências 
cirúrgicas. Parascaris equorum é um nematódeo que tem grande 
importância por causar definhamento em potros jovens. O parasito 
tem predileção pelo intestino. Com a obstrução causada pelo 
parasita, os sinais clínicos observados a campo são distúrbios 
nervosos e cólicas. 
 
 
 
2. SINAIS CLÍNICOS: 
Ao observar o animal podemos notar um desconforto severo causado 
pela cólica, sendo eles: Olhar ao flanco, raspar o chão, bruxismo, o 
animal deita e rola com mais frequência, tentando aliviar a dor e a 
pressão do estômago e diafragma, o animal também adota uma 
posição de cão sentado. Também pode se observar, apatia, perda de 
peso, fraqueza, pelagem áspera e diarreia, sinais comuns de uma 
infestação por verminose. 
Na fase inicial a dor é intermitente, podendo durar cerca de 10 
minutos, com intervalos de relaxamento. Nos casos mais graves a dor 
é sempre contínua e pode ocorrer a adição de sinais de 
choque, sudorese abundante, respiração ofegante e movimentos 
involuntários. 
 
3. DIAGNÓSTICO: 
 
Além do histórico obtido com o proprietário do animal através da 
anamnese, o médico veterinário pode ainda somar informações para 
o seu diagnóstico, através da avaliação da mucosa e da hidratação, 
palpação transretal, auscultação da frequência cardíaca e intestinal, 
e ainda pela ultrassonografia, paracentese e laparoscopia. Além 
disso, também pode-se fazer o uso da sonda nasogástrica, com ela 
pode-se observar a saída de gases, as características do conteúdo 
(exemplo: PH – de 3 a 6 normal- de 6 a 8 refluxo intestinal) 
Como auxílio, devem ser feitos os exames laboratoriais para 
determinação do hematócrito, proteínas totais e leucograma. O 
hematócrito e a concentração plasmática de proteínas indica 
desidratação. O fibrinogênio é um marcador bom em processos 
inflamatórios sépticos pois ela é uma proteína de fase aguda, 
atingindo sua concentração máxima sanguínea 48-72h pós processo 
inflamatório 
 
 
 
4. TRATAMENTO/ PROFILAXIA 
A vermifugação deve ser iniciada com os potros nos 60 dias de vida e 
ser repetida a cada dois ou três meses. Todos os animais devem ser 
vermifugados a cada 60 ou 90 dias. Vermifugar também todos os 
animais recém adquiridos, os mantendo em isolamento de 48 a 72 
horas. Retirar diariamente as fezes das baias, e evitar a superlotação 
delas. É importante também realizar os controles de moscas por meio 
de inseticidas, principalmente em propriedades que apresentam 
casos de abonemos. 
 Para resolver infestações, a maioria dos plantéis utilizam os 
vermífugos orais, por terem maior praticidade, os de pasta são os 
mais comuns e mais fáceis, dos compostos mais usados, temos as 
Pirimidinas que são representadas pelo Pamoato de Pirantel e as 
Lactonas Macrocíclicas sendo representada pela Ivermectina. 
 
Para tratar o caso de abdômen estendido causada por gases é 
necessário realizar a descompressão por sondagem, e dar simeticona 
ao animal. Também são usados antiespasmódicos para diminuir os 
espasmos de estômagos e intestino (Buscofin- dipirona). Se o animal 
apresentar desidratação por conta da diarreia, hidratá-lo com 
fluidoterapia. e realizar a analgesia no primeiro sinal de dor com 
AINES: fenilbutazona, flunixina meglumina, dipirona, e o cetoprofeno; 
α-2 agonistas: detomidina, romifidina, e a medetomidina e xilazina. 
Opióides ou narcoticos: morfina, oximorfina, meperidina, butorfanol.

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