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tação ou estado de alerta extremado; curtos pe- ríodos de atenção; irritabilidade; caretas, beici- nhos ou mordidas nos lábios; proteção da área dolorida através de postura, de imobilidade ou esfregando-a; letargia, retraimento e perturba- ções do sono. •. Conseqüências da dor: quando não dá alívio, é es- tressante. E uma reação estressante prolongada tem conseqüências fisiológicas, tais como: altera- ções respiratórias que resultam em alcalose, redu- ção da saturação de oxigênio e retenção das secre- ções pulmonares; alterações neurológicas que pro- vocam mudanças no padrão de sono, taquicardia, aumento dos niveis de glicose e cortisol no san- gue, além de alterações metabólicas que levam ao aumento de fluidos e perda de eletrólitos. A criança pode não ter capacidade para verbalizar a existência de uma dor. • É muito importante a avaliação cuidadosa e abran- gente da enfermeira. • O objetivo da avaliação é coletar informações pre- cisas sobre a localização e a intensidade da dor e seu efeito no bem-estar geral da criança. • Durante o processo de coleta de informações, é preciso levar em' conta algumas perguntas impor- tantes. * O que acontece para provocar a dor? * Quais os fatores externos que podem causar a dor? * A criança exibe alguns dos indicadores fisioló- gicos agudos ou comportamentais de dor? * Como a criança responde à situação? * Como a criança ou os pais classificam a dor? • A reação da criança, a descrição verbal e a com- preensão da dor variam conforme o estágio de desenvolvimento. Existe dor quando um paciente denuncia sua exis- tência. Manifestações clínicas de dor em crianças podem ser lembradas como um bê-á-bá da dor. • Indicadores fisiológicos agudos: a dor estimula o sistema nervoso adrenérgico, causando uma rea- ção de estresse evidenciado por taquicardia, ta- quipnéia, hipertensão, dilatação das pupilas, pali- dez e aumento da transpiração. • Indicadores comportamentais: a dor, ligada a comportamentos, pode reproduzir sinais de me- do e ansiedade na criança. Os comportamentos comumente observados são: desassossego, agi- É muito comum as crianças não se queixarem por medo de que uma injeção para aliviar a dor provoque um desconforto ainda maior. Tempos atrás, as crianças não recebiam medica- ção adequada para aliviar a dor, pois se acreditava que elas não sentiam dor da mesma forma que os adultos. Hoje, graças às pesquisas, sabe-se que: • As crianças sentem dor e lembram-se dela. • As crianças sofrem de medo por antecipação quando são levadas a um local onde alguma vez sentiram dor. Uma grande variedade de fatores pode afetar a rea- ção da criança à dor, incluindo: • Cultura. • Nivel de desenvolvimento. • Experiência anterior de dor. • Presença de acompanhante ou cuidadora. • Medo e expectativas. • Aprendizado ou preparação. EXCLUSIVO! APRENDA FÁCIL. CONSULTE RÁPIDO Os parâmetros para as crianças são diferentes da- queles indicados para adul- tos, devido à imaturidade, ao indice metabólico basal elevado, ao crescimento e ao desenvolvimento. O batimento cardlaco e a freqüência respiratória diminuem com a idade, enquanto a pressão san- guínea aumenta. • As enfermeiras devem informar-se sobre o está- gio de desenvolvimento da criança para progra- mar atividades mais estimulantes e planos peda- gógicos apropriados, favorecendo o subseqüente aprimoramento da criança. • O desenvolvimento da criança é um conjunto intrincado de estágios que se processam com ba- se no nivel básico, atingindo as funções mais complexas. • A maioria das teorias do desenvolvimento con- ceitua o desenvolvimento, como a progressão de estágios seqüenciais. • Na última página, encontra-se uma tabela com as principais informações a respeito do desenvolvi- mento infantil. • www.bafisa.com.br SINAIS INDICATIVOS DE DORA medicão de temperatura • É feita 'colocando-se o termômetro embaixo do braço, obtendo-se a temperatura do corpo. • Considera-se estado febril quando a temperatura ultrapassar 37,S graus. • O aumento de 1 grau na temperatura provoca a elevação da freqüência respiratória, equivalente a quatro respiradas por minuto, e o aumento de 7% da necessidade de oxigênio. A medição do batimento cardíaco • É feita utilizando-se um estetoscópio, tomando- se o pulso radial. • A freqüência deve ser auscultada por um minuto inteiro para aval iar-se qualquer mudança no ritmo e obter-se o índice. A medição da freqüência respiratória • Lembrar que crianças pequenas usam o diafrag- ma como mecanismo primário de respiração. • Observar a subida e a descida do abdome para contar a respiração em cl1anças menores de 6 anos. • Contar por um minuto completo. A medição da pressão sanguínea • Use um manguito de tamanho apropriado. • Se a pressão for medida nas extremidades infe- riores, lembre-se de que será um pouco mais alta do que nos braços. PARÂMETROS POR IDADE Idade I BatimentoFreqüênciaPressão cardíaco respiratóriasanguínea recém-nascido 110/18030/5090/55 1 ano 80/1 5020/4090/60 2 anos 80/l3020/3095/60 4 anos 80/12020/2599/65 6 anos 75/11520/25100/56 8 anos 70/11015/20105/56 10 anos 70/11015/20110/58 Estágio de desenvolvimento 1 a 3 anos 3 a 6 anos 6 a 12 anos adolescência Resposta comportamental Choro; irritabilidade; retraimento ou rejeição; sono agitado; escassa ingestão de alimentos Criança fica quieta e exibe um comportamento regressivo; pouco cooperativa, resiste com o corpo inteiro; reação de medo pode provocar a busca de um local seguro (cantinho de brincar) Resistência fisica ativa; ataca fisica e verbalmente quando machucada; baixo nível de frustração; torna-se arredia Resistência passiva; fecha os punhos e mantém o corpo rigido ou se recolhe emocionalmente; pode negar a dor para se mostrar "corajosa" ou para evitar procedimentos subseqüentes; afasta-se ou não larga a TV Teme a perda de controle; pode recusar medicamentos ou exigir em excesso; aumento de tensão muscular; quer se comportar de forma sociavelmente aceitável ou como um adulto Descrição verbal Chora Chora e grita; é incapaz de descrever a intensidade ou o tipo de dor Pode acreditar que a dor seja óbvia para os outros; consegue identificar a localização e a intensidade da dor A criança é capaz de descrever o local da dor, sua intensidade e suas característícas fisicas pescríção sofisticada da experiêncía de dor Compreensão Sem aparentar entendimento, mas, quando exposta à dor repetida, algumas crianças manifestam perda de respiração quando alguém se aproxima para cuídar dela; crianças mais velhas demonstram medo por antecipação Demonstra sentir medo de situações dolorosas; balbucia sons ou . expressões do tipo "dodói" Dor está relacionada a um ferimento ou machucado, não a doenças; muitas vezes a criança acha que a dor é um castigo por maus pensamentos ou atitudes Entende a relação entre dor e doença, mas não a causa da dor; crianças mais velhas conseguem ligar a dor psicológica às perdas e aos sentimentos feridos A criança consegue ter um entendimento coinplexo da causa da dor fisica e mental e relaciona com outras dores André Text Box Resumão Como acalmar um bebê agitado • Em caso de terapia intravenosa, verifique se está bem colocada, pois a infiltração é causa freqüente de agitação de bebês. • Embalar o bebê, que deve estar numa posição ereta. • Cantar, entoar ou tocar uma suave música calmante . 3 kg 6 kg (ou o dobro do peso ao nascer) 10 kg (ou o triplo do peso ao nascer) 15 kg (para anos ímpares, acrescente 5 kg, até os 1i anos) 20 kg 25 kg 30 kg 35 kg (daí em diante, acrescente 10 kg a cada dois anos) 45 kg 55 kg 65 kg • 13 anos • 15 anos • 17 anos • 3 anos • I ano Primeiros contatos com o paciente • Ao apresentar-se, cumprimentar estendendo a mão. • 5 anos • 7 anos • 9 anos • II anos • O tom de voz e a inflexão são importantes. • Recém-nascido • 6 meses Circunferência média da cabeça por idade • Recém-nascido 35 cm • 3 meses 40 cm • 9 meses 45 cm • 3 'anos 50 cm • 9 anos 55 cm Peso médio da criança por idade • Manter ocorpo a uma distância apropriada do corpo do paciente. • Para questões que podem dar margem a várias inter- pretações, perguntar "o que posso fazer por você?" • Perguntar o que fazer para deixar o paciente mais confortável. • A entrevista inicial deve ser feita, de preferência, a sós com o paciente. • Ler o prontuário com antecedência ajuda a co- nhecer melhor o caso e a iniciar a entrevista. • Ser profissional e desempenhar seu papel como parte de uma equipe. • Manter-se na altura dos olhos do paciente. Histórico detalhado da criança • Começar com as informações básicas: nome, principal queixa, histórico da doença atual e de doenças passadas. • Perguntar sobre * Nascimento - incluindo problemas e imunizações. * Alimentação. * Infecções. * Desenvolvimento . * Alergias. • Completar com dados sobre medicações, históri- co familiar e histórico social. • Perguntas sobre a família e os interesses do pacien- te ajudam a quebrar o gelo e demonstrar interesse. • Nunca utilizar expressões como "queridinho", "do- cinho" ou equivalentes, nem usar· diminutivos. O paciente deve ser chamado pelo nome. Para os pais, usar o nome antecedido de "senhora" ou "senhor". Marcos indicativos do desenvolvimento infantil • 1 ano - palavras isoladas. • 2 anos - diz frases com duas palavras, com- preende comandos de duas frases. • 3 anos - combina três palavras numa frase, repe- te três digitos, sabe usar um triciclo. • 4 anos - desenha quadrados, sabe contar quatro objetos. • Manter-se em silêncio depois de fazer as pergun- tas necessárias, esperando uns dois minutos pelas respostas. • Sempre bater na porta antes de entrar e nunca entrar sem licença. 100 - 200 mcg/I 40 - 100 mcg/I 50 - 120 mcg/I 50 - 160 mcg/I (homem) 40 - 150 mcg/I (mulher) 40 - 110 mg/dl 60 - 105 mg/dl 70 - 110 mg/dl 10.000 - 35.000 8.000 - 14.500 4.300 - 10.000 17-19 g 14-17g 13 - 18 g (homem) 12 - 16 g (mulher) * Hemoglobina • Recém-nascido: • Criança: • Adulto: * Leucócitos • Recém-nascido: • Criança: • Adulto: * Hematócrito (porcentagem de células vermelhas no volume de sangue total) • Recém-nascido: acima de 65% • 6 meses - 2 anos: 36% • 2 - 6 anos: 37% • 6 - 12 anos: 40% • 12 - 18 anos: 45 - 52% (homem) 37 - 48% (mulher) * Plaquetas (auxiliam na coagulação aderindo às paredes do vaso sanguíneo) • Recém-nascido: 100.000 - 290.000/mm3 • Criança: 150.000 - 350.000/mm3 Como coletar fe:les • Forrar a fralda com filme plástico (utilizado na co- zinha) para facilitar o transporte do material da fralda para o coletor. FERRO • Níveis são mais baixos à tarde, por isso é melhor colher o sangue de manhã. • Não ingerir suplementos de ferro 24 horas antes do exame. CLlCOSE • A causa mais comum do aumento persistente é o diabetes melitus. Como iniciar uma avaliação da saúde • Inclinar-se na altura do bebê. " • Manter um contato olho no olho. • Usar uma linguagem adequada no nivel de conhe- cimento da criança. • Lembrar-se de que as crianças reagem à linguagem corporal e às comunicações não-verbais. • Permitir que tanto a figura da enfermeira como o ambiente se tomem familiares para a criança e só procurar conhecê-Ia melhor depois desse período de "aquecimento". • Utilizar brincadeiras durante a avaliação. • Envolver a criança na investigação, dependendo da idade e dos conhecimentos que ela tiver. Como identificar a importãncia da família no cuidado com a crianca • A família é uma const~nte na vida da criança e deve ser apoiada, respeitada e encorajada. • Dar oportunidade a todos os membros da família para mostrarem suas aptidões atuais e criar meios para que adquiram novas, necessárias para a criança. • Promover a interação entre os pro- fissionais envolvidos e a familia, pa- ra que cada um passe a ter um senso de controle sobre sua vida; permi- tir alterações positivas que pro- duzam atitudes que auxiliem e estimulem seus próprios poderes, habilidades e ações.- 2 V' Valores de referência * Recém-nascido: * I semana - 16 anos: * Adulto: V' Valores de referência * Recém-nascido: * Bebê: * Criança: * Adolescente: < 2 mg/dl < 8 mg/dl <12mg/dl 0,2 - I mg/dl 0,1 - I mg/dl ' ..., Como incentivar uma respiração profunda • Fazer a criança soprar um cata-vento de papel ou bolas de sabão. • Usar uma lanterna de bolso para a criança fingir que sopra uma vela. • Fazer a criança soprar uma bola de algodão coloca- da sobre a mesa auxiliar, até que o algodão caia fora da mesa ou dentro de um recipiente de papel. Como entusiasmar a criança para ingerir líquidos • Cortar picolés em pedacinhos que possam ser colo- cados numa colher. • Usar um copo medidor pequeno para controlar a quantidade de liquído que a criança consegue mgenr. • Para crianças em idade escolar, criar uma tabela em que se assinala a quantidade de líquido ingerido, até atingir uma meta predeterminada. BICARBOHA TO (HC03) • Funciona como um tampão para manter o pH normal. • Aumenta em alcalose metabólica. • Diminui em acidose metabólica. V' Valores de referência . * Bebês: 20 - 24 mEq/1 * Crianças: maiores de 2 anos - 22 - 26 mEq/1 Como coletar urina • Em crianças que ainda usam fraldas, usa-se o cole- tor estéril infantil por ser não-invasivo, mas normal- mente o laboratório fornece o material necessário. • Se a criança estiver com a bexiga cheia, basta deitá-Ia de costas, pressionar levemente a base da coluna e fazer um movimen- to para cima, de forma suave, com dois dedos. A criança arqueia as costas, ergue as nádegas no ar, chora e esvazia a bexiga, permitindo a coleta de urina. COLESTEROL • Aumento por causa de dieta alta em colesterol e em gorduras saturadas. • Níveis elevados por predisposição genética. • Diminuição por hipertireodismo, grave dano ao fí- gado ou subnutrição. V' Valores de referência * Bebês: 53 - 135 mg/dl * Crianças: 70 - 175 mg/dl * Adolescentes: 120 - 210 mg/dl * Adultos: 140 - 250 mg/dl HEMOCRAMA COMPLETO • NÚmero aumentado por aumento de esforço físico, nas altitudes elevadas, por doença crônica de pul- mão ou cardiopatia cianótica. • Diminuição ocorre por destruição ou perda anor- mal, ou por supressão de medula óssea. V' Valores de referência . * Hemácias • Recém-nascido: 5,5 - 6 milhões/mm' • Criança: 4,6 - 5.9 milhões/mm3 • Adulto: 4,2 - 5,4 milhõeshmn3 (homem) 4,1 - 5,1 milhões/mm3 (mulher) BILlRRUBIHA • A bilirrubina direta (ou conjugada) aumenta em condi- ções que causam a obstrução do fluxo normal de bile . • A bilirrubina indireta (ou não conjugada) aumenta em condições que causam hemólise dos glóbulos vermelhos. V' Valores de referência . * Recém-nascidos a termo • sangue de cordão umbilical • I - 2 dias • 3 - 7 dias * > I mês * Adulto • Duas enfermeiras são necessanas para controlar as dosagens de diversos medicamentos, incluindo in- sulina, narcóticos, digoxina, quimioterapia e anti- coagulantes. * Dosagem por área da superfície corporal • Fórmula para cálculo da superfície corporal: (peso X 4) + 7 7 (peso em kg) + 90 = m' (metro quadrado). • Fórmula para calcular a dosagem infantil por área de superfície corporal: (m' 7 1.7) X dose indicada para adultos = dose infantil. • Medicamentos em casa * Verificar o nome da medicação, por que foi pres- crita, qual é sua ação, como administrá-Ia, quais os efeitos colaterais e quais as restrições quanto à dieta ou às atividades. * Ensinar a usar o material ou dosador necessário e pedir, em troca, uma demonstração. Nunca subs- tituir uma colher ou um medidor comum usados na cozinha por medidores de medicamento que acompanham a medicação e são rigorosamente calibrados. • Reservar um local para esse fim e nunca fazer a medi- cação no lugar onde a criança brinca. • Seja confiável e deixe a criança saber o que a espera. * Explicar com clareza o papel do paciente e o da cuidadora. * Não deixe a cuidadora intimidar a criança. * Estimule a cuidadora a concentrar-se no conforto da criança. • A preparação e os cuidados devem estar de acordo com a idade da criança. * Bebês precisam de carinho e afeto . * Crianças de 1 a 3 anos devem ser preparadasimediatamente antes da medicação, sem que se ofereçam alternativas. * Na idade pré-escolar, a criança deve saber exa- tamente o que se espera dela. No caso de uso de um equipamento, permitir que ela o manipule. No caso de injeção, um curativo adesivo é importante para preservar a integridade do corpo. * Crianças em idade escolar precisam receber ex- plicações sobre sua situação e suas escolhas. Em caso de procedimentos invasivos, devem ser pre- parados com antecedência . * Adolescentes normalmente querem mais infor- mações. Dão importãncia tanto à privacidade co- mo à independência. Preservam a imagem do ado- lescente "durão". • Medicamentos orais quase sempre são misturados com alguma substância para disfarçar o sabor desa- gradável: * Nunca misture a medicação com um volume grande da substância de "disfarce", nem acrescente à garra- fa da bebida da criança. * Adicionar um medicamento ao que a criança nor- malmente come cria um problema, pois ela aca- bará por rejeitar determinados alimentos. * Em geral, muitos medicamentos podem ser mis- turados com uma pequena quantidade de algum liquido doce; administrar a medicação utilizando uma xícara pequena, colher, seringa ou mamadei- ra pequena. • Ao aplicar uma injeção intramuscular, considere o local, a quantidade e o comprimento da agulha . * O calibre da agulha deve ser o menor possível, reservando-se os calibres maiores para as medica- ções viscosas. * O músculo vasto lateral é utilizado para muitas medicações; o glúteo máximo não está adequada- mente desenvolvido até que a criança esteja an- dando no mínimo há um ano. Embora seja utiliza- da para várias medicações, a região ventro-glútea (do músculo glúteo médio) não é indicada para crianças menores de 3 anos. • Cálculo da dosagem pediátrica * Dosagem por peso • Estabelecer o parâmetro seguro de dosagem ba- seando-se na dose recomendada determinada pela bula do medicamento. • Calcular a dosagem indicada. • Comparar o parâmetro da dosagem segura com a dose indicada e tomar a atitude mais apro- priada. CÁLCULO DE DOSES Idade Nascimento - 3 meses 4 meses - 3 anos 3 - 6 anos 6 - 10 anos 10 - 15 anos mais de 15 anos Volume máximo injetado Iml I ml 1,5 ml 1,5 - 2 ml 1,5 - 2ml 2- 3 ml CUIDADOS DURANTE OS PROCEDIMENTOS• Hospitalização e tratamentos de saúde são estressan- tes para crianças de qualquer idade. • Enfermeiras devem dar apoio para as crianças antes, durante e depois dos procedimentos. Assim, ajudam a minimizar o estresse e encorajam a aceitação e a adaptação ao tratamento. • Os cuidados durante os procedimentos baseiam-se nas habilidades cognitivas e no estágio de desenvol- vimento da criança. • A preparação e os cuidados devem incluir os pais, a maior fonte de consolo e amparo da criança. • Pais ou guardiões legais da criança é que dão con- sentimento para a maioria dos procedimentos. • Reações da família à doença de uma criança * Medo e ansiedade sobre a doença podem aumen- tar, comprometendo a capacidade da família de enfrentar a situação e de ajudar a criança nessa tarefa. * Estímulos estressantes podem produzir uma sen- sação de desamparo e de perda de controle. * Manifestações de estresse dos pais podem incluir culpa, negação, raiva, medo, depressão e mecanis- mo psíquicos de defesa, tais como transferência e projeção. • Funções da enfermagem pediátrica * Advogada da família - identifica as necessida- des e as metas da criança e de sua família e desenvolve intervenções apropriadas à enfer- magem. * Promotora de saúde - promove a saúde e previ- ne a doença, favorecendo o crescimento e o de- senvolvimento, a nutrição adequada, as imuni- zações e a identificação precoce de problemas de saúde. * Professora - fornece orientação preventiva e ins- trui sobre processos de doenças. • Ações para auxiliar a criança para lidar com as doenças * Humanizar o ambiente. * Eliminar a separação da família. * Normalizar a vida. * Garantir a preparação. Estágio de desenvolvimento Bebê Até 2 anos 2 a 6 anos 6 a 12 anos Adolescente Antes do procedimento Nenhum preparativo para a criança. Explicar o procedimento e a razão de fazê-Io para os pais. Descrever sua atrib~ição. Dar uma rápida explicação exatamente antes de iniciá-Io, pois nesta idade o conceito de tempo é limitado. Deixar bem claro que a criança não fez nada errado. " Dar uma explicação simples. Com supervisão, deixar a criança mexer ou tocar no equipamento a ser usado. Explicações claras e completas são úteis, portanto vale usar desenhos, fotos, livros e contato com o equipamento. Em caso de procedimento invasivo, considerado ameaçador pela criança, pode-se lançar mão de uma bandagem para dar tranqüilidade. Dar explicações orais e por escritO, se preciso. Ensine técnicas para diminuir o estresse. Investigar os medos particulares. 3 Durante o procedimento Com firmeza mas suavemente, fazer a restrição do bebê. Realizar o procedimento com rapidez. Distrair a criança com a voz, chupeta ou mamadeira. Fazer o procedimento em local reservado. Evitar propostas fantasiosas do tipo "vamos fazer isso agora?" Permitir que a criança chore e grite. O tratamento deve ser feito em local próprio. Com firmeza e gentileza, fazer a restrição. Dar orientações de forma positiva e deixar que a criança mantenha o controle, contando uma história ou de um a dez, e permitir que ela chore. Deixar a criança posicionada livremente, mas se preparar para fazer uma eventual restrição. Explicar o que está acontecendo. Apresentar as técnicas de controle do estresse. Dar condições para o jovem manter o controle. Evitar a restrição. Depois do procedimento Entregar para um dos pais segurar e então embalar, falar ou cantar para o bebê. Dar conforto à criança. Levar até um local especial e oferecer o suco preferido. Dar um feedback positivo por ter tido "coragem" durante todo o procedimento. Estimular a criança a desenhar e assim explorar bem a experiência. Oferecer a escolha de um prêmio. Elogiar os esforços para cooperar. Explicar o resultado do procedimento e quando os resultados do teste serão completados. NECESSIDADE DE LíQUIDO o liquido corporal é uma condição dinâmica, continuamente saindo pela pele, pelas fezes, pela urina e durante a respiração. AVALIAÇÃO DE DESIDRATAÇÃO parâmetro de Desidratação leve Desidratação moderadaDesidratação severaavaliação '70 de perda de Até 5%; perda de liquido de6 - 9%; perda de líquidoMais de 10%; perda de peso corporal (*) 40 - 50 mllkgde 60 - 90 mllkglíquido de 100 mllkg ou mais Nível de Alerta, inquieto e sedentoIrritável ou inquieto,Letárgico a comatoso consciência ou letárgico, sedento Pressão sanguínea NormalNormal a baixa;Baixa a não-detectável hipotensão postura I Respiração NormalNormal tendendo aAceleração de velocidade taquipnéia e padrão Pulso NormalRápidoDe rápido e fraco a não-palpável Intumescência NormalFraca, textura moleMuito pobre, excessivamente da pele distendida Membrana mucosa ÚmidaSecaRessecada Urina NormalMenor quantidadeVolume escasso ou ausente « Imllkglhora) Extremidades Mornas, rápidoPálidas, lentoFrias, descoloradas e com preenchimento capilar preenchimento capilarpreenchimento capilar ungueal 'unguealungueal > 3 - 4 segundos (> 2 segundos) Fontanela (apenas NormalFundaAbaixada recém-nascidos) (*) peso original - peso atual = montante da perda. Dividir o total da perda pelo peso original para determinar a porcentagem de perda de peso Necessidade de manutenção de líquido 100 ml/kg/dia 1.000 ml + 50 mllkg para cada kg acima de 10 kg 1.500 ml + 20 mllkg para cada kg acima de 20 kg 75% de água 65% de água 60% de água 55% de água 50% de água Calorias gastas por dia 100 kcalldia 1.000 kcals + 50 kcalslkg para cada kg acima de 10 kg 1.500 kcals + 20 kcalslkg para cada kg acima de 20 kg Mais de 20 kg Peso corporal Até 10 kg 11a20kg • Recém-nascido: • Bebê de 6 meses: • Criança de 2 anos: • Criança de 6 anos: • Adulto: Os parâmetros abaixo podem ser alterados. nas situações de doença,extrema exposição ao calor ou a exercícios, ou em condições asso- ciadas a fluido anormal, a perda de nutrientes ou má absorção. o porcentual do peso corporal que é compos- to de água varia de acordo com a idade; a por- centagem de água é mais alta nas crianças, diminuindo com a idade. • Indicador importante de disfunção neuroló- gica. • Consciência e sensibilidade da mente têm dois componentes: * Vivacidade, ou seja, a capacidade de reagir a estimulos. * Capacidade cognitiva, isto é, habilidade pa- ra processar informações e reagir. • Inconsciência é a depressão da função cere- bral ou a incapacidade do cérebro de reagir a estimulos. * Embotada: resposta limitada ao meio am- biente; adormece se não tiver estímulo ver- balou tátil. * Letárgica: não responde a não ser quando exposta a estimulos vigorosos. * Em coma: resposta severamente diminuí- da, não reage nem mesmo aos estímulos dolorosos. • A escala de coma de Glasgow pediátrica é um instrumento de avaliação objetivo, padroniza- do, para que se possa avaliar o nível de' cons- ciência em crianças. ~ * A enfermeira avalia a criança em três setores: • Olhos abertos. • Resposta motora. • Resposta verbal. * Confere-se uma pontuação que vai de 5 (a melhor) a 1 (nenhuma resposta). • A pontuação é a medida objetiva para infor- mar o nível de consciência . • A soma total de 15 pontos corresponde a um paciente completamente lúcido e orientado. A soma de 3 pontos corresponde a um paciente em coma. ESCALA DE COMA DE GLASGOW PEDIÁTRICA • É alto o risco de crian~as ferirem a cabeça e te- rem alterações do nível de consciência, por causa de diferenças anatõmicas e fisiológicas em relação aos adultos. O risco, que é mais pronunciado em crianças pequenas, diminui à medida que a criança cresce e seu corpo adquire a força e as proporções do corpo de um adulto. * Crianças pequenas são mais pesadas na par- te superior, e sua cabeça é grande em pro- porção ao corpo, mas os músculos do pesco- ço são fracos. * Os ossos do crânio não estão completamen- te formados e as suturas estão abertas. * O cérebro é altamente vascularizado e o espaço subaracnóideo é pequeno. * O processo de mielinização conta para a aquisição de habilidades motoras finas e grossas e para a coordenação durante a pri- meira infância. Setor de avaliação Abertura dos olhos Resposta motora Resposta Espontaneamente Ao comando À dor Nenhuma resposta Obedece aos comandos Localiza a dor Flexão à dor Flexão anormal Extensão à dor Nenhuma resposta Pontuação 4 3 2 I 6 5 4 3 2 I Resposta • O nível de consciência é importante para o nível de desenvolvimento da criança. * Alerta: acordada e respondendo a estímulos. * Confusa: desorientada quanto ao tempo, lugar e pessoas. * Delirante: confusão, medo, agitação, hipera- tividade ou ansiedade. Resposta verbal Crianças menores de 2 anos Sorri, ouve, segue a voz Chora, consola-se Choro persistente e inapropriado Agitada e inquieta Nenhuma resposta 5 4 3 2 1 Crianças maiores de 2 anos Orientada Desorientada Palavras inapropriadas Sons incompreensíveis Nenhuma resposta 4 Resumãu IMUNIZAÇÃO INFANTIL *Aincta na maternidade, de preferência nas primeiras 12 horas de vida. 4 meses I VORH (vacina oral de rotavirus humano) 12' dose VOP (vacina oral contra pólio) 2' dose Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2' dose 6 meses I VOP (vacina oral contra pólio) 13' dose Contra hepatite B 3' dose Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3' dose 9 meses Vacina contra febre amarela '* Dose única 12 meses SRC (tríplice viral) Dose única 15 meses VOP (vacina oral contra pólio) I' reforço DTP (tríplice bacteriana) l' reforço 5 a 6 anos I DTP (tríplice bacteriana) 2' reforço SRC (tríplice viral) Reforço VOP (vacina oral contra pólio) 2' reforço 15 anos I dT (vacina dupla, tipo adulto) Reforço **Nas regiões onde houver indicação. Formas graves de tuberculose Hepatite B Hepatite B Diarréia por rotavírus Poliomielite (paralisia infantil) Difteria, tétano, coqueluche, miningite e outras infecções causadas pelo haemophilus injluenzae tipo B Diarréia por rotavírus Poliomielite (paralisia infantil) Difteria, tétano, coqueluche, miningite e outras infecções causadas pelo haemophilus influenzae tipo B Poliomielite (paralisia infantil) Hepatite B Difteria, tétano, coqueluche, miningite e outras infecções causadas pelo haemophilus injluenzae tipo B Febre amarela Sarampo, rubéolae caxumba Poliomielite (paralisia infantil) Difteria, tétano e coqueluche Difteria, tétano e coqueluche Sarampo, rubéolae caxumba Poliomielite (paralisia infantil) Difteria e tétano Dose única l' dose 2' dose l' dose l' dose I' dose Vacinasidade Ao nascer I BCG - 10 Contra hepatite B * 1 mês Contra hepatite B 2 meses VORH (vacina oral de rotavirus humano) VOP (vacina oral contra pólio) Vacina tetravalente (DTP + Hib) CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO co debilitado ou que vivam com alguém imu- nodeprimido. • Não ministrar vacina se a criança for alérgica à vacina ou a algum de seus componentes. • Não vacinar durante doenças febris. • Postergar em três a sete meses a vacinação com vírus ativos em crianças que receberam imunização passíva por meio de transfusões sanguíneas ou imunoglobulinas. • Doses de vacinas ativas devem ser intercala- das por um mínimo de 30 dias; mais de uma vacina ativa pode ser dada rio mesmo dia; intervalos mais curtos entre doses repetidas de uma vacina limitam a resposta do anticorpo. Vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde: • No portal do Ministério da Saúde na Internet (www.saude.gov.br). é possível verificar as vacinas necessárias e acompanhar os progra- mas de vacinação. A vacinação introduz um antígeno no organis- mo, permitindo a imunização contra o desenvol- vimento natural de uma doença. • Imunização ativa: a vacina atua de maneira a estimular a produção de anticorpos sem cau- sar a doença clinica. • Imunização passiva: produz a imunização por meio de um especifico anticorpo para uma doen- ça e não proporciona uma imunização duradoura. Para evitar o número de oportunidades perdi- das para cumprir a vacinação integral das crian- ças, é importante saber que: • Diversas vacinas podem ser dadas ao mesmo tempo: difteria, tétano e coqueluche acelular; sarampo, caxumba e rubéola; hepatite B; hae- mophilus injluenza tipo b; pólio de vírus inati- vados; varicela; e pneumococo conjugada. • Duas injeções podem ser dadas, em lugares diferentes, na mesma extremidade. • Crianças prematuras têm a mesma necessida- de de imunização que as nascidas a termo. Contra-indicações gerais • Evitar a administração de vacina com vírus ativo em crianças com um sistema imunológi- A eficácia das vacinas depende do armazena- mento correto; além disso, algumas têm prazo de validade muito curto. É essencial preparar-se para uma eventual ana- filaxia às vacinas. • Ter à mão adrenalina aquosa I: 1.000 (lmg/ml), injetável via intramuscular, e equipamento de reanimação. • Doses de adrenalina de 0,01mg/kg de peso corporal da criança, até no máximo 0,3 ml, pode ser repetida em intervalos de 10 a 20 minutos até desaparecerem os sintomas ou se iniciarem os cuidados de emergência. • O abuso infantil é definido como "toda a ação ou omissão por parte do adulto cuidador que resul- ta em dano ao desenvolvimento físico, emocio- nal, intelectual e social da criança". As lesões são físicas, emocionais (danos ao psiquismo), sexuais e por negligência (atos de omissão). • A negligênCia infantil é a não provisão adequa- da de alimento, roupas, abrigo ou amor a uma cnança. • O abuso geralmente envolve uma ação ou um ato comissionado; a negligência normalmente é um ato de omissão, como o não provimento de alimentação básica. • Cabe às enfermeiras usar suas habilidades, seus conhecimentos e seu discernimento para garantir que uma criança tenha segurança e viva num ambiente livre de qualquer tipo de abuso. • O abuso abrange uma série de comportamen- tos deliberados de um adulto, que inclui desde o abuso físico e psicológico até o sexual,bem como a negligência da criança. * O abuso físico é o mais óbvio e evidente. • Trata-se da deliberada aplicação de força em alguma parte do corpo, causando dano à criança. • Ferimentos por abuso podem incluir quei- maduras, escoriações, socos, surras, sacu- didas violentas, surras ou mordeduras em diferentes partes do corpo. * O abuso emocional normalmente é definido como a sistemática humilhação de outro ser humano ou o emprego de ações que são psi- cologicamente destruidoras. • O abuso emocional pode ser o resultado de atos de omissão, como a ausência de comportamentos positivos de cuidados familiares (pai e mãe), o emprego de com- portamentos hostis ou negativos, como chamar a criança de burra. • Pode também incluir a destruição de uma propriedade pessoal da criança, tais como a destruição de fotografias, cartas ou brin- quedos; ou então o desaparecimento ou morte proposital de um animal de estima- ção. Tais ações são meios de assustar e assim conseguir o controle da criança. * O abuso sexual é definido como a explora- ção sexual para o prazer de outra pessoa. • As crianças abusadas sexualmente sofrem perturbações emocionais relativas a seus próprios sentimentos de culpa e vergonha, assim como em relação aos sentimentos impostos pela sociedade. • É crucial o reconhecimento da falta de maturidade e de desenvolvimento emocio- nal e cognitivo da criança para lidar com atos de abuso sexual. • Por seus efeitos devastadores e duradou- ros, tanto os ataques que incluem toques (carícias ou exploração sexual) como aqueles em que não há toque (como o exi- bicionismo), são considerados tão sexual- mente abusivos quanto uma relação sexual e todas as suas variantes (sodomia, estimula- ção oral-genital e coito). • A penetração vaginal feita por uma pessoa aparentada com a vítima é considerada estu- pro; se feita por pais ou irmãos é incesto. * Negligência é a omissão no cumprimento satis- fatório das necessidades básicas físicas e medi- cinais da criança; a privação e o abandono emo- cional são comuns, embora sejam formas de abuso sexual pouco notadas. • A negligência é definida como a falha crôni- ca de um dos pais ou cuidador em fornecer a um menor de 18 anos suas necessidades bási- cas, tais como alimento, vestuário, abrigo, cuidados médicos, educação. • A negligência infantil ocorre quando o menor sofre prejuízo ou dano previsível por desaten- ção dos pais. • Enfermeiras são figuras fundamentais numa equipe multidisciplinar para a prevenção, avaliação e inter- venção em situaçôes de abuso ou negligência infan- til; os conselhos abaixo são essenciais à enfermagem nas situações em que há suspeita de abuso infantil. * Documentar, em termos objetivos, todas as in- terações entre a criança e seu cuidador. * Respeitar a confidencialidade e só manifestar a suspeita de abuso a uma autoridade competente. * Conhecer a política da instituição em que traba- lha para lidar com assuntos relacionados com abuso sexual. * Conhecer as normas do Conselho Federal de Enfermagem e do Conselho Regional de Enfer- magem de seu estado. 5 Crescimento físico ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO o crescimento é um aumento de tamanho físico A brincadeira terapêutica é utilizada para ajudar a criança a verbalizar sentimentos ou conceitos. • Desenhar, pintar, lançar mão de bonecas ana- tomicàmente corretas e brincar de maneira direta com o equipamento médico são técni- cas de brincadeiras terapêuticas que ajudam a criança a expressar medos, conceitos e pensamentos a respeito de hospitalização e procedimentos. Brincar é o "trabalho" das crianças; é útil. para diversas funções no desenvolvimento e autocons- ciência; tem valor terapêutico. Estabelece um modo de a criança conhecer os cuidados médicos, expressar ansiedade, trabalhar seus sentimentos e conseguir uma noção de con- trole nas situações assustadoras. Desenvolvimento de habilidades o desenvolvimento de habilidades continua em dois processos seqüenciais • Céfalo-caudal, ou seja, da cabeça para os pés, ísto é, a criança desenvolve o controle da cabeça antes de ser capaz de sentar-se ereta, o que ocorre antes que consiga ficar em pé e, por fim, andar. • Próximo-distal, isto é, do centro do corpo para as laterais e as extremidades; o desenvolvimento do controle do tronco é seguido pelos movimentos dos braços até chegar ao movimento dos dedos. • A seqüência ou ordem de desempenho de uma habilidade é uniforme entre crianças. CaracterísticasEstágio de desenvolvimento o desenvolvimento é um aumento de capacidade ou função • Varia a idade exata em que surge uma habi- lidade. Três princípios básicos do crescimento e do desenvolvimento • $ previsível. • E complexo, contínuo, irreversível e para toda a vida. • É direcíonável e segue uma seqüência prescrita. Até 2 anos 2 a 6 anos 6 a 12 anos Independência e negativismo Iniciativa e independência Atividades significativas e realizações Rápido; peso ao nascer dobra aos 6 meses, triplica aos 12 meses (até 2 anos, cresce cerca de 30 cm no comprimento) Crescimento mais lento; o peso do nascimento quadruplica e tem cerca de metade da altura de um adulto; aparência de barriga volumosa Crescimento lento e firme, principalmente dos ossos longos; aparência longilinea Tamanho e proporção do corpo é semelhante nos dois sexos; crescimento contínuo dos ossos longos, em especial nas pernas; dentes de leite são substituídos pelos permanentes Passa de receptor de estímulos passivo a participante ativo Desenvolvimento rápido de atividades motaras grosseiras; vai do andar para o correr, chutar e montar num triciclo Desenvolvimento continuado de habilidades físicas: correr, ,arremessar, desenhar e escrever Aperfeiçoa as habilidades físicas ao praticar esportes e desenvolve capacidade motora fina; senso de realização aumenta a motivação para adquirir novas habilidades • As "mensagens" que a criança recebe são importantes, tanto as faladas quanto as não verbalizadas. • As diretrizes para o uso de brincadeiras incluem: * Permitir que a criança selecione o objeto com o qual quer brincar. * Utilizar o equipamento médico que a criança verá durante a hospitalização ou procedimen- to (por exemplo, estetoscópio, monitor de batimentos cardíacos, termômetro, tubo de ali- mentação, etc.). * Usar a comunicação terapêutica durante as brincadeiras. * Pedir para a criança descrever o que desenhou ou o que acontece na brincadeira. * Permanecer sempre j unto da criança durante as brincadeiras terapêuticas. Tipos de brincadeira por idade Crescimento rápido; mais forte e muscular; estabelece o padrão específico do sexo para a distribuição de gordura; mudanças físicas da puberdade 1· edição Julho/2007 ISBN 978-857711034-6 111111111111111111111111 9 "788577 11 O~46 Barros, Fischer & Associados Resumão • Adolescentes * Atividades em grupo * Interações sociais Atenção É expressamente proibi- da a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização do editor. • Crianças de 6 a 12 anos * Jogos cooperativos • Crianças até 2 anos * Jogos paralelos * Brincadeiras de imitação • Crianças de 2 a 6 anos * Jogos associativos * Brincadeiras dramáticas * Atividades motoras amplas • Bebês * Brincadeiras reflexivas * Brincadeiras manipulativas Autora: Deborah Raines, PhD, RN; Tradução: Maria Ignês Telxeira França; Arte: Maurício Cioffi; Consultaria: Ora. Lêda Sílvia Calvo Barone; Revisão: Paulo Roberto Pompêo Resumão - Enfermagem Pediátrica (Série de Medicina, nO 21) é uma publicação da Barros, Fischer & Associados, sob licença editorial de Spring Publishing Group, Ine, © 2007 BarCharts, Ine" USA Todos os direitos reservados. A série de resumos de medicina é uma poderosa ferramenta educacional para ser usada durante as aulas, nos trabalhos de casa e para repassar a matéria antes das provas e exames. Os exem- plares dos resumos podem ser consultados de forma rápida e eficiente durante o período de sua formação ou em sua vida profissional. Endereço: Rua Ulpiano, 86 Lapa, São Paulo, ICEP 05050-020 Telefone/tax: O (xx) 11 3675-0508 ~ ~ Slte: www.bafisa.com.br E-mail: bafisa@uol.com.br (\ •••..,~\"Impressão: Eskenazl Indústria Gráfica LIda. \0\ 1'" Acabamento: Badge Comercial de Plásticos LIda. Distribuição e vendas: Bafisa, tel.: O (xx) 11 3675-0508 6 * Adolescentes • Fornecer explicações orais e escritas. • Conversar primeiro com o adolescente, incluir os pais depois. • Providenciar encontros para o debate com ou- tros adolescentes. * Crianças até 2 anos • Dar instruções breves e claras. • Não dar escolhas que não existam. • Oferecer a escolha entre duas alternativas ver- dadeiras (por exemplo: "você quer um c11:Iati- vo verde ou azul?"). • Ser positiva nas suas aproximações. • Dizer o que está fazendo e o nome dos objetos. * Crianças de 2 a 6 anos • Dar tempo para a criança integrar-se à expli- cação. • Falar com a criança freqüentem ente. • Usar desenhos e histórias para explicar os cui- dados. • Usar os termos corretos para as funções do corpo. • Permitir escolhas quando isso for possível. * Crianças de 6 a 12 anos • Dar exemplos concretos usando fotos, textos ou equipamentos, além da explicação oral. • Avaliar o que a criança já conhece antes de fornecer instruções. • Permitir que a criança escolha a recompensa que se segue a um procedimento. • Ensinar técnicas de relaxamento. • Incluir a criança nos debates com os pais. Adolescentes • Estratégias para construir um entendimento * Proporcionar privacidade e remover distrações. * Não avisar com muita antecedência sobre os procedimentos. * Iniciar a comunicação com assuntos genéricos até chegar aos específicos. * Comunicar-se diretamente com a criança, ainda que os pais estejam presentes. * Usar uma terminologia simples. * Manter os olhos na altura dos olhos da criança. * Lembrar-se de que objetos de transição (bichos ou bonecas) podem ser muito úteis na comuni- cação com crianças. * Honestidade é de suma importância, especial- mente com crianças. * Escrever, desenhar ou bri ncar são formas alter- nativas de comunicação. • Estratégias de comunicação para idades específicas * Bebês • Pegar o bebê para alimentar, embalar e falar com ele. • Falar e cantar durante as atividades e cuida- dos de enfermagem; • Falar em voz alta com recém-nascidos. • Quando o bebê estiver irritado, fazer a restri- ção e segurar com firmeza. • Comunicação efetiva é o claro entendimento nas trocas de informação com a criança ou com seus pais. • Ouvir com cuidado para escutar e encontrar exata- mente o sentido da informação dada pela criança ou por seus pais. André Mais arquivos em: http://materialenfermagem. blogspot.com
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