Buscar

Resumão - Enfermagem Pediátrica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

tação ou estado de alerta extremado; curtos pe-
ríodos de atenção; irritabilidade; caretas, beici-
nhos ou mordidas nos lábios; proteção da área
dolorida através de postura, de imobilidade ou
esfregando-a; letargia, retraimento e perturba-
ções do sono.
•. Conseqüências da dor: quando não dá alívio, é es-
tressante. E uma reação estressante prolongada
tem conseqüências fisiológicas, tais como: altera-
ções respiratórias que resultam em alcalose, redu-
ção da saturação de oxigênio e retenção das secre-
ções pulmonares; alterações neurológicas que pro-
vocam mudanças no padrão de sono, taquicardia,
aumento dos niveis de glicose e cortisol no san-
gue, além de alterações metabólicas que levam ao
aumento de fluidos e perda de eletrólitos.
A criança pode não ter capacidade para verbalizar
a existência de uma dor.
• É muito importante a avaliação cuidadosa e abran-
gente da enfermeira.
• O objetivo da avaliação é coletar informações pre-
cisas sobre a localização e a intensidade da dor e
seu efeito no bem-estar geral da criança.
• Durante o processo de coleta de informações, é
preciso levar em' conta algumas perguntas impor-
tantes.
* O que acontece para provocar a dor?
* Quais os fatores externos que podem causar a dor?
* A criança exibe alguns dos indicadores fisioló-
gicos agudos ou comportamentais de dor?
* Como a criança responde à situação?
* Como a criança ou os pais classificam a dor?
• A reação da criança, a descrição verbal e a com-
preensão da dor variam conforme o estágio de
desenvolvimento.
Existe dor quando um paciente denuncia sua exis-
tência.
Manifestações clínicas de dor em crianças podem ser
lembradas como um bê-á-bá da dor.
• Indicadores fisiológicos agudos: a dor estimula o
sistema nervoso adrenérgico, causando uma rea-
ção de estresse evidenciado por taquicardia, ta-
quipnéia, hipertensão, dilatação das pupilas, pali-
dez e aumento da transpiração.
• Indicadores comportamentais: a dor, ligada a
comportamentos, pode reproduzir sinais de me-
do e ansiedade na criança. Os comportamentos
comumente observados são: desassossego, agi-
É muito comum as crianças não se queixarem por
medo de que uma injeção para aliviar a dor provoque
um desconforto ainda maior.
Tempos atrás, as crianças não recebiam medica-
ção adequada para aliviar a dor, pois se acreditava
que elas não sentiam dor da mesma forma que os
adultos. Hoje, graças às pesquisas, sabe-se que:
• As crianças sentem dor e lembram-se dela.
• As crianças sofrem de medo por antecipação quando
são levadas a um local onde alguma vez sentiram dor.
Uma grande variedade de fatores pode afetar a rea-
ção da criança à dor, incluindo:
• Cultura.
• Nivel de desenvolvimento.
• Experiência anterior de dor.
• Presença de acompanhante
ou cuidadora.
• Medo e expectativas.
• Aprendizado ou preparação.
EXCLUSIVO! APRENDA FÁCIL. CONSULTE RÁPIDO
Os parâmetros para as
crianças são diferentes da-
queles indicados para adul-
tos, devido à imaturidade,
ao indice metabólico basal
elevado, ao crescimento e
ao desenvolvimento.
O batimento cardlaco e a freqüência respiratória
diminuem com a idade, enquanto a pressão san-
guínea aumenta.
• As enfermeiras devem informar-se sobre o está-
gio de desenvolvimento da criança para progra-
mar atividades mais estimulantes e planos peda-
gógicos apropriados, favorecendo o subseqüente
aprimoramento da criança.
• O desenvolvimento da criança é um conjunto
intrincado de estágios que se processam com ba-
se no nivel básico, atingindo as funções mais
complexas.
• A maioria das teorias do desenvolvimento con-
ceitua o desenvolvimento, como a progressão de
estágios seqüenciais.
• Na última página, encontra-se uma tabela com as
principais informações a respeito do desenvolvi-
mento infantil. •
www.bafisa.com.br
SINAIS INDICATIVOS DE DORA medicão de temperatura
• É feita 'colocando-se o termômetro embaixo do
braço, obtendo-se a temperatura do corpo.
• Considera-se estado febril quando a temperatura
ultrapassar 37,S graus.
• O aumento de 1 grau na temperatura provoca a
elevação da freqüência respiratória, equivalente
a quatro respiradas por minuto, e o aumento de
7% da necessidade de oxigênio.
A medição do batimento cardíaco
• É feita utilizando-se um estetoscópio, tomando-
se o pulso radial.
• A freqüência deve ser auscultada por um minuto
inteiro para aval iar-se qualquer mudança no
ritmo e obter-se o índice.
A medição da freqüência respiratória
• Lembrar que crianças pequenas usam o diafrag-
ma como mecanismo primário de respiração.
• Observar a subida e a descida do abdome para
contar a respiração em cl1anças menores de 6 anos.
• Contar por um minuto completo.
A medição da pressão sanguínea
• Use um manguito de tamanho apropriado.
• Se a pressão for medida nas extremidades infe-
riores, lembre-se de que será um pouco mais alta
do que nos braços.
PARÂMETROS POR IDADE
Idade I BatimentoFreqüênciaPressão
cardíaco
respiratóriasanguínea
recém-nascido
110/18030/5090/55
1 ano
80/1 5020/4090/60
2 anos
80/l3020/3095/60
4 anos
80/12020/2599/65
6 anos
75/11520/25100/56
8 anos
70/11015/20105/56
10 anos
70/11015/20110/58
Estágio de
desenvolvimento
1 a 3 anos
3 a 6 anos
6 a 12 anos
adolescência
Resposta comportamental
Choro; irritabilidade;
retraimento ou rejeição;
sono agitado; escassa ingestão
de alimentos
Criança fica quieta e exibe um
comportamento regressivo; pouco
cooperativa, resiste com o corpo
inteiro; reação de medo pode
provocar a busca de um local
seguro (cantinho de brincar)
Resistência fisica ativa;
ataca fisica e verbalmente
quando machucada; baixo
nível de frustração;
torna-se arredia
Resistência passiva; fecha os
punhos e mantém o corpo rigido
ou se recolhe emocionalmente;
pode negar a dor para se mostrar
"corajosa" ou para evitar
procedimentos subseqüentes;
afasta-se ou não larga a TV
Teme a perda de controle; pode
recusar medicamentos ou exigir
em excesso; aumento de tensão
muscular; quer se comportar de
forma sociavelmente aceitável
ou como um adulto
Descrição verbal
Chora
Chora e grita; é
incapaz de descrever
a intensidade ou o
tipo de dor
Pode acreditar que a
dor seja óbvia para
os outros; consegue
identificar a
localização e a
intensidade da dor
A criança é capaz de
descrever o local da
dor, sua intensidade e
suas característícas
fisicas
pescríção
sofisticada da
experiêncía
de dor
Compreensão
Sem aparentar entendimento,
mas, quando exposta à dor
repetida, algumas crianças
manifestam perda de respiração
quando alguém se aproxima
para cuídar dela; crianças
mais velhas demonstram
medo por antecipação
Demonstra sentir medo
de situações dolorosas;
balbucia sons ou .
expressões do tipo
"dodói"
Dor está relacionada a um
ferimento ou machucado, não
a doenças; muitas vezes a
criança acha que a dor é um
castigo por maus
pensamentos ou atitudes
Entende a relação entre
dor e doença, mas não
a causa da dor; crianças
mais velhas conseguem ligar
a dor psicológica às perdas
e aos sentimentos feridos
A criança consegue ter
um entendimento coinplexo
da causa da dor fisica e
mental e relaciona com
outras dores
André
Text Box
Resumão
Como acalmar um bebê agitado
• Em caso de terapia intravenosa, verifique se está
bem colocada, pois a infiltração é causa freqüente
de agitação de bebês.
• Embalar o bebê, que deve estar numa posição ereta.
• Cantar, entoar ou tocar uma suave música calmante .
3 kg
6 kg (ou o dobro do peso
ao nascer)
10 kg (ou o triplo do peso
ao nascer)
15 kg (para anos ímpares,
acrescente 5 kg,
até os 1i anos)
20 kg
25 kg
30 kg
35 kg (daí em diante,
acrescente 10 kg
a cada dois anos)
45 kg
55 kg
65 kg
• 13 anos
• 15 anos
• 17 anos
• 3 anos
• I ano
Primeiros contatos com o paciente
• Ao apresentar-se, cumprimentar estendendo a mão.
• 5 anos
• 7 anos
• 9 anos
• II anos
• O tom de voz e a inflexão são importantes.
• Recém-nascido
• 6 meses
Circunferência média da cabeça por idade
• Recém-nascido 35 cm
• 3 meses 40 cm
• 9 meses 45 cm
• 3 'anos 50 cm
• 9 anos 55 cm
Peso médio da criança por idade
• Manter ocorpo a uma distância apropriada do
corpo do paciente.
• Para questões que podem dar margem a várias inter-
pretações, perguntar "o que posso fazer por você?"
• Perguntar o que fazer para deixar o paciente mais
confortável.
• A entrevista inicial deve ser feita, de preferência,
a sós com o paciente.
• Ler o prontuário com antecedência ajuda a co-
nhecer melhor o caso e a iniciar a entrevista.
• Ser profissional e desempenhar seu papel como
parte de uma equipe.
• Manter-se na altura dos olhos do paciente.
Histórico detalhado da criança
• Começar com as informações básicas: nome,
principal queixa, histórico da doença atual e de
doenças passadas.
• Perguntar sobre
* Nascimento - incluindo problemas e imunizações.
* Alimentação.
* Infecções.
* Desenvolvimento .
* Alergias.
• Completar com dados sobre medicações, históri-
co familiar e histórico social.
• Perguntas sobre a família e os interesses do pacien-
te ajudam a quebrar o gelo e demonstrar interesse.
• Nunca utilizar expressões como "queridinho", "do-
cinho" ou equivalentes, nem usar· diminutivos. O
paciente deve ser chamado pelo nome. Para os pais,
usar o nome antecedido de "senhora" ou "senhor".
Marcos indicativos do desenvolvimento infantil
• 1 ano - palavras isoladas.
• 2 anos - diz frases com duas palavras, com-
preende comandos de duas frases.
• 3 anos - combina três palavras numa frase, repe-
te três digitos, sabe usar um triciclo.
• 4 anos - desenha quadrados, sabe contar quatro
objetos.
• Manter-se em silêncio depois de fazer as pergun-
tas necessárias, esperando uns dois minutos pelas
respostas.
• Sempre bater na porta antes de entrar e nunca
entrar sem licença.
100 - 200 mcg/I
40 - 100 mcg/I
50 - 120 mcg/I
50 - 160 mcg/I (homem)
40 - 150 mcg/I (mulher)
40 - 110 mg/dl
60 - 105 mg/dl
70 - 110 mg/dl
10.000 - 35.000
8.000 - 14.500
4.300 - 10.000
17-19 g
14-17g
13 - 18 g (homem)
12 - 16 g (mulher)
* Hemoglobina
• Recém-nascido:
• Criança:
• Adulto:
* Leucócitos
• Recém-nascido:
• Criança:
• Adulto:
* Hematócrito (porcentagem de células vermelhas
no volume de sangue total)
• Recém-nascido: acima de 65%
• 6 meses - 2 anos: 36%
• 2 - 6 anos: 37%
• 6 - 12 anos: 40%
• 12 - 18 anos: 45 - 52% (homem)
37 - 48% (mulher)
* Plaquetas (auxiliam na coagulação aderindo
às paredes do vaso sanguíneo)
• Recém-nascido: 100.000 - 290.000/mm3
• Criança: 150.000 - 350.000/mm3
Como coletar fe:les
• Forrar a fralda com filme plástico (utilizado na co-
zinha) para facilitar o transporte do material da
fralda para o coletor.
FERRO
• Níveis são mais baixos à tarde, por isso é melhor
colher o sangue de manhã.
• Não ingerir suplementos de ferro 24 horas antes do
exame.
CLlCOSE
• A causa mais comum do aumento persistente é o
diabetes melitus.
Como iniciar uma avaliação da saúde
• Inclinar-se na altura do bebê. "
• Manter um contato olho no olho.
• Usar uma linguagem adequada no nivel de conhe-
cimento da criança.
• Lembrar-se de que as crianças reagem à linguagem
corporal e às comunicações não-verbais.
• Permitir que tanto a figura da enfermeira como o
ambiente se tomem familiares para a criança e só
procurar conhecê-Ia melhor depois desse período
de "aquecimento".
• Utilizar brincadeiras durante a avaliação.
• Envolver a criança na investigação, dependendo da
idade e dos conhecimentos que ela tiver.
Como identificar a importãncia da família
no cuidado com a crianca
• A família é uma const~nte na vida da criança e deve
ser apoiada, respeitada e encorajada.
• Dar oportunidade a todos os membros
da família para mostrarem suas aptidões
atuais e criar meios para que adquiram
novas, necessárias para a criança.
• Promover a interação entre os pro-
fissionais envolvidos e a familia, pa-
ra que cada um passe a ter um senso
de controle sobre sua vida; permi-
tir alterações positivas que pro-
duzam atitudes que auxiliem
e estimulem seus próprios
poderes, habilidades e
ações.-
2
V' Valores de referência
* Recém-nascido:
* I semana - 16 anos:
* Adulto:
V' Valores de referência
* Recém-nascido:
* Bebê:
* Criança:
* Adolescente:
< 2 mg/dl
< 8 mg/dl
<12mg/dl
0,2 - I mg/dl
0,1 - I mg/dl
' ...,
Como incentivar uma respiração profunda
• Fazer a criança soprar um cata-vento de papel ou
bolas de sabão.
• Usar uma lanterna de bolso para a criança fingir
que sopra uma vela.
• Fazer a criança soprar uma bola de algodão coloca-
da sobre a mesa auxiliar, até que o algodão caia
fora da mesa ou dentro de um recipiente de papel.
Como entusiasmar a criança para ingerir líquidos
• Cortar picolés em pedacinhos que possam ser colo-
cados numa colher.
• Usar um copo medidor pequeno para controlar a
quantidade de liquído que a criança consegue
mgenr.
• Para crianças em idade escolar, criar uma tabela em
que se assinala a quantidade de líquido ingerido,
até atingir uma meta predeterminada.
BICARBOHA TO (HC03)
• Funciona como um tampão para manter o pH normal.
• Aumenta em alcalose metabólica.
• Diminui em acidose metabólica.
V' Valores de referência .
* Bebês: 20 - 24 mEq/1
* Crianças: maiores de 2 anos - 22 - 26 mEq/1
Como coletar urina
• Em crianças que ainda usam fraldas, usa-se o cole-
tor estéril infantil por ser não-invasivo, mas normal-
mente o laboratório fornece o material necessário.
• Se a criança estiver com a bexiga cheia, basta
deitá-Ia de costas, pressionar levemente
a base da coluna e fazer um movimen-
to para cima, de forma suave, com dois
dedos. A criança arqueia as costas,
ergue as nádegas no ar, chora e esvazia a bexiga,
permitindo a coleta de urina.
COLESTEROL
• Aumento por causa de dieta alta em colesterol e em
gorduras saturadas.
• Níveis elevados por predisposição genética.
• Diminuição por hipertireodismo, grave dano ao fí-
gado ou subnutrição.
V' Valores de referência
* Bebês: 53 - 135 mg/dl
* Crianças: 70 - 175 mg/dl
* Adolescentes: 120 - 210 mg/dl
* Adultos: 140 - 250 mg/dl
HEMOCRAMA COMPLETO
• NÚmero aumentado por aumento de esforço físico,
nas altitudes elevadas, por doença crônica de pul-
mão ou cardiopatia cianótica.
• Diminuição ocorre por destruição ou perda anor-
mal, ou por supressão de medula óssea.
V' Valores de referência .
* Hemácias
• Recém-nascido: 5,5 - 6 milhões/mm'
• Criança: 4,6 - 5.9 milhões/mm3
• Adulto: 4,2 - 5,4 milhõeshmn3 (homem)
4,1 - 5,1 milhões/mm3 (mulher)
BILlRRUBIHA
• A bilirrubina direta (ou conjugada) aumenta em condi-
ções que causam a obstrução do fluxo normal de bile .
• A bilirrubina indireta (ou não conjugada) aumenta
em condições que causam hemólise dos glóbulos
vermelhos.
V' Valores de referência .
* Recém-nascidos a termo
• sangue de cordão umbilical
• I - 2 dias
• 3 - 7 dias
* > I mês
* Adulto
• Duas enfermeiras são necessanas para controlar as
dosagens de diversos medicamentos, incluindo in-
sulina, narcóticos, digoxina, quimioterapia e anti-
coagulantes.
* Dosagem por área da superfície corporal
• Fórmula para cálculo da superfície corporal:
(peso X 4) + 7 7 (peso em kg) + 90 = m' (metro
quadrado).
• Fórmula para calcular a dosagem infantil por
área de superfície corporal: (m' 7 1.7) X dose
indicada para adultos = dose infantil.
• Medicamentos em casa
* Verificar o nome da medicação, por que foi pres-
crita, qual é sua ação, como administrá-Ia, quais
os efeitos colaterais e quais as restrições quanto à
dieta ou às atividades.
* Ensinar a usar o material ou dosador necessário e
pedir, em troca, uma demonstração. Nunca subs-
tituir uma colher ou um medidor comum usados
na cozinha por medidores de medicamento que
acompanham a medicação e são rigorosamente
calibrados.
• Reservar um local para esse fim e nunca fazer a medi-
cação no lugar onde a criança brinca.
• Seja confiável e deixe a criança saber o que a espera.
* Explicar com clareza o papel do paciente e o da
cuidadora.
* Não deixe a cuidadora intimidar a criança.
* Estimule a cuidadora a concentrar-se no conforto
da criança.
• A preparação e os cuidados devem estar de acordo
com a idade da criança.
* Bebês precisam de carinho e afeto .
* Crianças de 1 a 3 anos devem ser preparadasimediatamente antes da medicação, sem que se
ofereçam alternativas.
* Na idade pré-escolar, a criança deve saber exa-
tamente o que se espera dela. No caso de uso de
um equipamento, permitir que ela o manipule.
No caso de injeção, um curativo adesivo é
importante para preservar a integridade do
corpo.
* Crianças em idade escolar precisam receber ex-
plicações sobre sua situação e suas escolhas. Em
caso de procedimentos invasivos, devem ser pre-
parados com antecedência .
* Adolescentes normalmente querem mais infor-
mações. Dão importãncia tanto à privacidade co-
mo à independência. Preservam a imagem do ado-
lescente "durão".
• Medicamentos orais quase sempre são misturados
com alguma substância para disfarçar o sabor desa-
gradável:
* Nunca misture a medicação com um volume grande
da substância de "disfarce", nem acrescente à garra-
fa da bebida da criança.
* Adicionar um medicamento ao que a criança nor-
malmente come cria um problema, pois ela aca-
bará por rejeitar determinados alimentos.
* Em geral, muitos medicamentos podem ser mis-
turados com uma pequena quantidade de algum
liquido doce; administrar a medicação utilizando
uma xícara pequena, colher, seringa ou mamadei-
ra pequena.
• Ao aplicar uma injeção intramuscular, considere o local,
a quantidade e o comprimento da agulha .
* O calibre da agulha deve ser o menor possível,
reservando-se os calibres maiores para as medica-
ções viscosas.
* O músculo vasto lateral é utilizado para muitas
medicações; o glúteo máximo não está adequada-
mente desenvolvido até que a criança esteja an-
dando no mínimo há um ano. Embora seja utiliza-
da para várias medicações, a região ventro-glútea
(do músculo glúteo médio) não é indicada para
crianças menores de 3 anos.
• Cálculo da dosagem pediátrica
* Dosagem por peso
• Estabelecer o parâmetro seguro de dosagem ba-
seando-se na dose recomendada determinada pela
bula do medicamento.
• Calcular a dosagem indicada.
• Comparar o parâmetro da dosagem segura com
a dose indicada e tomar a atitude mais apro-
priada.
CÁLCULO DE DOSES
Idade
Nascimento - 3 meses
4 meses - 3 anos
3 - 6 anos
6 - 10 anos
10 - 15 anos
mais de 15 anos
Volume máximo injetado
Iml
I ml
1,5 ml
1,5 - 2 ml
1,5 - 2ml
2- 3 ml
CUIDADOS DURANTE OS PROCEDIMENTOS• Hospitalização e tratamentos de saúde são estressan-
tes para crianças de qualquer idade.
• Enfermeiras devem dar apoio para as crianças antes,
durante e depois dos procedimentos. Assim, ajudam
a minimizar o estresse e encorajam a aceitação e a
adaptação ao tratamento.
• Os cuidados durante os procedimentos baseiam-se
nas habilidades cognitivas e no estágio de desenvol-
vimento da criança.
• A preparação e os cuidados devem incluir os pais, a
maior fonte de consolo e amparo da criança.
• Pais ou guardiões legais da criança é que dão con-
sentimento para a maioria dos procedimentos.
• Reações da família à doença de uma criança
* Medo e ansiedade sobre a doença podem aumen-
tar, comprometendo a capacidade da família de
enfrentar a situação e de ajudar a criança nessa
tarefa.
* Estímulos estressantes podem produzir uma sen-
sação de desamparo e de perda de controle.
* Manifestações de estresse dos pais podem incluir
culpa, negação, raiva, medo, depressão e mecanis-
mo psíquicos de defesa, tais como transferência e
projeção.
• Funções da enfermagem pediátrica
* Advogada da família - identifica as necessida-
des e as metas da criança e de sua família e
desenvolve intervenções apropriadas à enfer-
magem.
* Promotora de saúde - promove a saúde e previ-
ne a doença, favorecendo o crescimento e o de-
senvolvimento, a nutrição adequada, as imuni-
zações e a identificação precoce de problemas
de saúde.
* Professora - fornece orientação preventiva e ins-
trui sobre processos de doenças.
• Ações para auxiliar a criança para lidar com as doenças
* Humanizar o ambiente.
* Eliminar a separação da família.
* Normalizar a vida.
* Garantir a preparação.
Estágio de
desenvolvimento
Bebê
Até 2 anos
2 a 6 anos
6 a 12 anos
Adolescente
Antes do procedimento
Nenhum preparativo para a
criança. Explicar o
procedimento e a razão de
fazê-Io para os pais.
Descrever sua atrib~ição.
Dar uma rápida explicação
exatamente antes de iniciá-Io,
pois nesta idade o conceito de
tempo é limitado. Deixar bem
claro que a criança não fez
nada errado. "
Dar uma explicação simples.
Com supervisão, deixar a
criança mexer ou tocar no
equipamento a ser usado.
Explicações claras e
completas são úteis, portanto
vale usar desenhos, fotos,
livros e contato com o
equipamento. Em caso de
procedimento invasivo,
considerado ameaçador pela
criança, pode-se lançar mão
de uma bandagem para dar
tranqüilidade.
Dar explicações orais e por
escritO, se preciso. Ensine
técnicas para diminuir o estresse.
Investigar os medos particulares.
3
Durante o procedimento
Com firmeza mas
suavemente, fazer a
restrição do bebê.
Realizar o procedimento
com rapidez. Distrair a
criança com a voz,
chupeta ou mamadeira.
Fazer o procedimento
em local reservado.
Evitar propostas
fantasiosas do tipo
"vamos fazer isso
agora?" Permitir que a
criança chore e grite.
O tratamento deve ser
feito em local próprio.
Com firmeza e
gentileza, fazer a
restrição. Dar
orientações de forma
positiva e deixar que a
criança mantenha o
controle, contando uma
história ou de um a dez,
e permitir que ela chore.
Deixar a criança
posicionada livremente,
mas se preparar para
fazer uma eventual
restrição. Explicar o que
está acontecendo.
Apresentar as técnicas
de controle do estresse.
Dar condições para o
jovem manter o
controle. Evitar a
restrição.
Depois do procedimento
Entregar para um dos pais
segurar e então embalar,
falar ou cantar para o bebê.
Dar conforto à criança.
Levar até um local especial
e oferecer o suco preferido.
Dar um feedback positivo
por ter tido "coragem"
durante todo o
procedimento. Estimular a
criança a desenhar e assim
explorar bem a experiência.
Oferecer a escolha de um
prêmio. Elogiar os esforços
para cooperar.
Explicar o resultado do
procedimento e quando os
resultados do teste serão
completados.
NECESSIDADE DE LíQUIDO
o liquido corporal é uma condição dinâmica,
continuamente saindo pela pele, pelas fezes,
pela urina e durante a respiração.
AVALIAÇÃO DE DESIDRATAÇÃO
parâmetro de
Desidratação leve
Desidratação moderadaDesidratação severaavaliação
'70 de perda de
Até 5%; perda de liquido de6 - 9%; perda de líquidoMais de 10%; perda de
peso corporal (*)
40 - 50 mllkgde 60 - 90 mllkglíquido de 100 mllkg ou mais
Nível de
Alerta, inquieto e sedentoIrritável ou inquieto,Letárgico a comatoso
consciência
ou letárgico, sedento
Pressão sanguínea
NormalNormal a baixa;Baixa a não-detectável
hipotensão postura I
Respiração
NormalNormal tendendo aAceleração de velocidade
taquipnéia
e padrão
Pulso
NormalRápidoDe rápido e fraco a
não-palpável
Intumescência
NormalFraca, textura moleMuito pobre, excessivamente
da pele
distendida
Membrana mucosa
ÚmidaSecaRessecada
Urina
NormalMenor quantidadeVolume escasso ou ausente
« Imllkglhora)
Extremidades
Mornas, rápidoPálidas, lentoFrias, descoloradas e com
preenchimento capilar
preenchimento capilarpreenchimento capilar
ungueal
'unguealungueal > 3 - 4 segundos
(> 2 segundos)
Fontanela (apenas
NormalFundaAbaixada
recém-nascidos)
(*) peso original - peso atual = montante da perda. Dividir o total da perda pelo peso original para
determinar a porcentagem de perda de peso
Necessidade de
manutenção
de líquido
100 ml/kg/dia
1.000 ml + 50
mllkg para cada
kg acima de
10 kg
1.500 ml + 20
mllkg para cada
kg acima
de 20 kg
75% de água
65% de água
60% de água
55% de água
50% de água
Calorias gastas
por dia
100 kcalldia
1.000 kcals +
50 kcalslkg para
cada kg acima
de 10 kg
1.500 kcals +
20 kcalslkg para
cada kg acima
de 20 kg
Mais de
20 kg
Peso
corporal
Até 10 kg
11a20kg
• Recém-nascido:
• Bebê de 6 meses:
• Criança de 2 anos:
• Criança de 6 anos:
• Adulto:
Os parâmetros abaixo podem ser
alterados. nas situações de doença,extrema exposição ao calor ou a
exercícios, ou em condições asso-
ciadas a fluido anormal, a perda
de nutrientes ou má absorção.
o porcentual do peso corporal que é compos-
to de água varia de acordo com a idade; a por-
centagem de água é mais alta nas crianças,
diminuindo com a idade.
• Indicador importante de disfunção neuroló-
gica.
• Consciência e sensibilidade da mente têm dois
componentes:
* Vivacidade, ou seja, a capacidade de reagir
a estimulos.
* Capacidade cognitiva, isto é, habilidade pa-
ra processar informações e reagir.
• Inconsciência é a depressão da função cere-
bral ou a incapacidade do cérebro de reagir
a estimulos.
* Embotada: resposta limitada ao meio am-
biente; adormece se não tiver estímulo ver-
balou tátil.
* Letárgica: não responde a não ser quando
exposta a estimulos vigorosos.
* Em coma: resposta severamente diminuí-
da, não reage nem mesmo aos estímulos
dolorosos.
• A escala de coma de Glasgow pediátrica é um
instrumento de avaliação objetivo, padroniza-
do, para que se possa avaliar o nível de' cons-
ciência em crianças. ~
* A enfermeira avalia a criança em três setores:
• Olhos abertos.
• Resposta motora.
• Resposta verbal.
* Confere-se uma pontuação que vai de 5 (a
melhor) a 1 (nenhuma resposta).
• A pontuação é a medida objetiva para infor-
mar o nível de consciência .
• A soma total de 15 pontos corresponde a um
paciente completamente lúcido e orientado.
A soma de 3 pontos corresponde a um
paciente em coma.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW PEDIÁTRICA
• É alto o risco de crian~as ferirem a cabeça e te-
rem alterações do nível de consciência, por
causa de diferenças anatõmicas e fisiológicas
em relação aos adultos. O risco, que é mais
pronunciado em crianças pequenas, diminui à
medida que a criança cresce e seu corpo
adquire a força e as proporções do corpo de
um adulto.
* Crianças pequenas são mais pesadas na par-
te superior, e sua cabeça é grande em pro-
porção ao corpo, mas os músculos do pesco-
ço são fracos.
* Os ossos do crânio não estão completamen-
te formados e as suturas estão abertas.
* O cérebro é altamente vascularizado e o
espaço subaracnóideo é pequeno.
* O processo de mielinização conta para a
aquisição de habilidades motoras finas e
grossas e para a coordenação durante a pri-
meira infância.
Setor de avaliação
Abertura
dos olhos
Resposta
motora
Resposta
Espontaneamente
Ao comando
À dor
Nenhuma resposta
Obedece aos comandos
Localiza a dor
Flexão à dor
Flexão anormal
Extensão à dor
Nenhuma resposta
Pontuação
4
3
2
I
6
5
4
3
2
I
Resposta
• O nível de consciência é importante para o nível
de desenvolvimento da criança.
* Alerta: acordada e respondendo a estímulos.
* Confusa: desorientada quanto ao tempo,
lugar e pessoas.
* Delirante: confusão, medo, agitação, hipera-
tividade ou ansiedade.
Resposta
verbal
Crianças menores de 2 anos
Sorri, ouve, segue a voz
Chora, consola-se
Choro persistente e inapropriado
Agitada e inquieta
Nenhuma resposta
5
4
3
2
1
Crianças maiores de 2 anos
Orientada
Desorientada
Palavras inapropriadas
Sons incompreensíveis
Nenhuma resposta
4
Resumãu
IMUNIZAÇÃO INFANTIL
*Aincta na maternidade, de preferência nas primeiras 12 horas de vida.
4 meses I VORH (vacina oral de rotavirus humano) 12' dose
VOP (vacina oral contra pólio) 2' dose
Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2' dose
6 meses I VOP (vacina oral contra pólio)
13' dose
Contra hepatite B
3' dose
Vacina tetravalente (DTP + Hib)
3' dose
9 meses
Vacina contra febre amarela '* Dose única
12 meses
SRC (tríplice viral) Dose única
15 meses
VOP (vacina oral contra pólio) I' reforço
DTP (tríplice bacteriana)
l' reforço
5 a 6 anos I DTP (tríplice bacteriana)
2' reforço
SRC (tríplice viral)
Reforço
VOP (vacina oral contra pólio)
2' reforço
15 anos I dT (vacina dupla, tipo adulto)
Reforço
**Nas regiões onde houver indicação.
Formas graves de tuberculose
Hepatite B
Hepatite B
Diarréia por rotavírus
Poliomielite (paralisia infantil)
Difteria, tétano, coqueluche, miningite
e outras infecções causadas pelo
haemophilus injluenzae tipo B
Diarréia por rotavírus
Poliomielite (paralisia infantil)
Difteria, tétano, coqueluche, miningite
e outras infecções causadas pelo
haemophilus influenzae tipo B
Poliomielite (paralisia infantil)
Hepatite B
Difteria, tétano, coqueluche, miningite
e outras infecções causadas pelo
haemophilus injluenzae tipo B
Febre amarela
Sarampo, rubéolae caxumba
Poliomielite (paralisia infantil)
Difteria, tétano e coqueluche
Difteria, tétano e coqueluche
Sarampo, rubéolae caxumba
Poliomielite (paralisia infantil)
Difteria e tétano
Dose única
l' dose
2' dose
l' dose
l' dose
I' dose
Vacinasidade
Ao nascer I BCG - 10
Contra hepatite B *
1 mês Contra hepatite B
2 meses VORH (vacina oral de rotavirus humano)
VOP (vacina oral contra pólio)
Vacina tetravalente (DTP + Hib)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
co debilitado ou que vivam com alguém imu-
nodeprimido.
• Não ministrar vacina se a criança for alérgica
à vacina ou a algum de seus componentes.
• Não vacinar durante doenças febris.
• Postergar em três a sete meses a vacinação
com vírus ativos em crianças que receberam
imunização passíva por meio de transfusões
sanguíneas ou imunoglobulinas.
• Doses de vacinas ativas devem ser intercala-
das por um mínimo de 30 dias; mais de uma
vacina ativa pode ser dada rio mesmo dia;
intervalos mais curtos entre doses repetidas de
uma vacina limitam a resposta do anticorpo.
Vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde:
• No portal do Ministério da Saúde na Internet
(www.saude.gov.br). é possível verificar as
vacinas necessárias e acompanhar os progra-
mas de vacinação.
A vacinação introduz um antígeno no organis-
mo, permitindo a imunização contra o desenvol-
vimento natural de uma doença.
• Imunização ativa: a vacina atua de maneira a
estimular a produção de anticorpos sem cau-
sar a doença clinica.
• Imunização passiva: produz a imunização por
meio de um especifico anticorpo para uma doen-
ça e não proporciona uma imunização duradoura.
Para evitar o número de oportunidades perdi-
das para cumprir a vacinação integral das crian-
ças, é importante saber que:
• Diversas vacinas podem ser dadas ao mesmo
tempo: difteria, tétano e coqueluche acelular;
sarampo, caxumba e rubéola; hepatite B; hae-
mophilus injluenza tipo b; pólio de vírus inati-
vados; varicela; e pneumococo conjugada.
• Duas injeções podem ser dadas, em lugares
diferentes, na mesma extremidade.
• Crianças prematuras têm a mesma necessida-
de de imunização que as nascidas a termo.
Contra-indicações gerais
• Evitar a administração de vacina com vírus
ativo em crianças com um sistema imunológi-
A eficácia das vacinas depende do armazena-
mento correto; além disso, algumas têm prazo
de validade muito curto.
É essencial preparar-se para uma eventual ana-
filaxia às vacinas.
• Ter à mão adrenalina aquosa I: 1.000 (lmg/ml),
injetável via intramuscular, e equipamento de
reanimação.
• Doses de adrenalina de 0,01mg/kg de peso
corporal da criança, até no máximo 0,3 ml,
pode ser repetida em intervalos de 10 a 20
minutos até desaparecerem os sintomas ou se
iniciarem os cuidados de emergência.
• O abuso infantil é definido como "toda a ação ou
omissão por parte do adulto cuidador que resul-
ta em dano ao desenvolvimento físico, emocio-
nal, intelectual e social da criança". As lesões
são físicas, emocionais (danos ao psiquismo),
sexuais e por negligência (atos de omissão).
• A negligênCia infantil é a não provisão adequa-
da de alimento, roupas, abrigo ou amor a uma
cnança.
• O abuso geralmente envolve uma ação ou um
ato comissionado; a negligência normalmente
é um ato de omissão, como o não provimento
de alimentação básica.
• Cabe às enfermeiras usar suas habilidades,
seus conhecimentos e seu discernimento para
garantir que uma criança tenha segurança e
viva num ambiente livre de qualquer tipo de
abuso.
• O abuso abrange uma série de comportamen-
tos deliberados de um adulto, que inclui desde
o abuso físico e psicológico até o sexual,bem
como a negligência da criança.
* O abuso físico é o mais óbvio e evidente.
• Trata-se da deliberada aplicação de força
em alguma parte do corpo, causando dano
à criança.
• Ferimentos por abuso podem incluir quei-
maduras, escoriações, socos, surras, sacu-
didas violentas, surras ou mordeduras em
diferentes partes do corpo.
* O abuso emocional normalmente é definido
como a sistemática humilhação de outro ser
humano ou o emprego de ações que são psi-
cologicamente destruidoras.
• O abuso emocional pode ser o resultado
de atos de omissão, como a ausência de
comportamentos positivos de cuidados
familiares (pai e mãe), o emprego de com-
portamentos hostis ou negativos, como
chamar a criança de burra.
• Pode também incluir a destruição de uma
propriedade pessoal da criança, tais como
a destruição de fotografias, cartas ou brin-
quedos; ou então o desaparecimento ou
morte proposital de um animal de estima-
ção. Tais ações são meios de assustar e
assim conseguir o controle da criança.
* O abuso sexual é definido como a explora-
ção sexual para o prazer de outra pessoa.
• As crianças abusadas sexualmente sofrem
perturbações emocionais relativas a seus
próprios sentimentos de culpa e vergonha,
assim como em relação aos sentimentos
impostos pela sociedade.
• É crucial o reconhecimento da falta de
maturidade e de desenvolvimento emocio-
nal e cognitivo da criança para lidar com
atos de abuso sexual.
• Por seus efeitos devastadores e duradou-
ros, tanto os ataques que incluem toques
(carícias ou exploração sexual) como
aqueles em que não há toque (como o exi-
bicionismo), são considerados tão sexual-
mente abusivos quanto uma relação sexual
e todas as suas variantes (sodomia, estimula-
ção oral-genital e coito).
• A penetração vaginal feita por uma pessoa
aparentada com a vítima é considerada estu-
pro; se feita por pais ou irmãos é incesto.
* Negligência é a omissão no cumprimento satis-
fatório das necessidades básicas físicas e medi-
cinais da criança; a privação e o abandono emo-
cional são comuns, embora sejam formas de
abuso sexual pouco notadas.
• A negligência é definida como a falha crôni-
ca de um dos pais ou cuidador em fornecer a
um menor de 18 anos suas necessidades bási-
cas, tais como alimento, vestuário, abrigo,
cuidados médicos, educação.
• A negligência infantil ocorre quando o menor
sofre prejuízo ou dano previsível por desaten-
ção dos pais.
• Enfermeiras são figuras fundamentais numa equipe
multidisciplinar para a prevenção, avaliação e inter-
venção em situaçôes de abuso ou negligência infan-
til; os conselhos abaixo são essenciais à enfermagem
nas situações em que há suspeita de abuso infantil.
* Documentar, em termos objetivos, todas as in-
terações entre a criança e seu cuidador.
* Respeitar a confidencialidade e só manifestar a
suspeita de abuso a uma autoridade competente.
* Conhecer a política da instituição em que traba-
lha para lidar com assuntos relacionados com
abuso sexual.
* Conhecer as normas do Conselho Federal de
Enfermagem e do Conselho Regional de Enfer-
magem de seu estado.
5
Crescimento físico
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
o crescimento é um aumento de tamanho físico
A brincadeira terapêutica é utilizada para ajudar
a criança a verbalizar sentimentos ou conceitos.
• Desenhar, pintar, lançar mão de bonecas ana-
tomicàmente corretas e brincar de maneira
direta com o equipamento médico são técni-
cas de brincadeiras terapêuticas que ajudam
a criança a expressar medos, conceitos e
pensamentos a respeito de hospitalização e
procedimentos.
Brincar é o "trabalho" das crianças; é útil. para
diversas funções no desenvolvimento e autocons-
ciência; tem valor terapêutico.
Estabelece um modo de a criança conhecer os
cuidados médicos, expressar ansiedade, trabalhar
seus sentimentos e conseguir uma noção de con-
trole nas situações assustadoras.
Desenvolvimento de habilidades
o desenvolvimento de habilidades continua
em dois processos seqüenciais
• Céfalo-caudal, ou seja, da cabeça para os pés, ísto
é, a criança desenvolve o controle da cabeça antes
de ser capaz de sentar-se ereta, o que ocorre antes
que consiga ficar em pé e, por fim, andar.
• Próximo-distal, isto é, do centro do corpo para as
laterais e as extremidades; o desenvolvimento do
controle do tronco é seguido pelos movimentos
dos braços até chegar ao movimento dos dedos.
• A seqüência ou ordem de desempenho de uma
habilidade é uniforme entre crianças.
CaracterísticasEstágio de
desenvolvimento
o desenvolvimento é um aumento de
capacidade ou função
• Varia a idade exata em que surge uma habi-
lidade.
Três princípios básicos do crescimento e
do desenvolvimento
• $ previsível.
• E complexo, contínuo, irreversível e para toda
a vida.
• É direcíonável e segue uma seqüência prescrita.
Até 2 anos
2 a 6 anos
6 a 12 anos
Independência e
negativismo
Iniciativa e
independência
Atividades
significativas e
realizações
Rápido; peso ao nascer
dobra aos 6 meses, triplica aos
12 meses (até 2 anos, cresce
cerca de 30 cm no comprimento)
Crescimento mais lento;
o peso do nascimento
quadruplica e tem cerca de
metade da altura de um adulto;
aparência de barriga volumosa
Crescimento lento e firme,
principalmente dos ossos longos;
aparência longilinea
Tamanho e proporção do corpo
é semelhante nos dois sexos;
crescimento contínuo dos ossos
longos, em especial nas pernas;
dentes de leite são substituídos
pelos permanentes
Passa de receptor de
estímulos passivo a
participante ativo
Desenvolvimento rápido de
atividades motaras grosseiras;
vai do andar para o correr, chutar
e montar num triciclo
Desenvolvimento continuado
de habilidades físicas: correr,
,arremessar, desenhar e escrever
Aperfeiçoa as habilidades
físicas ao praticar esportes
e desenvolve capacidade motora
fina; senso de realização
aumenta a motivação para
adquirir novas habilidades
• As "mensagens" que a criança recebe são
importantes, tanto as faladas quanto as não
verbalizadas.
• As diretrizes para o uso de brincadeiras
incluem:
* Permitir que a criança selecione o objeto com
o qual quer brincar.
* Utilizar o equipamento médico que a criança
verá durante a hospitalização ou procedimen-
to (por exemplo, estetoscópio, monitor de
batimentos cardíacos, termômetro, tubo de ali-
mentação, etc.).
* Usar a comunicação terapêutica durante as
brincadeiras.
* Pedir para a criança descrever o que desenhou
ou o que acontece na brincadeira.
* Permanecer sempre j unto da criança durante
as brincadeiras terapêuticas.
Tipos de brincadeira por idade
Crescimento rápido;
mais forte e muscular;
estabelece o padrão específico
do sexo para a distribuição
de gordura; mudanças
físicas da puberdade
1· edição
Julho/2007
ISBN 978-857711034-6
111111111111111111111111
9 "788577 11 O~46
Barros, Fischer
& Associados
Resumão
• Adolescentes
* Atividades em grupo
* Interações sociais
Atenção
É expressamente proibi-
da a reprodução total ou
parcial do conteúdo desta
publicação sem a prévia
autorização do editor.
• Crianças de 6 a 12 anos
* Jogos cooperativos
• Crianças até 2 anos
* Jogos paralelos
* Brincadeiras de imitação
• Crianças de 2 a 6 anos
* Jogos associativos
* Brincadeiras dramáticas
* Atividades motoras amplas
• Bebês
* Brincadeiras reflexivas
* Brincadeiras manipulativas
Autora: Deborah Raines, PhD, RN; Tradução: Maria Ignês Telxeira
França; Arte: Maurício Cioffi; Consultaria: Ora. Lêda Sílvia Calvo
Barone; Revisão: Paulo Roberto Pompêo
Resumão - Enfermagem Pediátrica (Série de Medicina, nO 21) é uma
publicação da Barros, Fischer & Associados, sob licença editorial de
Spring Publishing Group, Ine, © 2007 BarCharts, Ine" USA Todos os
direitos reservados. A série de resumos de medicina é uma poderosa
ferramenta educacional para ser usada durante as aulas, nos trabalhos
de casa e para repassar a matéria antes das provas e exames. Os exem-
plares dos resumos podem ser consultados de forma rápida e eficiente
durante o período de sua formação ou em sua vida profissional.
Endereço: Rua Ulpiano, 86 Lapa, São Paulo, ICEP 05050-020 Telefone/tax: O (xx) 11 3675-0508 ~ ~
Slte: www.bafisa.com.br E-mail: bafisa@uol.com.br (\ •••..,~\"Impressão: Eskenazl Indústria Gráfica LIda. \0\ 1'"
Acabamento: Badge Comercial de Plásticos LIda.
Distribuição e vendas: Bafisa, tel.: O (xx) 11 3675-0508
6
* Adolescentes
• Fornecer explicações orais e escritas.
• Conversar primeiro com o adolescente, incluir
os pais depois.
• Providenciar encontros para o debate com ou-
tros adolescentes.
* Crianças até 2 anos
• Dar instruções breves e claras.
• Não dar escolhas que não existam.
• Oferecer a escolha entre duas alternativas ver-
dadeiras (por exemplo: "você quer um c11:Iati-
vo verde ou azul?").
• Ser positiva nas suas aproximações.
• Dizer o que está fazendo e o nome dos objetos.
* Crianças de 2 a 6 anos
• Dar tempo para a criança integrar-se à expli-
cação.
• Falar com a criança freqüentem ente.
• Usar desenhos e histórias para explicar os cui-
dados.
• Usar os termos corretos para as funções do
corpo.
• Permitir escolhas quando isso for possível.
* Crianças de 6 a 12 anos
• Dar exemplos concretos usando fotos, textos
ou equipamentos, além da explicação oral.
• Avaliar o que a criança já conhece antes de
fornecer instruções.
• Permitir que a criança escolha a recompensa
que se segue a um procedimento.
• Ensinar técnicas de relaxamento.
• Incluir a criança nos debates com os pais.
Adolescentes
• Estratégias para construir um entendimento
* Proporcionar privacidade e remover distrações.
* Não avisar com muita antecedência sobre os
procedimentos.
* Iniciar a comunicação com assuntos genéricos
até chegar aos específicos.
* Comunicar-se diretamente com a criança, ainda
que os pais estejam presentes.
* Usar uma terminologia simples.
* Manter os olhos na altura dos olhos da criança.
* Lembrar-se de que objetos de transição (bichos
ou bonecas) podem ser muito úteis na comuni-
cação com crianças.
* Honestidade é de suma importância, especial-
mente com crianças.
* Escrever, desenhar ou bri ncar são formas alter-
nativas de comunicação.
• Estratégias de comunicação para idades específicas
* Bebês
• Pegar o bebê para alimentar, embalar e falar
com ele.
• Falar e cantar durante as atividades e cuida-
dos de enfermagem;
• Falar em voz alta com recém-nascidos.
• Quando o bebê estiver irritado, fazer a restri-
ção e segurar com firmeza.
• Comunicação efetiva é o claro entendimento nas
trocas de informação com a criança ou com
seus pais.
• Ouvir com cuidado para escutar e encontrar exata-
mente o sentido da informação dada pela criança
ou por seus pais.
André

 
 Mais arquivos em:


 http://materialenfermagem.
 blogspot.com

Outros materiais