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Neuroanatomia do cerebelo e vias cerebelares

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NEUROANATOMIA 
DO CEREBELO E 
VIAS CEREBELARES 
TUTORIA – P5F2 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE - XXXI 
 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
1 
 
NEUROANATOMIA DO CEREBELO E VIAS CEREBELARES 
CEREBELO 
Situado dorsalmente ao bulbo e à ponte. 
Porção ímpar e mediana é o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais = os hemisférios 
cerebelares. 
A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção predominantemente transversal que 
delimitam lâminas finas = folhas do cerebelo. 
Sulcos mais pronunciados = Fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles 
podendo conter várias folhas; 
Sulcos, fissuras e lóbulos do cerebelo do mesmo modo como ocorre nos sulcos e giros do 
cérebro aumentam consideravelmente a superfície do cerebelo, sem grande aumento do 
volume. 
Constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde 
irradiam as lâminas brancas do cerebelo revestidas externamente por uma fina camada de 
substância cinzenta, o córtex cerebelar. 
 
 
Hemisférios cerebelares em posição dorsal/ posterior ao tronco encefálico 
Vermis une os dois hemisférios. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
2 
 
 
 
 
4º ventrículo está anterior ao cerebelo 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
3 
 
 
Folhas do cerebelo são laminas que constitui os sulcos do cerebelo. Demarcam os lóbulos do 
cerebelo. 
Centro branco medular do cerebelo = onde as fibras/substancia branca estão situadas. 
Nuclos centrais do cerebelo = substancia cinzenta = principais neurônios do cerebelo 
 
 
No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta: 
Núcleos centrais do cerebelo: denteado, interpósito, subdividido em emboliforme e globoso, e 
o fastigial. 
Deles saem todas as fibras nervosas eferentes do cerebelo. 
Lóbulos: nóduloflóculo e tonsila, e as fissuras posterolaterais e prima; 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
4 
 
Flóculo liga-se ao nódulo pelo pedúnculo do flóculo, constituindo o lobo flóculo-nodular, 
separado do corpo do cerebelo pela fissura posterolateral = responsável pela manutenção do 
equilíbrio; 
Tonsilas são bem evidentes na face ventral do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a 
face dorsal do bulbo, podem ser deslocadas caudalmente, formando uma hérnia de tonsila 
que penetra no forame magno, comprimindo o bulbo, o que pode ser fatal. 
Tonsila = em caso de TCE ela pode herniar e ir em direção ao bulbo comprimindo-o. Já que no 
bulbo estão os centro vasomotor e respiratório, pode levar ao óbito do paciente. 
 
 
DIVISÃO ANATÔMICA 
Lóbulos do cerebelo podem ser agrupados em estruturas maiores, os lobos separados pelas 
fissuras posterolateral e prima. 
Divisão transversal em que a fissura posterolateral divide o cerebelo em um lobo 
flóculonodular e o corpo do cerebelo dividido em lobo anterior e lobo posterior pela fissura 
prima. 
 -PEDÚNCULOS CEREBELARES 
Três pedúnculos cerebelares: superior, médio e inferior; 
Pedúnculo cerebelar superior liga o cerebelo ao mesencéfalo; 
Pedúnculo cerebelar médio é um enorme feixe de fibras que liga o cerebelo à ponte; 
Limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar é o ponto de emergência do nervo trigêmeo; 
Pedúnculo cerebelar inferior liga o cerebelo à bulbo. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
5 
 
 
 
CITOARQUITETURA DO CÓRTEX CEREBELAR 
Da superfície para o interior distinguem-se as seguintes camadas: 
a) camada molecular; 
b) camadas de células de Purkinje; 
c) camada granular. 
Camada média, formada por uma fileira de células de Purkinje, os elementos mais importantes 
do cerebelo. 
Células de Purkinje 
Dotadas de dendritos, que se ramificam na camada molecular, e de um axônio (constituem as 
únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo) que sai em direção oposta terminando nos 
núcleos centrais do cerebelo, onde exercem ação inibitória. 
A Camada molecular é formada principalmente por fibras de direção paralela (fibras paralelas) 
contém dois tipos de neurônios: 
- células estreladas 
- células em cesto 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
6 
 
 
 
Camada granular é constituída principalmente pelas células granulares ou grânulos do 
cerebelo, células muito pequenas (as menores do corpo humano), cujo citoplasma é muito 
reduzido. Extremamente numerosas, têm vários dendritos e um axônio que atravessa a 
camada de células de Purkinje e, ao atingir a camada molecular, bifurca-se em T constituem as 
fibras paralelas que estabelecem sinapses com os dendritos das células de Purkinje. 
Cada célula granular faz sinapse com grande número de células de Purkinje; 
Na camada granular existe ainda outro tipo de neurônio células de Golgi com ramificações 
muito amplas. 
São menos numerosas que as granulares. 
CONEXÕES INTRÍNSECAS DO CEREBELO 
Fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex. 
São de dois tipos: fibras musgosas e fibras trepadeiras + fibras noradrenérgicas ( do locus 
ceruleus ) e serotoninérgicas ( dos núcleos da rafe). 
FIBRAS TREPADEIRAS 
São axônios de neurônios situados no complexo olivar inferior terminam enrolando-se em 
torno dos dendritos das células de Purkinje sobre as quais exercem potente ação excitatória 
fibras musgosas + trepadeiras = glutamatérgicas 
FIBRAS MUSGOSAS 
Terminação dos demais feixes de fibras que penetram no cerebelo ao penetrar no cerebelo, 
emitem ramos colaterais que fazem sinapses excitatórias com os neurônios dos núcleos 
centrais. Atingem a camada granular, onde se ramificam, terminando em sinapses excitatórias 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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com grande número de células granulares através das fibras paralelas, se ligam às células de 
Purkinje. 
CIRCUITO CEREBELAR BÁSICO 
Impulsos nervosos que penetram no cerebelo pelas fibras musgosas ativam sucessivamente os 
neurônios dos núcleos centrais; células granulares e as células de Purkinje inibem os próprios 
neurônios dos núcleos centrais 
Informações que chegam ao cerebelo de vários setores do sistema nervoso agem inicialmente 
sobre os neurônios dos núcleos centrais de onde saem as respostas eferentes do cerebelo. 
Atividade modulada pela ação inibidora das células de Purkinje. 
Circuito formado pela união das células granulares com as células de Purkinje é modulado pela 
ação de três outras células inibitórias: as células de Golgi, as células em cesto e as células 
estreladas agem através da liberação de ácido gama-amino-butírico (GABA). 
Célula granular = única célula excitatória do córtex cerebelar, tem como neurotransmissor o 
glutamato 
Célula de Purkinje recebe sinapses diretamente das fibras trepadeiras e indiretamente das 
fibras musgosas. 
Projeta-se depois para os núcleos centrais do cerebelo ou para o núcleo vestibular, no caso do 
lobo flóculo-nodular sendo estas as vias de saída do cerebelo. 
NÚCLEOS CENTRAIS E CORPO MEDULAR DO CEREBELO 
Núcleos centrais do cerebelo : 
 a) núcleo denteado; 
b) núcleo emboliforme; 
c) núcleo globoso; 
d) núcleo fastigial. 
O núcleo fastigial localiza-se próximo ao plano mediano; 
O núcleo denteado é o maior dos núcleos centrais do cerebelo; assemelha-se ao núcleo olivar 
inferior e localiza-se mais lateralmente; 
Entre os núcleos fastigial e denteado, localizam-se os núcleos globoso e emboliforme = núcleo 
interpósito. 
Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axônios das 
células de Purkinje e colaterais das fibras musgosas; 
O corpo medular do cerebelo é constituído de substância branca e formado por fibras 
mielínicas : 
 
 a) fibras aferentes ao cerebelo - penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao 
córtex, onde perdem a bainha de mielina; 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
8 
 
b) fibras formadas pelos axônios das células de Purkinje - dirigem-se aos núcleos centrais e, ao 
sair do córtex, tomam-se mielínicas. 
 
DIVISÃO FUNCIONAL DO CEREBELO 
Divisão anatômica do cerebelo= As partes se distribuem transversalmente; 
Divisão longitudinal, em que as partes do corpo do cerebelo se dispõem no sentido 
mediolateral. 
Zona medial, ímpar, correspondendo ao vérmis; 
De cada lado, uma Zona intermédia paravermiana; 
Uma Zona lateral, correspondendo à maior parte dos hemisférios. 
Os axônios das células de Purkinje da: 
 Zona lateral projetam-se para o núcleo denteado; 
Zona medial para os núcleos fastigial e vestibular lateral; 
Zona intermédia, para o núcleo interpósito. 
As células de Purkinje do lobo floculonodular projetam-se para o núcleo fastigial ou 
diretamente para os núcleos vestibulares. 
Dividir o cerebelo, baseada nas conexões do córtex com os núcleos centrais, dá a base para 
divisão funcional do cerebelo: 
a) Vestíbulocerebelo - compreende o lobo floculonodular e tem conexões com o núcleo 
fastigial e os núcleos vestibulares; 
b) Espinocerebelo - compreende o vérmis (zona medial) e a zona intermédia dos 
hemisférios e tem conexões com a medula; 
c) Cerebrocerebelo - compreende a zona lateral e tem conexões com o córtex cerebral 
 
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9 
 
 
zona medial = vermis 
 
 
 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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CONEXÕES EXTRÍNSECAS 
Chegam ao cerebelo alguns milhões de fibras nervosas trazendo informações dos mais 
diversos setores do sistema nervoso as quais são processadas pelo órgão, cuja resposta, 
veiculada através de um complexo sistema de vias eferentes vai influenciar os neurônios 
motores. 
Ao contrário do cérebro, o cerebelo influencia os neurônios motores de seu próprio lado; 
Tanto suas vias aferentes como eferentes, quando não são homolaterais, sofrem duplo 
cruzamento, ou seja, vão para o lado oposto e voltam para o mesmo. Logo, lesão de um 
hemisfério cerebelar dá sintomatologia do mesmo lado, enquanto no hemisfério cerebral 
a sintomatologia é do lado oposto. 
 
VIAS CEREBELARES 
Vestibulocerebelo (lobo floculonodular) 
 
Conexões aferentes 
Fibras aferentes chegam ao cerebelo pelo fascículo vestibulocerebelar têm origem nos 
núcleos vestibulares e se distribuem ao lobo floculonodular. 
Trazem informações originadas na parte vestibular do ouvido interno sobre a posição da 
cabeça, importantes para manutenção do equilíbrio e da postura básica. 
Fibras do Aparelho vestibular do ouvido interno saem vao fazer sinapse no nódulo 
floculonodular 
Conexões eferentes 
Células de Purkinje do vestibulocerebelo projetam-se para os neurônios dos núcleos 
vestibulares medial e lateral. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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Através do núcleo lateral, modulam os tratos vestibulosespinhais lateral e medial que 
controlam a musculatura axial e extensora dos membros para manter o equilíbrio na 
postura e na marcha, fazendo parte do sistema motor medial da medula. 
Células de Purkinje no nódulo floculonodular vao fazer sinapse com o núcleo fastigial e 
nucleos vestibulares que não estão no cerebelo, estão no tronco encefálico. 
Projeções inibitórias das células de Purkinje para os núcleos vestibulares mediais 
controlam os movimentos oculares e coordenam os movimentos da cabeça e dos olhos 
através do fascículo longitudinal medial. 
A partir desses nucleos vestibulares que partem fibras que vao controlar nervos como o 
abducente, oculomotor e troclear = por isso ele tem importante controle na motricidade 
ocular; permite que o nódulo floculonodular tenha controle tbm na movimentação ocular, 
além de manter o equilibrio na postura e marcha. 
 
 
Espinocerebelo (zona medial e zona intermedia) 
Conexões aferentes 
Representadas principalmente pelos tratos espinocerebelar anterior e espinocerebelar 
posterior que penetram no cerebelo respectivamente pelos pedúnculos cerebelares superior e 
inferior e terminam no córtex das zonas medial e intermédia. 
Através do Trato espinocerebelar posterior o cerebelo recebe sinais sensoriais originados em 
receptores proprioceptivos. 
Vão avaliar o grau de contração dos músculos, a tensão nas cápsulas articulares e nos tendões, 
assim como as posições e velocidades do movimento das partes do corpo. 
Fibras do Trato espinocerebelar anterior são ativadas principalmente pelos sinais motores que 
chegam à medula pelo trato corticoespinhal. 
Permitindo ao cerebelo avaliar o grau de atividade nesse trato. 
 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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resumindo: trato espinocerebelar anterior entra no pedúnculo cerebelar superior 
(mesencéfalo) e o trato espinocerebelar posterior que entra no pedúnculo cerebelar 
inferior(bulbo). No fim vao pra zona medial ou zona intermedia do cerebelo. 
 
Conexões eferentes 
Axônios das células de Purkinje da zona intermédia fazem sinapse no núcleo interpósito de 
onde saem fibras para o núcleo rubro e para o tálamo do lado oposto. 
Cerebelo influencia neurônios motores pelo trato rubroespinhal constituindo-se a via 
interpósito-rubroespinhal, impulsos que vão para o tálamo seguem para as áreas motoras do 
córtex cerebral (via interpósito- tálamo-cortical), onde se origina o trato corticoespinhal. 
Através das vias interpósito-rubroespinhal e via interpósito-tálamo-cortical, o cerebelo 
exerce sua influência sobre os neurônios motores da medula situados do mesmo lado. 
Ação do núcleo interpósito se faz diretamente sobre os neurônios motores do grupo lateral da 
coluna anterior que controlam os músculos distais dos membros responsáveis por movimentos 
delicados. 
Axônios das células de Purkinje da zona medial fazem sinapse nos núcleos fastigiais de onde 
sai o trato fastigiobulbar com dois tipos de fibras: fastígio-vestibulares e fastígioreticulares 
 
Nos núcleos fastígio-vestibulares e fastígio-reticulares a influência do cerebelo se exerce sobre 
os neurônios motores do grupo medial da coluna anterior os quais controlam a musculatura 
axial e proximal dos membros, no sentido de manter o equilíbrio e a postura. 
Resumindo: vai depender da zona. Vai variar com qual núcleo central as células de purkinje 
vao fazer sinapse. 
Zona intermedia faz sinapse com o núcleo interpocito. Depois manda fibras pro núcleo rubro 
(mesencéfalo) e para o tálamo contralateral. Esse núcleo rubro que recebeu a sinapse emite 
fibras chamada rubroespinhais, em direção a coluna na medula espinhal faz sinapse com os 
neurônios motores. O tálamo vai mandar fibras pro cortex motor e do córtex motor vai 
mandar fibras pro trato corticoespinhal que decusa nas pirâmides bulbares (trato 
corticoespinhal lateral). 
*influencia do cerebelo é sempre do mesmo lado sobre os neuronios motores* 
Importância das vias interpósito-rubroespinhal e interpósito-tálamo-cortical é o controle dos 
músculos distais em movimentos delicados. 
Zona medial célula de purkinge fazem sinapse com os núcleos fastigiais que vao emitir fibras 
pro bulbo para os núcleos vestibulares e reticulares. 
-fibras fastígio-vestibulares = os núcleos vestibulares que receberam sinapse vao emitir fibras 
para o trato vestíbulo espinhais que vão em direção a medula espinhal fazer controle sobre 
neurônios motores. 
-fibras fastígio-reticulares= receberam sinapse do núcleo fastidial emitem fibras na forma o 
trato reticuloespinhal para agir sobre os neurônios motores. 
-esses dois tratos vao ter importância na musculaura axial e proximal para manter o equilíbrio 
e a postura 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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Cerebrocerebelo (zona lateral – núcleo denteado) 
 
Conexão aferente 
Fibras pontinas (ponto-cerebelares) - origem nos núcleos pontinos penetram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar médio distribuindo-se ao córtex da zona lateral dos hemisférios. 
 
Via córtico-ponto-cerebelar chegam ao cerebelo informações oriundas de áreas motoras e 
não motoras do córtex cerebral. 
Conexão eferente 
Os axônios das células de Purkinje da zona lateral do cerebelo fazem sinapse no núcleo 
denteado, de onde os impulsos seguem para o tálamo do lado opostoe daí para as áreas 
motoras do córtex cerebral, onde se origina o trato corticoespinhal. 
Via dento-tálamo-cortical  Núcleo denteado participa da atividade motora agindo sobre a 
musculatura distal dos membros responsáveis por movimentos delicados. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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Resumindo: 
Aferente: fibras do cortex em direção a ponte e na ponte vão fazer sinapse com os neurônios 
da ponte e da ponte vai pro cerebelo na zona lateral. 
Eferente: celulas de purkinje vai fazer sinapse com o núcleo denteado do cerebelo, manda 
fibras pra fazer sinapse com tálamo contralateral, daí manda pro cortex motor. Do cortex 
motor, a fibra que parte dele é o corticoespinhal que decusa no bulbo e vai pra medula. 
Importante ela musculatura distal = movimentos delicados. 
ASPECTOS FUNCIONAIS DO CEREBELO 
1. MANUTENÇÃO DO EQUILIBRIO E DA POSTURA 
Vestíbulo-cerebelo, que promove a contração adequada dos músculos axiais e 
proximais dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a postura normal, mesmo 
nas condições em que o corpo se desloca. 
A influência do cerebelo é transmitida aos neurônios motores pelos tratos 
vestibuloespinhais. 
 
2. CONTROLE DO TÔNUS MUSCULAR 
Um dos sintomas da descerebelização é a perda do tônus muscular, que pode ocorrer 
também por lesão dos núcleos centrais. 
Em especial o denteado e interpósito mantêm, mesmo na ausência de movimento, 
certo nível de atividade espontânea agindo sobre os neurônios motores das vias 
laterais (tratos corticoespinhal e rubroespinhal). 
 
3. CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS 
Lesões do cerebelo têm como sintomatologia uma grave ataxia, ou seja, falta de 
coordenação dos movimentos voluntários decorrentes de erros na força, extensão e 
direção do movimento. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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Cerebelo controla o movimento envolve duas etapas: Planejamento do movimento e 
correção do movimento já em execução. 
 
Planejamento do movimento é elaborado no cerebrocerebelo, a partir de informações 
trazidas, pela via córtico-ponto-cerebelar, que expressam a 'intenção' do movimento. 
 
‘Plano' motor é então enviado às áreas motoras de associação do córtex cerebral pela 
via dentotálamo-cortical. 
 
Áreas pré-motora e área motora suplementar associam os dados do plano motor do 
cerebelo com seus próprios dados, resultando em um plano motor comum que é, 
então, colocado em execução através da ativação dos neurônios da área motora 
primária. 
Neurônios da área motora primária ativam os neurônios motores medulares através 
do trato corticoespinhal. 
 
Uma vez iniciado o movimento, ele passa a ser controlado pelo espinocerebelo através 
de aferências sensoriais, que chegam pelos tratos espinocerebelares, é informada das 
características do movimento em execução e, através da via interpósito-tálamo-
cortical promove as correções devidas, agindo sobre as áreas motoras e o trato 
corticoespinhal. 
Espinocerebelo compara as características do movimento em execução com o plano 
motor, promovendo as correções e ajustamentos necessários para que o movimento 
se faça de maneira adequada. 
Espinocerebelo recebe aferências espinhais e corticais. 
Cerebrocerebelo recebe apenas aferências corticais . 
 
 
 
4. APRENDIZAGEM MOTORA 
Sistema nervoso aprende a executar as tarefas motoras repetitivas cerebelo participa 
desse processo através das fibras olivocerebelares, que chegam ao córtex cerebelar 
como fibras trepadeiras e fazem sinapses diretamente com as células de Purkinje. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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Através de sucessivos movimentos um padrão de atividade cada vez mais apropriado 
surgiria ao longo do tempo. Fibras trepadeiras detectariam diferenças entre 
informações sensoriais esperadas e as que ocorrem na realidade, ao invés de só 
monitorizar a informação aferente. 
A lesão, tanto do cerebelo como da oliva inferior prejudica o aprendizado motor em 
que prática, tentativa e erro levam à execução perfeita e automática do movimento. 
 
5. FUNÇÕES NÃO MOTORAS 
Cerebelo participa também de funções cognitivas, executadas principalmente pelo 
cerebrocerebelo. 
Além de suas conexões relacionadas com a motricidade, tem também conexões com a 
área pré-frontal do córtex, evidenciando funções não motoras, como, por exemplo, 
resolver quebra-cabeças, associar palavras a verbos, resolver mentalmente operações 
aritméticas, reconhecer figuras complexas. 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
Sintomas que ocorrem quando o cerebelo é lesado: 
a) Incoordenação dos movimentos = ataxia 
(marcha instável, semelhante à de um ébrio, na qual o paciente tende a andar com 
as pernas abertas para ampliar sua base de sustentação).Ela se manifesta 
principalmente nos membros = marcha atáxica, na qual há também perda do 
equilíbrio. 
A incoordenação motora pode manifestar-se ainda na articulação das palavras, 
levando o doente a falar com a voz arrastada; 
 
b) Perda do equilíbrio 
Diante da dificuldade para se manter em posição ereta, o doente tende a abrir as 
pernas para ampliar sua base de sustentação; 
 
c) Diminuição do tônus da musculatura esquelética (hipotonia) 
Frequentemente há envolvimento global do cerebelo, resultando no aparecimento 
de todos esses sintomas. Aparência do paciente muito se assemelha àquela 
observada em indivíduos durante a embriaguez aguda, à exceção do quadro 
psíquico, que pode ser normal. Efeito tóxico que o álcool exerce sobre as células 
de Purkínje. 
 
SINDROMES CEREBELARES 
SÍNDROME DO VESTIBULOCEREBELO 
Ocorre perda da capacidade de usar informações vestibulares para o movimento do 
corpo durante a marcha ou na postura de pé, e perda do controle dos movimentos 
oculares durante a rotação da cabeça. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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 Marcha com base alargada e movimentos irregulares das pernas (ataxia), tanto com 
olhos abertos como fechados, e tendências a quedas. 
Não há dificuldade no movimento preciso de braços e pernas se o indivíduo estiver 
deitado ou apoiado, pois o cerebelo pode usar as informações proprioceptivas dos 
tratos espinocerebelares. 
Ocorre com certa frequência em crianças de menos de 10 anos e, em geral, é devida a 
tumores do teto do IV ventrículo, que comprimem o nódulo e o pedúnculo do flóculo. 
Há perda de equilíbrio, com ataxia de tronco, e as crianças não conseguem se manter 
em pé + nistagmo + não há nenhuma alteração do tônus muscular e, quando elas se 
mantêm deitadas, a coordenação dos movimentos é praticamente normal. 
 
 
 
 
 SINDROME DO ESPINOCEREBELO 
Erros na execução motora. 
Área afetada deixa de processar informações proprioceptivas dos feixes 
espinocerebelares. Não é mais capaz de influenciar as vias descendentes. 
Espinocerebelo 
Atua através de mecanismos de anteroalimentação. 
São ações antecipatórias executadas antes do movimento, guiadas por informações 
sobre o corpo e os objetos no espaço. 
Pode atuar após o início do movimento através de informações proprioceptivas do 
movimento em execução. 
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Movimento de uma articulação é iniciado pela contração do agonista, e desacelerada 
pelo antagonista. 
A perda deste controle faz com que a contração antecipada do antagonista não ocorra 
e o movimento só é interrompido após ultrapassar o alvo, substituída por uma 
contração retroalimentada, ou seja, após o término do movimento para reajustá-lo. 
 
Correção resulta em novo erro e outro ajuste, causando o tremor terminal. 
Lesão do núcleo interpósito reduz a ativação dos tratos rubroespinhal e 
corticoespinhal consequente redução do tônus muscular 
+ 
reduz precisão do movimento devido a erros na cronologia, direção e extensão do 
movimento = sintomas de dismetria (movimento sem medida correta de tempo e 
espaço). – não consegue executar movimentos simples, não consegue medir e planejar 
o movimento motor. 
 
Ataxia de membros em que a tentativa de alcançar umobjeto se faz por um caminho 
sinuoso. Tentativa de corrigir resulta em novos erros e oscilação da mão ao redor do 
alvo, tremor terminal. 
Lesões do espinocerebelo = podem causar nistagmo e alteração da fala, como fala 
arrastada por lesão do vérmis ou núcleo fastigial (o controle vocal está no vérmis). 
SINDROME DO CEREBROCEREBELO 
Por lesão da zona lateral e manifesta-se por sinais e sintomas ligados ao movimento : 
a) Atraso no início do movimento; 
b) Decomposição do movimento multiarticular = movimentos complexos, que 
normalmente são feitos simultaneamente por várias articulações, são 
decompostos, ou seja, realizados em etapas sucessivas por cada uma das 
articulações; 
c) Disdiadococinesia - é a dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados, 
como, por exemplo, tocar rapidamente a ponta do polegar com os dedos 
indicador e médio, alternadamente; 
d) Rechaço - verifica-se esse sinal mandando o paciente forçar a flexão do 
antebraço contra uma resistência que se faz no punho. 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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*Indivíduo normal, quando se retira essa resistência, a flexão para por 
imediata ação dos músculos extensores, coordenada pelo cerebelo. 
*Doente neocerebelar, essa coordenação não existe, os músculos extensores 
custam a agir e o movimento é muito violento, levando quase sempre o 
paciente a dar um tapa no próprio rosto; 
e) Tremor - trata-se de um tremor característico, que se acentua ao final do 
movimento ou quando o paciente está prestes a atingir um objetivo, como, 
por exemplo, apanhar um objeto; 
f) Dismetria - consiste na execução defeituosa de movimentos que visam atingir 
um alvo, pois o indivíduo não consegue dosar exatamente a 'quantidade' de 
movimentos necessários para isso. Pode-se testar esse sinal pedindo ao 
paciente para colocar o dedo na ponta do nariz e verificando se ele é capaz de 
executar a ordem. 
 
Distúrbios cerebelares 
Inúmeras causas: malformações congênitas, hereditárias, infecciosas, neoplásicas, 
vasculares e outras; 
Lesões cerebelares causam sintomas ipsilaterais; 
Do ponto de vista puramente clínico = distinguir dois quadros patológicos do 
cerebelo: lesões do vérmis e lesões dos hemisférios. 
Lesões hemisféricas = Manifestam-se nos membros do lado lesado e dão 
sintomatologia relacionada à coordenação dos movimentos. 
Lesão do vérmis = Manifesta-se principalmente por perda do equilíbrio, com 
alargamento da base de sustentação e alterações na marcha (marcha atáxica) e na 
fala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANNA CLARA SF – MEDICINA FUNORTE XXXI 
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CASO CLINICO

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