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FISIOPATO DA REPRODUÇÃO

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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO I 
Prof. Ms. Fábio André Ferreira Custodio 
Prof. Dra. Lilian Mara Kirsch Dias 
Alex Dinis Júnior | @vet.baka 
 
ANATOMIA DO GENITAL FEMININO 
Divisão conforme função e morfologia. 
Gônadas (ovários), porção tubular (útero 
e tubas uterinas) e órgãos copulatórios 
(vagina, vestíbulo, vulva e clitóris). 
As gônadas tem função endócrina 
(produção de hormônios) e exócrina 
(produção de gametas), com tamanho 
variável de acordo com a raça. A simetria 
é dependente da fase do ciclo estral. 
Os órgãos tubulares (tuba uterina) tem 
dois condutos, extremidade relacionada 
ao útero e ovário. Capta oócitos, leva ao 
local da fecundação e realiza transporte 
de gametas, para o desenvolvimento 
embrionário inicial. 
É dividido em três porções, sendo o 
infundíbulo (mais próxima aos ovários, 
fímbrias), ampola (intermediária, local de 
fecundação) e istmo (alongada, 
enovelada, ligada ao corno uterino). 
Útero – Formado por cérvix, corpo e 
cornos uterinos. Funções de recepção e 
implantação do embrião, nutrição do 
concepto no início da gestação, abrigo 
do feto. Auxiliar no parto e contrações, 
transporte e capacitação espermática e 
controle e produção de prostaglandina. 
 
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO 
Ciclo Estral – Cadeia de eventos 
reprodutivos que ocorrem após a 
puberdade. Eventos repetitivos a cada 18 
ou 24 dias com apresentação de sinal de 
estro. Manifestação comportamental de 
sinais que precedem a ovulação. Os 
principais sinais são a aceitação de monta, 
descarga de muco límpido e viscoso, 
edemaciação de vulva, hiperemia vaginal, 
pelos arrepiados em base de rabo, micção 
frequente e alteração de comportamento. 
• Poliéstricos: Ocorrência durante o ano 
todo. Maior eficiência em primavera e 
verão, com moderada influência do 
fotoperíodo. 
• Proestro: Antecede o estro. Aumenta os 
níveis de estrógeno, desenvolvimetno 
folicular. Dura de 2 a 3 dias, com sinais de 
vascularização e tônus uterino 
aumentados, edemaciação vulvar e 
relaxamento cervical. Termina na 
aceitação da monta. 
• Estro: Início na aceitação de monta. 
Níveis de estrógeno elevados, sinais de 
turgidez de útero e tubas uterinas, 
relaxamento cervical com secreção de 
muco, edemaciação e hiperemia de vulva 
e vagina. Dura de 4 a 24hrs, terminando 
na rejeição de monta. 
• Metaestro: Difícil caracterização, 
ocorrência de ovulação e início de 
formação do corpo lúteo. Início da 
produção de progesterona, diminuição 
de edemaciação e vascularização de 
vulva. Dura de 2 a 3 dias, termina com a 
crescente produção de progesterona 
pelo CL. 
• Diestro: Maior fase, predomínio de 
progesterona. Espessamento do 
endométrio, fechamento do canal 
cervical e musculatura genital relaxada. 
Dura de 13 a 15 dias, terminando com a 
regressão do CL e iniciando o novo ciclo. 
 
 
FISIOLOGIA REPRODUTIVA DO MACHO 
Nos machos a meiose inicia-se após o 
período da puberdade, quando então se 
torna um processo contínuo para a 
espermatogênese (seu período irá variar 
conforme espécie). Ocorre 
termorregulação por receptores de 
temperatura na pele escrotal, que 
controlam a temperatura e auxiliam na 
dissipação do calor. A pele do escroto é 
fina, pobre em gordura subcutânea e rico 
em glândulas sudoríparas. Possui sistema 
sanguíneo bem desenvolvido, músculo 
cremáster e túnica dartus, para o escroto 
ficar mais próximo ou distante do corpo. 
Células de Sertoli promovem barreira 
hematotesticular, sustentam a linhagem 
germinativa e digerem excesso de 
citoplasma das espermátides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle Neuro Endócrino – O 
hipotálamo no macho não desenvolve o 
centro pulsátil de liberação. Os 
hormônios da adenohipófise são 
separados em tipos celulares, sendo 
somatotrofos (hormônio do crescimento 
GH), corticotrofos (adrenocorticotrófico 
ACTH), mamotrofos (prolactina), 
tireotrofos (tiro-estimulante TSH), 
gonadotrofos (folículo estimulante FSH e 
hormônios luteinizante LH). A ocitocina e 
a ADH/vasopressina são produzidos no 
hipotálamo, armazenado na 
neurohipófise e transferidos ao longo dos 
axônios. O hipotálamo libera GnRH, que causa 
liberação de FSH e LH pela hipófise. FSH se liga ao 
seu receptor nas células de Sertoli. As células de 
Sertoli produzem inibina, que bloqueia a liberação 
de FSH. LH se liga ao receptor nas células de Leydig 
onde ocorre a produção de testosterona 
(produzida nas células de Leydig) transportada 
para dentro das células de Sertoli onde é 
convertida em diidrotestosterona (DHT) e 
estrógeno (E2). Testosterona, DHT e estrógeno são 
transportados pela corrente sanguínea até o 
hipotálamo, onde exercem o feedback negativo na 
liberação de GnRH. 
 
 
Reflexo de Flemen – Reação presente 
em mamíferos ungulados, felinos e 
outros para facilitar a percepção de 
feromônios e outros cheiros pelo órgão 
vomeronasal, onde o animal fica ereto, 
com cabeça e pescoço estendido. O 
reflexo pode estar ou não presente antes 
do ato copulatório. 
 
 
 
 
 
Ereção Peniana – Estímulo sexual (visual, 
tátil ou olfatório), vasodilatação 
(aumento do influxo sanguíneo), 
aumento do fluxo sanguíneo no tecido 
cavernoso e diminuição da saída 
sanguínea. Aumento da pressão 
sanguínea intrapeniana, relaxamento do 
músculo retrator do pênis e ereção. 
Parâmetros – Puberdade definida com 
quantidade de espermatozóides 
suficientes para emprenhar uma vaca e 
aumento da frequência dos pulsos de LH. A 
cópula dura de 1 a 3s, com volume 
ejaculado de 3 a 5ml (0.5 a 12ml) e 
concentração espermática de 0,8 a 2 
bilhões de sptz/ml (varia conforme idade, 
ambiente e frequência de ejaculação). 
 
EXAME ANDROLÓGICO 
Tem como objetivo a avaliação do 
potencial reprodutivo de um macho com 
a finalidade de garantir a qualidade 
seminal e melhorar a eficiência 
reprodutiva do rebanho. 
Conforme toda a identificação do animal, 
exame clínico geral (escore corporal, 
locomotor, manejo), inspeção e palpação 
do aparelho reprodutivo, comportamento 
sexual (libido, capacidade de monta e de 
ereção) e exames laboratoriais 
(características físicas e químicas, 
morfologia espermáticas e testes 
funcionais), classificamos o macho em 
fértil, subfértil ou infértil. 
Devemos se atentar com as regiões das 
genitálias quanto a temperatura, 
espessura, alterações patológicas ou 
parasitárias, mobilidade, posicionamento, 
presença testicular, forma, simetria etc. 
Biometria e Ultrassonagrafia Testicular – 
Obrigatória, diagnostica alterações 
testiculares. Determina o potencial 
reprodutivo e a produção espermática. 
Reprodutores possuem testículos mais 
desenvolvidos, com maior volume e 
concentração espermática. 
Exame Interno – Via palpação transretal, 
avaliamos as glândulas acessórias, 
ampolas do ducto deferente, vesículas 
seminais, próstata e bulbouretrais. 
 
Em equinos, olfação é fundamental. O 
cortejo pode ser prolongado, mas quanto 
mais rápido iniciar a cópula maior será a 
libido. Se classifica em questionável, 
bom, muito bom e excelente. 
Coleta de Sêmen – Obtenção do 
ejaculado de um reprodutor, utilizando 
vagina artificial (método ideal, 
higienização do prepúcio, não permitindo 
a monta antes da exposição do pênis), 
elotroejaculação (pode alterar 
características físicas do ejaculado, 
introdução do eletrodo bipolar no reto 
do animal, indução elétrica da medula no 
nível da quarta vértebra lombar), 
massagem das glândulas vesiculares e das 
ampolas dos ductos deferentes (método 
alternativo, exigida o conhecimento da 
anatomia), além da fricção mecânica do 
pênis. Deve ser realizada em Central de 
Colheita e Processamento de Sêmen 
registrada no MAPA. 
Espermograma – Análises macroscópicas 
(volume, aspecto, cor, odor e pH) e 
microscópicas (turbilhonamento, 
motilidade, vigor, concentração e 
morfologia). 
 
Variações de Volume– Variável (25 a 
80ml nos equinos). Regime sexual, idade, 
raça e particularidades individuais. Tempo 
de excitação, tipo de manequim, 
sazonalidade, alimentação e manejo. O 
ejaculado é a soma da fração espermática com 
a fração gelatinosa. 
Características Físicas – Motilidade (% de 
espermatozóides móveis, viabilidade e 
qualidade do movimento, indicativo de 
fertilidade), vigor (velocidade e 
intensidade do movimento dos 
espermatozóides, movimento retilíneo e 
progressivo, de 0 a 5), concentração 
espermática (número de 
espermatozóides por ejaculado ou cada 
mL do ejaculado), câmara de neubauer 
(método mais utilizado, volume de 
sêmen é diluído em um volume de meio 
1:20 de sêmen e água destilada, amostra 
diluída na câmara e contagem 
microscópica de 100 ou 200x). 
 
 
 
 
• Astenozoospermia: Baixa motilidade. 
• Necrozoospermia: Espermatozóides sem 
motilidade. 
• Oligospermia: Baixo volume. 
• Oligozoospermia: Baixa concentração. 
• Teratozoospermia: Aumento em 
defeitos. 
• Gotas Citoplasmáticas: Nutrientes do 
sptz durante o trânsito epididimário. 
 
 
ENDOCRINOLOGIA E FOLICULOGÊNESE 
Hormônios da Reprodução: 
• GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofinas), produzido pelo 
hipotálamo no Sistema Nervoso 
Central. Estimula a liberação das 
gonadotrofinas FSH e LH. 
• FSH (hormônio folículo estimulante), 
produzido pela adenohipófise e 
secretado em resposta ao GnRH. 
Atua principalmente nos ovários e no 
desenvolvimento folicular, aumento 
de receptores para LH nos folículos e 
neles o estímulo da produção de 
Estrógeno e Inibina. 
• LH (hormônio luteinizante), 
produzido pela adenohipófise e 
secretado em resposta ao GnRH. 
Atua no estímulo da maturação 
folicular, produção de estrógeno sob 
influência do FSH. Promove a 
ovulação e formação do corpo lúteo, 
secreção inicial de Progesterona. 
• Estrógeno é um esteróide ovariano, 
produzido pelos folículos em 
crescimento. Induz o 
comportamento de estro, aumento 
de vascularização, contração e 
secreção genital. Controla a secreção 
de GnRH, FSH e LH. 
• Progesterona é um esteróide 
ovariano, produzido pelo CL e 
placenta. Promove o relaxamento 
uterino, controle de secreções na 
fase inicial de gestação e inibição da 
secreção de GnRH. 
• Inibina é produzida pelos folículos em 
fase final de desenvolvimento. Tem 
como função o bloqueio de síntese 
de FSH na hipófise. 
• Prostaglandina F2a é produzida no 
útero, com função de regressão do 
CL e diminuição dos níveis de 
progesterona. 
• Ocitocina é produzida no hipotálamo 
e corpo lúteo. Armazenada em 
terminações nervosas localizadas na 
hipófise. Atua na secreção com 
estimulação neurogênica 
(amamentação, ordenha, parto e 
dilatação cervical). Tem níveis 
variáveis durante o ciclo estral, maior 
após o pico pré-ovulatório de LH e 
diminuído após regressão do CL. 
Controle Endócrino do Ciclo Estral – 
Eventos endócrinos, morfológicos e 
comportamentais que ocorrem entre dois 
estros sucessivos. Interação do SNC com 
o eixo hipotálamo-hipófise, ovários e 
útero. Via circulação os hormônios 
atingem outros órgãos e locais. 
 
Foliculogênese – Grupos de folículos 
iniciam desenvolvimento em períodos do 
ciclo estral. No pré antral, são 
dependentes de fatores regulados pelo 
ovário. No antral, dependem da presença 
de gonadotrofinas FSH, LH e estrógeno. 
 
 
A onda folicular se divide em 
recrutamento (grupo de folículos inicia 
crescimento, ocorre aumento dos níveis 
de FSH dependentes), seleção (dentre os 
recrutados, observa-se seleção de um ou 
mais folículos, ocorrendo desvio de 
alguns selecionados apresentando taxa 
de crescimento, caracterizando-se como 
dominante onde vai suprimindo o 
crescimento dos subordinados). Com o 
aumento de produção de estrógeno, há 
uma diminuição da produção de FSH e 
aumento de LH. Folículos continuam em 
crescimento, produzindo inibina e 
diminuindo os níveis de FSH. 
No folículo dominante da 1ª Onda, não há 
ovulação. Os níveis de progesterona 
permanecem altos pela presença do CL 
da ovulação anterior, sem pico pré-
ovulatório de LH. Após liberação de 
prostaglandina endometrial ocorre lise do 
CL, diminuição da progesterona, início de 
uma nova onda onde engloba 
crescimento, seleção e dominância, com 
possibilidade de ovulação. 
 
FISIOLOGIA REPRODUTIVA DE ÉGUAS 
• Puberdade – Momento em que o 
animal encontra-se capaz de 
liberar gametas e de manifestar 
uma sequência completa de 
comportamento sexual. Ocorre 
entre 12 e 24 meses, variando 
conforme época do ano, raça, 
condição corporal, peso e 
estímulos. 
 
• Estacionalidade – Poliéstrica 
estacional de dias longos, com 
fatores interferindo como 
fotoperíodo, nutrição, 
temperatura e social. 
• Ciclo Estral – Intervalo entre 
ovulações associadas ao estro, 
com duração de 21 dias. 
• Estro – 4 a 7 dias. Tem como sinais 
a elevação de cauda, exposição 
do clitóris, permissão da monta, 
urinar em excesso, edemaciação 
da vulva, vagina hiperêmica, 
mucosa úmida com secreção 
serosa, cérvix e útero relaxados e 
edema endometrial. 
• Diestro – 14 a 15 dias. Fase após o 
cio, com níveis máximos de 
progesterona que está em alta. 
Cérvix fechada, útero mais firme 
nessa etapa que ajudará o 
embrião na sinalização ao corpo 
lúteo. Ovário com corpos lúteos, 
corpo da fêmea estimulado. Sinais 
de vulva pequena, vagina rosa-
pálida, não aceitação da monta, 
diminuição do tamanho da vulva e 
comportamento mais calmo, 
mucosa seca e pegajosa, cérvix e 
útero tensos, sem edema. 
• Ovulação Espontânea – Ovulação 
de 24 a 48hrs antes do fim do 
estro. Fossa ovulatória, 
sensibilidade e ovulações duplas. 
Ocorre pico de P4 com seis dias 
após a ovulação. 
• Imunidade – A égua fica em baixa 
imunidade para que não ocorra 
ataque ao embrião por ser um 
corpo estranho. No cio, o 
estradiol aumenta o sistema 
imune e a égua tem um breve 
aumento de resposta inflamatória 
uterina após a monta. 
• Luteólise – Perda da função do 
CL, com sregressão ou involução, 
encerrando o ciclo estral de vacas. 
A égua é muito sensível a 
prostaglandina se comparada 
com as vacas. Portanto, a dose 
utilizada sempre será menor. Por 
isso, o ideal é utilizar moléculas 
específicas como o d-
cloprostenol. Após um 
determinado período, é 
produzido o corpo lutéo, que irá 
levar a Ocitocina. Após um tempo, 
ele produz prostaglandina no 
ciclo, matando o corpo lutéo. 
• Fecundação – Chegada no útero 
no sexto dia, ovócitos fecundados 
e viáveis. Ocorre a formação de 
uma cápsula entre o 
trofoectoderma e a zona pelúcida. 
Fases de mórula, blastômero etc. 
• Gestação – Duração de 315 a 365 
dias. Por volta dos 40 dias, 
formam-se cálices endometriais. 
Produção de corpos lúteos 
acessórios por volta de 150 dias. 
Placenta produz P4 de 70-100 dias. 
• Reconhecimento Materno da 
Gestação – O corpo da fêmea 
reconhece que ela está entrando 
em gestação, transformando o 
corpo lutéo cíclico em corpo luteo 
gravidico, não permitindo a 
lutéolise. É um processo em 
estudos, com importância da 
migração embriouterina até por 
volta de 16 dias. Alguns fatores 
que auxiliam no processo são a 
liberação de estrogeno, ocitocina, 
PGE e migração. 
• Cio Após o Potro – 6 a 14 dias após 
o parto. Rápida involução uterina. 
Se o endométrio estiver saudável, 
o cio é fértil. 
• Onda de Crescimento Folicular - 
Compreende o crescimento de 
um grupo de pequenos folículos 
antrais, seguida da seleção de um 
folículo dominante e da regressão 
dos folículos subordinados. 
 
!! Cuidado ao realizar exame de ultrassom, por que 
o embrião pode fazer migração uterina e dar um 
falso negativo para a gestação. Prostaglandina 
mata o corpo lutéo, podendo causar aborto e não 
podendo ser aplicado sem cuidados. 
 
PATOLOGIAS REPRODUTIVAS EM 
FÊMEAS BOVINAS 
As principais causas de infertilidade em 
bovinos são alimentares,sanitárias e 
outras. As principais enfermidades 
envolvidas são: 
• Anestro – Inatividade ovariana, 
influenciado pela diminuição da 
atividade cíclica pós parto, idade, 
ECC, época do ano, lactação, 
distocias, patologias e outros. Se 
classifica em emergência folicular 
(deficiência na liberação de FSH) ou 
até o desvio (frequente em novilhas 
pré púberes, ovários pequenos sem 
CL ou folículos préovulatórios, 
inibição do centro de liberação 
pulsátil de LH, comum em pós parto 
de fêmeas leiteiras ou de corte com 
bezerro em pé). 
• Sub-Estro – Atividade cíclica com 
ausência de detecção, 
comportamento fraco ou ausente. 
• Repetidoras de Cios – Repeat 
breeders, etiologia multifatorial 
como processos inflamatórios, 
infecciosos, parasitários, distúrbios 
endócrinos e de ovulação, 
ineficiência de CL, problemas 
anatômicos, mortalidade embrionária 
e outros. Diagnóstico se dá pelo 
exame ginecológico, US, citologia e 
biópsia uterinas, além da dosagem 
hormonal. 
• Retenção Placentária – Multifatorial, 
podendo ser causada por infecções, 
abortamentos, disfunção endócrina 
ou nutricional, hereditária, indução 
de parto, gestação gemelar, 
distúrbios metabólicos e outros. 
Falha no desligamento entre 
carúncula uterina e cotilédone 
placentário. Eliminação fisiológica 
entre 8 a 12 horas pós-parto. 
Diagnóstico se dá pelos sinais clínicos 
(restos placentários expostos, 
corrimento serosanguinolento, odor 
desagradável e alterações 
sistêmicas), tratamento com 
ocitocina , PGF2alpha e estrógenos, 
além de antibioticoterapia 
(oxitetracicilinas, penicilina, 
gentamicina e ceftiofur), terapia 
suporte, suplementação com Vitamina 
E e selênio. A remoção manual não é 
recomendada, podendo causar 
hemorragias, septicemias, ruptura e 
retardo na involução uterina. A 
lavagem uterina deve ser feita com 
cuidados na manutenção do 
conteúdo líquido do útero. 
• Metrite Puerperal – Doença sistêmica 
aguda causada por infecção 
bacteriana do útero. Ocorre 
geralmente nos dez primeiros dias 
pós-parto, com sinais clínicos de 
corrimento uterino aquoso marrom 
fétido, febre, prostração, 
inapetência, taquicardia, 
desidratação aparente e redução da 
produção do leite. 
 
 
 
 
 
 
• Endometrites – Se classifica em 
subclínica (geralmente determinada 
por citologia, com ausência de 
material purulento na vagina, 
aumento de neutrófilos) e clínica 
(presença de exsudato uterino 
purulento, 21 ou mais dias pós-parto 
sem sinais sistêmicos). 
• Prolapso Uterino – Projeção de parte 
do trato reprodutivo pela vagina, 
ocorre algumas horas após o parto. 
Relaxamento excessivo dos 
ligamentos pélvicos, associado com 
distocias. 
• Mortalidade Embrionária – O estágio 
embrionário se dá pelo período 
compreendido entre a concepção e o 
45ºdia da gestação. O estágio fetal 
vai até o parto. A mortalidade 
embrionária precoce ocorre antes do 
reconhecimento materno da 
gestação. Não afeta a duração do 
ciclo. Já a mortalidade embrionária 
tardia ocorre após o reconhecimento 
até a implantação embrionária, com 
alteração na duração do ciclo estral. 
Está envolvido com anomalias 
cromossômicas embrionárias, idade, 
anomalias uterinais, danos ao 
embrião pela palpação retal, doenças 
que provoquem febre, estresse 
térmico, função luteínica insuficiente, 
atraso da inseminação e outros. 
• Freemartinismo – Intersexualidade 
mais comum, gestações gemelares, 
pelo menos um feto masculino e um 
feminino. Ocorre alterações na 
formação do aparelho genital da 
fêmea, fusão da circulação córion-
alantóide. Anastomose de vasos 
córioalantóideos, interferência 
hormonal e celular entre fetos, antes 
do término da diferenciação gonadal 
feminina. Masculinização da gônada 
feminina, desenvolvimento 
incompleto e parcial de vias genitais 
masculinas. Ocorrem por ovulação 
dupla, liberação oocitária, 
fecundação por espermatozóides X e 
Y, anastomose dos vasos e alteração 
de organogênese do genital 
feminino. Como características 
morfológicas, relaciona-se com 
gônada semelhante ao testículo, 
tuba uterina ausente ou semelhante 
ao epidídimo, útero 
subdesenvolvido, ausência de cérvix, 
vagina e vulva subdesenvolvida, 
clitóris desenvolvido e proeminente.

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