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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2 
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8 
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
QUESTÕES SOBRE A AULA 
1. No flagrante preparado, forjado ou esperado, a polícia, tomando ciência de que 
determinada infração ocorrerá em certo dia, hora e local, antecipa-se ao criminoso e, 
aguardando em atuação passiva a iniciativa delituosa, realiza a prisão quando deflagrados 
os atos executórios, razão pela qual o STF entende ser hipótese de crime impossível. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
2. Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que constitui, em 
tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente responsabilizado o agente que forjou 
o flagrante. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
3. Em meados de julho do corrente ano, X, Y e Z associaram-se, com vontade associativa 
permanente, a fim de praticarem tráfico ilícito de substância entorpecente. No dia 13 de 
agosto, por volta das 13 h, agentes de polícia federal, passando-se por compradores, 
adentraram na residência de Z e, em cumprimento a mandado de busca, efetuaram a prisão 
em flagrante de X, Y e Z, que detinham em depósito, para negócio, doze quilos de cocaína. 
Com referência à situação hipotética apresentada e a considerações penais correlatas, julgue 
o item que se segue. 
 
Na situação em apreço, o flagrante deveria ser considerado nulo, por ter sido preparado ou 
provocado pelos agentes policiais e por não ter ocorrido nenhum ato de traficância. 
 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
4. A queixa-crime é imprescindível à prisão em flagrante no caso de crimes sujeitos à ação 
penal privada 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
5. Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, suspeito de 
tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento da obtenção de grande 
quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, 
antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter maiores informações sobre o propósito 
de Carlos quanto à destinação da droga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias 
e lograram a apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território nacional. A ação 
da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de outros componentes da quadrilha 
por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou evidenciada a hipótese de flagrante provocado, 
inadmissível na legislação brasileira. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
6. Segundo o CPP, apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e 
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do 
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao 
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas 
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
7. Segundo o CPP, na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela 
autoridade lavrará o auto, independentemente de ter prestado o compromisso legal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
8. Em face da característica da discricionariedade presente no inquérito policial, é correto 
dizer que cabe ao Delegado de Polícia escolher, segundo sua conveniência e oportunidade, 
quem (condutor, testemunha e conduzido) vai ouvir e em qual ordem. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
9. A apresentação espontânea do sujeito ativo do crime não impede a prisão em flagrante 
vez que não há tal expressa previsão legal. Ademais, não cabe à Autoridade Policial se 
imiscuir na existência de excludentes de ilicitude. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
10. A prisão em flagrante é legal ainda que se trate de crime sujeito à ação penal pública 
condicionada. É teratológica a conclusão que aponta em sentido contrário. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
11. É(São) hipótese(s) de prisão em flagrante admitida(s) no ordenamento jurídico 
brasileiro: 
 
I. flagrante presumido. 
II. flagrante esperado. 
III. flagrante provocado. 
IV. flagrante próprio. 
V. flagrante forjado. 
 
Estão corretas as seguintes assertivas: 
 
a) Quatro alternativas estão corretas. 
b) Todas as alternativas estão corretas. 
c) Apenas uma alternativa está correta. 
d) Duas alternativas estão corretas. 
e) Três alternativas estão corretas. 
 
 
 
 
 
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4 
 
12. Sobre a prisão em flagrante, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar 
a permanência. 
II. O flagrante esperado é considerado lícito pela jurisprudência amplamente majoritária dos 
Tribunais Superiores. 
III. A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante. Nesse 
caso, bastará a assinatura do condutor. 
 
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas. 
b) Somente a afirmativa I está correta. 
c) Somente a afirmativa III está correta. 
d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
e) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
 
13. Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as modalidades 
de flagrante com os seus respectivos conceitos. 
 
( 1 ) Flagrante próprio 
( 2 ) Flagrante impróprio 
( 3 ) Flagrante ficto ou assimilado 
( 4 ) Flagrante esperado 
( 5 ) Flagrante preparado 
 
( ) Ocorre quando o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, 
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. 
( ) Ocorre quando a ação policial aguarda o momento da prática delituosa, valendo-se de 
investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização de agente provocador. 
( ) Ocorre quando o agente é perseguido, logo após cometer o delito, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
( ) Ocorre quando alguém provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo em que 
toma providências para que o mesmo não se consume. 
( ) Ocorre quando o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acaba 
de cometê-la. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
 
a) 4 - 3 - 2 - 1 - 5 
b) 2 - 4 - 1 - 5 - 3 
c) 5 - 1 - 3 - 2 - 4 
d) 3 - 4 - 2 - 5 - 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14. Caso o agente, logo após a prática do crime, embora não tenha sido perseguido, seja 
encontrado portando instrumentos, armas e documentos que demonstrem, por presunção 
lógica, ser ele o autor, a autoridade policial efetuará a seguinte espécie de prisão em 
flagrante: 
 
a) Esperado 
b) Forjado 
c) Induzido 
d) Retardado ou diferido 
e) Presumido 
 
15. Com relação à prisão em flagrante, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O flagrante impróprio é aquele em que o agente é preso quando está cometendo a 
infração penal ou logo após cometê-la. 
b) O flagrante esperado se diferencia do flagrante preparado, pois naquele está presente a 
figura do agente provocador, enquanto neste não encontramos tal figura. 
c) O flagrante forjado não é considerado ilegal. 
d) O flagrante protelado ou diferido é aquele em que a prisão em flagrante é retardada para 
um momento posterior ao cometimento do crime, mais adequado do ponto de vista da 
persecução penal. 
e) Tanto o flagrante esperado quanto o flagrante provocado são considerados ilegais pela 
doutrina amplamente majoritária, tendoem vista que configuram hipótese de crime 
impossível. 
 
16. Dois agentes policiais extremamente competentes, tomando conhecimento de que um 
homem vendia drogas em determinado local, fizeram-se passar por usuários e 
encomendaram ao traficante um quilo de maconha. No local e no dia aprazados, quando o 
homem entregou a droga aos agentes disfarçados, estes lhe deram voz de prisão, 
conduzindo-o à autoridade policial para que fosse lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
Com base nessa narrativa, é correto afirmar: 
 
a) O delegado deve determinar a lavratura do auto de prisão em flagrante, por se tratar de 
tráfico ilícito de drogas, caracterizando a figura do flagrante esperado. 
b) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante forjado. 
c) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante preparado. 
d) O delegado, por ser hipótese em que o preso se livra solto, deve lavrar o Termo 
Circunstanciado e liberá-los em seguida. 
e) O flagrante é válido, porquanto estão presentes os requisitos para a decretação da prisão 
preventiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17. A prisão em flagrante consiste em medida restritiva de liberdade de natureza cautelar e 
processual. Em relação às espécies de flagrante, assinale a alternativa correta. 
 
a) Flagrante próprio constitui-se na situação do agente que, logo depois, da prática do 
crime, embora não tenha sido perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que demonstrem, por presunção, ser ele o autor da infração. 
b) Flagrante preparado é a possibilidade que a polícia possui de retardar a realização da 
prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do 
funcionamento, componentes e atuação de uma organização criminosa. 
c) Flagrante presumido consiste na hipótese em que o agente concluiu a infração penal, ou 
é interrompido pela chegada de terceiros, mas sem ser preso no local do delito, pois 
consegue fugir, fazendo com que haja perseguição por parte da polícia, da vítima ou de 
qualquer pessoa do povo. 
d) Flagrante esperado é a hipótese viável de autorizar a prisão em flagrante e a constituição 
válida do crime. Não há agente provocador, mas simplesmente chega à polícia a notícia 
de que um crime será cometido, deslocando agentes para o local, aguardando-se a 
ocorrência do delito, para realizar a prisão. 
e) Flagrante impróprio refere-se ao caso em que a polícia se utiliza de um agente 
provocador, induzindo ou instigando o autor a praticar um determinado delito, para 
descobrir a real autoridade e materialidade de outro. 
 
18. Compreendido o conceito de flagrante delito, pode-se definir a prisão em flagrante como 
uma medida de autodefesa da sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de 
locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executada 
independentemente de prévia autorização judicial (CF, Art. 5°, LXI). 
 
Face ao exposto, a afirmativa CORRETA afeta ao instituto do “flagrante” no âmbito do 
Processo Penal é: 
 
a) No flagrante presumido, ficto ou assimilado, o agente é preso logo depois de cometer a 
infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor 
da infração (CPP, Art. 302, IV). Nesse caso, a lei não exige que haja perseguição, bastando 
que a pessoa seja encontrada logo depois da prática do ilícito com coisas que traduzam 
um veemente indício da autoria ou participação no crime. 
b) Quando da lavratura do Auto de Prisão em flagrante, o escrivão de polícia, 
independentemente da presença da Autoridade Policial, deverá proceder à oitiva do 
conduzido, do condutor e de duas testemunhas que presenciaram toda a ação policial que 
culminou na apreensão do conduzido. 
c) Teremos a figura do flagrante esperado quando alguém (particular ou autoridade 
policial), de forma insidiosa, instiga o agente à prática do delito com o objetivo de prendê-
lo em flagrante, ao mesmo tempo em que adota todas as providências para que o delito 
não se consume. Como adverte a doutrina, nessa hipótese de flagrante, o suposto autor 
do delito não passa de um protagonista inconsciente de uma comédia, cooperando para 
a ardilosa averiguação da autoria de crimes anteriores, ou da simulação da exterioridade 
de um crime. 
d) Teremos a figura do flagrante provocado quando, valendo-se de investigação anterior, 
sem a utilização de um agente provocador, a autoridade policial ou terceiro limita-se a 
aguardar o momento do cometimento do delito para efetuar a prisão em flagrante, 
respondendo o agente pelo crime praticado na modalidade consumada, ou, a depender 
do caso, tentada. 
 
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19. No que toca à prisão em flagrante, é correto afirmar que: 
 
a) Pode ser analiticamente dividida nas seguintes fases (todas imprescindíveis): captura, 
condução coercitiva e auto de prisão em flagrante 
b) A prisão em flagrante de indivíduo que praticou um crime de ação penal pública 
condicionada ou ação penal privada é plenamente possível desde que haja a prévia 
manifestação da vítima. 
c) A prisão em flagrante de indivíduo que praticou um crime de ação penal pública 
condicionada ou ação penal privada é plenamente possível ainda que não haja a prévia 
manifestação da vítima. Em qualquer caso, porém, pode a Autoridade Policial, 
discricionariamente, optar por lavrar um auto de prisão em flagrante ou um boletim de 
ocorrência. 
d) Apresentando-se espontaneamente o preso à autoridade competente, ouvirá esta o 
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo 
de entrega do preso. 
e) Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará 
recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá 
nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os 
autos à autoridade que o seja. 
 
20. O policial civil “Tício”, visando à prisão de “Mévio”, conhecido traficante da Capital, se 
passou por consumidor e dele comprou 10 papelotes de cocaína, provocando a negociação 
(venda da droga). 
 
Quando o traficante retirou a droga e a entregou para o policial, outros dois policiais civis, 
“Caio” e “Linus”, efetuaram a prisão de “Mévio” em flagrante delito. 
 
Nesse caso, é correto afirmar que: 
 
a) a prisão em flagrante do traficante é ilegal, pois a negociação (venda) configura delito 
putativo por obra do agente provocador, configurando, portanto, crime impossível. 
b) a prisão em flagrante do traficante é lícita e não se dá pela compra e venda simulada, mas 
sim pelo fato de o traficante, espontaneamente, trazer consigo droga, que é uma 
modalidade permanente do crime em questão. 
c) a prisão em flagrante do traficante é lícita, mas o policial civil “Tício” deverá também 
responder por crime de tóxico, pois adquiriu ilicitamente substância entorpecente. 
d) a prisão em flagrante do traficante é ilícita, pois os agentes induziram a prática criminosa, 
devendo os policiais civis “Tício”, “Caio” e “Linus” responder por crime de abuso de 
autoridade. 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
GABARITO 
1. ERRADO 
2. CERTO 
3. ERRADO 
4. ERRADO 
5. ERRADO 
6. CERTO 
7. ERRADO 
8. ERRADO 
9. ERRADO 
10. CERTO 
11. E 
12. D 
13. D 
14. E 
15. D 
16. C 
17. D 
18. A 
19. E 
20. B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. No flagrante preparado, forjado ou esperado, a polícia, tomando ciência de que 
determinada infração ocorrerá em certo dia, hora e local, antecipa-se ao criminoso e, 
aguardando em atuação passiva a iniciativa delituosa, realiza a prisão quando deflagrados 
os atos executórios, razão pela qual o STF entende ser hipótese de crime impossível. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDANo flagrante preparado, forjado ou esperado, a polícia, tomando ciência de que 
determinada infração ocorrerá em certo dia, hora e local, antecipa-se ao criminoso 
e, aguardando em atuação passiva a iniciativa delituosa, realiza a prisão quando 
deflagrados os atos executórios, razão pela qual o STF entende ser hipótese de crime 
impossível. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
essa questão fez um mix de conceitos. Vamos trabalhar um a um e, assim, a 
coisa toda fica mais fácil. É como costumo dizer: vamos colocar cada coisa na sua 
devida gaveta. 
E, para tanto, valemo-nos dos ensinamentos de Rogério Sanches (CUNHA, 
Rogério Sanches. Código de Processo Penal e lei de Execução Penal 
comentados por artigos / Rogério Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinto. 4. ed. 
rev. e atual. Salvador: JusPodivm, 2020.). 
Na página 302 e seguintes da referida obra consta o seguinte: 
Flagrante preparado – também chamado de flagrante provocado, ocorre 
quando alguém, de maneira maliciosa, induz (provoca) o agente à prática de um 
crime e, ao mesmo tempo, impede que ele possa se consumar. Exemplo clássico é o 
da patroa que, desconfiada da empregada, deixa dinheiro ostensivamente à mostra 
enquanto vigia por detrás da porta. No momento em que a empregada toma o 
dinheiro ela a surpreende, tornando impossível a consumação do delito em vista da 
cilada que montou. Vê-se que o agente é colocado em uma situação para cometer o 
delito (também chamado de crime de ensaio), que, porém, não se concretiza em 
virtude da precaução que sobre ele é tomada, que pode ser exercida pela ofendida, 
como em nosso exemplo, ou mesmo por agentes policiais ou terceiros. Segundo a 
Súmula 145 do STF, não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação. É uma modalidade de crime impossível, na qual, 
embora existindo o elemento subjetivo (a empregada quis furtar o dinheiro), o 
elemento objetivo desaparece na medida em que são tomadas cautelas que impedem 
a consumação do delito. 
Questão discutida constantemente é aquela na qual um policial, passando-se 
por viciado, adquire drogas de um traficante para, em seguida, dar-lhe voz de prisão. 
Parte da jurisprudência entende se tratar de verdadeiro flagrante preparado, já que 
foi a iniciativa do policial que induziu, provocou, incentivou a ação do agente. A 
maioria, porém, com apoio inclusive do STF, entende que o flagrante é válido, pois o 
crime se consumara anteriormente, quando o traficante trazia consigo a droga que 
foi, posteriormente, entregue ao policial disfarçado. Ou seja, o autuado já trazia 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
consigo a droga, para entrega a terceiros, consumando aí o delito, sendo irrelevante 
a ação policial. Daí a possibilidade de sua prisão em flagrante. 
Flagrante forjado – também denominado flagrante fabricado, é obviamente 
ilegal, consistente na ação de policiais (ou mesmo de terceiros), que criam provas 
contra o suposto delinquente, como, por exemplo, fazendo inserir em seu bolso 
substância entorpecente. Além de ilegal e arbitrário, sujeita os agentes à prática de 
abuso de autoridade ou de denunciação caluniosa. 
Flagrante esperado – ocorre quando a polícia, quase sempre por meio de uma 
denúncia anônima, arma uma estratégia para culminar com a prisão do criminoso. 
Aqui a autoridade não induz o agente, mas, simplesmente, aguarda o desenrolar dos 
fatos, deixando-o agir livremente, até o momento oportuno em que efetua a prisão. 
Imagine-se o exemplo no qual policiais vigiam, de longe, o entra e sai constante de 
pessoas de uma casa, sob suspeita de aquisição de drogas. Em dado instante, 
parecendo conveniente, os policiais ingressam na residência e, confirmando as 
suspeitas, prendem o traficante com grande quantidade de entorpecente. Nessa 
hipótese, o flagrante é plenamente válido, conforme entendimento unânime da 
doutrina e jurisprudência. 
Você percebeu que o flagrante preparado é diferente de flagrante forjado e de 
flagrante esperado? São três coisas diferentes! Então, para o bom andamento dessa 
aula, eu sugiro que você leia e releia com muita atenção aos conceitos. Assim, no 
momento da sua prova, você não errará nenhuma questão! 
Memorize: 
Flagrante esperado – válido! 
Flagrante forjado – obviamente é uma prática não aceita! E ainda dizemos 
mais: A nova lei de abuso de autoridade trouxe interessante dispositivo, vejamos: 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou 
de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de 
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a 
responsabilidade: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Flagrante provocado – é um crime impossível, segundo o STF. 
STJ: 
No flagrante esperado, a polícia tem notícias de que uma infração penal será 
cometida e passa a monitorar a atividade do agente de forma a aguardar o melhor 
momento para executar a prisão, não havendo que se falar em ilegalidade do 
flagrante. RHC 103456/PR, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
06/11/2018, DJe 14/11/2018 AgRg no HC 438565/SP, Rel. Ministro REYNALDO 
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe 29/06/2018 
AgRg no AREsp 377808/MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, 
julgado em 12/09/2017, DJe 22/09/2017 
1. Não se constata a alegada ilegalidade do flagrante, cumprindo registrar 
que, no flagrante preparado, a polícia provoca o agente a praticar o delito e, ao 
mesmo tempo, impede a sua consumação, cuidando-se, assim, de crime 
impossível; ao passo que no flagrante forjado a conduta do agente é criada pela 
polícia, tratando-se de fato atípico. Hipótese totalmente diversa é a do flagrante 
esperado, em que a polícia tem notícias de que uma infração penal será cometida 
e aguarda o momento de sua consumação para executar a prisão. (HC 
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307.775/GO, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 03/03/2015, 
DJe 11/03/2015). 
Já é firme, nesta Corte, o entendimento segundo o qual não há falar em 
flagrante preparado, mas esperado, se a vítima ou a polícia não induz o agente à 
prática do delito, limitando-se a surpreender o agente quando o crime já está 
consumado. HC 29779 / SP HABEAS CORPUS 2003/0141842-4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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2. Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que constitui, em 
tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente responsabilizado o agente que forjou 
o flagrante. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
GABARITO CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que 
constitui, em tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente 
responsabilizado o agente que forjou o flagrante. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
A afirmativa trazida está perfeita! O flagrante forjado é, na verdade, uma 
prática criminosa por parte do policial (ou terceiro) que cria um flagrante contra 
alguém. Vejamos o exemplo: uma equipe de policiais, em uma blitz, para um veículo 
e pede para o motorista se identificar, descer do veículo e abrir o porta-malas. Nesse 
momento, um dos policiais, identifica o motorista como seu antigo desafeto. No 
momento em que o motorista abre o porta-malas, o tal policial “joga” alguns 
saquinhos de cocaína no porta-luvas do veículo. Depois, ao verificar o interior do 
veículo, encontra a tal droga e prende o indivíduo em flagrante. 
Ora, é evidente a ilegalidade da conduta do policial. Esse é o flagrante forjado! 
Na verdade, nunca houve situação de flagrante delito algum! 
Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução 
penal / Guilherme deSouza Nucci. 13. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: 
Forense, 2016): Trata-se de um flagrante totalmente artificial, pois integralmente 
composto por terceiros. É fato atípico, tendo em vista que a pessoa presa jamais 
pensou ou agiu para compor qualquer trecho da infração penal. Imagine-se a 
hipótese de alguém colocar no veículo de outrem certa porção de entorpecente, para, 
abordando-o depois, conseguir dar voz de prisão em flagrante por transportar ou 
trazer consigo a droga. A mantença do entorpecente no automóvel decorreu de ato 
involuntário do motorista, motivo pelo qual não pode ser considerada conduta 
penalmente relevante. 
Pacelli (Curso de processo penal / Eugênio Pacelli. – 21. ed. rev., atual. e ampl. 
– São Paulo: Atlas, 2017): A primeira é a do flagrante forjado, em que não existe 
qualquer situação de flagrante nem a prática de qualquer infração, ao menos no 
momento em que se pretende vê-lo realizado. Ocorre, em regra, diante de suposta 
criminalidade habitual, quando os agentes policiais plantam, isto é, forjam, a prova 
de um crime atual para incriminar determinada pessoa. Evidentemente, a única 
consequência jurídica que se pode extrair de semelhante manobra é a punição de 
seus idealizadores e executores, por manifesta violação do direito. 
Segundo a Nova Lei de Abuso de Autoridade: 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de 
processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de 
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a 
responsabilidade: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
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MUDE SUA VIDA! 
13 
 
3. Em meados de julho do corrente ano, X, Y e Z associaram-se, com vontade associativa 
permanente, a fim de praticarem tráfico ilícito de substância entorpecente. No dia 13 de 
agosto, por volta das 13 h, agentes de polícia federal, passando-se por compradores, 
adentraram na residência de Z e, em cumprimento a mandado de busca, efetuaram a prisão 
em flagrante de X, Y e Z, que detinham em depósito, para negócio, doze quilos de cocaína. 
Com referência à situação hipotética apresentada e a considerações penais correlatas, julgue 
o item que se segue. 
 
Na situação em apreço, o flagrante deveria ser considerado nulo, por ter sido preparado ou 
provocado pelos agentes policiais e por não ter ocorrido nenhum ato de traficância. 
 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Em meados de julho do corrente ano, X, Y e Z associaram-se, com vontade 
associativa permanente, a fim de praticarem tráfico ilícito de substância 
entorpecente. No dia 13 de agosto, por volta das 13 h, agentes de polícia federal, 
passando-se por compradores, adentraram na residência de Z e, em cumprimento 
a mandado de busca, efetuaram a prisão em flagrante de X, Y e Z, que detinham em 
depósito, para negócio, doze quilos de cocaína. 
Com referência à situação hipotética apresentada e a considerações penais 
correlatas, julgue o item que se segue. 
Na situação em apreço, o flagrante deveria ser considerado nulo, por ter sido 
preparado ou provocado pelos agentes policiais e por não ter ocorrido nenhum ato 
de traficância. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 Convém perceber que não se trata de flagrante preparado ou provocado. Os 
agentes de polícia em nada induziram ou provocaram a ação criminosa de tais 
indivíduos. 
Ademais, é errado dizer que “não ter ocorrido nenhum ato de traficância”, vez 
que o crime de tráfico de drogas do Art. 33 da lei 11.343/06 tem vários núcleos 
verbais da conduta típica que apontam para a prática de crimes permanentes, e.g., 
ter em depósito e guardar. 
Destaca-se mais um detalhe: o crime do Art. 35 da citada lei é o de associação 
para o tráfico. Enquanto houver a associação, marcada pela estabilidade e 
permanência, há o crime, logo, há o flagrante, ainda que nenhum tráfico seja 
realizado. 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 
34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) 
a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. 
STJ: 
O tipo penal descrito no art. 33 da Lei n. 11.343/2006 é de ação múltipla e de 
natureza permanente, razão pela qual a prática criminosa se consuma, por exemplo, 
a depender do caso concreto, nas condutas de "ter em depósito", "guardar", 
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MUDE SUA VIDA! 
14 
 
"transportar" e "trazer consigo", antes mesmo da atuação provocadora da polícia, o 
que afasta a tese defensiva de flagrante preparado. AgRg no AREsp 1353197/SP, 
Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 
19/12/2018 REsp 1556355/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, 
julgado em 02/10/2018, DJe 16/10/2018 
Memorize este recentíssimo julgado: 
1. No flagrante preparado, a polícia provoca o agente a praticar o delito e, ao 
mesmo tempo, impede a sua consumação, cuidando-se, assim, de crime impossível, 
ao passo que no flagrante forjado a conduta do agente é criada pela polícia, tratando-
se de fato atípico. 
2. No caso dos autos, embora os policiais tenham simulado a compra dos 
entorpecentes e a transação não ter se concluído em razão da prisão em flagrante 
dos acusados, o certo é que, antes mesmo do referido fato, o crime de tráfico 
já havia se consumado em razão de os sentenciados, tanto o corréu quanto 
o agravante, terem guardado em depósito e trazido consigo as drogas 
apreendidas, condutas que, a toda evidência não foram instigadas ou 
induzidas pelos agentes, o que afasta a mácula suscitada na impetração. 
Precedentes do STJ e do STF. (grifo nosso). AgRg no AREsp 1579303 / SP AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2019/0271016-2 06/02/2020 T5 
- QUINTA TURMA Ministro JORGE MUSSI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. A queixa-crime é imprescindível à prisão em flagrante no caso de crimes sujeitos à ação 
penal privada. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A queixa-crime é imprescindível à prisão em flagrante no caso de crimes 
sujeitos à ação penal privada. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
O que é algo imprescindível? É algo necessário, é algo que deve existir. A 
questão trouxe uma mistura de conceitos. Vamos separá-los: 
Renato Brasileiro (Lima, Renato Brasileiro de Manual de processo penal: volume 
único / Renato Brasileiro de Lima - 7. ed. rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. 
JusPodivm, 2019): No silêncio da lei, a ação penal é pública incondicionada. Há, 
porém, situações em que o Estado, titular exclusivo do direito de punir, transfere a 
legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou ao seu representante legal, 
a eles concedendo o jus persequendi in judicio. E o que ocorre na ação penal de 
iniciativa privada, verdadeira hipótese de legitimação extraordinária (ou substituição 
processual), já que o ofendido age, em nome próprio, na defesa de um interesse 
alheio, pois o Estado continua sendo o titular da pretensão punitiva. Na ação penal 
de iniciativa privada, o autor da demanda é denominado de querelante, ao passo que 
o acusado é chamado de querelado, sendo a peça acusatória chamada de 
queixa-crime. (grifo nosso). 
Percebe-se que a queixa-crime é uma peça inicial acusatória imprescindível ao 
início de uma ação penal privada e nada tem a ver com o momento da prisão em 
flagrante. O que é absolutamente necessário é o requerimento da vítima para que, 
após conduzido à Autoridade Policial, esta possa lavrar o Auto de Prisão em Flagrante. 
CPP, Art. 5°, §5° Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente 
poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Dentre as causas mais comuns que ensejam 
o relaxamento da prisão, podemos citar, a título de exemplo: (...) 7) ausência de 
requerimento da vítima em se tratando de prisão em flagrante por crime de ação 
penal privada. 
Nucci (obra já citada): Indispensabilidade do requerimento: quando se tratar 
de crime de ação privada, cuja iniciativa é do particular, não há representação, uma 
vez que o Ministério Público não é legitimado a agir. Assim, para que o inquérito seja 
instaurado, deve haver requerimento expresso do ofendido, que demonstra, então, 
o seu objetivo de, futuramente, ingressar com a ação penal. 
 
 
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5. Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, suspeito de 
tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento da obtenção de grande 
quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, 
antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter maiores informações sobre o propósito 
de Carlos quanto à destinação da droga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias 
e lograram a apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território nacional. A ação 
da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de outros componentes da quadrilha 
por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou evidenciada a hipótese de flagrante provocado, 
inadmissível na legislação brasileira. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, 
suspeito de tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento da 
obtenção de grande quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a guarda e 
o depósito do entorpecente, antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter 
maiores informações sobre o propósito de Carlos quanto à destinação da droga, 
mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e lograram a apreensão da droga, 
em pleno transporte, ainda em território nacional. A ação da polícia resultou na prisão 
em flagrante de Carlos e de outros componentes da quadrilha por tráfico de drogas. 
Nessa situação, ficou evidenciada a hipótese de flagrante provocado, inadmissível na 
legislação brasileira 
SOLUÇÃO COMPLETA 
A ação policial apontada na questão foi uma ação controlada ou flagrante 
prorrogado plenamente admitido no ordenamento jurídico pátrio. 
Acerca do flagrante preparado ou provocado, remetemos o aluno aos 
comentários anteriores. 
Vamos conversar agora sobre o flagrante prorrogado (também chamado de 
ação controlada). 
Renato Brasileiro (obra já citada): A depender do caso concreto, é 
estrategicamente mais produtivo, sob o ponto de vista da colheita de provas, evitar 
a prisão prematura de integrantes menos graduados de determinada organização 
criminosa, pelo menos num primeiro momento, de modo a permitir o monitoramento 
de suas ações e subsequente identificação e prisão dos demais membros, 
notadamente daqueles que exercem o comando da societas criminis. Exsurge daí a 
importância da chamada ação controlada, que consiste no retardamento da 
intervenção do aparato estatal, que deve ocorrer num momento mais oportuno sob 
o ponto de vista da investigação criminal. 
Cuida-se de importante técnica especial de investigação, prevista 
expressamente na Lei de Drogas (Lei n° 11.343/06, Art. 53, II), na Lei de Lavagem 
de Capitais (Lei n° 9.613/98, Art. 4º- B, com redação dada pela Lei n° 12.683/12) e 
na nova Lei das Organizações Criminosas (Lei n° 12.850/13, Art. 8º). 
De acordo com o Art. 53, inciso II, da Lei de Drogas, em qualquer fase da 
persecução criminal relativa aos crimes ali previstos, é permitida, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, a não atuação policial sobre os 
portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em 
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17 
 
sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de 
identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e 
distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. Nesse caso, a autorização judicial 
fica condicionada ao conhecimento do itinerário provável e da identificação dos 
agentes do delito ou de colaboradores. 
(...) a ação controlada funciona como uma autorização legal para que a prisão 
em flagrante seja retardada ou protelada para outro momento, que não aquele em 
que o agente está em uma situação de flagrância (CPP, Art. 302). Daí por que é 
chamada de flagrante prorrogado, retardado, protelado ou diferido. Apresenta-se, 
pois, como uma mitigação ao flagrante obrigatório, que determina que as autoridades 
policiais e seus agentes têm o dever de efetuar a prisão em flagrante sempre que se 
deparam com alguém em situação de flagrância (CP, Art. 301). A título de exemplo, 
supondo-se uma situação de flagrância envolvendo a prática de roubo por 
organização criminosa especializada na subtração de cargas, a despeito da obrigação 
de efetuar a prisão em flagrante por parte da autoridade policial - flagrante 
obrigatório (CPP, Art. 301, 2a parte) -, esta poderá deixar de fazê-lo, a fim de que 
seja capaz de identificar os demais integrantes do grupo, assim como o local em que 
a res furtiva é guardada. 
Pelo menos enquanto houver sequência de acompanhamento da situação de 
flagrante próprio, impróprio ou presumido, nos termos dos incisos do Art. 302 do 
Código de Processo Penal, será possível a execução da prisão dentro dos critérios da 
prisão em flagrante. Exemplificando, se as autoridades policiais perseguirem 
determinado integrante de uma organização criminosa logo após a prática do crime, 
sem solução de continuidade, e sem que o criminoso perceba a perseguição policial, 
nada impede ulterior prisão em flagrante, haja vista a presença de flagrante 
impróprio (CPP, Art. 302, III). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Segundo o CPP, apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e 
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do 
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao 
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas 
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Simples leitura do Art. 304, caput, CPP. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 Acerca do tema, faço uso das palavras do mestre Nucci (obra já citada): 
Formalidade do auto de prisão em flagrante: sendo a prisão em flagrante uma 
exceção à regra da necessidade de existência de ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária, é preciso respeitar, fielmente, os requisitos formais para a 
lavratura do auto, que substitui o mandado de prisão expedido pelo juiz. Assim, a 
ordem de inquirição deve ser exatamente a exposta no artigo: condutor, em primeiro 
lugar, testemunhas, em seguida, e, por último, o indiciado. A inversão dessa ordem 
deve acarretar o relaxamento da prisão, apurando-se a responsabilidade funcional 
da autoridade. Na jurisprudência: TJPR: Falta de assinatura de perito no laudo de 
constatação provisória de substância entorpecente. Omissão que, aliada à falta de 
outras provas, invalida o ato que comprova a materialidade. Falta de assinatura do 
condutor, de testemunhas e do escrivão. Nulidade que atinge o auto de prisão em 
flagrante e impõe o relaxamento (RSE 0609957-2 – PR, 3.ª C.C., rel. Leonardo 
Lustosa, 17.12.2009). 
Modificação introduzida pela Lei 11.113/2005: a nova redação do caput do Art. 
304 teve uma finalidade prática: liberar o condutor (como regra, trata-se de um 
policial), para cuidar de seus afazeres,assim que terminar de prestar o seu 
depoimento. Antes, era preciso aguardar o término do auto de prisão em flagrante 
(que pode levar muitas horas) para a dispensa do condutor; atualmente, terminadas 
suas declarações, assinado o termo e com o recibo de entrega do preso em mãos, o 
condutor pode ir embora. O mesmo ocorrerá no tocante às testemunhas. Cada uma, 
assim que for ouvida, assina o termo e é dispensada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Segundo o CPP, na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela 
autoridade lavrará o auto, independentemente de ter prestado o compromisso legal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Segundo o CPP, na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa 
designada pela autoridade lavrará o auto, independentemente de ter prestado o 
compromisso legal. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Nucci (obra já citada): 
Escrivão: é o funcionário do Estado encarregado de lavrar o auto, presidido pela 
autoridade. Na sua falta, será substituído por pessoa capaz, devidamente nomeada 
pela própria autoridade, prestando o compromisso legal de bem desempenhar a sua 
função. 
Renato Brasileiro (obra já citada): 
Em regra, o auto de prisão em flagrante deve ser lavrado pelo escrivão, na 
presença do Delegado de Polícia. Na falta ou impedimento do escrivão, permite a lei 
que a autoridade designe qualquer pessoa para tal função, desde que preste o 
compromisso legal anteriormente (CPP, Art. 305, caput). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Em face da característica da discricionariedade presente no inquérito policial, é correto 
dizer que cabe ao Delegado de Polícia escolher, segundo sua conveniência e oportunidade, 
quem (condutor, testemunha e conduzido) vai ouvir e em qual ordem.Erro! Fonte de 
referência não encontrada. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Em face da característica da discricionariedade presente no inquérito policial, é 
correto dizer que cabe ao Delegado de Polícia escolher, segundo sua conveniência e 
oportunidade, quem (condutor, testemunha e conduzido) vai ouvir e em qual ordem. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
A questão traz duas afirmativas estabelecendo entre elas uma relação de causa 
e efeito. Perceba a construção lógica das suas questões e a solução fica mais simples. 
Primeira afirmativa: o inquérito tem a característica da discricionariedade. 
Segunda afirmativa: o Delegado pode escolher quem ouvir e em qual ordem. 
A primeira afirmativa está certa. Uma das características do inquérito policial é 
a discricionariedade, ou seja, pode, sim, o Delegado, segundo sua conveniência e 
oportunidade, escolher qual ou quais diligências realizar a depender do contexto 
fático apresentado. Não se trata de arbitrariedade! Os limites constitucionais e legais 
são respeitados. O contrário de ato discricionário é ato vinculado. Grave assim: no 
ato discricionário, o administrador anda em uma trilha; no ato vinculado, num trilho. 
A trilha tem limites constitucionais e legais. Dentro desses limites, pode o 
administrador agir, sempre tendo como finalidade o interesse público. No ato 
vinculado, a Constituição e leis já impõem um agir. É um trilho. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Ao contrário da fase judicial, em que há um 
rigor procedimental a ser observado, a fase preliminar de investigações é conduzida 
de maneira discricionária pela autoridade policial, que deve determinar o rumo das 
diligências de acordo com as peculiaridades do caso concreto. Os arts. 6° e 7° do 
CPP contemplam um rol exemplificativo de diligências que podem ser determinadas 
pela autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática da infração penal: 
conservação do local do fato delituoso, até a chegada dos peritos criminais; 
apreensão dos instrumentos e objetos que tiverem relação com o fato; colheita de 
todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
oitiva do ofendido; oitiva do indiciado; reconhecimento de pessoas e coisas e a 
acareações; exame de corpo de delito e quaisquer outras perícias; identificação do 
indiciado; averiguação da vida pregressa do indiciado; e reconstituição do fato 
delituoso. Conquanto tais dispositivos enumerem várias diligências que podem ser 
determinadas pela autoridade policial, daí não se pode concluir que o Delegado de 
Polícia esteja obrigado a seguir uma marcha procedimental preestabelecida. Tem-se, 
nos arts. 6° e 7° do CPP, apenas uma sugestão das principais medidas a serem 
adotadas pela autoridade policial, o que não impede que outras diligências também 
sejam realizadas. Discricionariedade implica liberdade de atuação nos limites 
traçados pela lei. Se a autoridade policial ultrapassa esses limites, sua atuação passa 
a ser arbitrária, ou seja, contrária à lei. Logo, não se permite à autoridade policial a 
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adoção de diligências investigatórias contrárias à Constituição Federal e à legislação 
infraconstitucional. 
Quais são as demais características do inquérito? Em apertada síntese, temos: 
1) escrito 
2) dispensável 
3) sigiloso 
4) inquisitorial 
5) oficial 
6) oficioso 
7) indisponível 
8) temporário 
A segunda afirmativa está errada. Ela se apresenta como um efeito da primeira 
afirmativa (que se apresenta como causa). 
Enfim, não pode o Delegado escolher livremente quem ouvir e quando ouvir. A 
lei traz uma ordem, que deve ser observada! 
Renato Brasileiro (obra já citada): Após a oitiva do condutor e das testemunhas, 
deve a autoridade competente proceder à realização do interrogatório do preso. 
Conquanto o Código de Processo Penal se refira em seu Art. 304, caput, ao 
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, tecnicamente ainda não 
há falar em acusado, haja vista não existir peça acusatória imputando-lhe a prática 
de fato delituoso. 
Nucci (obra já citada): Preceitua o Art. 304 do Código de Processo Penal que, 
apresentado o preso à autoridade competente (como regra, é a autoridade policial) 
ouvirá esta o condutor e as testemunhas que o acompanharem, bem como 
interrogará o indiciado a respeito da imputação, lavrando-se auto por todos assinado. 
Há possibilidade legal de ser o auto lavrado pela autoridade judiciária ou mesmo por 
um parlamentar, como demonstra a Súmula 397 do Supremo Tribunal Federal (O 
poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime 
cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em 
flagrante do acusado e a realização do inquérito). A Lei 11.113/2005 introduziu uma 
modificação na redação do caput e do § 3.º do Art. 304 do CPP, permitindo que o 
condutor, após ser ouvido e ter assinado o auto, recebendo cópia do recibo de 
entrega do preso, possa deixar o local. Na sequência, serão ouvidas as testemunhas 
e o indiciado, dispensando-se cada um que já tiver prestado seu depoimento. O 
objetivo da lei é prático: voltou-se à liberação dos policiais que tiverem dado voz de 
prisão ao autor do crime (o que é comum), na medida em que finalizarem suas 
declarações. Antes, os policiais e outras testemunhas precisavam assinar o auto de 
prisão em flagrante somente ao final da sua lavratura, que pode levar muitas horas; 
atualmente, conforme forem ouvidos, podem deixar o recinto, não necessitando 
aguardar o término de todas as inquirições para seguir nos seus afazeres. 
 
 
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9. A apresentação espontânea do sujeito ativo do crime não impede a prisão em flagrante 
vez que não há tal expressa previsão legal. Ademais, não cabe à Autoridade Policial se 
imiscuir na existência de excludentesde ilicitude. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A apresentação espontânea do sujeito ativo do crime não impede a prisão em 
flagrante vez que não há tal expressa previsão legal. Ademais, não cabe à Autoridade 
Policial se imiscuir na existência de excludentes de ilicitude. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Mais uma vez há duas afirmativas. Trata-se de uma clássica questão capciosa 
da CESPE. Inicia com uma afirmação errada e termina com uma correta. Daí você é 
“levado” ao erro pelo seu cérebro, que fica com a parte final. Cuidado! 
O que tem a ver a apresentação espontânea e a prisão em flagrante? 
Convém perceber o texto do Art. 304, CPP: 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o 
condutor e colherá (...). (grifo nosso). 
Notou que o preso foi apresentado à autoridade? Em uma leitura a contrario 
sensu, conclui-se que se o sujeito se apresenta não há a prisão em flagrante. 
Ademais, qual a finalidade da prisão em flagrante? Cessar a conduta criminosa, 
condução do preso à autoridade, lavratura do auto de prisão em flagrante e, por fim, 
encarceramento. 
Mas se o sujeito se apresenta, por qual razão deve-se prendê-lo? Vamos 
imaginar que João mate Carlos a tiros. Após o crime, João vai à delegacia, narra o 
acontecido, entrega a arma do crime e ainda aponta as testemunhas. Ora, é evidente 
que João está colaborando com a Justiça. O Delegado instauraria um inquérito policial 
sem, no entanto, prender João em flagrante delito em face de sua apresentação 
espontânea. 
O entendimento que vigora é que, nessa situação, não há razão para que João 
fique preso em flagrante. Agora vem a questão: isso não impede que o Delegado 
represente por uma prisão preventiva ou temporária do sujeito. 
Lembre-se de que as razões da prisão em flagrante são diferentes das suas 
“irmãs”, prisão temporária e prisão preventiva. Digo “irmãs”, uma vez que todas as 
três prisões são cautelares. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Com o advento da Lei n° 12.403/11, 
percebe-se que o Capítulo IV, que tratava da apresentação espontânea do acusado, 
doravante passará a dispor sobre a prisão domiciliar, objeto de nosso estudo mais 
abaixo. Não obstante tal modificação, queremos crer que a apresentação espontânea 
continua figurando como causa impeditiva da prisão em flagrante. Afinal, não tem 
cabimento prender em flagrante o agente que se entrega à polícia, que não o 
perseguia, e confessa o crime. De mais a mais, quando o agente se apresenta 
espontaneamente, não haverá flagrante próprio, impróprio, nem tampouco 
presumido (CPP, Art. 302,I, II, III e IV), desautorizando sua prisão em flagrante. 
Obviamente, caso o juiz entenda que estão presentes os pressupostos dos Art. 312 
e 313 do CPP, nada impede a decretação da prisão preventiva pela autoridade 
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judiciária competente, caso se revelem inadequadas ou insuficientes as medidas 
cautelares diversas da prisão previstas no Art. 319 do CPP. 
A segunda afirmativa da questão é não cabe à Autoridade Policial se imiscuir 
na existência de excludentes de ilicitude. 
Realmente, quando do relatório final do inquérito, não cabe ao Delegado se 
imiscuir por excludentes de ilicitude ou dirimentes de culpabilidade. Você sabe que o 
crime, segundo a teoria majoritária, tem 3 substratos: fato típico, ilicitude e 
culpabilidade. O Delegado de Polícia trabalha no fato típico. Simples assim. 
Nucci (obra já citada): Natureza jurídica da prisão em flagrante: é medida 
cautelar de segregação provisória, com caráter administrativo, do autor da infração 
penal. Assim, exige apenas a aparência da tipicidade, não se exigindo 
nenhuma valoração sobre a ilicitude e a culpabilidade, outros requisitos para a 
configuração do crime. É o fumus boni juris (fumaça do bom direito). (grifo nosso). 
 
 
 
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10. A prisão em flagrante é legal ainda que se trate de crime sujeito à ação penal pública 
condicionada. É teratológica a conclusão que aponta em sentido contrário. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 A prisão em flagrante é legal ainda que se trate de crime sujeito à ação penal 
pública condicionada. É teratológica a conclusão que aponta em sentido contrário. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno aos comentários anteriores lá da questão 4. 
Vamos lá: você tem que entender bem as fases da prisão em flagrante. 
1ª fase – é a captura do indivíduo. A polícia, ou qualquer do povo, faz cessar o 
cometimento do crime. 
2ª fase – é a condução coercitiva do indivíduo à Autoridade Policial. 
3ª fase – é a lavratura do auto de prisão em flagrante. 
4ª fase – é o recolhimento à prisão. 
Convém entender que, não necessariamente, haverá todas as fases. 
Vamos imaginar que uma criança de 10 anos esteja dando facadas em seu 
desafeto para matá-lo. A polícia chega no exato momento e faz o quê? Ora, 
obviamente, faz cessar o cometimento do crime (que, na verdade, é um ato 
infracional análogo ao crime de homicídio). Ninguém aqui imagina que a polícia vai 
olhar e não fazer nada! E depois? O ECA não permite a apreensão de uma criança. 
Não será lavrado auto de prisão (e nem de apreensão). Essa criança será levada ao 
conselho tutelar, que chamará seus pais ou responsáveis. Nenhuma medida 
socioeducativa será aplicada (permite-se a aplicação de medidas protetivas). 
Renato Brasileiro (obra já citada): Cuidando-se de criança, não é possível a 
privação de sua liberdade em razão da prática de ato infracional (Lei n° 8.069/90, 
Art. 101, § 1º, com redação dada pela Lei n° 12.010/2009). Logo, caso uma criança 
seja, por exemplo, surpreendida em situação de flagrância de conduta prevista como 
crime ou contravenção penal (Lei n° 8.069/90, Art. 103), deve ser apresentada ao 
Conselho Tutelar ou à Justiça da Infância e da Juventude, para fins de aplicação da 
medida de proteção que se reputar adequada, nos termos dos arts. 101, 105 e 136, 
inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Troque o exemplo acima por um diplomata. Imagine que um diplomata esteja, 
no shopping, batendo em uma vendedora. A polícia pode fazer cessar a prática do 
crime? Não só pode como deve! E depois? Ele será conduzido à Autoridade Policial 
Federal, que acionará o Ministério das Relações Exteriores. Esse diplomata NUNCA 
será conduzido ao cárcere. NUNCA! 
Renato Brasileiro (obra já citada): Vale ressaltar que essa imunidade não 
impede que as autoridades policiais investiguem o delito praticado, colhendo as 
informações necessárias referentes à autoria e materialidade do ilícito, que deverão 
ser encaminhadas às autoridades do país de origem do agente. Com efeito, o fato de 
o crime ser praticado por alguém que goze de imunidade diplomática não significa 
que nada possa ser feito. Supondo, assim, que um embaixador seja surpreendido 
desferindo tiros contra uma pessoa, sua captura poderá ser efetuada, de modo a se 
evitar a consumação do delito. Só que, uma vez obstada a prática do delito, o auto 
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de prisão em flagrante delito não poderá ser lavrado. A ocorrência, porém, será 
registrada para o efeito de se enviar provas ao seu país de origem. 
E ainda tem um caso mais simples: o indivíduo é preso pela PM, conduzido à 
Autoridade Policial, que, após lavrar o auto de prisão em flagrante, arbitra uma 
fiança. O sujeito paga a fiança e vai para casa. Simples assim. 
Quanto às fases da prisão em flagrante, veja a explicação de Renato Brasileiro 
(obra já citada): Inicialmente, a prisão em flagrante funciona como mero ato 
administrativo, dispensando-se autorização judicial. Exige apenas a aparência da 
tipicidade, não se exigindo nenhuma valoração sobre a ilicitude e a culpabilidade. Na 
sistemática do CPP, o flagrante sedivide em quatro momentos distintos: captura, 
condução coercitiva, lavratura do auto de prisão em flagrante e recolhimento à 
prisão. No primeiro momento, o agente encontrado em situação de flagrância (CPP, 
Art. 302) é capturado, de forma a evitar que continue a praticar o ato delituoso. A 
captura tem por função precípua resguardar a ordem pública, fazendo cessar a lesão 
que estava sendo cometida ao bem jurídico pelo impedimento da conduta ilícita. Após 
a captura, o agente será conduzido coercitivamente à presença da autoridade policial 
para que sejam adotadas as providências legais. De seu turno, a lavratura é a 
elaboração do auto de prisão em flagrante, no qual são documentados os elementos 
sensíveis existentes no momento da infração. Este ato tem como objetivo precípuo 
auxiliar na manutenção dos elementos de prova da infração que se acabou de 
cometer. Por fim, a detenção é a manutenção do agente no cárcere, que não será 
necessária nas hipóteses em que for cabível a concessão de fiança pela autoridade 
policial (...). 
O sujeito foi preso em flagrante por crime sujeito à ação penal pública 
condicionada à representação. O que fazer? O sujeito será capturado e conduzido à 
Autoridade Policial. Em seguida, a vítima representará ou não. Havendo 
representação (o que prescinde de maiores formalidades), o auto de prisão em 
flagrante será lavrado e, conforme o caso, o sujeito será encarcerado. Não havendo 
representação, cabe ao Delegado registrar a ocorrência. Só isso. 
Nucci (obra já citada): pode haver a prisão em flagrante, desde que haja, no 
ato de formalização do auto, se a vítima estiver presente, autorização desta. Não há 
cabimento, no entanto, em se realizar a medida constritiva, se o ofendido não conferir 
legitimidade à realização da prisão, até porque não será possível, em seguida, lavrar 
o auto. Mas, a solução, nesse caso, não deve ser rígida. Caso a vítima não esteja 
presente – ou seja incapaz de dar o seu consentimento – lavra-se a prisão e busca-
se colher a manifestação do ofendido para efeito de lavratura do auto de prisão em 
flagrante. Ensina Tales Castelo Branco que a solução oferecida por Basileu Garcia é 
a mais adequada, ou seja, realiza-se a prisão do autor do delito, tomando-se o 
cuidado de provocar a manifestação da vítima ou de seu representante legal, antes 
da lavratura do auto. Não havendo concordância, o preso será restituído à liberdade. 
 
 
 
 
 
 
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11. É(São) hipótese(s) de prisão em flagrante admitida(s) no ordenamento jurídico 
brasileiro: 
 
I. flagrante presumido. 
II. flagrante esperado. 
III. flagrante provocado. 
IV. flagrante próprio. 
V. flagrante forjado. 
 
Estão corretas as seguintes assertivas: 
 
a) Quatro alternativas estão corretas 
b) Todas as alternativas estão corretas 
c) Apenas uma alternativa está correta 
d) Duas alternativas estão corretas 
e) Três alternativas estão corretas 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
É(São) hipótese(s) de prisão em flagrante admitida(s) no ordenamento jurídico 
brasileiro: 
I. flagrante presumido. 
II. flagrante esperado. 
III. flagrante provocado. 
IV. flagrante próprio. 
V. flagrante forjado. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno aos comentários anteriores acerca do tema (flagrante 
esperado, provocado e forjado). 
Já vimos que o flagrante provocado e o forjado não são aceitos. Quanto aos 
demais, são plenamente admitidos. Lembremo-nos dos dispositivos legais: 
Flagrante presumido ou ficto – Art. 302, IV, CPP: Considera-se em flagrante 
delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis 
que façam presumir ser ele autor da infração. 
Flagrante próprio ou real – Art. 302, I e II, CPP: Art. 302. Considera-se em 
flagrante delito quem está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la. 
 
 
 
 
 
 
 
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12. Sobre a prisão em flagrante, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar 
a permanência. 
II. O flagrante esperado é considerado lícito pela jurisprudência amplamente majoritária dos 
Tribunais Superiores. 
III.A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante. Nesse caso, 
bastará a assinatura do condutor. 
 
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas 
b) Somente a afirmativa I está correta 
c) Erro! Fonte de referência não encontrada. 
d) Somente as afirmativas I e II estão corretas 
e) Somente as afirmativas II e III estão corretas 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Sobre a prisão em flagrante, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
II. O flagrante esperado é considerado lícito pela jurisprudência amplamente 
majoritária dos Tribunais Superiores. 
III.A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante. Nesse caso, bastará a assinatura do condutor. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Afirmativa I (correta): leitura simples do Art. 303, CPP, segundo o qual nas 
infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar 
a permanência. 
Mas o que é um crime permanente? 
Masson (MASSON, Cleber Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 / 
Cleber Masson. – 9. ed. Ver., atual. E ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: 
MÉTODO, 2015) nos responde quando trata das classificações dos crimes em relação 
ao momento consumativo: 
Crimes instantâneos ou de estado: são aqueles cuja consumação se verifica em 
um momento determinado, sem continuidade no tempo. É o caso do furto (CP, Art. 
155). 
Crimes permanentes: são aqueles cuja consumação se prolonga no tempo, por 
vontade do agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente, razão pela 
qual a prisão em flagrante é cabível a qualquer momento, enquanto perdurar a 
situação de ilicitude. Como decidido pelo Superior Tribunal de Justiça: Os tipos penais 
previstos nos arts. 12 e 16 da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) são 
crimes permanentes e, de acordo com o Art. 303 do CPP, o estado de flagrância 
nesse tipo de crime persiste enquanto não cessada a permanência. Os crimes 
permanentes se subdividem em: 
Necessariamente permanentes: para a consumação é imprescindível a 
manutenção da situação contrária ao Direito por tempo juridicamente relevante. É o 
caso do sequestro (CP, Art. 148). 
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Eventualmente permanentes: em regra são instantâneos, mas, no caso 
concreto, a situação de ilicitude pode ser prorrogada no tempo pela vontade do 
agente. Como exemplo pode ser indicado o furto de energia elétrica (CP, Art. 155, § 
3.º). 
Crimes instantâneos de efeitos permanentes: são aqueles cujos efeitos 
subsistem após a consumação, independentemente da vontade do agente, tal como 
ocorre na bigamia (CP, Art. 235) e no estelionato previdenciário (CP, Art. 171, caput), 
quando praticado por terceiro não beneficiário. 
Crimes a prazo: são aqueles cuja consumação exige a fluência de determinado 
período. É o caso da lesão corporal de natureza grave em decorrência da incapacidade 
para as ocupações habituais por mais de 30 dias (CP, Art. 129, § 1.º, I), e do 
sequestro em que a privação da liberdade dura mais de 15 dias (CP, Art. 148, § 1.º, 
III). 
Afirmativa II (correta): remetemos o aluno aos comentários anteriores 
acerca do tema. 
Afirmativa III (incorreta): leitura simples do Art. 304, §2°, a falta de 
testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse 
caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que 
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. (grifo nosso). 
Renato Brasileiro (obra já citada): Testemunha imprópria, instrumentária oufedatária: é aquela que depõe sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e 
não sobre o fato delituoso objeto do processo criminal. Exemplificando, dispõe o Art. 
304, §2°, do CPP, que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de 
prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos 
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 
 
 
 
 
 
 
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13. Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as modalidades 
de flagrante com os seus respectivos conceitos. 
( 1 ) Flagrante próprio 
( 2 ) Flagrante impróprio 
( 3 ) Flagrante ficto ou assimilado 
( 4 ) Flagrante esperado 
( 5 ) Flagrante preparado 
 
( ) Ocorre quando o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, 
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. 
( ) Ocorre quando a ação policial aguarda o momento da prática delituosa, valendo-se de 
investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização de agente provocador. 
( ) Ocorre quando o agente é perseguido, logo após cometer o delito, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
( ) Ocorre quando alguém provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo em que 
toma providências para que o mesmo não se consume. 
( ) Ocorre quando o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acaba 
de cometê-la. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 4 - 3 - 2 - 1 - 5 
b) 2 - 4 - 1 - 5 - 3 
c) 5 - 1 - 3 - 2 - 4 
d) 3 - 4 - 2 - 5 - 1 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
( 1 ) Flagrante próprio 
( 2 ) Flagrante impróprio 
( 3 ) Flagrante ficto ou assimilado 
( 4 ) Flagrante esperado 
( 5 ) Flagrante preparado 
 
(3 - Flagrante ficto ou assimilado) Ocorre quando o agente é preso, logo depois 
de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele o autor da infração. 
(4 - Flagrante esperado) Ocorre quando a ação policial aguarda o momento da 
prática delituosa, valendo-se de investigação anterior, para efetivar a prisão, sem 
utilização de agente provocador. 
(2 - Flagrante impróprio) Ocorre quando o agente é perseguido, logo após 
cometer o delito, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração. 
(5 - Flagrante preparado) Ocorre quando alguém provoca o agente à prática de 
um crime, ao mesmo tempo em que toma providências para que ele não possa se 
consumar. 
(1 - Flagrante próprio) Ocorre quando o agente é surpreendido cometendo uma 
infração penal ou quando acaba de cometê-la. 
 
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SOLUÇÃO COMPLETA 
 Remetemos o aluno à leitura dos comentários anteriores acerca do tema. 
Ademais: 
Flagrante próprio – CPP, Art. 302, I e II 
Outros nomes: perfeito, real ou verdadeiro. 
Flagrante impróprio – CPP, Art. 302, III 
Outros nomes: imperfeito, irreal ou quase flagrante. 
Flagrante presumido – CPP, Art. 302, IV 
Outros nomes: ficto ou assimilado 
Principal característica: instrumentos; o CPP não impõe um limite temporal. 
 
 
 
 
 
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14. Caso o agente, logo após a prática do crime, embora não tenha sido perseguido, seja 
encontrado portando instrumentos, armas e documentos que demonstrem, por presunção 
lógica, ser ele o autor, a autoridade policial efetuará a seguinte espécie de prisão em 
flagrante: 
 
a) Esperado 
b) Forjado 
c) Induzido 
d) Retardado ou diferido 
e) Presumido 
 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) Esperado 
b) Forjado 
c) Induzido 
d) Retardado ou diferido 
e) Presumido 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno à leitura dos comentários anteriores acerca do tema. 
Ademais, perceba que o sujeito não foi perseguido. Ele foi encontrado, logo 
após a prática do crime, portando instrumentos, armas e documentos que 
demonstrem, por presunção lógica, ser ele o autor. 
Logo, não se trata de flagrante forjado, esperado ou diferido (que é a ação 
controlada). 
Flagrante induzido? É o flagrante provocado. Também não é o caso da questão. 
“Sobrou” mesmo foi a letra E, flagrante presumido. 
Pela literalidade do Art. 302, IV, o sujeito é encontrado LOGO DEPOIS e não 
logo após (essa expressão foi utilizada no inciso III, que trata do flagrante impróprio). 
Vejamos o que Renato Brasileiro (obra já citada) fala acerca da matéria: 
Segundo parte da doutrina, a expressão logo depois constante do inciso IV não indica 
prazo certo, devendo ser compreendida com maior elasticidade que logo após (inciso 
III). Deve ser interpretada com temperamento, todavia, a fim de não se desvirtuar 
a própria prisão em flagrante. Com a devida vênia, pensamos que a expressão logo 
depois (CPP, Art. 302, IV) não é diferente de logo após (CPP, Art. 302, III), 
significando ambas uma relação de imediatidade entre o início da perseguição, no 
flagrante impróprio, e o encontro do acusado, no flagrante presumido. Na verdade, 
a única diferença é que, no Art. 302, III, há perseguição, enquanto que, no Art. 302, 
IV, o que ocorre é o encontro do agente com objetos que façam presumir ser ele o 
autor da infração. 
Por fim, mas não menos importante, vamos “criar” uma situação. 
Por hipótese, estamos a lidar com uma questão da CESPE com o seguinte 
enunciado: 
Nos termos do CPP, caso o agente, logo após a prática do crime, embora não 
tenha sido perseguido, seja encontrado portando instrumentos, armas e documentos 
que demonstrem, por presunção lógica, ser ele o autor, a autoridade policial efetuará 
a prisão em flagrante presumido. 
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Gabarito? Errado! Nos termos do CPP, o agente é encontrado logo depois. 
Outra hipótese: 
Segundo a doutrina, caso o agente, logo após a prática do crime, embora não 
tenha sido perseguido, seja encontrado portando instrumentos, armas e documentos 
que demonstrem, por presunção lógica, ser ele o autor, a autoridade policial efetuará 
a prisão em flagrante presumido. 
Gabarito? Correto! 
Minha dica: preste muita atenção ao enunciado da questão. E outra, não 
“brigue” com a questão. Às vezes, temos de marcar a menos errada. A questão 14 
nos trouxe 4 alternativas notadamente erradas. Marque a que sobrou e passe na sua 
prova! 
Observação: eu não inventei essa questão. Trata-se da prova da PC-ES, ano 
2013, banca FUNCAB, cargo: Perito em Telecomunicação. 
 
 
 
 
 
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15. Com relação à prisão em flagrante, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O flagrante impróprio é aquele em que o agente é preso quando está cometendo a 
infração penal ou logo após cometê-la. 
b) O flagrante esperado se diferencia do flagrante preparado, pois naquele está presente a 
figura do agente provocador, enquanto neste não encontramos tal figura. 
c) O flagrante forjado não é considerado ilegal. 
d) O flagrante protelado ou diferido é aquele em que a prisão em flagrante é retardada para 
um momento posterior ao cometimento do crime, mais adequado do ponto de vista da 
persecução penal. 
e) Tanto o flagrante esperado quanto o flagrante provocado são considerados ilegais pela 
doutrina amplamente majoritária, tendo em vista que configuram hipótese de crime 
impossível. 
 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) O flagrante impróprio é aquele em que o agente é preso quando está 
cometendo a infração penal ou logo após cometê-la. 
b) O flagrante esperado se diferencia do flagrante preparado, pois naquele está 
presente a figura do agente provocador, enquanto neste não encontramos tal figura. 
c) O flagrante forjado não é considerado ilegal. 
d) O flagrante protelado ou diferido é aquele em que a prisão em flagrante éretardada para um momento posterior ao cometimento do crime, mais adequado do 
ponto de vista da persecução penal. 
e) Tanto o flagrante esperado quanto o flagrante provocado são considerados 
ilegais pela doutrina amplamente majoritária, tendo em vista que configuram 
hipótese de crime impossível. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno à leitura dos comentários anteriores acerca do tema, 
principalmente quanto ao flagrante protelado, diferido ou ação controlada, presente 
na questão 5. 
Para sistematizar seu raciocínio, memorize assim: 
Flagrante: 
1 – esperado – válido. A polícia simplesmente aguarda/espera o cometimento 
de um crime. É uma “campana”, e não se provoca nada! STF, 2ª Turma, HC 
78.250/RJ, Rei. Min. Maurício Corrêa, DJ 26/02/1999 p. 3. E ainda: STF, 1§ Turma, 
HC 76.397/ RJ, Rei. Min. limar Galvão, DJ 27/02/1998 p. 3. Verifica-se o flagrante 
esperado na hipótese em que policiais, após obterem, por meio de interceptação 
telefônica judicialmente autorizada, informações de que associação criminosa 
armada pretende realizar roubo em estabelecimento industrial, conseguem, por meio 
de ação tempestiva, evitar a consumação da empreitada criminosa: STJ, 5ª Turma, 
HC 84.141/SP, Rei. Min. Felix Fischer, DJ 18/02/2008 p. 48. 
2 – forjado – absolutamente ilegal! A polícia cria uma situação de flagrante. É 
o “plantar” drogas no carro de alguém. 
3 – provocado (preparado, crime de ensaio, delito de experiência ou delito 
putativo por obra do agente provocador) – inválido. A polícia induz alguém à prática 
de um crime e impede absolutamente sua consumação. Por isso é um crime 
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impossível por ineficácia absoluta do meio de execução. O flagrante provocado tem 
um agente provocador, e o flagrante esperado não tem. 
Renato Brasileiro sobre o tema em obra já citada: Ocorre quando alguém 
(particular ou autoridade policial), de forma insidiosa, instiga o agente à prática do 
delito com o objetivo de prendê-lo em flagrante, ao mesmo tempo em que adota 
todas as providências para que o delito não se consume. Como adverte a doutrina, 
nessa hipótese de flagrante o suposto autor do delito não passa de um protagonista 
inconsciente de uma comédia, cooperando para a ardilosa averiguação da autoria de 
crimes anteriores, ou da simulação da exterioridade de um crime. Exemplificando, 
suponha-se que, após prender o traficante de uma pequena cidade, e com ele 
apreender seu computador pessoal no qual consta um cronograma de distribuição de 
drogas, a autoridade policial passe a efetuar ligações aos usuários, simulando uma 
venda de droga. Os usuários comparecem, então, ao local marcado, efetuando o 
pagamento pela aquisição da droga. Alguns minutos depois, são presos por agentes 
policiais que se encontravam à paisana, sendo responsabilizados pela prática do 
crime do Art. 28 da Lei n° 11.343/06. Nesse caso, estará caracterizado o flagrante 
preparado, como espécie de crime impossível, em face da ineficácia absoluta dos 
meios empregados. Logo, diante da ausência de vontade livre e espontânea dos 
autores e da ocorrência de crime impossível (CP, Art. 17), a conduta deve ser 
considerada atípica. Cuidando-se de flagrante preparado, e, por conseguinte, ilegal, 
pois alguém se vê preso em face de conduta atípica, afigura-se cabível o relaxamento 
da prisão pela autoridade judiciária competente (CF, Art. 5°, inciso LXV). Acerca do 
flagrante preparado, confira-se o teor da Súmula n° 145 do Supremo Tribunal 
Federal: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia toma impossível 
a sua consumação. A leitura da súmula fornece os dois requisitos do flagrante 
preparado: preparação e não consumação do delito. Logo, mesmo que o agente 
tenha sido induzido à prática do delito, porém operando-se a consumação do ilícito, 
haverá crime e a prisão será considerada legal. 
No que toca ao flagrante provocado e o tráfico de drogas, os tribunais 
superiores têm posicionamento pacífico no seguinte sentido: 
Inocorre flagrante preparado em sede de crime permanente, porquanto o crime 
preexiste à ação do agente provocador; assim, o policial que comparece ao local e 
mostra-se interessado na aquisição do entorpecente não induz os acusados à prática 
do delito, pois o fato de manter guardada a droga destinada ao consumo de terceiros 
já constitui o crime; portanto, a atuação do agente provocador caracteriza mero 
exaurimento (STF, RT 740/539). 
 
 
 
 
 
 
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16. Dois agentes policiais extremamente competentes, tomando conhecimento de que um 
homem vendia drogas em determinado local, fizeram-se passar por usuários e 
encomendaram ao traficante um quilo de maconha. No local e no dia aprazados, quando o 
homem entregou a droga aos agentes disfarçados, estes lhe deram voz de prisão, 
conduzindo-o à autoridade policial para que fosse lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
a) O delegado deve determinar a lavratura do auto de prisão em flagrante, por se tratar de 
tráfico ilícito de drogas, caracterizando a figura do flagrante esperado. 
b) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante forjado. 
c) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante preparado. 
d) O delegado, por ser hipótese em que o preso se livra solto, deve lavrar o Termo 
Circunstanciado e liberá-los em seguida. 
e) O flagrante é válido, porquanto estão presentes os requisitos para a decretação da prisão 
preventiva. 
 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) O delegado deve determinar a lavratura do auto de prisão em flagrante, por 
se tratar de tráfico ilícito de drogas, caracterizando a figura do flagrante esperado. 
b) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante forjado. 
c) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante preparado. 
d) O delegado, por ser hipótese em que o preso se livra solto, deve lavrar o 
Termo Circunstanciado e liberá-los em seguida. 
e) O flagrante é válido, porquanto estão presentes os requisitos para a 
decretação da prisão preventiva. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno aos comentários anteriores acerca do tema. 
Vamos lá, imaginaremos aqui duas situações e você vai entender bem esse 
assunto. 
1ª Situação – X, traficante, tem em sua casa 10 quilos de maconha. Os usuários 
vão até a casa de X e compram as drogas. Um dia, dois policiais, passando-se por 
usuários vão à casa de X para comprar drogas. No momento da venda, X é preso. 
Essa prisão foi válida? Sim! X foi preso por conta do verbo “vender” do Art. 33 da Lei 
de Drogas? Não! Essa venda foi induzida por obra dos agentes provocadores e isso é 
flagrante provocado. Então, ele foi preso por quê? Ele foi preso por conta do “ter em 
depósito” ou ”guardar” do mesmo tipo penal. Essas duas condutas não tiveram 
qualquer provocação dos policiais. A prisão foi legal. Repito, ele não foi preso por 
vender, ele foi preso por guardar. Isso é pacífico nos tribunais. 
2ª Situação – é a questão acima. Os policiais induziram o traficante a vender a 
droga e, por isso, não pode ser válido tal flagrante. Mas você pode dizer que o 
traficante, antes de os policiais o induzirem, já guardava, tinha em depósito, 
transportava ou trazia consigo. Ok, concordo. Mas, vejamos as demais alternativas: 
a) O delegado deve determinar a lavratura do auto de prisão em flagrante, por 
se tratar de tráfico ilícito de drogas, caracterizando a figura do flagrante esperado 
Comentário: não foi flagrante esperado. A questão foi clara ao dizer que os 
policiais fizeram-se passar por usuários e encomendaram ao traficante um quilo de 
maconha. Outra resposta seria se os policiais, em campana, aguardassem o tal 
traficante vender alguma droga. Pronto, ele seria preso em flagrante esperado. 
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MUDE SUA VIDA! 
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b) A prisão é ilegal, pois se trata de flagrante forjado. 
Comentário: não

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