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Artigo - DAYANNE ALCANTARA (atualizado)

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AS INVASÕES NO BAIRRO JOÃO PAULO II NA CIDADE DE MANAUS E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS
DAYANNE PRINTES DE ALCÂNTARA
Faculdade Estácio De Ji-Paraná | Unijipa
E-mail: dayanneprintes11@gmail.com
RESUMO: Manaus, possuindo atualmente 2.255.903 habitantes, de acordo com o IBGE (2021), sendo a sétima cidade do país, se tratando de população, e em primeiro lugar da Região Norte, é onde concentra-se uma luxuosa biodiversidade estando no centro da floresta amazônica, porém a realidade vista atualmente é de que a capital está sendo uma grande vítima da degradação dos recursos naturais. A anos é apontado por especialistas a respeito de ocupações inapropriadas de terras, assim como o derrubamento da vegetação existente, além do assoreamento e a grande poluição de igarapés na metrópole, fazendo com que o crescimento desenfreado de forma desorganizada e não planejada cause tais problemas ambientais e outros mais a cidade. O objetivo deste artigo é apresentar como em meio a situações que geram riscos, as pessoas podem viver atrelados a impactos ambientais, mediante a um estudo de caso feito no bairro João Paulo II, localizado na Zona Leste da cidade de Manaus. 
Palavra-chave: Impactos ambientais; Manaus; Cidade; Crescimento; Problemas.
ABSTRACT: Manaus, currently having 2,255,903 inhabitants, according to the IBGE, 2021, being the seventh city in the country, in terms of population, and first in the North Region, it is where a luxurious biodiversity is concentrated, being in the center of the forest Amazon, but the reality currently seen is that the capital is being a great victim of the degradation of natural resources. It has been pointed out by specialists for years about inappropriate land occupations, as well as the clearing of existing vegetation, in addition to silting and the great pollution of streams in the metropolis, causing unbridled growth in a disorganized and unplanned way to cause such environmental problems and others more the city. The objective of this article is to present how, in situations that generate risks, people can live linked to environmental impacts, through a case study carried out in the João Paulo II neighborhood, located in the East Zone of the city of Manaus.
Keywords: Environmental impacts; Manaus; City; Growth; Problems.
1. INTRODUÇÃO
O crescimento e desenvolvimento urbano são relações abrangente interligadas entre si, segundo mostra Panerai (2006), é preciso que haja recursos financeiros para conduzir, nortear ou administrar o crescimento humano, visando a prosperidade, sendo necessário de igual forma um regime político fortificado e longevo. 
O déficit gerado nas cidades com a falta de saneamento básico, de infraestrutura e do desmatamento de florestas ao decorrer dos anos é o cenário que podemos observar em virtude da expansão dos centros urbanos brasileiros, uma vez não havendo uma cautela com o meio físico em que é vivido. 
O meio ambiente vem sofrendo impactos e transformações por conta das atividades humanas constantes. Com o auxílio dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), o planejamento ambiental vem se destacando, com o intuito de redirecioná-lo unificando tanto os ambientes modificados e criados pelo homem, como o ambiente natural a sua volta. 
De acordo com Oliveira (2000), com o objetivo de inserir em escala global as relações sociais quanto a produção na Amazônia, a criação do mesmo foi realizada pensando na expansão do capitalismo que está a progredir, sendo reproduzidas e produzidas com uma especificidade consolidada.
Quando falamos sobre invasões em loteamento de terras ou até mesmo florestais, adjacentes ao perímetro urbano, em que não há planejamento algum pelo setor administrativo público, chamam-se ocupações irregulares. Tal situação, resulta em problemas de ordem sócio-econômico-ambiental. 
Um exemplo de zona urbana que se desenvolveu no centro da floresta é a cidade de Manaus, capital do Amazonas, onde por conta disto na atualidade paga um alto preço ambiental devido esta expansão urbana ao longo dos últimos 20 anos. O desenvolvimento urbano possui um modelo excludente sendo a composição de conformidades urbanas nítido por um, podemos dizer “mosaicos”, com um cenário explicito e causador do desmembramento sócio-espacial. Paralelamente emergem cidades modernizadas, operárias, faveladas, tradicionais, ilegais, deixando de lado a ideia de cidade sendo um conjunto (Araújo, 2004). 
Na cidade de Manaus, há a existência de um sistema de urbanização desorganizado, no qual traz uma gigantesca intervenção no zoneamento da cidade, onde reuni as classes sociais com maior vulnerabilidade, fazendo-as com que não cumpram seus vastos direitos constitucionais. 
Se tratando ao assunto apresentado, é importante destacar quanto a situação de calamidade em que os bairros da metrópole de Manaus se encontram, destacando-se a verticalização dos bairros invadidos, como zonas nortes e leste, uma vez não havendo a adequação da infraestrutura. Embasado neste contexto, vale ressaltar de igual modo o encanamento de água, a rede de esgoto, o arruamento, dentre outros fatores, ocasionados por este crescimento desordenado, acarretando enormes modificações no processo de migração, ocorrendo mudanças expressivas no uso e ocupação do solo urbano. 
O âmbito de pesquisa deste artigo abrange o perímetro urbano da cidade de Manaus em que houve a realização do estudo com referência em informações históricas quanto a ocupação no bairro João Paulo II, por meio de publicações em plataformas da internet que expõem conhecimentos sobre o periódico cientifico, exemplificando: Google Acadêmico, artigos, reportagens, revistas, livros, todos as quais discorrem sobre a história da composição de bairros e favelas da metrópole de Manaus. 
A apresentação do vigente artigo será exposta aos leitores em: área de estudo; materiais e métodos; resultados e discussão; considerações finais e referencial bibliográfico. Contribuindo assim com conhecimentos convenientes tendo utilidades para o planejamento urbano, como para ações que favoreçam sobre a cautela ao perigo no poder público, se tratando do controle das ocupações.
2. ÁREA DE ESTUDO
O Bairro ou Conjunto João Paulo II, localiza-se em Manaus, na Zona Leste da cidade, posicionando-se entre os bairros Armando Mendes, Cidade Nova, Jorge Teixeira e Cidade de Deus, contendo cerca de 15.462 moradores no local, tendo como referência de localidade a famosa Bola do Produtor, onde a Leste do bairro encontra-se o Igarapé do Mindú. João Paulo II foi constituído em 1992, recebendo este nome devido a Paulo Jacob, o filho do subsecretário de planejamento do estado em que nasceu naquele período. Na figura 1 abaixo observa-se a vista superior da localidade do bairro.
Figura 1 - Vista Superior da área de estudo. Fonte: Google Maps.
O projeto do governo chamado “minha casa, minha vida” foi o motivo para a oficialização da principal parte do bairro, a qual o Estado teve um papel fundamental no quesito de recursos para que houvesse construções, assim como recuperando as áreas que estavam degradadas, tomando iniciativas para a conscientização ambiental e gerando mecanismos para mobilização, tendo o intuito amenizar ou se possível acabar com os ataques ao meio ambiente. 
Porém, do contrário ao esperado, juntamente com a construção das casas, surgiram também invasões, aumentando assim de forma catastrófica a questão do desmatamento, além das poluições aos igarapés em volta do bairro. Este quadro então, uma vez já tendo perdido o controle da situação, se alastrou, sendo feitos buracos abertos no solo, para recolher a água presente no mesmo que nela se acumula por ressumação, as quais são chamados de cacimbas, afetando assim o lençol freático, e consequentemente, estas casas de forma irregular acabam contaminando os igarapés com dejetos humanos vindo de latrinas postas por estes. 
Segundo o IBGE (2019), os dados coletados mostram que os habitantes do Bairro estão divididos da seguinte forma: 8.500 pessoas moram em residências próprias; 2.850 moram em residênciasalugadas; 2.112 moram em residências invadidas; e 2.000 pessoas moram em residências cedidas, em que foram ofertas por alguém para ser habitadas. Em relação ao abastecimento de água no bairro, cerca de 6.706 domicílios obtêm água da rede geral de distribuição, enquanto 5.367 usam de outros métodos para abastecer suas casas, tais como desvios, cacimbas e etc., e 1.565 casas possuem poços. 
O fato de maior parte da população no bairro ter rede de distribuição de água tem sido por conta de viverem a bastante tempo no local, porém a realidade dos demais moradores é bem diferente, tanto que muitos também habitam em áreas nocivas, sendo pessoas de até mesmo outros municípios no Estado, como também imigrantes que migraram para a cidade de Manaus com o intuito de obter melhorias de vida.
Conversando com alguns moradores da região, enfatizaram a questão do declive que possui nas ruas onde quando há fortes chuvas ocasiona alagamentos nas casas ao redor, e apesar das preocupações e perdas de bens matérias quando ocorre tal situação, as famílias em que ali moram dizem não ter outro local para se abrigarem.
	É notável e incontestável o perigo que há na relação com a existência humana, em que implica diretamente com o direito de ir e vir nos mais fácil e rotineiras situações da vida. É um conjunto de circunstâncias de uma situação que possuem uma conexão com a sociedade atual, gerando as pessoas inseguranças e medos.
O fato das invasões que ocorrem causa destruição para o todo da cidade de Manaus, devido a degradação do solo, no meio ambiente. É necessário que haja investigação onde o bairro se encontra por conta do impacto ambiental causado identificando assim o responsável pela situação, através de uma perícia ambiental para ter uma qualificação a respeito e determinação da gravidade do dano desse resultado (DAGNINO, 2007).
As irregularidades das moradias geram consequências, tanto para as próprias casas, como a escassez de soluções hídricas, se tornando mais complicado haver o recolhimento de água para o abastecimento da cidade, devido que com a alta contaminação, onera o sistema de purificação da água. Outra consequência preocupante é em questão ao afastamento de animais silvestres na região, onde habitam, sendo mortos ou fugindo, desequilibrando assim o ecossistema. 
O conteúdo deste estudo abrange o perigo ambiental se tratando sobre a existência de riscos naturais gerando fundamentação para este estudo. A Defesa Civil, que é a entidade capacitada para suprir a necessidade dessas áreas de riscos, assim como outras áreas vem se desenvolvendo estudando táticas e técnica para que venha ser discutido meios quanto a este assunto. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 
A cidade de Manaus, ao decorrer dos últimos 25 anos percorreu por constantes e várias modificações, e ainda assim enfrenta um grande problema a respeito do alto luxo de migrantes, tornando a cidade incapaz de desenvolver uma estrutura que comporte os nativos e os habitantes de outras localidades para o seu núcleo. 
	De acordo com o Plano Diretor Ambiental e Urbano de Manaus, o PDAU, por meio da Lei Municipal Nº 672/2002, no Anexo VI (QUADRO DE USOS E ATIVIDADES POR UNIDADE DE ESTRUTURAÇÃO URBANA – UES), a UES denomina-se uma unidade de estruturação urbana medidora das diretrizes quanto a ocupação utilização e ação em incumbência da vulnerabilidade ambiental e ao redor de áreas de preservação ambiental. 
	Encontra-se na Lei 762/2002 a regulamentação sobre o uso e ocupação do solo urbanos da cidade de Manaus, de acordo com o Artigo 45, em que define-se os Empreendimentos de Impacto Urbanoambiental, tendo uma potencialidade de causar modificações no ambiente natural, causando desta forma sobrepeso na aptidão de auxilio de infraestrutura básica, incluindo os feitos privados e públicos, sendo habitações ou não. 
	Posto isto, é notável que a área urbana cresceu de forma horizontal no sentido leste e norte, de forma invasiva, com moradias irregulares, sendo feito de igual modo diversos conjuntos habitacionais na Zona Norte do município, originalizados devido o poder público estadual. 
	A contar do ano de 2010, a Prefeitura Municipal de Manaus identifica oficialmente 63 bairros, sendo tais referências recolhidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todavia, não há reconhecimento pela prefeitura de várias regiões do município, sobretudo ainda assim fazem parte dos bairros oficiais. O aparecimento de comunidades aponta o alto deficiência habitacional, em que no ano 2000 atingiu 63.00 moradias (OLIVEIRA, 2008).
	Devido ao aparecimento de invasões acarretam várias outras dificuldades significativas, no quesito meio ambiente contendo ocupação de forma irregular em locais como encostas ou finais de vale, sendo estas denominadas na região de barrancos, um forte nível de declive (AB SABER, 2002). De forma ampla, a ocupação origina-se por meio do desmatamento de superfícies apressando os processos naturais de degradação (MAGALHAES et al., 2011).
	Com a constância de desmatamento irresponsável e o uso inapropriado dos meios da ocupação indevida, desencadeia métodos geodinâmicos, ocasionando buracos por erosões, desmoronamento e escorregamento, em que no surgimento nas proximidades das moradias, tornam-se áreas de perigo ambiental (DIRANE et al., 2010).
	Para a elaboração desde artigo foi coletado dados, utilizando como fonte o IBGE, além do Plano Diretor Ambiental Urbano de Manaus, da Lei Orgânica de Manaus, Google Maps e artigos. O levantamento de conteúdo na região abordada, foi realizado por meio de entrevistas com moradores locais, tanto esta tendo sido feita por ligações, como por vídeo chamada, sendo todas estas ferramentas integradas e trabalhadas para que houvesse embasamento no estudo. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mediante dados efetuados quanto ao bairro de João Paulo II, situado a Zona Leste de Manaus, de acordo com o Plano Diretor Ambiental Urbano de Manaus, do ano de 2014, visto pelo art. 80, inciso IV, da Lei Orgânica de Manaus, a qual o Poder Legislativo ordenou e este sancionado por mim a seguinte LEI:
Art. 1º. Esta Lei Complementar dispõe sobre o Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus, em atendimento ao disposto no artigo 182 da Constituição Federal, nos artigos 39 a 42-B da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade, e nos artigos 227 e 228 da Lei Orgânica do Município de Manaus (LOMAN).
Esta lei discorre a respeito da efetivação quanto ao diagnostico ambiental em que mostram elementos similares de uma invasão a outra por motivos de haver falta de coordenação e programação sobre a estruturação e a elevação de moradias, comércios, arruamento, coleta de lixo, sistema de coleta de esgoto sanitário, sistemas de abastecimento de água.
O estudo discorrido é situado na invasão do Bairro João Paulo II, dando início na Avenida Aristóteles, em que no final da mesma encontra-se um pântano. A pesquisa embasa-se nas extremidades locais, próximas a Avenida Itaúba, por meio dos bairros Grande Vitória, Val Paraíso e Nova Cidade.
	Conversando com moradores locais, apenas as ruas principais são asfaltadas, estando em situações precárias. Há também outras ruas que dão acesso ao bairro, porém encontram-se em terra batida, e com a contribuição de vários buracos no caminho, dificultando a locomoção dos habitantes, principalmente em períodos de chuva, além de provocar perigo de acidentes.
	Algumas ruas possuem revestimento asfáltico em preservação, em estado normal de uso, em outras porém existe a degradação do solo em alguns pontos, essencialmente por não ter captação de águas pluviais, assim como há a necessidade de sarjetas. Em algumas outras ruas, foi intencionado o início de asfalto, mas ainda se encontra no barro, ocasionando assim alergia respiratória por conta da poeira que emerge. 	
	A ocupação dos terrenos pela demolição de áreas florestadas, situadas na periferia do bairro, foi o estopim para a expansão desorganizada, onde estes aspectos de ocupações respondem a procura das classes baixas.	
	O motivopelo qual houve o crescimento do bairro em estudo, foi pela liberação de lotes designados as classes baixas e medias, assim como para pessoas que não possuem emprego, como para empregados também, tendo situações variáveis de instabilidade quanto a renda e emprego. 
	Não há o cumprimento ao Plano Diretor Ambiental e Urbano de Manaus neste bairro, devido os lotes não respeitarem as determinações de recuo e afastamento dos eixos laterais no arruamento, não havendo desta forma a distância requerida no meio dos lotes adjacentes, assim como a inexistência de área máxima permitida para edificação, nem da área para permeabilização, tanto quanto para área dos lotes e quadras designados com fins urbanos, comerciais e industriais. 
	Sobre a água proveniente a região, várias moradias já desfrutam deste recurso, mas ainda se nota cenários onde há precariedade com inconstância observando ligação e distribuição clandestina, sendo feitas por meios de tubos de PVC pelo percorrer das vias de acesso, abastecendo as residências. 
	Com isto vemos o quão frágil é a questão sanitária. Mesmo com algumas moradias tendo construído os seus poços, intervindo na contaminação dos Igarapés, ocasiona a instabilidade sobre o lençol freático. E consequentemente, devido as residências não possuírem projetos arquitetônicos, também não dispõem de reservatórios para que haja armazenamento de água.	
	A respeito da coleta de lixo domiciliar da cidade de Manaus, esta é feita tanto de forma diurna, como noturna, visto que haja diminuição dos gastos e melhorias na frota, com o objetivo de que no intervalo de tempo entre ambos os turnos possa ocorrer manutenções e reparos se necessário.
	Atualmente, a coleta é feita frequentemente em locais estratégicos havendo agrupamentos de lixos, nas proximidades aos principais logradouros onde os habitantes locais concentram os lixos constantemente. Já em outras áreas da comunidade, é notável a falta de coleta de lixo, onde o mesmo é lançado ao redor das moradias, uma vez não tendo conscientização quanto a situação. Em outras áreas os lixos são jogados na vegetação alta, atraindo insetos e animais nocivos, pondo em perigo a saúde dos moradores locais.
Ao entrevistar algumas pessoas residentes do local, foi mencionado a respeito dos esgotos onde são despejados em vias públicas e conduzidos aos córregos e sarjetas alcançando assim o Igarapé. Também como forma de despejo é o arremesso na rede de drenagem da região, onde de igual modo são redirecionados aos igarapés em que cortam o local. 
Assim como as obras sobre infraestrutura do abastecimento de água potável percorrem por soluções urbanísticas, as obras de infraestrutura de esgoto também, de forma que não perca o enfoque quanto a percepção total da Concessionária Águas do Amazonas. 
Pode haver interferência do poder público sobre o bairro providenciando e pondo em ação projetos para a melhoria do saneamento básico por meio de coletas de esgoto utilizando de tanto métodos convencionais, como por exemplo percorrendo pelas ruas, e da mesma forma usando métodos não convencionais, que exemplificando seria de forma condominial, assim como proporcionando projetos ambientais para que venha a ter proteção sobre os Igarapés.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo apresentado, no bairro João Paulo II, podemos observar o quanto é complexa a desenvoltura urbana na cidade de Manaus, trazendo vastas pressuposições para o tema. Ainda a respeito da Comunidade abordada neste artigo, vimos circunstâncias ambientais manifestadas por limitações naturais e exóticas quanto ao exposto no panorama do bairro. As instabilidades ambientais vistas atualmente de forma acentuada são devidas aos fatores resultantes da ação humana. Entretanto, a expansão urbana, assim como a comercial e mista, são resultados de fatores naturais, podendo mencionar o solo, em que estimulam o surgimento de potenciais áreas deterioradas. 
Com base nas referências tragas, por conta da imensa quantia de habitações de forma invasiva no bairro João Paulo II, a qual de alguma forma traz riscos em razão do crescimento deste padrão de moradia, mostra a espontaneidade em que o aumento das áreas de risco se alastram na cidade, por detrás de lugares onde são planejados, como exemplificando é válido mencionar os Conjuntos Habitacionais. 
A despeito de qualquer método utilizado é notável a magnitude preocupante deste problema socioespacial, em que põe em perigo a vida humana. E outra pauta a ser pontuada é referente as consequências socioambientais, tais como a depreciação imobiliária e a obstrução de igarapés, reflete a dura realidade deste problema urbano. 
Há a necessidade de expressar o vínculo entre direitos essenciais e a precaução de desastres, uma vez sendo tendenciosas. Há uma interligação otimista a confrontação de forma profunda sobre a conexão entre ser digno a moradia, o gerenciamento das áreas de perigo, a precaução de desastres e a política pública.
Por meio de novas pesquisas é possível enxergar um panorama para que haja a prevenção, que assim é capaz de se destacar ocasionando uma ação em detrimento da omissão, sendo que a cautela se torna menos custosa do que reestabelecer e reestruturar. 
6. REFERÊNCIAS
NOGUEIRA, A. C. F.; SANSON, F.; PESSOA, K. A expanção urbana e demográfica da cidade ed Manaus e seus impactos ambientais. Anais, XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, 21-26 Abril 2007, INPE, p. 5427 - 5434.
AB’SÁBER, A. N. Bases para o estudo dos ecossistemas da Amazônia brasileira.
Estudos Avançados, São Paulo, v. 16, n° 45, p. 7-30, 2002.
BENCHIMOL, S. Amazônia Formação Social e Cultural. Editora Valer, Manaus,
2009.
DAGNINO, R. S. Risco ambiental: conceitos e aplicações. Salvador Carpi Junior
 
[2] Climatologia e Estudos da Paisagem Rio Claro - Vol.2 - n.2 - julho/dezembro/2007, p. 50.
DIRANE, A.C.M.; DONALD, A.R.; MOLINARI, D.C. Caracterização das vertentes das áreas de risco ambiental do Distrito Industrial II – Manaus (Amazonas). Geonorte.
Manaus. Ano 1. N1. Vol.1, 2010.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
https://amazonasatual.com.br/com-22-milhoes-de-habitantes-manaus-concentra-53- da-populacao-do-am/. Site consultado em 08.11.2020 ás 12:36 pm.
MAGALHAES, R.C.; MOLINARI, D.C.; GOMES, R.C.M. Produção do Espaço e alterações das características fitogeográficas e geomorfológicas em Manaus: o caso do Tarumã e Distrito Industrial 2 (Manaus). Geonorte. Manaus. Ano 2. N3. Vol.1, 2011.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR, T. Manaus: transformação e permanências, do forte á metrópole regional. In: CASTRO, E. (org.) Cidade na Floresta. SP, 2008. p.59-98.
RODRIGUES, Arlete Moysés. Moradia nas cidades brasileiras. 4. ed. São Paulo:
Contexto, 1991.
SANTOS, E.C. Geografia e Educação Ambiental: Reflexões Epistemológica.
Editora; Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2009.
SILVA, Maria Ozanira da Silva e. Política habitacional brasileira: verso e reverso.
São Paulo: Cortez, 1989.
SUFRAMA. Superintendência da Zona Franca de Manaus. Histórico da Zona Franca de Manaus 2009. Disponível em <http://www.suframa.gov.br> Acesso em 01 de novembro de 2020. 
CRUZ, D. R.; CASSIANO, K. R. M.; COSTA, R. C. (coord.). Áreas de risco em Manaus: Inventário Preliminar, 2009.
Sites Consultados
	
https://g1.globo.com/am/amazonas/manaus-de-todas-as-cores/2018/noticia/2018/10/24/invasoes-de-terras-e-descaso-ambiental-seguem-ameacando-o-futuro-da-cidade-de-manaus.ghtml. Acesso em 22 de setembro de 2021.
https://www.acritica.com/channels/manaus/news/invasoes-poem-em-risco-a-cidadede-manaus-como-um-todo. Acesso em 22 de setembro de 2021.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 22 de setembro de 2021.

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