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Atividade: Situação Fictícia Comunicação De Diagnóstico Paciente Terminal

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ATIVIDADE SITUAÇÃO FICTÍCIA COMUNICAÇÃO DE MÁS
NOTÍCIAS A PACIENTE TERMINAL
Ao constatar, durante a cirurgia, que o câncer sofreu metástase, eu
analisei minuciosamente as áreas afetadas pelo câncer que estavam
expostas durante a cirurgia para confirmar a metástase e medir seu grau de
seriedade. Após confirmação do prognóstico, fui até meu consultório e
novamente dei mais uma olhada nos exames da paciente e procurei por
possíveis soluções para cura. Ainda em meu consultório busquei elaborar
alguns planos de ação para apresentar à paciente para que ela tivesse
conhecimento de todas as suas opções possíveis. Dessa forma, decidi
dividir em três possíveis frentes de ação para que M.S.G. e sua família
pudessem vir a escolher quando estiverem prontos:
1- Opção de tratamento paliativo da enfermidade: em que há o
uso de medicamentos e terapias que possam vir a prolongar a sua
vida da paciente por mais tempo, com o porém de que esse
tratamento poderia deixá-la muito debilitada e vulnerável. Ex:
quimioterapia e radioterapia;
2- Opção sem uso de tratamento paliativo: em que a paciente
decide não seguir nenhum tipo de tratamento paliativo e escolhe
por viver o que lhe resta da vida de forma intensa e sem ficar
debilitada devido ao uso dos medicamentos pesados. Podendo
apenas escolher utilizar medicamentos para alívio dos sintomas,
até que chegue sua hora;
3- Opção de ensaios clínicos: coloquei como uma das opções
também algumas opções de ensaios clínicos experimentais em
relação ao seu câncer, em que médicos cientistas fazem ensaios
clínicos com base em pesquisas a fim de buscar melhor qualidade
de vida ou até mesmo cura dos enfermos;
Obs: deixei claro para a paciente que os ensaios clínicos são
puramente experimentais, sem comprovação ou certeza de cura.
Depois de elaborar e estudar a fundo o caso da paciente, solicitei a um
terapeuta do hospital uma visita até minha paciente para avaliação
psicológica, para que ele possa determinar se ela se encontra com
faculdades mentais aptas ou comprometidas. Enquanto isso, eu me preparei
psicologicamente para dar-lhe a notícia e como fazer isso da melhor forma
possível. Quando tive o aval do terapeuta que a visitou e quando me senti
pronta, busquei o contato de um bom terapeuta familiar para indicar a
M.S.G. e sua família, para caso precisassem de um apoio extra.
Em seguida, me encaminhei para a enfermaria, onde estaria a paciente na
companhia de alguns membros de sua família. Quando cheguei até lá e vi
que o ambiente não era ideal, pedi para que transferissem minha paciente
para um local mais reservado e silencioso, onde poderíamos conversar sem
interrupções e onde ela estivesse confortável.
Iniciei o diálogo com uma expressão calorosa, dando bom dia à paciente
e sua família, perguntando-a como ela se sentia após a cirurgia, se sentia
alguma dor, se tinha alguma pergunta a me fazer e por fim perguntei onde
estavam as suas filhas e se elas estavam bem. Decidi fazê-la essas
perguntas iniciais tanto para desenvolver um vínculo a mais com ela e sua
família quanto para sondar o estado emocional da paciente e confirmar que
ela de fato tinha condições de receber as notícias que eu daria em seguir.
Nesse momento, sentei junto ao leito dela e falei que precisaria dar
algumas notícias mais sérias a partir de então, e a perguntei se ela preferiria
que conversássemos a sós ou com os familiares que lá estavam. A paciente
pediu para que apenas o seu marido permanecesse no cômodo no momento,
enquanto sua mãe e irmã foram para a sala de espera.
Quando elas saíram, me aproximei um pouco mais da paciente, pus minha
mão junto a dela e iniciei a conversa:
- M.S.G., então, eu realmente queria está vindo aqui com boas notícias,
notícias de cura, mas infelizmente durante a cirurgia nós descobrimos que o
seu câncer sofreu metástase para muitos órgãos e vasos vitais, se tornando
algo que nós não podemos curar, por mais que tentemos, o tratamento pode
acabar sendo mais prejudicial. Eu sei que isso é muito, muito difícil de
digerir, eu sinto muito mesmo, gostaria demais que nós pudéssemos te
proporcionar uma cura, mas não está mais ao nosso alcance. Eu sei que
você é da mesma área, que é enfermeira e já lidou com doentes terminais
em algum momento e às vezes isso nos faz pensar que saberemos lidar
melhor com a situação quando é conosco ou com alguém próximo, mas
infelizmente não é assim na prática, por isso, tome o tempo que precisar
para poder absorver tudo que você está ouvindo hoje e mais importante,
lembre sempre que você não está sozinha, você tem uma família linda que a
ama e será imprescindível nesse momento, além de mim e toda a equipe
que te dará todo o apoio que precisar. Nessa batalha seremos nós – família,
paciente e médico- contra esse câncer, não importando o resultado final,
então tente não se sentir só. Novamente, eu sei que é muito para absorver
tão rápido. Você tem alguma pergunta que eu possa te responder, ou deseja
um copo com água ou algo do tipo?
Nesse momento, dei uma pausa na minha fala para que a paciente
pudesse analisar o que estava acontecendo e para que eu pudesse observar
como ela realmente estaria a despeito do que foi dito, e então tentei analisar
suas expressões corporais e fisionômicas. A paciente teve facilidade em
entender e lidar com o que estava acontecendo por causa de sua experiência
e conhecimento profissional prévio. Após um tempo, ela perguntou o que
era recomendado fazer a partir de então e quanto tempo de vida ela teria. A
partir disso, respondi então:
-Em relação ao prognóstico de estimativa de vida, acho que
deveríamos evitar pensar nisso neste momento, você acabou de receber a
notícia e não deve pensar nisso agora, até porque você como profissional de
saúde sabe que não há exatidão nessas estimativas. Em relação ao que
podemos fazer a partir de agora depende de você e da sua vontade, há
algumas opções de como prosseguir. Se for o que deseja, há opções de
tratamentos paliativos. Você é jovem, sem antecedentes, há chances de
prolongar sua vida mais do que o esperado. Mas você pode também decidir
por não seguir tratamento, isso depende de você e eu te aconselho a não
tomar essa decisão agora, pensa um pouco, assimila tudo, converse com sua
família e quando vocês estiverem prontos para tomar uma decisão, eu
estarei aqui com as opções mais detalhadas e viáveis possíveis. Agora eu só
quero que você tenha em mente que independente da sua decisão, eu como
médica e toda a equipe estaremos aqui para controlar seus sintomas e
minimizar o máximo possível o seu desconforto, por isso não perca a fé e
esperança e se concentre na sua família que serão seus reservatórios de cura
e esperança mais eficazes que qualquer medicamento!
Então perguntei à paciente e a seu marido se queriam me perguntar mais
alguma coisa e eles falaram que pelo menos por enquanto, não. Para
finalizar, falei:
-Então é isso por hora. Vou deixá-los à vontade e à sós agora para que
possam conversar. Queria deixar também o contato desse terapeuta
familiar, que acredito que possa ajudar muito vocês nesse momento,
mesmo que achem que não seja de tanta importância. Se vocês desejarem
algum tipo de apoio religioso também acho que seja bem-vindo e que
ajudará demais a família de vocês. Em caso de qualquer necessidade,
dúvida, ajuda ou aconselhamento podem voltar a me procurar que estarei à
total disposição. Tenham um bom dia e não esqueçam que isso não é o fim,
você ainda tem o que viver e o que amar!

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