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ENSINO SUPERIOR Perspectivas, Evolução e Desafios para a Educação a Distância

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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL - ESAB 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FORMAÇÃO 
DOCENTE PARA A ATUAÇÃO EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
 
ANA BEATRIZ BARBOSA SANTOS CERQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSINO SUPERIOR: Perspectivas, Evolução e Desafios para a 
Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA (ES) 
2013
 
 
ANA BEATRIZ BARBOSA SANTOS CERQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSINO SUPERIOR: Perspectivas, Evolução e Desafios para a 
Educação a Distância 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Pós-Graduação em Formação Docente 
para a Atuação em Educação à Distância 
da Escola Superior Aberta do Brasil como 
requisito para obtenção do título de 
Especialista em Formação Docente para 
a Atuação em Educação à Distância 
sob orientação do Prof. Ms. João Pereira 
dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA (ES) 
2013 
 
 
 
ANA BEATRIZ BARBOSA SANTOS CERQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSINO SUPERIOR: Perspectivas, Evolução e Desafios para a 
Educação a Distância 
 
 
 
Monografia aprovada em ... de ... de 2013. 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
________________________ 
 
 
________________________ 
 
 
________________________ 
 
 
VILA VELHA (ES) 
2013 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedico este trabalho a Deus pelo dom da vida e a minha família pelo carinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus pela paciência e discernimento. 
A minha família, pela presença nos momentos mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não há uma forma única nem um único 
modelo de educação; a escola não é o único 
lugar onde ela acontece e talvez nem seja o 
melhor; o ensino escolar não é a sua única 
prática e o professor profissional não é o seu 
único praticante. (BRANDÃO, 1987) 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Este estudo teve o objetivo de analisar quais as contribuições do método da 
educação à distância no Brasil que a educação presencial não conseguiu dar conta, 
direcionando a responder se o modelo de ensino aprendizagem tem a mesma 
eficiência do presencial. Dentre os autores pesquisados pata a constituição deste 
trabalho destacaram-se: Imbernón (2000); Peters (2003); Doxsey (2005); Borges 
(2008); Furtado (2008). A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica realizada 
em publicações datadas de 2004 a 2010, chegou-se ao fator de que a associação 
entre a Educação a Distância e a questão tecnológica, evoluíram, principalmente a 
partir da maior utilização da Internet. No entanto, aqueles que trabalham com a 
educação têm novos desafios, como, o de não fazer do processo educacional um 
mero transmissor de conhecimentos evitando, assim, a desvirtuação dos princípios 
mais importantes nesse campo, o de observar de forma integral o ser humano. As 
conclusões mais relevantes são que a educação a distância aparece cada vez mais, 
no contexto das sociedades contemporâneas, como uma modalidade de educação 
extremamente adequada e desejável para atender às novas demandas educacionais 
decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. A Globalização 
exige trabalhadores qualificados resultando com isso maior procura de cursos 
Superiores e o acesso às Universidades. A Educação a Distância é uma estratégia 
educativa baseada na aplicação da tecnologia à aprendizagem, sem limitação do 
lugar, tempo, ocupação ou idade dos alunos. Implica novos papéis para os alunos e 
para os professores, novas atitudes e novos enfoques metodológicos. 
 
Palavras-chave: Ensino Superior. Educação a Distância. Desafios. Perspectivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 08 
 
2. A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO APRENDENTE ............................... 12 
2.1 A origem da educação no Brasil ............................................................... 13 
2.2 Educação do período da ditadura ............................................................ 15 
2.3 Políticas educacionais recentes e perspectivas ....................................... 17 
 
3 O ENSINO SUPERIOR E O SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA .................................................................................................... 21 
3.1 As universidades e seu contexto histórico ................................................ 23 
3.2 A educação superior como instituição ...................................................... 25 
3.3 O processo educacional ........................................................................... 26 
3.4 Flexibilidade curricular .............................................................................. 27 
 
4 CONTRIBUIÇÕES SIGNIFICATIVAS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ..... 30 
4.1Fundamentação da educação distancia .................................................... 30 
4.2 Educação a distancia no Brasil ................................................................ 30 
4.3Desafios .................................................................................................... 31 
4.4Benefícios da educação a distancia .......................................................... 32 
4.5 Diferentes tipos de interação determinam diferentes abordagens pedagógicos 
da educação a distancia ................................................................................ 33 
4.6 Interação comunicação em educação a distancia .................................... 35 
4.7Planejamento –se para estudar na educação a distancia ......................... 35 
4.8 Dificuldades educacionais na educação a distancia................................. 37 
4.8.1 Obstáculos que causam entraves no Ensino à distância ...................... 38 
4.9 Avaliações ................................................................................................ 42 
 4.10 Aprovação ............................................................................................. 44 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 47 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 49 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O motivo que me levou a pesquisar sobre os desafios do ensino superior e sua 
evolução foi alguns questionamentos realizados sobre como os conhecimentos são 
sendo repassados para os alunos, se os mesmos estão interessados em assimilar 
conhecimentos que o conduzirão para uma ascensão ou se o que se espera é o 
cumprimento temporal do curso e o certificado de titulação. 
 
As transformações globais que caracterizam o mundo moderno como a 
informatização, globalização e sociedade do conhecimento são alguns fatores que 
estão pressionando o status quo da vida atual. Como decorrência, tem-se a 
consolidação da sociedade do conhecimento. Sobretudo mudanças profundas de 
valores e crenças pessoais e culturais marcam a sociedade atual (GALBRAITH, 
1976). 
 
Para tanto é necessário iniciar por uma reflexão sobre o ensino superior a partir dos 
conhecimentos de vários pesquisadores sobre o assunto. 
 
A educação brasileira tem como objetivo formar cidadãos participativos, que estejam 
integrados numa sociedade criativa. 
 
Para a evolução da educação, o ensino superior está alcançando patamares mais 
elevados, a cada época mais avançado se torna; antes o ensino superior estava 
completo quando se completava pós graduação. Hoje com o advento da 
globalização o nível de escolaridade exigido para a inserção no mercado de trabalho 
é mestrado, doutorado e pós doutorado (IMBERNÓN, 2000). 
 
O ensino universitário no Brasil está em evolução, com o advento de educação de 
qualidade para todos, os órgãos governamentais passaram a financiar programasde 
incentivo à titulação. (COSTA, GOTO & COSTA, 2009) 
 
9 
 
Com essa proposta, as universidades públicas e particulares, incrementaram seus 
currículos e com isso houve um aumento na demanda. 
 
Mediante parcerias, o ensino a distância e semipresenciais ganhou credibilidade, o 
aumento da procura tornou viável uma ascensão nesses cursos, pois com um 
ensino de boa qualidade, fiscalizado pelo MEC (Ministério da Educação), essa 
flexibilidade supre a necessidade de muitas pessoas que não tem o tempo 
suficiente para frequentar cursos presenciais (CURY, 2002). 
 
A competitividade de vantagens como currículo e preços é um chamamento para 
que todos possam galgar os bancos universitários. 
 
Nesse sentido, necessário se faz uma ampla campanha de fiscalização para que os 
cursos superiores ofereçam ensino de qualidade, compatíveis com a demanda que 
tecnológica onde a pesquisa possa ser efetivada. 
 
Com a crescente exigência de qualificação no atual mercado de trabalho, aumentou-
se a procura por cursos técnicos e superiores. 
 
O surgimento da educação a distância acrescentou a possibilidade de conciliar o 
trabalho e a educação por oferecer flexibilidade de horário e espaço, deixando esses 
de serem obstáculos para o ingresso em cursos de qualificação. Em consequência, 
trouxe algumas modificações em relação à abordagem de aprendizagem e uma 
indagação quanto à qualidade dos cursos oferecidos quando equiparados à 
educação presencial (MATA, 2001). 
 
As transformações em direção à sociedade da informação, em estágio avançado na 
atualidade, constituem uma tendência dominante mesmo para economias menos 
industrializadas e definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que 
expressa a essência da presente transformação tecnológica em suas relações com 
a economia e a sociedade (MATA, 2001). 
 
Neste contexto evolutivo, surge como alternativa a Educação a Distância como 
acesso ao conhecimento, mas sem a necessidade imediata e presente de um 
10 
 
docente; é uma alternativa de acesso ao conhecimento para inúmeras pessoas 
impossibilitadas por diferentes razões de participar da formação pelo modo 
tradicional fundamentada pela praticidade com relação à distribuição do tempo de 
estudo, e a possível flexibilidade de horários (ROSSINI, 2007). 
 
Com a crescente exigência de qualificação no atual mercado de trabalho, aumentou-
se a procura por cursos técnicos e superiores. 
 
O surgimento da educação a distancia acrescentou a possibilidade de conciliar o 
trabalho e a educação por oferecer flexibilidade de horário e espaço, deixando esses 
de serem obstáculos para o ingresso em cursos de qualificação. Em consequência, 
trouxe algumas modificações em relação à abordagem de aprendizagem e uma 
indagação quanto à qualidade dos cursos oferecidos quando equiparados à 
educação presencial (ROSSINI, 2007). 
 
A problemática em questão é: tal modelo de ensino aprendizagem tem a mesma 
eficiência do presencial? 
 
Para que se possa alcançar o objetivo primordial dessa conjuntura que é uma 
avaliação do avanço tecnológico da educação superior à distância, necessário se faz 
um estudo pormenorizado de uma interação em que fatores preexistentes para a 
criatividade, o espírito empreendedor e as condições de pesquisa científica afetam a 
vida individual e coletiva da sociedade, oferecendo o estímulo para constante 
aprendizagem e mudanças. 
 
A metodologia a ser utilizada será, basicamente, a coleta de dados e informações 
acerca da historicidade da educação no Brasil e surgimento da Educação a 
Distancia, considerando especialmente, os benefícios que tal modalidade 
proporciona para o setor educacional brasileiro, principalmente, na base de dados 
Scielo (Scientific Electronic Library Online) e sites de publicações de artigos 
acadêmicos de universidades brasileiras. Além disso, serão realizadas pesquisas 
bibliográficas, que permitem que se tome conhecimento do assunto estudado, 
tomando-se por base o que já foi publicado em relação ao tema, de modo que se 
11 
 
possa delinear uma nova abordagem sobre o mesmo, chegando a conclusões que 
possam servir de embasamento para pesquisas futuras. 
 
O método de investigação científica utilizado será o de revisão bibliográfica, 
levantando informações sobre as principais diferenças e contribuições à abordagem 
educacional em relação à educação presencial versus educação a distancia. 
 
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar quais tem sido as contribuições 
do método da educação à distância no Brasil que a educação presencial não 
conseguiu dar conta, comparando a historicidade do ensino regular e à distancia e 
assim, a eficiência, através de referencias, dos cursos oferecidos pelos dois 
modelos. 
 
Terá como objetivos específicos descrever a historicidade do ensino superior no 
Brasil; caracterizar o surgimento da educação a distancia; comparar o método de 
ensino aprendizagem em relação à educação presencial e educação a distancia; 
observar as contribuições educacionais da educação a distancia; além de comparar 
a eficiência, através de referencias, dos cursos oferecidos na modalidade a distancia 
quando comparados aos cursos oferecidos de forma presencial. 
 
Essa reflexão será dividida três capítulos a saber: o primeiro capítulo será norteado 
pela evolução histórica da educação no Brasil e sua conjuntura política. 
 
O segundo capítulo versará sobre a análise da instituição do Ensino Superior no 
Brasil e sua complexidade no cenário neoliberal. 
 
O terceiro capítulo constará das contribuições efetivas do ensino à distância, o seu 
processo de integração da comunição, por meio das novas tecnologias de 
aprendizagem proporcionando a universalização da comunicação. 
 
 
 
 
12 
 
2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO APRENDENTE 
 
 
A sociedade,vêm passando por grandes transformações, implantando assim às 
instituições e organizações, intensos desafios em relação à necessidade de 
extremas mudanças em suas metas, políticas, estruturas e métodos. 
 
“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em 
cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e 
coletivamente pelo conjunto de homens. Assim, o objeto da educação diz 
respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam 
ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se 
tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das 
formas mais adequadas para atingiresse objetivo.” (SAVIANI, 1995, p. 17 
apud DUARTE, 1998) 
 
Segundo Coelho (2003), `a escola compete formar seres humanos, cidadãos, 
pessoas que saibam, que gostem de ler, de estudar, de trabalhar com os 
conhecimentos, de interrogar a tecnologia, de interrogar os saberes e os métodos 
estabelecidos e de criar outros mais consistentes e rigorosos. 
 
Nesse contexto há a necessidade de uma abordagem mais intensiva sobre a história 
de educação através dos tempos, sua complexidade, e que ações precisam ser 
implementadas para que a educação seja a mola propulsora para a evolução da 
sociedade. 
 
Dentre inúmeras opiniões, destacamos as de Lombardi (2004) o qual divide sua 
visão da educação em duas concepções. A primeira ele caracteriza como histórica. 
Trata de uma visão mais baseada na gestão escolar, ou seja, na organização da 
escola mais ou menos como conhecemos atualmente estruturalmente. 
 
A segunda visão é o que o autor denomina de anacrônica. Esta visão considera a 
escola de ontem, em comparação com a escola de hoje, sua estrutura 
organizacional, disciplina e conteúdo, muito melhor. Nesta perspectiva, também, é 
muito importante para conhecer a historia e mudanças de nossa escola, pois o 
questionamento e discussão ressaltam a um momento qualitativamente superior, 
13 
 
porém desconsidera as transformações que ocorreram ao longo da historia, ou seja, 
avanços importantes paraa sociedade em geral. 
 
O autor ainda destaca uma terceira visão, a que ele descreve a escola como 
idealizada, ou seja, reflete uma sociedade idealizada, a qual toma tudo, todos e 
todas as relações como expressões distorcidas da realidade, ou descreve o mundo, 
o homem e a sociedade como abstratos. 
 
 
2.1 ORIGEM DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
 
 
A primeira forma marcante de desenvolvimento da educação brasileira deu-se pela 
intervenção da igreja católica, que com o objetivo de catequizar os índios, enviou os 
jesuítas. O objetivo principal da missão jesuíta era a difusão da fé, mas também se 
preocupava com o desenvolvimento de uma elite religiosa culturalmente educada. 
(XAVIER, 1980) 
 
A educação jesuíta trouxe como benefícios: transmissão de uma educação 
homogênea, mesma língua, mesma religião, mesma visão de mundo, mesmo ideal 
de homem culto, ou seja, letrado e erudito. (ALBUQUERQUE, 1993) 
 
Uma das características desta época, por meio desta intervenção, era que a 
população ficava praticamente aprisionada com os dogmas impostos pela igreja 
católica. Com a vinda de Marques de Pombal, houve uma grande reviravolta quanto 
a este quesito, pois o mesmo expulsou a companhia de Jesus do país trazendo um 
modelo de educação baseada na experimentação com o objetivo de recuperar o 
 atraso da metrópole lusitana em relação a outros países (OLIVEIRA, 2004). 
 
 
Não havia currículo, no sentido de um conjunto de estudos ordenados e 
hierarquizados, nem a duração prefixada se condicionava ao 
desenvolvimento de qualquer matéria. O aluno se matriculava em tantas 
aulas quantas fossem as disciplinas que desejasse. Para agravar este 
quadro, os professores eram geralmente de baixo nível, porque 
14 
 
improvisados e mal pagos em contraste com o magistério dos jesuítas, cujo 
preparo chegava ao requinte. (PILETTI,1988, p. 12) 
 
 
Agravava o quadro de nossa situação educacional o fato de que não havia, 
propositalmente, escolas técnicas nem superiores no Brasil, a imprensa era proibida 
e, além de, portanto, não se imprimirem livros no Brasil, era extremamente difícil 
obtê-los vindos do estrangeiro. 
 
Apesar desta reforma, algumas características instituídas pelo modelo jesuíta se 
perpetuaram, pois a primeira tentativa do Estado de assumir a educação no país não 
deu muito certo, pois ainda houve, mesmo com a retirada dos jesuítas, a 
manutenção, por parte de padres católicos, de colégios para a formação de 
sacerdotes e de seminaristas para a formação do clero secular. Apenas com a vinda 
da família real que o ensino superior foi instituído no país (OLIVEIRA, 2004) 
 
Foi a partir da primeira Constituição brasileira que a educação foi assumida pelo 
estado, sendo de responsabilidade da União, a criação de escolas universitária e de 
ensino secundário e de responsabilidade do governo estadual a educação primária e 
profissional. (ROMANELLI, 1999) 
 
Não houve sucesso neste momento da difusão da educação pelo Estado. A grande 
alavancada aconteceu quando somente a demanda para a ampliação da oferta de 
ensino de elite (o médio e o superior) às classes médias em ascensão foi atendida 
pela União, difundindo-se a ideologia da ascensão social pela escolarização. 
(OLIVEIRA, 2004) 
 
Em relação ao desenvolvimento da educação no Brasil, a Igreja católica via que 
Getulio Vargas representava um risco às escolas confessionais pois o mesmo dava 
prioridade ao ensino laico e da escola pública. Mesmo neste âmbito, a Igreja 
consegue encontrar seu lugar, com a introdução do ensino religioso na educação 
regular. (SCHWARTZMAN; BOMENY; COSTA, 1984) 
 
 
 
15 
 
2.2 A EDUCAÇÃO DO PERÍODO DA DITADURA 
 
 
Considerando neste momento o período da ditadura militar, a educação brasileira 
passou por grande transformação em sua conjectura, pois este período se 
caracterizou por grande propagação de violência e repressão, privatização e reforma 
universitária com o intuito apenas de fabricação de mão de obra e não de um ser 
pensante e (CHAUÍ et. al. SOUZA, 2012) 
 
Ainda segundo o autor, os principais efeitos do regime autoritário, ou seja, ditatorial, 
e seus interesses ideológicos e econômicos sobre o processo educacional no Brasil 
foram a devastação dos educadores nos três níveis, fundamental, médio e superior, 
pois, pelo motivo de haver uma crescente violência e repressão, perseguições, 
expulsões daqueles que tentavam a todo custo fazer valer e conhecer suas ideias, 
prisões, torturas, mortes, desaparecimentos e exílios, proporcionou sacrifícios neste 
seguimento. (CHAUÍ et. al. SOUZA, 2012) 
 
Além disso, nesta época, começaram a acontecer as privatizações no setor de 
ensino, que atualmente se estabeleceu no ensino superior, porém iniciando-se pelos 
ensinos fundamental e médio. 
 
No período da ditadura militar, as verbas destinadas ao ensino público, não 
chegavam mais ao seu destino, proporcionando uma eminente decadência às 
escolas publicas. Por este motivo, as escolas particulares se desenvolveram, 
ocupando lugar no prestígio das pessoas. (CHAUÍ et. al. SOUZA, 2012) 
 
Houve uma inversão de papeis por causa dessa situação. A educação publica que 
outrora se fazia modelo de educação, passando muito a frente de instituições 
privadas e com o oferecimento muito melhor de ensino, passou a ser caracterizada 
por oferecer uma educação pobre e deficiente, por não ter mais ajuda de custo para 
o seu mantimento. A escola torna-se devastada e desvalorizada. Já as escolas 
privadas, tomaram o lugar da primeira escola, oferecendo um ensino de melhor 
16 
 
qualidade, pois a elas, não faltava verbas, oriundas agora das famílias atendidas. 
(CHAUÍ et. al. SOUZA, 2012) 
 
A partir de 1970, houve uma tentativa de abrir as portas da escola para as camadas 
populares sem a devida preparação das mudanças que ocorreriam. Sem o respeito 
às diferenças culturais e sociais da nova clientela que chegava, as escolas foram 
abandonadas à própria sorte limitando-se a transmitir alguns conhecimentos de 
relevância questionáveis e de forma rudimentar, esvaziamento, simplificação com o 
pretexto de nivelar conteúdos para a clientela fraca, as escolas foram se 
distanciando da possibilidade de propiciar a seus alunos condições de compreender 
as transformações a sua volta ou interpretar a massa de informações. Aligeirou a 
formação dos professores. (LOPES, 1982) 
 
Em relação ao ensino superior, a ditadura introduziu uma reforma. Através do 
programa conhecido como MEC – usaid, o governo militar diminuiu o tempo de 
formação dos educandos, enquanto em muitos países o tempo de formação, 
contando o ensino fundamental e médio, é de 12 anos no mínimo, este programa 
instituiu que o necessário, no Brasil, seria de 11 anos. (LIRA, 2009) 
 
Além disso, o curso superior foi caracterizado como secundário o que hoje 
chamamos de ensino médio e houve a implementação das disciplinas optativas, 
porém não tinham diferenças quando comparadas em relação ao “cursar” com as 
disciplinas obrigatórias, pois todos os alunos deveriam cursar tanto uma quanto a 
outra. Apesar do aumento das disciplinas e de trabalho, havia poucos professores, 
principalmente pela falta de verba, isso fez com que os mesmos dobrassem seus 
horários, se dividindo em vários cursos. (LIRA, 2009) 
 
Em consequência dessa falta de verbas e de professores, acontecia um grande 
comprometimento da inteligência, pois como eles eram forçados a ministrar essas 
aulas, a qualidade consequentemente decaía. (CHAUÍ et. al. SOUZA, 2012) 
 
Após este fato, houve a falta de verbas para laboratórios e bibliotecas, desmotivando 
ainda mais os educandos a ingressarem em uma universidade pública. Foi também 
na época da ditadura que o curso de graduação de dois anos e meio foi implantado, 
17 
 
era chamado de licenciatura curta, após este período, novos professores poderiam 
ingressar nas salas de aula. O modelo das universidades atuais, aindaadvém do 
regime militar. (SOUZA, 2012) 
 
 
 
2.3 POLÍTICAS EDUCACIONAIS RECENTES E PERSPECTIVAS 
 
 
Com a passar dos nos, podemos observar que a educação vem recebendo uma 
atenção consideravelmente maior da sociedade e não apenas aquelas pessoas 
ligadas a este setor profissionalmente. Profissionais como jornalistas, economistas, 
empresários e representantes de movimentos sociais exercem um papel de 
cobrança para que a mesma possa satisfazer as necessidades do publico ao qual 
atende, pois grandes transformações econômicas, políticas, sociais e culturais 
acontecem diariamente. A isto chamamos de globalização. (TEDESCO, 1999). 
 
Nos últimos anos, no entanto, algo está mudando. A crise da educação já 
não se apresenta como um fenômeno de insatisfação no cumprimento de 
demandas relativamente estabelecidas, mas como uma expressão 
particular da crise do conjunto das instâncias da estrutura social: desde o 
mercado de trabalho e o sistema administrativo até o sistema político, a 
família e o sistema de valores e crenças. A crise, em consequência, já não 
provém da forma deficiente de como a educação cumpre os objetivos 
sociais que lhe são atribuídos, mas, o que é ainda mais grave, do fato de 
não sabermos que finalidades ela deve cumprir e para onde deve 
efetivamente orientar suas ações. Essa mudança na natureza da crise 
também reflete no âmbito dos críticos. Enquanto se tratava de deficiências, 
os críticos encontravam-se entre os próprios educadores, pesquisadores e 
acadêmicos em geral. Agora que a crise já não implica acrescentar mais da 
mesma coisa, mas modificar orientações e comportamentos, os críticos 
encontram-se especialmente entre os atores externos ao processo 
pedagógico e às instituições educacionais (TEDESCO, 1999, p.15-16). 
 
 
Políticas em alguns estados procuraram reagir à situação e buscaram novas formas 
de atuação, lendo como ideais sociais e políticos e conhecimento sobre os 
processos de ensino e de aprendizagem. Apesar de problemas e da não 
continuidade desses projetos, seus resultados são referenciais para compreender o 
fenômeno educacional, apontar diretrizes de atuação e para os PCNs (Parâmetros 
Curriculares Nacionais).( BRASIL, 1997). 
18 
 
 
A emenda Calmon (1983) vigorando a partir de 1986 garantiu os recursos para a 
educação vinculados à arrecadação da União em 18%, e listados e municípios em 
25%.Tais determinações, na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 212 
(BRASIL,1988) e regem a LDB 9.394/96 (BRASIL, 1996). 
 
De igual maneira que ocorria na Reforma do estado em geral, a da educação 
conjecturava um ataque direto às políticas públicas do setor; a redução dos gastos 
públicos com educação, a melhoria de qualidade, o aumento da produtividade do 
ensino, etc. 
 
Para viabilizar esse objetivo, as teorias educacionais e concepções pedagógicas 
foram incorporadas as diretrizes da reforma, passando a adotar uma nova 
linguagem e novos conceitos. 
 
A relação entre a educação e as transformações sociais acontece da seguinte 
forma: pela necessidade de um novo tipo de transformação para o trabalhador; 
(competências); transmissão de valores através da escola; transformação 
progressiva da escola e da educação como um todo no campo da produção de 
mercadorias; adequando ao novo mundo da globalização econômica, reduzindo 
gastos em políticas sociais e oferecendo suporte aos negócios privados. (MINTO, 
1984) 
 
A Lei de Diretrizes e Bases do Ensino não trouxe muita coisa inovadora, pois sua 
finalidade atingia a maioria neoliberal e seus preceitos não iam de acordo com o que 
a sociedade exigia (BRASIL, 1996). 
 
A chamada década de Educação Para Todos, refere-se que o entendimento da 
gestão escolar é um elemento essencial na busca de qualidade. Requer-se que a 
administração fechada e hierárquica seja substituída por uma gestão horizontal, com 
a utilização progressiva de redes interativas de organização e administração, que 
facilitem a ação cooperativa e a comunicação interna e externa. (SANDER, 2007). 
19 
 
Temos que levar em conta que fraternidade, solidariedade, justiça social, respeito, 
bondade e emancipação humana, mais do que nunca, precisam ser assimiladas e 
incorporadas como consciência e compromisso da gestão democrática da educação 
– princípios que necessitam nortear as decisões a serem tomadas no sentido da 
humanização e da formação de todas as pessoas que vivem neste planeta 
(FERREIRA, 2004). 
 
Diante de uma analise quanto a historia da educação, podemos observar que no 
decorrer dos tempos, o Estado sempre veio reestruturando ou desenvolvendo novas 
estratégias, através de políticas, em relação à educação, objetivando uma 
modificação no padrão vigente. Porém, mesmo com esta finalidade, sempre 
permanecem as bases e concepções, os princípios e valores, os propósitos métodos 
e metodologias. Na verdade, apenas reflete a reorganização da sociedade 
capitalista, ou seja, a mesma pode até se reformar ou se modernizar, mas sempre 
terá consigo seus parâmetros e contradições fundamentais sem resolução. (BRASIL, 
1959 et. al. MARCON & PASINATO, 2012) 
 
Segundo Nogueira (1995) as políticas educacionais, as propostas pedagógicas, 
carregam em si elementos centrais que são desdobramentos de projetos políticos 
mais globais, sejam conservadores ou progressistas. Naturalmente todas as 
concepções fazem à defesa da qualidade do ensino. 
 
Não se faz um desafio à construção de uma nova institucionalização escolar 
democrática e sim a construção de uma nova forma de governabilidade, de gestão 
escolar - entendida de forma instrumental e, portanto, com um conteúdo 
eminentemente normativo e pragmático, no interior do sistema educativo, e a 
contribuição da escola para a governabilidade de toda a sociedade (MESQUITA, 
2005). 
 
Na educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que 
é, da melhor forma possível, sem mistificações, sem deformações, em 
sentido de aceitação social. Assim, a ação educativa deve incidir sobre a 
realidade pessoal do educando, tendo em vista explicitar suas 
possibilidades, em função das autênticas necessidades das pessoas e da 
sociedade [...] influência da Família, no entanto, é básica e fundamental no 
processo educativo do imaturo e nenhuma outra instituição está em 
condições de substituí-la. [...] educação para ser autêntica, tem de descer à 
20 
 
individualização, à apreensão da essência humana de cada educando, em 
busca de suas fraquezas e temores, de suas fortalezas e aspirações. [...] 
processo educativo deve conduzir à responsabilidade, liberdade, crítica e 
participação. Educar, não como sinônimo de instruir, mas de formar, de ter 
consciência de seus próprios atos. De modo geral, instruir é dizer o que 
uma coisa é educar e dar o sentido moral e social do uso desta coisa 
(NÉRICE, 1972 apud ROCHA; MACÊDO, 2002 p 26). 
 
 
 
Neste contexto, verifica-se que a construção do conhecimento na perspectiva 
pedagógica solicita a parceria na discussão de ideias, respeito à comparação de 
informação e aos dissensos entre ideias e conceitos, negociação de significados, 
revisão de conclusões iniciais e aplicação do novo conhecimento. 
 
Chaves (2001) considera que a sociedade atual, por estar inserida em um novo 
espaço e um novo tempo, ou seja, tempo de novas tecnologias, a cada dia enfrenta 
um novo desafio por consequência das mesmas. Deve-se antes de tudo considerar 
que tudo que se é novo requer estudo, maior desempenho de trabalho e acima 
disso, adaptação. 
 
A escola como ambiente formador precisa estar em constante aprimoramento capaz 
de atender as mudanças significativas da sociedade visando a integração do 
indivíduo como sujeito integrante do processo ensino-aprendizagem. 
 
Em educação o alvo supremo é o educando a que tudo mais está subordinado; na 
empresa o alvo supremo é o produto material, a que tudo mais está subordinado. 
Nesta, a humanização do trabalho éa correção do processo do trabalho, na 
educação o processo é absolutamente humano e a correção certo esforço relativo 
pela aceitação de condições organizatórias e coletivas inevitáveis (GURGEL, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3 O ENSINO SUPERIOR E O SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA 
 
 
Nos dizeres de Imbernón (2000), o quadro da Educação Superior no Brasil é 
alarmante, onde a maioria financia o ensino público e agora também o privado, de 
uns poucos ungidos pela boa formação privada nos níveis fundamental e médio, 
para aqueles primeiros e aos segundos o Prouni. De outro lado, mira-se a rede 
privada, oportunisticamente criada para suprir o resultado do gargalo 
propositalmente disposto a satisfazer o desejo de consumo do mercado. 
 
Segundo Imbernón (2000), a tradição da educação continental europeia, francesa e 
italiana, influenciou a organização do sistema de educação superior no Brasil. O 
objetivo era habilitar profissionalmente, em nível superior, a pequena elite, dando a 
entender que a maioria da população se contentaria apenas com o oferecimento do 
ensino secundário, ou cursos técnicos de nível médio. 
 
Ainda de acordo com o autor, o ensino técnico de nível médio se caracterizava por 
ter caráter discriminatório e de péssima qualidade e exatamente por estas 
características, não se consolidou. Em relação ao ensino convencional, foi se 
esvaziando progressivamente, principalmente pelo descontentamento e perda de 
seus professores e também pela falta de relevância do currículo oferecido, 
resumindo-os em métodos de memorização e repetição, ou, no melhor dos casos, 
em treinamento para os exames de ingresso à universidade. 
 
No passado, a educação até o segundo grau era considerada suficiente para a 
qualificação população de classe media e até mesmo alta, principalmente para as 
mulheres. Atualmente, o que se espera é que a população conclua seus estudos até 
a universidade. A demanda dos cursos na área de humanas e ciências sociais 
aumentou consideravelmente nas ultimas décadas, assim como sua procura, sem, 
no entanto, abandonar a pretensão de oferecer, ao final, uma habilitação profissional 
qualquer, que geralmente se frustra (IMBERNÓN, 2000). 
 
22 
 
A falta de motivação para influenciar participação no processo educacional, elevam 
a quantidade de alunos que abandonam a escola pública. Sendo assim para que se 
possa ter uma educação de qualidade, o alunado procura algumas poucas escolas 
secundárias privadas. (GAIOSO, 2005) 
 
A crise que envolve a educação brasileira é parte de outra, muito maior, que se 
manifesta em todo o mundo, seja nos países desenvolvidos, seja nos emergentes. A 
crise global diz respeito principalmente à transição, que vivemos, entre a cultura 
letrada e a informatizada (FRIGOTTO, 2000). 
 
A era da informação, que tem revolucionado o modo de ser individual e coletivo, a 
natureza dos negócios, a organização social, o poder político e a própria cultura, 
com profundos reflexos na arte e na ciência da educação, exige uma nova postura 
de cada ser humano, perante si mesmo e perante os desafios criados pela 
velocidade dessas mudanças (LAUDARES, 1999). 
 
Na sociedade atual a Educação Superior é apenas uma mercadoria para atender as 
necessidades mercadológicas das pessoas. Neste caso, os critérios econômicos 
prevalecem quando no atendimento dessas mesmas necessidades ao 
considerarmos a expansão do ensino superior. (COLOSSI, CONSENTINO & 
QUEIROZ, 2001) 
 
A parceria do governo na aplicação financeira em projetos educacionais são 
privativistas, o alto investimento que as camadas médias e altas da população 
empregam nas instituições de ensino privado, facilitam sua abertura, representando 
um processo de mercantilização do sistema educacional, que encontra sua origem 
na desvalorização do sistema público e na monopolização de verbas do Estado por 
parte de uma elite. (GUZZO & FILHO, 2005) 
 
O conceito de Instituições de Ensino Superior (IES) é que as mesmas constituem um 
sistema social o qual tem o objetivo de oferecer um ensino de terceiro grau, 
pesquisa e extensão. Esses sistemas podem ser apresentados por instituições 
isoladas ou universidades. (MOREIRA, MOREIRA & PALMEIRA, 2009) 
 
23 
 
Considerando as universidades, além de seu objetivo ser o ensino, a mesma 
também incentiva o desenvolvimento de pesquisas e extensão, ou seja, considera 
que o processo de educação tem como objetivo a transformação do ser humano. 
(MOREIRA, MOREIRA & PALMEIRA, 2009) 
 
O que se verifica é uma divisão de classes, onde a Universidade é cursada por 
alunos de classe média alta, pois mesmo nas Universidades Federais o custo é alto, 
por conta do material usado, inviabilizando que a classe trabalhadora tenha acesso 
a ela. 
 
 
 
3.1 AS UNIVERSIDADES E SEU CONTEXTO HISTÓRICO 
 
 
A palavra Universidade (universitas), que pode ser definida como “o conjunto integral 
e completo de seres particulares que constituem uma coletividade determinada”, na 
realidade, se resume pelo conjunto de professores e alunos, formando assim uma 
corporação escolástica. (MOREIRA, MOREIRA E PALMEIRA, 2009). 
 
De acordo com Brundt (2000), as universidades se diferenciam de outras 
instituições, apesar de ter por finalidade a disseminação do ensino, pesquisa e 
extensão, tendo em seu processo interno, objetivos determinados. Tem sobre si, a 
finalidade de formar uma sociedade moderna, preservando a memória, formando o 
presente através do conhecimento e atividades profissionais e o futuro em relação 
ao compromisso no desenvolvimento do progresso. Não deve ser isolada em 
relação às frequentes mudanças que ocorrem na sociedade pelo motivo de sempre 
precisar acompanhar as exigências do mercado profissional. 
 
As universidades brasileiras surgiram com o intuito de atender os interesses trazidos 
pela corte real em 1808. Seguindo o modelo europeu, onde a igreja era quem 
detinha o poder de transmissão de conhecimento aos indivíduos, no Brasil, os 
24 
 
padres jesuítas assumiram esta responsabilidade, principalmente nos campos da 
filosofia e teologia. (MOREIRA, MOREIRA & PALMEIRA, 2009). 
 
A primeira universidade brasileira foi fundada no ano de 1920 e foi a Universidade 
do Rio de Janeiro. Foi um marco muito importante para o país, pois sinalizou o 
estabelecimento de uma nova era do ensino superior. Foi somente a partir do 
estabelecimento do regime de república que o ensino superior iniciou sua expansão, 
sendo que em relação às universidades, começou a impor-se depois da Revolução 
de 1930. O Estado assumiu o controle da educação no Brasil quando se deu conta 
de uma imensurável importância. (STALLIVIERI, 2006). 
 
De acordo com a Constituição brasileira, em seu artigo 207, pode-se caracterizar 
uma Universidade pela indissolubilidade das atividades de ensino, pesquisa e 
extensão (BRASIL, 1988). Desde sua gênese, a Universidade passou por muitas 
transformações e também foi responsável por transformações em vários setores da 
sociedade, porém, custa até mesmo em dias atuais a aceitar a necessidade de 
modificar ou redirecionar seus objetivos. 
 
Aqui, a Universidade é entendida como uma entidade universal no campo do 
conhecimento, responsável pela transmissão de conhecimentos, criação de novos 
conhecimentos e formação de cidadania. 
 
 
 
3.2 A EDUCAÇÃO SUPERIOR COMO INSTITUIÇÃO 
 
 
A ideia a que se é passada é que a educação de nível superior é uma instituição 
social que tem como principal objetivo formar a pequena massa elitizada de maneira 
intelectual e cientifica. Uma instituição social é caracterizada por manter sua missão 
de forma durável e estável, sendo normativa e integrando valores da sociedade. 
Acima de tudo, tal instituição se destina a promover qualificação profissional e 
desenvolvimento político, econômico, social e cultural. (COLOSSI, CONSENTINO & 
25 
 
QUEIROZ, 2001) 
 
As instituiçõesde ensino privado visam lucro, pois o investimento tecnológico é 
menor que nas instituições públicas que primam pelo padrão de qualidade, por meio 
do comprometimento com a produção científica e tecnológica do país. (WRIGHT, 
KROLL E PARNELL, 2000) 
 
Desde 1995, foram ofertadas no Brasil possibilidades legais para a expansão da 
educação superior privada, a começar pela LDBEN, e, principalmente, mediante o 
Decreto nº 2.306, de 19/08/97, da mercadorização desse nível de educação 
(BRASIL, 1997). 
 
As instituições privadas oferecem uma gama de cursos que podem ser realizados a 
distância que consistem na mediação das relações de aprendizagem como troca de 
informação entre pessoas e computadores, tornando possível uma comunicação 
mais rápida, intensa e eficiente. Por este motivo, foi possível, o atendimento por 
parte dessas mesmas instituições, de alunos reprovados, por meio de cursos 
ministrados a distancia e também de oferecer as disciplinas do primeiro semestre 
especificas e obrigatórias para alguns cursos sem necessariamente aumentar o 
numero de salas de aula, o que se faz uma grande vantagem para essas 
instituições. (BORGES, 2008) 
 
Os cursos à distância e semipresenciais é uma realidade que a cada dia se 
expande, o número de profissionais que procuram o ensino privado para 
especializar-se demonstra que o mesmo está em alta expansão, havendo a 
competibilidade de preços e ofertas de cursos. (FARIA, 2006) 
 
Segundo Perry e Rumble (1987) o estabelecimento de uma fora de comunicação de 
mão dupla, ou seja, uma interação entre professor-aluno é característica 
fundamental e básica do ensino com modalidade a distancia, pois os mesmos não 
se encontram no mesmo espaço físico e normalmente, não estão simultaneamente 
conectados, portanto, fazem-se necessários meios que possibilitem a comunicação 
entre ambos como correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou 
26 
 
fax, rádio, “modem”, videodisco controlado pelo computador, televisão apoiada em 
meios abertos de dupla comunicação. 
 
Há a necessidade de questionamentos em função da avaliação desses cursos, para 
verificação da qualidade do ensino – aprendizagem dos mesmos, visto que os 
professores que atuam no ensino privado nem sempre são tão qualificados como 
nas instituições públicas. 
 
Nas instituições públicas os professores são selecionados a partir de processos 
seletivos, com exigência de mestrado, doutorado e até pós doutorado, dando 
credibilidade à aplicação do ensino. 
 
 
 
3.3 O PROCESSO EDUCACIONAL 
 
 
De acordo com o autor Lipmam (1998) o processo de ensino aprendizagem deveria 
se desenvolver de maneira torne os estudos um processo de investigação cientifica, 
ou seja, estimular sua população alvo a não apenas receber o conhecimento de 
maneira resolvida, apenas absorvendo as informações que os professores 
repassam, mas ensinando os mesmos a investigar os problemas e estimulando-os a 
desenvolverem questionamentos, transformando os alunos em seres pensantes, 
críticos e criativos. 
 
A educação é um processo fundamental para o homem porque, ao contrário dos 
outros animais, o indivíduo humano não recebe na sua herança genética toda a 
herança acumulada pelas gerações anteriores no seu processo de ação sobre a 
realidade (LIPMAM, 1998). 
 
Sendo assim, aquilo que caracteriza, de fato, um indivíduo humano, do ponto de 
vista histórico e social, é o seu ser genérico, ou seja, a herança cultural da 
27 
 
humanidade, da qual esse indivíduo vai se apropriando ao longo de sua existência e 
que contribui para expandir. 
 
 
 
3.4 FLEXIBILIDADE CURRICULAR 
 
 
Os alunos devem enxergar a flexibilidade curricular como um modo de aproveitar as 
experiências que os mesmo carregam, levando para o desenvolvimento de seu 
conhecimento todo esse aproveitamento. Um exemplo deste aproveitamento é a 
divisão do tempo e espaço que o mesmo irá se utilizar para a realização de seus 
estudos, tanto de maneira presencial quanto não presencial, dividindo assim seu 
tempo através de módulos. É preciso conhecer qual o impacto dos meios de 
comunicação sobre os estudantes (Parecer CEB nº:11/2000). (BRASIL, 2000) 
 
Para Knowles (1990), é necessário que se estabeleça alguns conceitos 
andragogicos nos currículo e abordagens didáticas para que assim se entenda 
algumas das expectativas que o publico adulto deseja encontrar em curós 
superiores. Na verdade, os alunos necessitam de que sejam lhe informado sobre o 
que se deve aprender e qual o caminho se deve seguir. Por este motivo, também 
devem ser estimulados e motivados a trabalhar em grupos, sem ofuscar suas 
individualidades, fazendo que desenvolvam ideias próprias. Também devem 
aperfeiçoar seus métodos de estudo, desenvolvendo o jeito pessoal de estudar e 
aprender de maneira eficaz, eficiente e critica, utilizando-se dos meios de 
informação disponíveis para seu aprendizado. 
 
Segundo Martins (1998) é a partir dos treinamentos que os métodos técnicos, 
necessários para a transmissão e aplicação do conhecimento cientifico, são 
transmitidos, e são através deles que a formação do professor é constituída. Tal 
conhecimento deve ser fundamentado na qualidade dos produtos, na eficiência e na 
eficácia. 
 
28 
 
Quando se fala de alunos autônomos e agentes de sua própria aprendizagem, fala-
se de uma escola que não os considera receptores passivos de um professor que 
não define sozinho o que e como devem aprender. 
 
Devido á crescente importância da comunicação na sociedade atual, globalizada 
tecnificada, a educação é chamada a construir-se em espaço de mediação entre o 
educando e o meio ambiente povoado de máquinas cada vez mais inteligentes 
(MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2006). 
 
Levando em consideração este contexto, podemos considerar que o conhecimento 
humano é diversamente explicativo considerando seu surgimento e 
desenvolvimento, depende de diferentes referenciais, isto faz com que o 
conhecimento e conceitos de homem, mundo, sociedade, cultura, educação, escola, 
ensino e aprendizagem, relação professor-aluno, metodologia e avaliação sejam 
condicionado. (MIZUKAMI, 1986) 
 
Mediante a evolução mundial, os países da América Latina têm dado passos 
importantes no sentido de criar cada vez mais oportunidades para formar seus 
cidadãos e aumentar as reservas de capital intelectual e de profissionais altamente 
qualificados, além de dar-lhes condições de acesso ao mercado de trabalho com 
vistas à geração de renda e melhoria de condições de vida (DOXSEY, 2005). 
 
Neste aspecto, a oferta de cursos, de distintas áreas no ensino superior elevou-se 
consideravelmente, diversificando assim as oportunidades e em consequência, as 
matriculas para tal ensino praticamente dobraram nas ultimas décadas e continuam 
crescendo (DOXSEY, 2005). 
 
Mesmo com tal característica, ainda são deficientes os esforços para o atendimento 
quando relacionados à demanda de indivíduos aptos para usufruírem estas 
oportunidades de se inserirem no mercado de trabalho com formação de nível 
superior, melhorando assim suas chances devido à qualificação (DOXSEY, 2005). 
 
29 
 
O que se discutiu nesse capítulo é a expansão do Ensino Superior, visto a grande a 
evolução do processo de globalização mundial que a cada dia exige maiores 
competências para a entrada no mercado de trabalho. 
 
Os profissionais que o mercado exige, devem ser críticos, criativos e com elevado 
grau de escolaridade. 
 
Mediante a rapidez das mudanças históricas e das transformações sociais exige que 
os governantes proponham alternativas de ensino para que todos possam usufruir 
da evolução elevando o patamar social do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4. CONTRIBUIÇÕES SIGNIFICATIVAS DO ENSINO A DISTÂNCIA 
 
 
4.1FUNDAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
O ensino a distância surge, na Europa, a partir do século XIX,com a introdução de 
alguns cursos realizados via correspondência por institutos e escolas, utilizando-se 
assim, inicialmente apenas suportes e materiais impressos. (BORGES, 2008) 
 
 
 
4.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL 
 
 
A educação a distância é uma modalidade de ensino diferentes das outras 
metodologias, pois sua proposta pedagogica e atividades sao desenvolvidas com o 
auxilio das diferentes midias existentes, como por exemplo, radio, televisão, 
videoconferencia, materiais impressos e internet. (BORGES, 2008) 
 
O material mais utilizado desde seu surgimento são os metodos impressos, porém o 
metodo que oferece maior resposta positiva quanto a interatividade é a internet, 
proporcionando além disso maior colaboração e cooperação entre os participantes 
do processo. 
 
Para Sales (2009), o uso da internet como meio de instrução é um processo 
consideravelmente espantoso pelo impacto expansivo que a mesma dispoe, 
principalmente quando consideramos o ensino superior, pois democratiza o saber, 
dando acesso a quem quer que tenha interesse e se torna um importante meio 
valorativo no uso de novas tecnologias de informação e comunicação. 
 
Pelo motivo de conexão de varias pessoas em qualquer tempo e lugar, a internet 
possibilita a realização de troca de aprendizagem em ambientes virtuais, entre 
31 
 
professores, alunos e tutores, atraves de realização de atividades colaborativas e 
acesso a conteudos e bibliotecas virtuais. (VASCONCELOS, 2008). 
 
Assim sendo, 
 
A educação a distância pretende expandir oportunidades de estudo, se os 
recursos forem escassos, e ainda procura familiarizar o cidadão com a 
tecnologia e oferecer meios de atualização profissional e continua, torna-se 
indispensável quando os espaços formais de ensino se tornarem 
insuficientes para atender a demanda de profissionais sem qualificação 
adequada para atuar no mercado de trabalho (LIBÂNEO, OLIVEIRA, 
TOSCHI, 2007, p. 266). 
 
 
 
4.3 DESAFIOS 
 
 
As intituições de ensino a distância que prezam pela qualidade da ensino, se 
distinguem das demais por desenvolverem propostas e estrategias metodologicas 
mais adequadas considerando-se assim, o ensino e a aprendizagem. Elaboram 
adequadamente as tarefas e atividades que serão desenvolvidas colaborativamente 
de maneira individual e grupal (FURTADO, 2008). 
 
Essas instituições prezam nao apenas pela suficiente interatividade, como 
consideram de fator primordial para troca de informações e desenvolvimento do 
conhecimento entre os alunos, tutores e professores, disponibilizando claro e 
explicativo calendario academico, material didático e todo o recurso necessário, 
considerando que sem a participação do educando, não ocorre a adequada difusão 
do conhecimento. (FURTADO, 2008) 
 
Segundo Prado e Valente (2002), desde o surgimento da modalidade da educação a 
distância mediada por computador, novas exigências se impõem tanto aos 
professores que, além de sua formação acadêmica, necessitam de formação em 
tecnologia e em comunicação educacional multimídia para ensinar, quanto aos 
alunos, mesmo da geração web, que passam a ter acesso a um novo formato de 
32 
 
curso para o qual devem dominar ferramentas e desenvolver habilidades de 
aprender a aprender. 
 
 
 
4.4 BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
 
A primeira empresa particular a trazer o serviço de ensino a distância foi o Instituto 
Monitor, que desde 1939 já atendeu milhões de pessoas. Seus cursos eram 
profissionalizantes voltados para quem não tivesse tempo de especializar numa 
escola convencional.(MOUTINHO, 2010) 
 
O Instituto Universal Brasileiro foi criado na decada de 1940 com foco na formação 
técnica. Atualmente, conta com a quantidade de 200 mil aluno e em toda a sua 
tragetoria, desde sua fundação, já atendeu mais de 4 milhões de pessoas. (SOUZA, 
2011) 
 
Com a evolução do meios de comunicação, em especial o rádio, a televisão e a 
internet, houve um avanço na criação de cursos à distãncia, onde o MEC tem um 
papel fundamental que é direcionar ações efetivas de um ensino de qualidade. 
(BRASIL, 2007) 
 
Existem ainda cursos com pouca duração e outros que oferecemm intercâmbios, 
isso faz com que seus participantes criem comunidades de aprendizagem. A 
educação a distância vem se disseminando por oferecer algumas características 
atraentes aos educandos, como liberdade de acesso, baixo custo, flexibilidade de 
estudos além de facilidade de comunicação. Atualmente, os cursos presenciais 
combinam momentos e atividades não presenciais (BORGES, 2008). 
 
Ainda segundo Borges (2008), as vantagens de se fazer um curso a distancia são: 
 
•Combinação entre estudo e trabalho. 
33 
 
• Permanência do aluno em seu ambiente familiar. 
• Menor custo por estudante; 
• Diversificação da população escolar; 
• Pedagogia inovadora; 
• Autonomia do aluno; 
• Materiais didáticos já incluídos no preço; 
• Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio; 
• Apoio com conteúdos digitais adicionais; 
• Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade; 
• Enfim, a EaD possibilita uma flexibilidade: Onde estudar? Quando estudar? Em 
que rítmo? 
 
Sendo assim, o número de alunos que procuram pelo ensino à distância aumenta, 
pois pode-se conciliar perfeitamente estudo e trabalho com flexibilidade de horários 
e disponibilidade de tempo. 
 
 
4.5 DIFERENTES TIPOS DE INTERAÇÃO DETERMINAM 
DIFERENTES ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DE EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA 
 
 
Valente (2002) considera que metodologias aplicadas no ensino a distancia podem 
estar em um extremo “broadcast”, o qual se utiliza de meios comunicativos 
tecnológicos para a disseminação de informações aos educandos. Neste contexto, 
elimina-se a interação em ambientes virtuais. Existe outro extremo considerado, no 
qual acontece o acompanhamento da construção do conhecimento mediado pelas 
tecnologias, este extremo é denominado “estar junto virtual”. 
 
O autor ainda ressalta que é a proposta educacional a qual se embaso o ensino a 
distancia que orienta funções como o papel do professor e tutor assim como a 
escolha do melhor tipo de material disponibilizado, a combinação de dispositivos 
tecnológicos para facilitar a comunicação, a necessidade de se combinar ações 
34 
 
presenciais e a distância, a colaboração entre alunos e a avaliação da 
aprendizagem. 
 
Em comparação com o ensino presencial, o papel dos educadores e educandos 
tornam-se distintos na educação a distancia, pois nesta modalidade os alunos 
devem se tornar comprometidos com os estudos, organizando seus horários e 
tarefas e principalmente aprendendo a trabalhar em grupo de maneira colaborativa e 
cooperativa, e por este motivo, se destaca a atuação dos alunos na participação da 
quando em construção do conhecimento. (BORGES, 2008). 
 
Na tentativa de obtenção de uma educação de qualidade, diminuindo as 
discrepâncias sociais, é proposto um novo modelo filosófico. Com isso, se constrói 
valores educativos os quais são capazes de atender as expectativas das pessoas. 
(PEREIRA, 2005) 
 
Tomando em consideração o educador, o mesmo deve compreender as implicações 
quanto à diferenciação e deslocamento do espaço tempo em relação ao ensino 
presencial para a sua pratica pedagógica, pois se trata de uma nova concepção em 
relação ao ensino e a aprendizagem. (BORGES, 2008) 
 
Segundo Peters (2003), muitos docentes consideram que a única diferença existente 
entre o ensino presencial e o ensino a distância é apenas a “distância”, ficando o 
processo de ensino-aprendizagem idêntico. Sendo assim, ensinar tem a docência 
como centro do processo, e aprender tem o aluno como foco da atenção. 
 
De acordo com Mata (2001), os cursos ministrados a distancia foram adaptados 
para que o aluno conseguisse desenvolver seus estudos sozinhos, considerando a 
metodologia, os objetivos a serem alcançados, as estratégias, o material didáticooferecido pela instituição e o corpo docente do curso, ou seja, os tutores e 
professores. Por este motivo é que o estudante deve ser disciplinado, organizado e 
motivado, pois é ele que vai determinar seu ritmo de estudo e adapta-lo a sua vida 
cotidiana, principalmente também, pelo motivo de esse tipo de abordagem 
ministrada pelos cursos oferecidos a distancia não garantirem o sucesso da 
formação do aluno. 
35 
 
4.6 INTERAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
 
O processo de interação e comunicação são fundamentais para a construção do 
conhecimento. 
 
Devenport (1998) descreve que a matéria prima do conhecimento é a informação, 
pois ela se faz como o primeiro passo para que se possa tomar conhecimento de 
algo. Portanto, o conhecer seria interpretar e fazer nosso tudo aquilo que 
recebemos, ou seja, é compreender e integrar as informações transmitidas. 
 
O conhecimento se faz por um eficiente e eficaz processo de interação interno e 
externo, ou seja, por uma comunicação adequada e confiante. Assim há 
desenvolvimento continuo quanto aos processos de aprofundamento dos níveis de 
conhecimento pessoal, comunitário e social. (OMATI, 2008) 
 
Em relação ao aprendizado, o mesmo se faz com tecnologias avançadas e ambiente 
participativo e colaborativo, vivencial onde se desenvolve uma comunicação mais 
aberta possibilitando o compartilhamento do saber, como também de estimulo e 
motivação constante. (OMATI, 2008) 
 
 
 
4.7 PLANEJANDO-SE PARA ESTUDAR NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
 
É importante ressaltar, que na educação a distância, em relação à organização 
acadêmica, deve-se um sistemático processo de ensino e aprendizagem adaptado a 
cada aluno, pois muitos destes encontram dificuldades no manuseio solitário do 
computador, sem nenhum tipo de interação. Quando o aluno é mais adulto e com 
maior nível de aprendizagem se torna mais fácil para ele uma aprendizagem tanto 
individual quanto grupal. Tais pessoas preferem seguir seus caminhos de maneira 
que mais se adéquam, livres para escolher o que melhor lhe parecer, portanto 
36 
 
necessitam do mínimo de indicações para avançarem em seu conhecimento. 
(BORGES, 2008) 
 
Outros alunos apresentam maior grau de dependência, necessitando de constante 
orientação e monitoramento para se desenvolver em um ambiente virtual. Ainda 
existem aqueles que melhor aprendem quando trabalham colaborativamente física e 
virtualmente. Neste contexto, cada aluno deve construir uma grade de estudos que 
melhor lhe convier. (ALVES E VEIGA, 2008) 
 
O estudo a distância, normalmente necessita de certa disponibilidade de carga 
horária semanal de estudos por parte do aluno, portanto ele deve se organizar em 
seu próprio tempo e espaço para conseguir acompanhar tal tipo de curso. Deve 
também fazer uma analise em sua agenda e um cronograma de estudo que deve 
incluir também fim de semanas e feriados, reservando dias e horários específicos 
para esse fim. Disciplinar-se para cumprir o horário planejado agiliza a realização 
das atividades e poupa esforço. (ALVES E VEIGA, 2008) 
 
Nessa fase, o tutor tem um papel de extrema importância, pois detém a capacidade 
de demonstrar os atalhos, o manejo eficaz das ferramentas que estão a disposição 
do aluno. (ALVES E VEIGA, 2008) 
 
É de interia importância que o tutor demonstre o interesse que tem em motivar os 
alunos para que assim se melhore o processo de ensino e aprendizagem, dentro, é 
claro, de suas limitações temporais, sempre estando sempre a ouvir, apoiar e 
principalmente motivar os alunos. (ALVES E VEIGA, 2008) 
 
 
 
4.8 DIFICULDADES EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
 
Para que se acompanhe de maneira positiva o ensino oferecido a distancia, faz-se 
necessário que o aluno seja comprometido com os estudos, sendo estimulado a 
37 
 
cada dia para que sua atenção permaneça do inicio ao fim do curso. (LIMA, SILVA E 
PAIVA, 2010) 
 
Os processos convencionais de ensino, em conjunto com o acumulo de atividades 
cotidianas, faz com que a autonomia dos educandos se torne cada vez mais difícil a 
organização pessoal para um curso realizado a distancia. 
 
Quando ao aluno é desorganizado no ensino presencial, migra esta característica 
para o ensino realizado a distancia, deixando de realizar as tarefas nos prazos 
estipulados e com isso tendo dificuldade para acompanhar o ritmo do curso. Esta 
característica diminui consideravelmente sua motivação e consequentemente sua 
aprendizagem e a do grupo. (MORAN, 2002). 
 
Em decorrência deste fator, tais alunos deixam de participar das atividades 
propostas e muitos têm dificuldades em retornar seu entusiasmo e motivação para 
dar continuidade ao curso. 
 
No ensino presencial, uma conversa com colegas mais próximos e/ou do professor 
pode ajudá-lo a voltar a participar do curso, já no ensino a distância isso é possível, 
mas não é fácil. 
 
No ensino realizado a distância é necessários que os alunos estejam e sejam 
motivados continuamente, e os alunos que assim são, facilitam o processo de 
ensino e aprendizagem tanto em uma sala de aula quanto em um ambiente virtual. 
(PADILHA E SELVERO, 2012) 
 
Normalmente os alunos que mantém um ritmo continuamente lento no ensino 
presencial, o manterá em um ambiente virtual se não haver propostas inovadoras e 
motivadoras. 
 
Para tanto, os professores-tutores têm um papel fundamental nesse processo, pois 
as atividades devem ser contextualizadas, bem preparadas, que induzam o alunado 
tanto presencial como virtual a ter curiosidade de pesquisa e satisfação na evolução 
do processo de ensino- aprendizagem. (FURTADO, 2008) 
38 
 
 
Para que esse processo se efetive, os alunos devem reunirem-se periodicamente 
em grupos, em locais específicos, para receber apoio instrucional, onde discute-se 
conteúdo, esclarece-se conceitos, realiza-se trabalhos em grupos , experiências em 
laboratórios, simulações e outros exercícios relacionados com a aprendizagem. 
(FURTADO, 2008) 
 
Neste sentido, o grupo precisa interagir, pois é a partir dos bate-papo, que a troca de 
experiências ocorre. Quando um aluno está com dificuldades, explana dúvidas com 
outros colegas que estejam com a mesma dificuldade. 
 
O que ocorre de negativo é que nem sempre o colega está online, no horário em que 
o mesmo necessite de informação, ocorrendo o mesmo com o tutor, onde às vezes 
o horário de plantão não coincide com o do aluno, dificultando a interação. 
 
Os fóruns são um instrumento de interação, de grande valia para a construção do 
conhecimento, pois é um espaço onde as dúvidas podem ser sanadas. 
 
 
 
4.8.1 OBSTÁCULOS QUE CAUSAM ENTRAVES NO ENSINO À 
DISTÂNCIA 
 
 
O surgimento de uma modalidade de ensino a distância não possibilitou a 
erradicação de algumas situações problemas que ocorrem no ensino presencial. 
 
Pelo fato desta modalidade ter propiciado uma maior abrangência no oferecimento 
de cursos técnicos e superiores, um público em constante elevação tem sido 
atingido, pois a correria do dia a dia tem tomado muito tempo das pessoas, não 
possibilitando, na maioria das vezes, um encaixe dos estudos em sua rotina 
(MARTINS; HOKARI, 2011). 
 
39 
 
O ensino superior à distância, em primeira instância veio beneficiar este público em 
particular, o qual posiciona a falta de tempo como principal obstáculo para o 
ingresso em uma qualificação. 
 
Quando comparamos o ensino e métodos convencionais ao ensino à distância, 
concluímos que os alunos, ao ingressarem na segunda opção, devem desenvolver 
um elevado grau de maturidade e comprometimentos aos estudos, pois muitas 
vezes, os alunos desenvolvem dúvidas quanto ao assunto transmitido, não sabendo 
diagnosticar qual parte é relevante para elevar seu conhecimento. Desta forma, não 
conseguem se adaptar a este tipo de ensino (ORTEGA, 2012). 
 
Constata-se uma desvantagem quanto ao curso realizado a distância, é a deficiênciade um equipamento adequado para que o aluno possa transcorrer adequadamente 
pelo curso, além disso, muitos não possuem nem ao menos conhecimento básico 
para navegar nas plataformas das universidades, diminuído assim, 
consideravelmente a motivação necessária para o sucesso. 
 
O insuficiente domínio técnico do uso do computador (principalmente da 
internet),falta da tradicional relação face a face entre professores e 
acadêmicos, dificuldade de expor ideias numa comunicação escrita a 
distância e a falta de um agrupamento de pessoas numa instituição física 
(BRUNO 2010, p.10) 
 
 
Uma pesquisa realizada pelo Censo EAD.br no ano de 2010, demonstrou alguns 
obstáculos, de acordo com instituições de ensino superior para a implantação dos 
cursos à distancia e também e as principais causas de evasão como veremos nas 
tabelas a seguir. 
 
 
 
Obstáculo em EAD, Segundo as percepções das Instituições Educacionais 
40 
 
 
 
Fonte: Censo EAD.br 2010 
*Os dados na tabela referem-se ao número de respostas obtidas no estudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Causas da evasão segundo a percepção das Instituições Educacionais 
 
 
 
Fonte: Censo EAD.br 2010 
*Os dados na tabela referem-se ao número de respostas obtidas no estudo 
 
 
De acordo com a pesquisa, podemos observar que as principais causas de evasão 
apontadas pelas instituições investigadas foram a falta de tempo, por parte do aluno, 
disponibilizado para seu estudo, além do acumulo de atividades de seu trabalho e a 
falta de adaptação quanto à metodologia oferecida pelos cursos a distância 
(LAGUARDIA; PROTELA, 2009). 
 
Normalmente, para os citados autores, o primeiro semestre é o período onde ocorre 
a maior parte da evasão, pelo motivo dos alunos não se adaptarem à rotina dos 
estudos individuais, ou seja, a falta de maturidade e comprometimento para um 
caminhar não permite que se alcance o sucesso desejado. Isso ocorre pelo motivo 
de os alunos ainda procurarem a EAD com a ideia de que é possível aprender sem 
esforçar-se, o que não é uma verdade. 
 
 
 
 
42 
 
4.9 AVALIAÇÕES 
 
 
Segundo Méndez (2002), a avaliação não é um apêndice do processo ensino – 
aprendizagem, é parte desse processo na medida em que os sujeitos, 
simultaneamente aprendem e avaliam, discriminam, valorizam, criticam, opinam, 
raciocinam, decidem, optam, julgam. 
 
Nos dizeres de Libâneo (1994), a avaliação é um componente do processo de 
ensino que tem como principal finalidade determinar a assimilação e 
correspondência dos alunos para com o conteúdo ministrado, ou seja, verificar 
essencialmente e os objetivos propostos no inicio do curso foram alcançados em 
seu termino através das atividades didáticas propostas. 
 
Para Luckesi (2002), a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados 
relevantes do processo ensino- aprendizagem, cuja função é auxiliar o professor a 
tomar decisões sobre seu trabalho. 
 
Em se tratando de educação a distância e especificamente no quesito a avaliação, 
as mesmas podem ser realizadas de maneira presencial e não presencial. De 
acordo com o Decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005, as avaliações realizadas 
presencialmente devem ter maior peso na nota final (Brasil, 2005) 
 
Jorge Valadares e Margarida Graça (1998) dividem as avaliações dos cursos 
oferecidos a distancia da seguinte maneira: 
 
• Avaliação Prévia: utilizada para determinar onde cada estudante deve ser 
integrado ao iniciar uma nova fase da sua aprendizagem. Alguns autores também a 
chamam de avaliação de nivelamento. 
 
 Avaliação de Diagnóstico: para diagnosticar dificuldades de aprendizagem do 
estudante no decorrer desta. 
 
43 
 
 Avaliação Formativa: para aquilatar acerca do progresso da aprendizagem do 
 estudante no decorrer desta. 
 
 Avaliação Formadora: contribui para que o aluno aprenda a aprender. 
 
 Avaliação Somativa: para avaliar a consecução do estudante no final de cada fase 
da sua aprendizagem. 
 
Nos diferentes momentos avaliativos, segundo Moran, Masetto e Behrens (2006), 
podem ser utilizados alguns instrumentos como a realização de trabalhos em grupo, 
provas escritas no final de cada modulo ou unidade, testes no decorrer do curso e 
das unidades, assim como defesas de monografias e tcc. Os fóruns avaliativos 
também servem como excelente forma de avaliação complementar. Todas as 
atividades citadas podem ser realizadas presencial ou virtualmente. 
 
As outras avaliações ocorrerão, muito provavelmente, por meio do ambiente virtual 
de aprendizagem (AVA) e serão realizadas por meio de diferentes ferramentas, 
dependendo da proposta de avaliação. Poderão ser usadas as ferramentas: fórum, 
tarefas, lição, questionário, wiki, diário (BORGES, 2008). 
 
Essas avaliações virtuais possuem datas mais flexíveis, ajustando-se, ao 
espaço/tempo dos alunos. Por este motivo, exige maior comprometimento e atenção 
por parte dos educando, pois as mesmas são programadas no sistema virtual, tendo 
período para inicio e término. (BORGES, 2008). 
 
Observa-se que uma das preocupações do professor em EaD é acompanhar o 
progresso do aluno, desde início até o fim de um determinado curso, sendo os blogs 
ideais para organizar esse acompanhamento. 
 
Neste contexto a avaliação tem como prioridade, analisar as situações de 
aprendizagem para que produzam mudanças na educação, adaptando-se para 
atender às novas necessidades implicadas na formação do educando. 
 
44 
 
É a partir da avaliação que poderá ser medida a participação do alunado no contexto 
do aprendizado. A partir das dificuldades encontradas, o processo educacional 
poderá ser refeito, levando-se o em consideração à propositura de Libâneo (1999) 
que destaca mudanças na formação do alunado: 
 
●mediar o conhecimento; 
●ensinar a pensar; ensinar a aprender a aprender; 
●respeitar as diferenças; aprender a administrar conflitos; 
●formar sujeitos pensantes, críticos e argumentativos; 
●incorporar novas tecnologias de comunicação e informações; 
●desenvolver no educando comportamentos éticos; 
●fortalecer os vínculos entre a organização escolar e sala de aula. 
 
Desse modo, o processo de avaliação é muito mais consistente, pois abrange o 
alunado num todo, fazendo com que o professor e a escola possa avaliar como se 
procede a aprendizagem e produzir estratégias motivadoras para que o objetivo 
proposto possa ser alcançado. 
 
 
 
4.10 APROVAÇÃO 
 
 
De acordo com a Portaria GR no 308/2009, que dispõe sobre normas para a 
sistemática de avaliação do desempenho acadêmico dos estudantes de graduação 
na modalidade de educação a distância e procedimentos correspondentes, 
“frequência é um critério utilizado para a aprovação do aluno, e que se caracteriza 
pela participação e realização do mesmo nas atividades indicadas no plano de 
ensino do curso como sendo aquelas que serão consideradas no seu cômputo”. 
(BRASIL, 2009). 
 
Portanto, será cobrada dos estudantes uma frequência igual ou superior a 75% nas 
atividades curriculares indicadas pelo professor no plano de ensino. 
45 
 
Apesar de o curso ser ministrado a distância, a proposto destes cursos prevê que o 
aluno matriculado tenha total respaldo do polo presencial, mantendo contato com 
seus professores e tutores e também, realizando algumas atividades, pois cada 
disciplina administrada requer a realização de certa quantidade de atividades 
semanais, sob a orientação dos agentes citados acima e além disso, tendo apoio 
dos tutores virtuais. (ALVES E VEIGA, 2008) 
 
O que se verificou nesse estudo de um modo geral é a distância pedagógica 
produzida pelo acesso limitado aos recursos educativos e pela dificuldade para o 
aprendiz exercer uma influência direta sobre o desenvolvimento de sua experiência 
educativa. 
 
O aspecto principal da Educação a Distância reside na escolha dos recursos, na 
valorização que se dá às ferramentas disponíveis e também na possibilidadede o 
aprendiz ter uma participação mais efetiva no seu processo de aprendizagem. 
(OMATI, 2008). 
 
Nota-se uma maneira particular de criar espaço para gerar, promover e implementar 
situações em que os alunos aprendam, motivando-os para que se empenhem em 
adquirir conhecimentos necessários para uma evolução do processo de ensino-
aprendizagem. 
 
A fundamentação primordial é a relação professor-aluno, que diferentemente do 
ensino regular substitui a proposta de assistência à aula regular por uma nova 
proposta, na qual os docentes ensinam e os alunos aprendem mediante situações 
não convencionais. 
 
Um dos pontos positivos desse processo é a flexibilidade, que favorece o aprendiz, 
que tem liberdade de escolher o tempo e o espaço que mais lhe convém para 
estudar, bem como a escolha de materiais de aprendizagem além daqueles que lhe 
são disponibilizados permitindo ajustes constantes com base no feedback 
proporcionado pela interação com outros elementos. (BORGES, 2008). 
 
46 
 
Mediante essa visualização contextual, alguns problemas se apresentam, pois 
muitas vezes percebe-se que o processo evolui muito lentamente e há muita 
resistência em prosseguir com esse trabalho, visto que a preocupação maior é 
sempre dirigida para questões práticas de utilização de recursos tecnológicos antes 
que para a investigação e para descoberta do potencial pedagógico desses 
recursos, o que exige reflexão sobre a prática e os resultados do trabalho em termos 
de aprendizagem, cuja característica se formula de situações complexas, ambíguas, 
abertas e de enunciados imprecisos, cuja resolução implica mobilizar competências 
necessárias para aprender fazendo o que não se sabe fazer (MORAN; MASETTO; 
BEHRENS, 2006). 
 
A expectativa de superar obstáculos para um processo efetivo de ensino 
aprendizagem baseia-se na argumentação de que o trabalho com ambiente logo é 
atraente, estimula, motiva os alunos a desenvolver sua criatividade, pois o ambiente 
interativo torna diferente e excitante o ensino realizado através do computador, 
gerando um novo envolvimento com a aprendizagem e faz com que surjam novos 
desafios (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2006). 
 
Articulando teoria e prática desperta a necessidade de inovar e experimentar 
diferentes metodologias que nos proporciona a enfrentar desafios como discutir o 
avanço tecnológico da comunicação utilizando os recursos apropriados pelo seu 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
5 CONCLUSÃO 
 
 
O interesse em uma formação de nível superior esta sendo cada vez mais procurado 
e incentivado, pode-se dizer que, a medida que há um progresso humano, também 
ocorre um aumento dessas instituições, tornando assim uma parte da história do 
outro. 
 
A educação de nível superior é uma instituição social que tem como principal 
objetivo formar a pequena massa elitizada de maneira intelectual e cientifica. Uma 
instituição social é caracterizada por manter sua missão de forma durável e estável, 
sendo normativa e integrando valores da sociedade. Acima de tudo, tal instituição se 
destina a promover qualificação profissional e desenvolvimento político, econômico, 
social e cultural. 
 
À universidade resta o compromisso de gerar o saber, o qual está interligado a 
verdade, justiça e igualdade, porém nãoo se pode afirmar que a quantidade de 
cursos superiores oferecidos é igualmente proporcional à qualidade relacionada a 
eles, deixando assim, muitos de seus formando, quando inseridos em um mercado 
de trabalho extremamente competitivo, deficientes e carentes de um verdadeiro 
saber. 
 
As leituras indicam que o trabalho de aprendizagem e ação no futuro consistirá em 
uma sequência de reuniões sucessivas, ora presenciais ora a distância, interligando 
pessoas, problemas, fatos e ideias, inteligências e conhecimentos, espalhados pelo 
mundo, mais interdependentes e intercambiáveis. 
 
Podemos concluir que alguns aspectos ocorridos em um curso ministrado 
presencialmente são transferidos para um curso ministrado a distancia. A 
desmotivação, a deficiente capacidade de interação entre professores-tutores-
alunos, a falta de organização e comprometimento com os estudos e dificuldade de 
trabalho em grupo são características que ainda não foram sanadas nem no ensino 
presencial e também no não presencial. 
48 
 
Porém, podemos também concluir que, quando o aluno traz consigo a motivação, a 
organização e a autonomia desenvolvida no ensino regular, a eficácia dos cursos 
ministrados a distancia se torna efetiva, pois considerando o conteúdo, o material e 
até mesmo alguns métodos o mesmo se compara com a educação ministrada 
presencialmente, além de ter consigo a vantagem da utilização das novas 
tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
 
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