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Semiologia da tireoide

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SUMÁRIO
1. Definição ....................................................................... 3
2. Anatomia da Tireoide ............................................... 6
3. Histologia da Tireoide ............................................12
4. Fisiologia da Tireoide ..............................................13
5. Exame Físico da Tireoide ......................................21
6. Ausculta Tireoidiana ...............................................28
7. Palpação de Linfonodos .......................................31
8. Descrição do Exame Tireoidiano .......................32
Referências Bibliograficas .........................................34
3SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
1. DEFINIÇÃO
A tireoide é uma glândula endócri-
na localizada na região anterior do 
pescoço com formato de borboleta 
ou escudo, constituída de dois lobos 
e um istmo que os unem centralmen-
te. É facilmente encontrada por estar 
abaixo da estrutura popularmente 
conhecida como “pomo de Adão” ou 
“gogó” que são regiões proeminen-
tes, principalmente em homens. Mas 
como age essa glândula? A tireoide 
interage com diversos órgãos e sis-
temas do corpo humano como cére-
bro, coração, fígado, ossos, siste-
ma genital, gastrointestinal, dentre 
outros, além de ser responsável pela 
produção e/ou secreção de hormô-
nios essenciais para o metabolis-
mo, crescimento, desenvolvimento 
e homeostasia do indivíduo como a 
tiroxina (T4), a triiodotironina (T3) 
e a calcitonina. Falaremos detalha-
damente nos próximos tópicos sobre 
a produção, ação e importância de 
cada um desses hormônios.
Mas, de antemão, lembre-se que 
os dois primeiros hormônios su-
pracitados são estimulantes, 
primordialmente, do metabolismo e 
alterações em sua composição fun-
cional natural se manifestam com 
síndromes clínicas bem conhecidas 
como o hipotireoidismo e hiper-
tireoidismo, tendo relação direta 
com a ação de outros hormônios, por 
exemplo, o TSH, este de liberação 
central, a partir dos processos de 
feedback positivo ou negativo que 
determinam a secreção hormonal. A 
calcitonina é essencial para a home-
ostase do cálcio, interferindo dire-
tamente na absorção óssea. Dessa 
forma, seus níveis em quantidade in-
suficiente estão envolvidos na gêne-
se de patologias como a osteopenia 
e/ou osteoporose. 
O conhecimento sobre a anatomia e 
funcionamento da glândula permite 
uma abordagem mais abrangente e 
atenta em casos de anormalidades. 
Assim, entender a anatomia, histo-
logia, produção e secreção hormonal 
da tireoide. Posteriormente, segui-
remos nos tópicos de exame físico, 
características de normalidade alte-
rações características de patologias 
tireoidianas.
4SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 1. Representação da glândula tireoide. Aspecto folicular, com dois lobos e uma região central de união, 
o istmo. Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Fonte https://www.endocrino.org.br/
entendendo-tireoide-hipotireoidismo/ 
Figura 2. Representação da glândula tireoide e o feedback com hormônios hipotalâmicos, em especial o TSH que 
regula a liberação hormonal da tireoide. Fonte: Fiocruz. Fonte: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4308/1/
Taise%20Lima%20de%20Oliveira%20Caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20cl%C3%ADnica%20e%20molecu-
lar%20de%20pacientes%20com%20hipertireodismo....pdf
5SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SAIBA MAIS!
História e curiosidades
A palavra tireoide tem origem do Grego ‘thyreos’ e ‘oides’ que significam, respectivamente, 
‘escudo’ e ‘forma de’. Ou seja, denomina o formado de escudo característico da glândula, 
esta que também é visualizada como formato de borboleta por muitos. Ela foi descoberta 
por Thomas Warton, em 1656.
Inicialmente acreditava-se que a tireoide possuía apenas função de modelar a região an-
terior do pescoço, ou seja, era um órgão basicamente estético e somente no século XIX as 
funções endócrinas começaram a ser descobertas e correlacionadas com os efeitos clínicos. 
Em 1835, o médico inglês Robert James Graves descreveu uma das doenças mais comuns 
da tireoide conhecida como Doença de Graves, causa importante de hipertireoidismo. No 
século seguinte, Emil Theodor Kocher, médico alemão, produziu um livro, Doenças da Glân-
dula Tireoide, onde descreveu desde a etiologia, sintomatologia ao tratamento do bócio e, 
em 1909, conquistou o honrado prêmio Nobel de medicina por descrever funções glandula-
res junto a seu grupo de estudo. 
Mas e a arte, será que essa glândula despertou algum interesse cultural?
Leonardo Da Vinci, um gênio da pintura e desenhos, foi o primeiro artista a desenhar a 
glândula a partir de seu interesse peculiar pela anatomia humana e destaque mundial 
como anatomista. Este é o autor de inúmeras pinturas anatômicas como do sistema 
cardiovascular, sanguíneo, ósseo e, como nosso foco de estudo, a tireoide. 
Figura 3. Representação da glândula tireoide por Leonardo da Vinci, este que foi o primeiro pintor a re-
presentar a glândula em forma de desenho. Fonte: https://www.giuliannomolina.com.br/post/2019/03/05/
da-vinci-e-a-tire%C3%B3ide
6SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
2. ANATOMIA DA 
TIREOIDE
A glândula tireoide se localiza na re-
gião anterior do pescoço, posterior e 
profundamente ao músculo esterno-
tireóideo e músculo esterno-hioideo. 
Tem peso em torno de 15 a 30g va-
riando de acordo com a composição 
corporal e sexo e está situada ao ní-
vel das vértebras C5 a T1. A glândula 
possui dois lobos (direito e esquerdo) 
situados em posição anterolateral em 
relação à laringe e à traqueia e tem 
em média o tamanho de uma polpa 
digital, cada um. Esses lobos são uni-
dos na linha média pelo istmo. 
O revestimento externo da glân-
dula é por uma cápsula fibrosa fina 
que emite septos para seu interior e 
a partir de um tecido conjuntivo den-
so se liga aos anéis traqueais supe-
riores e a cartilagem cricoide. Assim, 
a mesma encontra-se fixa na região 
anterior do pescoço e pode realizar 
movimentos leves com a deglutição, 
para cima e para baixo, facilitando, 
por exemplo, a avaliação ao exame 
físico, quando o examinador solicita a 
deglutição no momento da palpação 
glandular ou oferta um copo de água 
para que o paciente degluta mais 
facilmente.
Cerca de 40% dos indivíduos adul-
tos tem um lobo denominado lobo 
piramidal que é situado na região 
superior da glândula. Sua ausência 
não representa anormalidade ou ma-
lignidade, é apenas uma variação 
anatômica pela embriologia, sem 
repercussões clínicas. 
Abaixo subdividimos as regiões da 
glândula de acordo com as super-
fícies medial, ânterolateral, póste-
ro-lateral e o istmo, e suas relações 
anatômicas. 
• Superfície medial: cartilagem tire-
óidea e traqueia, músculo constri-
tor da faringe e músculo cricotireoi-
deo, nervos laríngeos recorrentes 
e esôfago.
• Superfície ânterolateral: múscu-
lo esterno-tireoideo, músculo es-
terno-hioideo, músculo esterno-
cleidomastoideo, fáscia superficial 
com o músculo platisma e pele.
• Superfície póstero-lateral: tron-
co simpático e bainha carotídea*.
• Istmo: segundo ao quarto anéis 
traqueais.
*A bainha carotídea é composta pela artéria carótida 
comum, nervo vago e veia jugular interna.
7SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 4. Representação das relações anatômicas da tireoide. Podem ser visualizados músculos, artérias, órgãos 
como a traqueia, esôfago e glândulas paratireoides. Fonte: Moore, Livro de Anatomia Humana, 7ª edição.
Figura 5 e 6. Representação das relações anatômicas da tireoide por tomografia computadorizada em corte transver-
sal– imagem 5 e ressonância magnética em corte transversal – imagem 6. Fonte: Moore, Livro de Anatomia Humana, 
7ª edição.
8SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Irrigação arterial
A glândula tireoide tem uma vasta 
irrigação arterial e seu suprimento é 
proveniente das artérias tireóideas 
superiores e inferiores. Esse su-
primento intenso é essencial para o 
funcionamento da glândula e ações 
vasoconstrictoras, além disso, em si-
tuações de anormalidades clínicas, 
principalmente neoplasias, a irriga-
ção é um indicativo de malignidadese relacionadas a tumores tireoidia-
nos avaliados à ultrassonografia. 
As artérias tireóideas superiores 
tem origem das artérias carótidas 
externas e perpassam pelos polos 
superiores da glândula, chegando e 
perfurando a lâmina pré-traqueal da 
fáscia cervical e posteriormente divi-
dem-se em ramos anterior e poste-
rior. Essa irrigação é, principalmen-
te, responsável por suprir as regiões 
anteriores e superiores da glândula 
(irrigação anterossuperior). Enquanto 
isso, as artérias tireóideas inferio-
res, que são os maiores ramos dos 
ramos dos troncos tireocervicais e se 
originam das artérias subclávias es-
tão situadas posteriormente à bainha 
carotídea e irrigam a face posterior 
e inferior da glândula. Vale salientar 
que existem extensas anastomoses 
arteriais.
A artéria tireóidea ima está pre-
sente apenas em cerca de 10% dos 
indivíduos e tem origem, em geral, 
do tronco braquicefálico. Mas essa 
origem não é fixa! Atente-se, pois ela 
pode se originar do arco da aorta, das 
artérias carótida comum direita, da 
artéria subclávia ou da torácica inter-
na. E qual principal local de irrigação? 
O istmo da glândula tireoide.
Drenagem venosa
A drenagem venosa ocorre por três 
pares de veias que formam o plexo 
venoso tireóideo: as veias tireóide-
as superiores, veias tireóideas mé-
dias e veias tireóideas inferiores. As 
primeiras drenam os polos superio-
res da glândula, seguindo juntamen-
te as artérias tireóideas superiores; 
as veias tireóideas médias drenam a 
região intermediária aos lobos da ti-
reoide, seguem paralelamente as ar-
térias tireóideas inferiores, mas neste 
caso, não tem o mesmo trajeto; e as 
veias tireóideas inferiores, estas in-
dependentes, drenam a região infe-
rior da tireoide. Posteriormente, estas 
seguem para as veias braquiocefáli-
cas e as veias tireóideas superiores e 
médias para a veia jugular interna.
9SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 7. Irrigação arterial e drenagem venosa da tireoide. A imagem também representa os nervos e músculos em 
contato direto com a tireoide Fonte: Moore, Livro de Anatomia Humana, 7ª edição.
Drenagem linfática
Sobre a drenagem linfática, os vasos 
da glândula seguem no tecido con-
juntivo interlobular e se comunicam 
com a rede capsular de vasos linfáti-
cos, a sequência de drenagem ocor-
re para os linfonodos pré-laríngeos, 
pré-traqueais e paratraqueais. Os 
pré-laríngeos drenam para linfono-
dos cervicais superiores e os pré-tra-
queais e paratraqueais tem a dre-
nagem para os linfonodos cervicais 
profundos inferiores.
10SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 8. Drenagem linfática da tireoide, laringe e traqueia. Imagem com representação da drenagem da região ante-
rior do pescoço para os respectivos plexos diferenciados pela coloração na legenda. Fonte: Moore, Livro de Anatomia 
Humana, 7ª edição.
Inervação tireoidiana
A inervação da tireoide é derivada 
dos gânglios simpáticos cervicais 
superiores, médios e inferiores. Es-
tes que atingem a glândula tireoide 
pelo plexo cardíaco e periarteriais ti-
reóideos superior e inferior e seguem 
o trajeto das artérias tireóideas. Qual 
papel dessas fibras nervosas? Elas 
são vasomotoras, ou seja, causam 
constrição dos vasos sanguíneos.
ATENÇÃO À PEGADINHA!!! A se-
creção da glândula tireoide é con-
trolada pelo feedback dos hor-
mônios hipotalâmicos, logo, é 
incorreto dizer que a irrigação ar-
terial é secretomotora. 
11SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! As paratireoides são pequenas glândulas em formatos ovoides e achatadas que 
ficam posicionadas na parte externa da cápsula tireóidea, na porção posterior da glândula 
tireoide, em cada lobo. O número habitual de glândulas paratireoides são quatro, mas existem 
variações para mais ou para menos, por exemplo, algumas pessoas tem apenas duas glându-
las paratireoides, enquanto cerca de 5% dos indivíduos tem mais que quatro.
Qual a localização dessas glândulas? Em geral, duas se situam na porção superior e duas na 
porção inferior da tireoide. As superiores estão situadas ao nível da margem inferior da carti-
lagem cricoide e as inferiores estão perto dos lobos inferiores da glândula tireoide, mas pode 
ser variável, por exemplo, estando contidas no mediastino superior.
Sobre a função: essas glândulas têm o papel essencial de regular o cálcio no sangue pela 
produção do paratormônio. Os sistemas envolvidos diretamente na concentração sérica de 
cálcio são o nervoso e o muscular, pois alterações drásticas podem gerar danos significativos. 
É um hormônio de efeito antagônico a calcitonina, visto que aumenta o cálcio sanguíneo, além 
de aumentar a absorção de vitamina D pelo intestino e reabsorção de cálcio pelos rins. Em 
quantidades insuficientes pode gerar fadiga, cansaço e ansiedade.
Dentre as alterações características surgem o hiperparatireoidismo, hipoparatireoidismo, 
pseudohipoparatireoidismo e tumores de paratireoide.
Hiperparatireoidismo - O hiperparatireoidismo pode ser primário, secundário ou terciário e 
é resultante da secreção exacerbada do paratormônio. O primário tem como principal causa 
o adenoma da paratireoide, seguido de hiperplasia primária e carcinoma. No caso do secun-
dário, ocorre quando há estímulos externos à glândula, como menor concentração de cálcio 
gerando proliferação das células paratireoides. No caso no hiperparatireoidismo terciário, as 
evidências são controversas na literatura, mas alguns autores consideram como a proliferação 
de forma autônoma das células glandulares nos pacientes com hiperparatireoidismo secun-
dário, mas já com função renal reestabelecida. Hipoparatireoidismo - O hipoparatireoidismo 
resulta da secreção ineficiente da glândula ocasionando hipercalcemia e hipofosfatemia.
Figura 9. Vista posterior da tireoide evidenciando as glândulas paratireoides. São evidenciadas duas do lado direito e 
uma do lado esquerdo. Há ainda uma glândula paratireoide situada inferiormente à glândula tireoide não visualizada 
na imagem. Fonte: Moore, Livro de Anatomia Humana, 7ª edição.
12SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
3. HISTOLOGIA DA 
TIREOIDE
Vamos relembrar a um pouco de his-
tologia e para isto falaremos sobre a 
composição, formato e função celu-
lar da glândula tireoide, bem como as 
principais alterações e repercussões 
locais e sistêmicas. 
Primeiramente, você lembra o que é 
um coloide? Um epitélio cúbico ou 
colunar? E as microvilosidades? Re-
lembrar conceitos básicos histológicos 
é essencial para prosseguir. Vamos 
lá... precisamos ter em mente três ele-
mentos da histologia tireoidiana que 
são: células foliculares, células parafo-
liculares ou células C e o coloide.
A tireoide é uma glândula constituí-
da de esferas denominadas folícu-
los. Os folículos são pequenas esferas 
medindo em torno de 0,2 a 0,9mm de 
diâmetro. Os folículos que possuem 
um lúmen responsável pelo acúmulo 
de secreções, essencialmente uma 
substância gelatinosa denominada 
de coloide. O tecido é revertido por 
uma cápsula de tecido conjuntivo 
frouxo com septos que invadem 
a glândula. Esses septos dividem o 
parênquima em lobos que são, por 
sua vez, constituídos de folículos.
Os folículos tem revestimento de 
células epiteliais que variam de 
achatadas a colunares dispostas em 
epitélio simples, pois possuem ape-
nas uma camada celular. E qual a 
principal substância secretada para 
o lúmen? O coloide, elemento que 
contem precursores dos hormônios 
tireoidianos, por secretar nucleopro-
teínas, enzimas e tireoglobulinas.
Lembrem-se: essas células não são 
inertes! Sua altura varia, por exem-
plo, pela estimulação à produção hor-
monal. Vejamos, se a disposição de 
hormônios tireotrópicos circulantes 
for aumentada, a altura das células 
foliculares também é acentuada, 
bem como a atividade da glândula. 
A região basal das células epiteliais 
é rica em retículo endoplasmático 
granuloso e mitocôndrias, possui nú-
cleo central e esférico e reticulo de 
Golgi supranuclear. A porção apical 
da membrana basal é constituída de 
microvilosidades. 
Há membrana basal na qual as célu-
las epiteliaisse sustentam que tem o 
papel de sintetizar, secretar e absor-
ver diversas proteínas. 
E as células C? Pois bem, essas são 
as células parafoliculares que po-
dem tanto fazer parte do epitélio foli-
cular quanto estar em posição isolada 
dos folículos. A principal característi-
ca histológica é seu conteúdo gra-
nular, estes que são responsáveis 
pela secreção de calcitonina, em 
resposta à elevação sérica de cálcio. 
Entrando na fisiologia, a calcitonina 
estimula a captação de cálcio pelas 
células e aumento da deposição no 
tecido ósseo, sendo excelente para o 
crescimento, desenvolvimento e ma-
turação óssea.
13SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 10 e 11. A imagem 10 representa os folículos tireoidianos como esferas, preenchidos por coloide. A imagem 
11 representa os folículos e as células parafoliculares secretoras de calcitonina. Fonte: Imagens do livro Junqueira e 
Carneiro. Histologia Básica, 10ª edição.
O principal elemento regulador da 
estruturação e função da glândula 
tireoide é o hormônio tireotrópico 
(TSH), secretado pela hipófise. A 
partir de então surgem feedbacks e 
retroalimentações positivas e nega-
tivas da glândula tireoide e hipófise 
que serão detalhados no próximo tó-
pico, fisiologia tireoidiana. 
4. FISIOLOGIA DA 
TIREOIDE
Aspecto geral
A tireoide é uma glândula com capa-
cidade de acumular grande quanti-
dade dos hormônios a seres secre-
tados em seu interior, uma reserva 
capaz de suprir as necessidades do 
organismo por cerca de três meses. 
Esse acúmulo ocorre no coloide que 
contém, dentre outros elementos, a 
tireoglobulina.
Para a tireoide liberar seu conteúdo 
hormonal ou contê-lo, é necessário 
o estímulo hipofisário, com a secre-
ção de TSH, que estimula todas as 
etapas de produção dos hormônios 
tireoidianos. A partir da produção 
desses hormônios e liberação em 
quantidades necessárias ao funcio-
namento adequado do organismo, 
há um feedback negativo, ou seja, 
um recado enviado à hipófise para 
controlar a liberação de TSH, vis-
to que não é necessário a produção 
14SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
de mais hormônios. Posteriormente, 
com a diminuição da reserva funcio-
nal e quantidade hormonal sanguí-
nea, a hipófise volta a liberar o TSH 
e estimular a produção pela glândula 
tireoide.
Síntese e acúmulo de hormônios 
tireoidianos
Existem quatro etapas para síntese e 
acúmulo dos hormônios tireoidianos, 
são elas: síntese de tireoglobulina, 
captação de iodo no sangue, ativa-
ção de iodeto e iodação dos resíduos 
de tirosina da tireoglobulina.
• Síntese de tireoglobulina: ocorre 
no retículo endoplasmático granu-
loso com liberação da tireoglobu-
lina pelas vesículas existentes na 
porção apical da célula em direção 
ao lúmen dos folículos.
• Captação de iodeto circulante: é 
realizada na membrana basolate-
ral das células foliculares a partir de 
uma proteína transportadora, é uma 
co-transportadora de sódio e iodeto. 
• Oxidação do iodeto: é realizada a 
partir de uma peroxidase da glân-
dula tireoide e carreada para o folí-
culo até chegar ao coloide.
• Iodação dos radicais de tirosila: 
esta é a última etapa e ocorre no 
interior do coloide produzindo T3 e 
T4.
Liberação do T3 e T4
Como mencionado, a regulação e 
liberação dos hormônios T3 e T4 
ocorre após estímulo do TSH, este 
de liberação central. Se o organismo 
possuir quantidade suficiente desses 
hormônios, bem como a reserva ti-
reoidiana for suficiente, não há libe-
ração de TSH em condições home-
ostáticas. Contudo, com o consumo 
hormonal e necessidade orgânica, o 
hipotálamo volta a liberar TSH e es-
timular a glândula tireoide a produzir, 
armazenar e secretar o TSH. Lembre-
-se de que a vascularização é essen-
cial para o funcionamento da tireoide, 
sendo esta rica e intensa, mas não é 
controladora da liberação hormonal.
15SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! Dosagem hormonal
Os exames laboratoriais são elementos essenciais para diagnóstico preciso e acompanha-
mento dos pacientes com alterações tireoidianas. O diagnóstico, em muitos casos, não é tão 
simples, principalmente em fases iniciais da doença, pois a sintomatologia pode não ser tão 
evidente e os testes laboratoriais surgem como elemento chave. Para isso, é indicada a dosa-
gem sérica de T3, T4 e TSH em alguns casos.
T3 e T4
A dosagem de T3 e T4 totais ocorre por radioimunoensaio e os valores considerados normais 
são: T3 total – 70 a 190 ng/dl e T4 total – 5 a 12 ng/dl. Contudo, várias condições, bem como 
uso de medicamentos, podem interferir nos valores basais desses hormônios e, assim, isola-
damente, não são confiáveis para determinar a função tireoidiana. Dentre os medicamentos, 
têm destaque a fenitoína, diazepam, heparina e fenilbutazona, estes com efeito de reduzir os 
níveis de T4 totais. Em decorrência dessas alterações, a medida realizada é de T4 livre e T3 
livre no soro, sendo estes que penetram nos tecidos e exercem suas funções. Neste caso, a 
dosagem é feita por quimioluminescência, radioimunoensaio e ensaio imunoenzimático.
Valores de referência: 
• T3 livre = 0,2 a 0,52ng/dl
• T4 livre = 0,9 a 2 ng/dl
Você deve estar se perguntando, será que toda alteração tireoidiana vai cursar com valores 
anormais desses hormônios facilitando assim o diagnóstico? A resposta é NÃO!
Você precisa ficar atento, pois cerca de 5% dos pacientes com hipertireoidismo podem ter 
valores de T4 normais. Enquanto isso, apenas o T3 vai estar elevado, visto que a conversão 
periférica de T4 em T3 é que está elevada, caracterizando o hipertireoidismo franco – tire-
otoxicose. Por isso, se faz necessário a dosagem dos dois hormônios na avaliação inicial do 
paciente.
Mas e no hipotireoidismo? Aqui é diferente! Fique atento, pois pacientes com sintomas de 
hipotireoidismo tem elevação de TSH e maior produção de T3 do que de T4, assim, apenas 
o T4 pode ser solicitado, fazendo uso racional e lógico dos exames laboratoriais disponíveis.
TSH
Como já mencionado, o TSH é essencial na investigação de distúrbios tireoidianos, bem como 
para definir se o distúrbio é primário (na própria glândula tireoide), secundário (hipófise) ou 
terciário (hipotálamo). Qual sua diferença básica? A sensibilidade para diagnóstico de hiperti-
reoidismo primário e hipotireoidismo primário! 
Os métodos de radioimunoensaio para avaliar o TSH apenas detectavam concentrações de 
TSH maiores ou iguais a 1 mU/L, assim, era possível identificar o hipotireoidismo, mas não 
o hipertireoidismo, quando o TSH pode apresentar valores inferiores aos supracitados. Por-
tanto, utilizava-se o teste de estimulação com TRH, quando inicialmente o TSH era dosado e 
►
16SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
posteriormente infundido o TRH, em caso de não elevação do TSH era confirmado o hiperti-
reoidismo primário. Porém, já existem testes ultrassensíveis disponíveis e o limiar de detecção 
é de 1 mU/L, facilitando o diagnóstico. Os valores a serem considerados de TSH são os refe-
renciados abaixo, mas lembre-se de que existem variações a partir do laboratório que devem 
vir indicadas no laudo.
Valores de TSH
Valor normal = 0,5 a 5 mU/L
Hipertireoidismo primário = TSH < 0,5 mU/L
Hipotireoidismo primário = TSH > 5 mU/L
Não esqueça que os exames são solicitados a partir das suspeitas diagnósticas sempre de 
forma bem direcionada, evitando custos dispensáveis ao sistema de saúde e o desgaste do 
próprio paciente. Logo, avalie o contexto clínico, sinais e sintomas e solicite de forma racional 
e coerente.
SE LIGA! Exames solicitados e interpretação
Laboratoriais
Suspeita de hipertireoidismo – T3 total, T4 livre e TSH
Em fases iniciais da doença o T4 livre pode estar sem alteração e apenas o TSH estar supri-
mido, em associação a elevação de T3 indicando tireotoxicose por T3. 
Suspeita de hipotireoidismo
Seguimos a mesma lógica, pois apenas o TSH pode estar elevado com T4 baixo. Contudo, 
neste caso o exame para avaliar T3 não é indicado, pois pode estar sem alteração.
Imagem
Ultrassonografia de tireoide (USG)
A USG é o exame indicado por ser o mais sensível em identificar alteraçõesbenignas ou não. 
No caso de nódulos tireoidianos, a sensibilidade chega a 95% e nódulos não palpáveis no 
exame físico podem ser identificados mesmo em fases iniciais de desenvolvimento. Por mais 
que a maioria dos nódulos tireoidianos seja de caráter benigno, a avaliação ultrassonográfica 
é essencial para identificar e estadiar os mesmos, evitando progressão de doenças, princi-
palmente se fatores de risco associados. O exame é essencial para descrever o tamanho 
dos nódulos, quantidade, contornos, ecogenicidade, composição, vascularização, presença 
ou ausência de calcificações que podem ser indícios de malignidade. A partir de alterações 
identificadas pode ser sugerida a avaliação com punção aspirativa por agulha fina (PAAF) que 
permite caracterizar a constituição histológica do nódulo.
►
17SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Cintilografia 
Esse exame permite tanto a avaliação da imagem retratada quanto a captação do iodo, tam-
bém sugerindo ou não malignidade pelo funcionamento da glândula. Vamos analisar um 
exemplo clássico: paciente com nódulo tireoidiano e TSH suprimido. Este necessita de cintilo-
grafia que ira indicar se o nódulo capta ou não o iodo, ou seja, se é quente ou frio. Os nódulos 
frios são suspeitos e precisam da avaliação ultrassonográfica.
Figura 12 e 13. 12 - Representa nódulo frio – não capta iodo radioativo. Observa-se que a tireoide está captando 
o iodo, ou seja, há produção hormonal intensa. 13 - Representa nódulo quente – capta iodo radioativo. Fonte: aula 
Sanarflix. 
Outros exames
A tomografia computadorizada e ressonância magnética não são exames solicitados de ro-
tina por não apresentarem informações mais específicas sobre as alterações tireoidianas e 
por não possuírem melhor custo benefício. Podemos dizer que a indicação prática ocorre se o 
nódulo tireoidiano estiver em região subesternal, além dos limites considerados habituais, por 
exemplo, um bócio mergulhante.
Figura 14. Bócio mergulhante intratorácico com desvio de traqueia avaliado na tomografia computadorizada, 
seta laranja indicando desvio à direita da traqueia. Seta verde indicando bócio. Fonte: http://www.spenzieri.com.
br/2015/07/04/bocio-mergulhante/
18SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SAIBA MAIS!
Teste do perclorato
O perclorato (KClO4) é uma substância que compete com o iodo não organificado pela capta-
ção nas células foliculares da tireoide, ou seja, inibe o transporte de iodo na tireoide por inibir 
a bomba de iodeto nas células foliculares.
O teste de clareamento com perclorato consiste na avaliação da captação do iodo 2 a 4 horas 
e, em seguida, administração de perclorato na dose de 500 a 1000 mg e novas medidas de 
captação por 60 a 90 minutos. O valor levado em consideração é se existir uma queda de 
captação superior a 10 a 15% quando comparado a valores iniciais por representar falha na 
organificação do iodo. Se existir uma descarga de iodo maior que 50% representa completo 
defeito de organificação.
De forma simples, esse teste indica disormoniogênese que é o efeito da expulsão do iodo da 
glândula pelo perclorato. Valores normais são até 5% de liberação do iodo.
19SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
MAPA MENTAL: A TIREOIDE
Glândula endócrina 
situação na região 
anterior do pescoço
Definição
Cérebro
 Função
Folículos
Paratormônio
Posterior aos M. esternotireoideo 
e esterno-hióideo
Paratireoides
Histologia
15 a 30g
2 lobos e 1 istmo
Cápsula fibrosa
Artérias tireóideas 
superiores e inferiores
Plexo venoso tireóideo
Linfonodos pré-laringeos, 
paratraqueais e pré-traqueais
Gânglios simpáticos cervicais 
superiores, médios e inferiores
Nível de C5 a T1
40% tem lobo 
piramidal
Emite septos
Coloide
Células C
Produção, 
armazenamento e 
secreção
 T3, T4 e calcitonina
Coração
Gastrointestinal
Gênito-urinário
Ossos
Relações anatômicas
20SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
MAPA MENTAL: SEGUIMENTO DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS
Cintilografia
ALTERAÇÕES 
NA HISTÓRIA E 
EXAME FÍSICO
PositIvoTSH, T3 e T4 livres
Nódulo frio
Nódulo quente
Avaliar alta ou 
seguimento
>1 cm ou 
<1 cm suspeito
Hipertireoidismo Hipotireoidismo Negativo
Teste do perclorato
Nódulo? USG
↑ T3 e T4 livres
↓ TSH
↑ TSH ou normal
↓ T3 e T4 livres
<1 cm e não sugestivo 
de malignidade
PAAF
Considerar follow up
Benigno
Maligno
Avaliar alta ou 
seguimento
Cirurgia
21SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
5. EXAME FÍSICO DA 
TIREOIDE
Após a abordagem inicial ao pacien-
te com a história clínica completa, 
exposição a fatores de risco e histó-
rico familiar, é essencial a avaliação 
minuciosa também no exame físico, 
incluindo etapas básicas de inspeção 
do pescoço e glândula tireoide. No 
exame físico vários elementos são 
indícios de alterações tireoidianas, 
desde avaliação estática à dinâmica 
e por referencias feitas pelo próprio 
paciente. 
Inspeção geral
O paciente deve ser abordado com 
um todo, avaliando desde a entrada 
no consultório. Vejamos... Você está 
de plantão no rodízio de clínica mé-
dica quando chega um paciente com 
aspecto geral emagrecido, olhos es-
bugalhados, piscando com muita 
frequência, irritado e com tremores 
constantes em membros. Imediata-
mente é perceptível que tem algo de 
errado com este paciente. A aborda-
gem da anamnese dará indícios for-
tes a partir de outros sintomas descri-
tos, mas esses sinais já são bastante 
sugestivos para você, correto?
Inicialmente, vamos relembrar qual 
aspecto de normalidade do pes-
coço de um paciente. Traqueia 
centralizada, sem evidencia de ede-
mas ou sinais flogísticos na pele e 
ausência de enfisema subcutâneo. 
Na inspeção você avalia se há au-
mento do volume tireoidiano ou assi-
metrias, solicita que o paciente gire a 
cabeça para um lado e depois para o 
outro e fica atento para possíveis al-
terações. Posteriormente, a palpação 
é indicada, esta que pode ser realiza-
da pela região anterior ou posterior a 
partir do seu posicionamento com o 
paciente. 
• Palpação anterior - O examina-
dor fica à frente do paciente e deve 
palpar as estruturas anatômicas 
superiores e inferiores até chegar 
à tireoide, palpá-la com dois a três 
dedos de um lado e após o outro, 
deixando as duas mãos no pesco-
ço. De forma suave para evitar es-
timular a glândula.
• Palpação posterior – O examina-
dor fica atrás do paciente e deve 
palpar as estruturas anatômicas 
superiores e inferiores até chegar 
à tireoide, palpá-la com dois a três 
dedos de um lado e após o outro, 
deixando as duas mãos no pes-
coço. Uma das mãos irá rebater 
a tireoide e a outra irá avaliar as 
estruturas.
22SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 15. Representa a palpação anterior da tireoide. O examinador deve palpar as estruturas anatômicas superiores 
e inferiores até chegar a tireoide, palpá-la com dois a três dedos de um lado e após o outro, deixando as duas mãos no 
pescoço. Fonte: https://rc.site.med.br/index.asp?PageName=tireoide.
Figura 16. Representa a palpação posterior da tireoide. O examinador deve palpar as estruturas anatômicas supe-
riores e inferiores até chegar à tireoide, palpá-la com dois a três dedos de um lado e após o outro, deixando as duas 
mãos no pescoço. Fonte: https://semiologiasobral.wordpress.com/2013/05/05/exame-da-tireoide/.
23SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
É esperado encontrar uma tireoi-
de com tamanho entre 10 a 15 ml 
em homens e 12 a 18 ml em mu-
lheres (uma polpa digital em cada 
lobo), móvel, indolor, com consistên-
cia fibroelástica, contornos regulares, 
ausência de nódulos e linfonodos 
associados. Todos esses elementos 
devem ser pesquisados e descritos 
no tópico do exame físico. 
Fique atento que ausência de alte-
rações identificáveis ao exame físi-
co nem sempre significa que não há 
patologias associadas, principalmen-
te em fases iniciais de determinadas 
doenças. E, por outro lado, mesmo na 
presença de alterações significativas, 
muitas podem ter caráter benigno e 
orientar o paciente é um elemento 
essencial na abordagem diagnóstica 
e seguimento terapêutico.
Alterações características
• Hipotireoidismo – O paciente 
comhipotireoidismo tem aspecto 
bastante característico na avalia-
ção inicial como fragilidade ca-
pilar, queixando-se de cabelos 
quebradiços, finos, secos e tais 
alterações podem ser visualizadas 
pelo examinador. Além de mada-
rose (queda de pelos das sobran-
celhas), edema periorbitário, in-
chaço em face e pele ressecada, 
xerodérmica. O paciente pode es-
tar visivelmente acima do peso e 
referir que não teve alteração na 
alimentação, fator que eleva a sus-
peita de alterações endócrinas por 
deficiência hormonal. 
• Hipertireoidismo – O hipertireoi-
dismo apresenta características 
muitas vezes opostas ao hipoti-
reoidismo como paciente ema-
grecido, de pele úmida, olhos 
esbugalhados (exoftalmia), maior 
frequência no piscar dos olhos, 
além de ressecamento e queixas 
de diploplia. 
• Bócio tireoidiano – O examinador 
constata um aumento do volu-
me tireoidiano. Esse bócio pode 
ser simétrico, assimétrico ou no-
dular (uninodular ou multinodular). 
O sinal de Pemberton é caracte-
rístico do bócio multinodular que 
pode causar obstrução da traqueia 
e da veia cava superior. O sinal é 
evidente quando o paciente eleva 
os braços acima da cabeça e com 
isso o mesmo começa a apresen-
tar dispneia, distensão das veias 
do pescoço, pletora facial ou com 
estridor.
24SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
Figura 17. A esquerda da imagem é evidenciado o bócio tireoidiano do paciente, enquanto na imagem a direita o 
mesmo, ao elevar os braços acima da cabeça, fica hiperemiado pela compressão da veia cava superior. Fonte: http://
ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/414/2019/08/Sinal-de-Pemberton.pdf
• Hiperemia – tireoidite aguda in-
fecciosa – Ao exame físico a ti-
reoide se apresenta aumentada, 
em geral de forma assimétrica, com 
hiperemia em região anterior do 
pescoço, calor e edema. A tireoi-
de encontra-se firme e o paciente 
refere dor à palpação da glându-
la, bem como a movimentação do 
pescoço e deglutição.
25SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! TIREOIDITE AGUDA INFECCIOSA
A inflamação aguda na tireoide é denominada tireoidite aguda e pode ter etiologias variadas como 
infecções virais e bacterianas ou por doenças autoimunes. Falaremos nesse box sobre as tireoidites 
agudas infecciosas.
As tireoidites podem ser subagudas de origem viral ou bacteriana. Quando a origem é viral, em ge-
ral, é uma doença bastante dolorosa, com áreas hipoecoicas evidenciada à USG, migratórias e mal 
definidas, enquanto a origem bacteriana caracteriza uma doença rara e grave, também com hipo-
ecogenicidade. As vias de disseminação variam, por exemplo: nas crianças ocorrem em geral por 
anomalias congênitas como persistência do ducto tireoglosso, dentre outras variações, e em adultos 
por disseminação linfática e hematogênica após infecção das vias aéreas superiores.
Os agentes etiológicos mais comuns são Staplylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e 
Streptococcus pneumoniae. Em pacientes imunodeprimidos os principais agentes etiológicos são 
Salmonella tiphy, Haemophilus influenza, Escherichia coli e Pneumocystis carini.
Os principais sintomas e sinais evidentes são dor, hiperemia local, calor e edema. Além disso, o pa-
ciente pode se queixar de disfonia, disfagia, dor de garganta unilateral e manter-se com a cabeça 
flexionada na maior parte do tempo por sentir alívio dos sintomas (esta posição relaxa os músculos 
paratraqueais). 
Atente-se, pois essa patologia pode ser confundida com dor de dente, otites e faringites. 
E as alterações hormonais? Em fases iniciais da doença é comum que surjam sintomas do hipertireo-
dismo pela liberação dos hormônios pelos folículos agredidos com o processo inflamatório, manifes-
tação que é transitória.
O diagnóstico é basicamente clínico. Em geral há correlação entre achados clínicos e exames labo-
ratoriais como TSH e T4 livre, velocidade de hemossedimentação (VHS), hemograma e captação de 
iodo (I131). É possível que a função tireoidiana esteja inalterada, contudo, se a agressão for grave e 
persistente as principais alterações são mencionadas abaixo.
Há aumento de T4 livre e diminuição de TSH como marca do hipertireoidismo pela liberação de T4 
das células foliculares. Ocorre também diminuição da captação do iodo 131. O VHS, marcador de 
inflamação, também estará alterado, este com elevação maior que 70% dos valores de referência.
Com a progressão da doença há esgotamento dos hormônios tireoidianos e instala-se hipotireoidis-
mo transitório com queda dos níveis de T3 e T4 e elevação de TSH, bem como retorno da captação 
de I131. O hemograma também deve ser solicitado e pode evidenciar leucocitose desde o início dos 
sintomas, com desvio à esquerda.
Os anticorpos antiperoxidase (anti-TPO) e antitiroglubulina (anti-TG) podem estar normais ou leve-
mente alterados. Em caso de incerteza diagnóstica deve ser solicitada USG de tireoide e biópsia para 
avaliação citológica.
O tratamento indicado de acordo com o agente etiológico e sintomatologia evidente. Por exemplo, se 
confirmada a etiologia bacteriana o tratamento com antibióticos deve ser instaurado. Para controle 
sintomático é indicado uso de anti-inflamatórios não esteroidais acompanhados ou não de corticoi-
des. Ex. Prednisona, 15 a 30mg, uma vez ao dia, via oral, com redução gradual. 
O tratamento cirúrgico também pode ser uma opção em casos de abcessos que precisem ser drena-
dos ou em pacientes que tenham doença tireoidiana de base e a tireoidectomia seja a melhor opção.
26SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! QUANDO SUSPEITAR DE MALIGNIDADE?
Elementos suspeitos de malignidade
1) À palpação tireoidiana
É preciso relembrar os elementos chave na palpação tireoidiana, por exemplo, o que você 
busca na palpação? Como é uma tireoide sem alterações? E, em caso de alteração, quais são 
suspeitas de malignidade?
Ao exame físico é preciso descrever o tamanho; consistência; regularidade; mobilidade; sen-
sibilidade e se há linfadenomegalia associada. O tamanho é estimado pelas polpas digitais, 
tanto da tireoide quanto dos nódulos nela contidos; a consistência varia de fibroelástica, en-
durecida ou granulosa; é preciso descrever se a glândula possui regularidade em toda sua 
extensão e nas bordas ou se há irregularidade, por exemplo, pela presença de nódulos únicos 
ou múltiplos; a glândula deve ser móvel em condições habituais e alterações da mobilidade 
da mesma bem como dos nódulos nela contidos podem indicar malignidade, por exemplo, se 
estiverem aderidos, firmes, com mobilidade reduzida. Por fim, existe a avaliação da sensibi-
lidade, pois o paciente pode referir dor a palpação e movimentação da glândula e dos nódu-
los. A presença de linfadenomegalia associada também pode ser indicativo de malignidade. 
Após detecção e descrição de características suspeitas existe a indicação de ultrassonografia 
tireoidiana, cintilografia a depender das correlações laboratoriais e até mesmo para PAAF.
2) À USG tireoidiana
A USG tireoidiana é um elemento importante na abordagem diagnóstica, pois evidencia ca-
racterísticas específicas de malignidade, quando presentes. Além disso, tem uma sensibilida-
de muito maior quando comparada à palpação glandular na detecção de nódulos tireoidianos. 
Após realização da USG, para sistematizar a investigação e orientar condutas diagnósticas, 
existe um sistema de avaliação importante na existência de nódulos tireoidianos, o TI-RADS. 
Abaixo citamos as alterações suspeitas e pontuação no TI-RADS.
• Composição - nódulos com consistência cística e espongiforme em geral estão associa-
dos à benignidade, pois cisto significa composição líquida e espongiforme também tem 
maior tendência a acumular líquido e não há grandes referências de tumores malignos 
com essa composição. Dessa forma, a pontuação é zero. O risco se eleva com nódulos 
mistos que é formado por componente líquido e sólido, pontuando, então 1 e, por fim, os 
nódulos sólidos representam grande risco de malignidade, por isso maior pontuação: 2 
pontos.
• Cor – a cor anecoide representa nódulo com consistência líquida pontuando zero, enquan-to isoecogênico tem cor semelhante da tireoide, logo, ganha apenas um ponto. O fato de 
ser hipoecogênico indica, em geral, malignidade, por isso ganha 2 pontos.
• Bordas – a análise do contorno também é essencial para desconfiar de malignidade, neste 
caso, bordas suaves, com contornos bem definidos normalmente são os tumores benig-
nos e recebem 0 pontos, porém, invasão ou extensão extratireoidiana representa maligni-
dade na maioria dos casos. Sendo assim, a pontuação varia de 2 a 3 pontos.
• Formato – O formato pode ser mais largo que alto – benignidade – ou pode ser mais alto 
do que largo que é mais significativo de profundidade e, por isso, malignidade. A pontua-
ção é zero para o primeiro caso e 3 para o segundo.
►
27SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
• Focos ecogênicos – Focos ecogênicos são achados dos nódulos tireoidianos que podem 
ou não ser suspeitos. No caso de coloides espessos e aspecto de “casca de ovo” indicam 
benignidade recebendo 1 ponto; calcificações grandes são sugestivas de malignidade 
recebendo 2 pontos e calcificações pequenas são bastante sugestivas de malignidade 
recebendo então 3 pontos.
TI-RADS PONTUAÇÃO RECOMENDAÇÃO PAAF
1 0 (benigno) Não
2 2 (não suspeito) Não
3 3 (pouco suspeito)
≥1.5 cm follow up
≥2,5 cm PAAF
4 4-6 (suspeito)
≥1.0 cm follow up
≥1.5 cm PAAF
5 ≥7 (altamente suspeito)
≥0.5 cm follow up
≥1.0 cm PAAF
Tabela 1. TI-RADS
Após identificação de características suspeitas pode ser indicativo de PAAF ou não, como 
descrito na tabela acima.
28SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SAIBA MAIS!
Tireoidite de Riedel ou tireoidite fibrótica crônica
É uma doença autoimune da tireoide que foi descrita pela primeira vez em 1883 por Bernhard 
Riedel. Caracteriza-se por inflamação glandular que tem disseminação para regiões próximas 
ao pescoço formando um extenso bócio tireoidiano, duro, indolor e com fibrose sistêmica.
É uma doença rara, com predominância no sexo feminino, cerca de 80% quando comparado 
a homens e com idade média entre 40 e 60 anos, mas pode ocorrer em outras faixas etárias, 
em menor intensidade. Há teorias sobre as prováveis causas da autoimunidade, dentre elas 
um distúrbio fibrótico primário que seria causa de 30% dos casos, enquanto os demais se-
riam autoimunes e por doenças sistêmicas causadas por IgG4.
Dentre os sinais e sintomas proeminentes destaca-se rouquidão, obstrução gradual das vias 
respiratórias por compressão da traqueia pelo bócio extenso, disfagia, tosse seca e o hipoti-
reoidismo presente em 30% dos casos diagnosticados.
Para avaliação diagnóstica são solicitados hormônios tireoidianos como T3, T4 livres e TSH 
confirmando o hipotireoidismo e anticorpos que estarão elevados no soro. Contudo, a con-
firmação ocorre pela avaliação histológica. É importante buscar outros focos de fibrose na 
suspeita de fibroesclerose multifocal.
O tratamento consiste no uso de corticoide como sintomático, minimizando os processos 
inflamatórios ou o tamoxifeno que é um bloqueador de estrogênio que retarda o desenvolvi-
mento da doença. Por fim, em caso de confirmação do hipotireoidismo a opção de levotiroxina.
Fique atento, pois, por ser uma doença autoimune, crônica e progressiva, se o tratamento 
não ocorrer de forma satisfatória os sintomas podem progredir com alterações na qualidade 
de vida dos pacientes pela disfagia, rouquidão e sintomas respiratórios, além de compro-
metimento sistêmico em caso de fibroesclerose multifocal. Logo, reconhecer a patologia e 
estabelecer também a investigação sistêmica faz parte do diagnóstico e intervenção corretos.
6. AUSCULTA 
TIREOIDIANA
Tireotoxicose - Todo paciente me-
rece ausculta tireoidiana ao exame 
físico e é obrigatório em suspeita de 
tireotoxicose. A grande diferença é: o 
aumento do fluxo sanguíneo eviden-
te em pacientes com tireotoxicose 
pode ocasionar a presença de sopros 
tireoidianos, algumas vezes acompa-
nhados de frêmitos.
29SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! TIREOTOXICOSE
A tireotoxicose é definida como uma síndrome clínica pelo excesso de hormônios tireoidianos 
circulantes que ocorre pelo funcionamento excessivo da glândula tireoide e produção e/ou 
liberação hormonal em excesso. Não necessariamente a glândula precisa estar hiperfuncio-
nante, visto que em situações de agressão aos folículos os hormônios são liberados em gran-
des quantidades inicialmente ocasionando o hipertireoidismo, até que os estoques hormo-
nais sejam esgotados. Os sinais e sintomas evidentes na tireotoxicose ocorrem pelo estímulo 
adrenérgico como taquicardia, ansiedade, nervosismo. Além disso, sintomas como perda de 
peso, aumento do ritmo intestinal e problemas cardiopulmonares podem estar presentes. A 
avaliação do paciente com sintomas de tireotoxicose deve ser minuciosa como menciona-
do nos tópicos acima, incluindo anamnese, histórico familiar, hábitos de vida e exposição a 
fatores de risco, bem como exame físico detalhado na tireoide. Em muitos casos o bócio é 
evidente ao exame físico. Dentre os principais elementos ao exame destacam-se: tamanho 
aumentado, presença de nódulos, alteração de consistência e sopro tireoidiano. Esses pacien-
tes devem ser avaliados com TSH ultrassensível, T4 livre e T3. 
SINTOMAS % SINAIS %
Nervosismo 99 Taquicardia 100
Sudorese excessiva 91 Bócio 97
Intolerância ao calor 89 Tremor 97
Palpitação 89 Pele quente e úmida 90
Fadiga 88 Sopro na tireoide 77
Perda de peso 85 Alterações oculares 71
Dispneia 75 Fibrilação atrial 10
Fraqueza 70 Ginecomastia 10
Aumento de apetite 65 Eritema palmar 8
Sintomas oculares 54
Edema de membros 
inferiores
35
Hiperdefecação 33
Diarreia 23
Distúrbios menstruais 20
Anorexia 9
Ganho ponderal 2
Tabela 2. Manifestações clínicas do hipertireoidismo. Adaptada do Consenso brasileiro para o diagnóstico e trata-
mento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e 
Metabologia.
30SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
SE LIGA! O BÓCIO
Falar sobre a tireoide automaticamente remete a ocorrência de bócio, apesar do mesmo não 
ser condição essencial em diversas patologias. Mas então porque essa associação? O bócio 
é a denominação de qualquer aumento da glândula tireoide seja de forma simétrica, assimé-
trica, unilateral, bilateral, em tamanhos pequenos só percebidos à palpação ou extensos, po-
dendo ser mergulhantes, por exemplo, invadindo o mediastino. Ele é classificado como difuso 
ou nodular; atóxico (sem alteração funcional glandular) ou tóxico (hipertireoidismo); benigno 
ou maligno; endêmico ou esporádico. É uma alteração predominante em mulheres de idade 
média entre 20 e 40 anos como de costume nas doenças tireoidianas.
Figura 18. Bócio tireoidiano extenso com desvio de estruturas cervicais. Fonte: Aula Sanarflix.
As causas do bócio são diversas como a carência de iodo na dieta, principalmente em regiões 
geográficas desprovidas desse elemento, caracterizando o surgimento de bócios endêmicos; 
doenças autoimunes; tumores; infecções e proliferação folicular excessiva (bócio coloide).
Os sinais e sintomas característicos são percebidos inicialmente pelas alterações locais, ana-
tômicas, pelo abaulamento na região anterior do pescoço, em seguida, com o avanço do mes-
mo surgem sinais e sintomas funcionais pela compressão de outras estruturas como traqueia 
e esôfago causando, respectivamente dificuldade respiratória e disfagia. Mas atente-se: es-
ses são casos extremos. 
O diagnóstico ocorre pela avaliação clínica e laboratorial evidenciando ou afastando altera-
ções hormonais tireoidianas bem como presença ou ausência de malignidade e o tratamento 
segue de acordo com as características do bócio. Por exemplo, se presença de nódulo ma-
ligno, compressão traqueal e presença de bócio mergulhante ocorre indicação cirúrgica, a 
tireoidectomia; se acometimento ganglionar a abordagem é estendida para drenagem linfá-
tica com esvaziamento cervical. Contudo, sem evidencia de alterações funcionais ou risco de 
malignidade o bócio pode ter seguimento clínico, com avaliações periódicas.►
31SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
EXAMES LABORATORIAIS DIAGNÓSTICO
Função tireoidiana (TSH, T3 e T4 livres) Hipertireoidismo/hipotireoidismo
Autoanticorpos Tireoidite autoimune
Velocidade de Hemossedimentação eritrocitária (VHS) Tireoidite granulomatosa
Calcitonina Câncer medular de tireoide
Iodo urinário Deficiência de Iodo
Tabela 3. Principais exames laboratoriais para diagnóstico do bócio
7. PALPAÇÃO DE 
LINFONODOS 
A pesquisa por linfonodos é essen-
cial em todo exame físico, principal-
mente na avaliação tireoidiana, isso, 
porque pode determinar a suspeição 
de malignidade. 
São seis cadeias linfonodais a serem 
analisadas, sendo elas, I, II, III, IV, V e 
VI. O nível I é anterior, localizada no 
trígono submandibular; nível II entre 
o terço superior da veia jugular in-
terna; nível III no terço médio da veia 
jugular interna; nível IV no terço in-
ferior da veia jugular interna; nível V 
no trígono cervical posterior e o VI no 
trígono cervical anterior.
Figura 19. Representa os níveis de cadeias ganglionares, variando de I a VI. Fonte: Aula Sanarflix
NÍVEIS DE LINFONODOS ACOMETIDOS
Trígono Submandibular
NÍVEL I
1/3 Superior da 
V. Jugular Interna
NÍVEL II
1/3 Médio da 
V. Jugular Interna
NÍVEL III
1/3 Inferior da 
V. Jugular Interna
NÍVEL IV
Trígono Cervical Post.
NÍVEL V
Trígono Cervical Ant.
NÍVEL VI
32SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
8. DESCRIÇÃO DO EXAME 
TIREOIDIANO
Neste módulo conhecemos a fundo a 
anatomia tireoidiana, bem como seus 
componentes histológicos e função 
tireoidiana. Além disso, relembramos 
aspectos que precisam ser detalha-
dos no exame físico para determinar 
a situação tireoidiana normal e pos-
síveis alterações, sejam elas apenas 
anatômicas ou funcionais.
Um elemento essencial para todo 
profissional é a descrição correta 
dos achados para sistematizar suas 
suspeitas sindrômicas e etiológicas, 
veja abaixo:
• Não visível à inspeção 
• Tamanho de uma polpa digital em 
cada lobo
• Superfície regular
• Consistência fibroelástica
• Indolor à palpação
• Mobilidade preservada
• Ausência de linfadenopatia 
associada
• Não visível à inspeção
• Tamanho: 01 polpa digital cada lobo (3-
5cm vertical/istmo 0,5cm)
• Superfície regular
• Consistência fibroelástica (borracha)
• Indolor à palpação
• Mobilidade preservada
• Sem linfadenopatia associada
Figura 20. Modelo de descrição do exame tireoidiano.
33SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
MAPA MENTAL: RESUMO
Perda de peso
ASPECTO GERAL 
DO PACIENTE
↓ TSH
↑ T3 e T4 livres
Hipertireoidismo?
EXAME FÍSICO
Pele úmida
Exoftalmia
Tremores
Cabelos fracos
Madarose
Edema periorbitário
Pele ressecada ↑ TSH ou normal
↓ T3 e T4 livres
Hipotireoidismo?
Fibrose sistêmica
Bócio duro
Rouquidão
Disfagia
Edema
Dor
Calor
Hiperemia
Endêmico ou esporádico
Difuso ou nodular
Tóxico ou atóxico
Benigno ou maligno
Bócio
Sem alterações
Ausculta
Tireoidite infecciosa?
SUSPEITO USG
Tireoidite de Riedel?
Não Avalia alta
Sim PAAF
Confirmação 
histológica
USG
VHS
Hemograma
Captação de iodo
Fibroelástica
Regular
Móvel
Indolor
Sem linfadenopatia
1 polpa digital por lobo
34SEMIOLOGIA DA TIREOIDE
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
Assmann TS; Huf F; Mota GA et al. Tireoidite Aguda. Revista Conhecimento Online – Ano 
3 – Vol. 1 – Março de 2011. 
Endocrinologia clínica / editor responsável Lucio Vilar ; editores associados Claudio Elias 
Kater...[et al.]. - [5.ed.]. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2013. 
Tratado de endocrinologia clínica / Bernardo Léo Wajchenberg, Antonio Carlos Lerario, Ro-
berto Tadeu Barcellos Betti. - 2. ed. - São Paulo: AC Farnacêutica, 2014. 
35SEMIOLOGIA DA TIREOIDE

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