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SEMIOLOGIA DA TIREOIDE

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OBJETIVO 
Determinação de: 
I: Tamanho 
II: Consistência 
III: Nodulações 
IV: Sopro 
V: Dor 
REFERÊNCIAS ANATÔMICAS 
A glândula tireoide é formada por 2 
lobos (direito e esquerdo), ligados pelo 
istmo 
O tecido glandular encontra-se 
intimamente relacionado com a 
traqueia, justapondo-se à face lateral 
da traqueia e do esôfago (desde a 
cartilagem tireoide até o 6 anel 
traqueal) 
 
Os lobos tireoidianos encontram-se 
cobertos pelos músculos 
esternocleidomastóideo, esterno-
hioideo e esternotireoideo 
INSPEÇÃO 
A glândula tireoide não é visível, 
exceto em pacientes muito magros. 
Porém, em alguns casos, pela 
 
 
 
inspeção percebe-se o aumento 
desta glândula 
POSICIONAMENTO 
Paciente sentada com a cabeça 
estendida para trás e deglutindo ao 
comando do examinador 
OBSERVAR 
I: Volumes Cervicais 
Aumento difuso ou nodular da 
glândula 
II: Deslocamento Glandular para cima 
com a Deglutição 
III: Desvio do Eixo Traqueal 
 
PALPAÇÃO 
A glândula tireoide é palpável, 
apresentando cerca de 3 a 5cm de 
extensão dos lobos no sentido vertical. 
O istmo situa-se entre as massas 
lobares, com diâmetro aproximado de 
0,5cm 
REFERÊNCIAS ANATÔMICAS 
Verificar a posição das cartilagens 
tireóidea e cricoide 
O istmo da glândula tireoide situa-se 
abaixo da cartilagem cricoide 
 
SEMIOLOGIA DA TIREOIDE 
POSICIONAMENTO 
Paciente sentado, mantendo a cabeça 
discretamente fletida para frente, a 
fim de relaxar os músculos 
esternocleidomastoideos 
PALPAÇÃO DO ISTMO 
Posicionar 1º dedo da mão direita, 
horizontalmente, abaixo da cartilagem 
cricoide, solicitando à paciente para 
deglutir. Percebe-se uma pequena 
estrutura de 0,5cm de diâmetro 
paralela aos arcos traqueais. 
 
PALPAÇÃO DO LOBO 
PIRAMIDAL 
Também com o 1º dedo da mão 
direita, percebe-se uma estrutura 
vertical, grosseiramente triangular, na 
maioria das vezes situada na borda 
medial do lobo esquerdo, acima do 
istmo. 
PALPAÇÃO ANTERIOR 
POSICIONAMENTO 
Paciente sentada com o examinador 
posicionado à sua direita e à sua 
frente 
Inicia-se o exame pela localização do 
istmo tireoidiano abaixo da cartilagem 
cricoide 
Posicionamento do primeiro e 
segundo dedos da mão direita em 
cada um dos lados da traqueia. A 
deglutição deverá ser solicitada. Ela 
possibilita a percepção do 
deslocamento da glândula sob os 
dedos 
 
Os lobos deverão ser palpados 
individual e simultaneamente. Colocar 
os 2 e o 3 dedos da mão direita 
justapostos à palpação do lobo 
esquerdo. Colocar os 2 e o 3 dedos 
da mão esquerda justapostos à 
palpação do lobo direito 
 
Importante: Deve-se avaliar superfície, 
tamanho, consistência e presença de 
dor 
OBS: A palpação anterior é realizada 
com a mão direita 
PALPAÇÃO POSTERIOR 
POSICIONAMENTO 
Paciente sentada com o examinador 
posicionado de pé atrás dela 
Deve-se solicitar à paciente para fletir 
a cabeça lateralmente para o lado a 
ser examinado, a fim de se relaxar a 
musculatura cervical 
Os 2 e 3 dedos do examinador 
exploram a borda medial do músculo 
esternocleidomastóideo, desde o nível 
da cartilagem tireóidea até o 6 anel 
traqueal, em busca do lobo tireoidiano 
homolateral. A deglutição deverá ser 
solicitada 
 
OBS: A palpação posterior da tireoide 
é realizada com a mão esquerda 
AUSCULTA 
É a procura de sopros sobre a 
superfície da glândula tireoide 
aumentada 
Deve ser realizada em todos os 
pacientes com hipertireoidismo 
 
BÓCIOS 
Refere-se ao aumento da glândula 
tireoide de qualquer etiologia 
Importante: A medida do volume 
tireoidiano é obtida com precisão pela 
ultrassonografia cervical 
 
 
 
BÓCIO MERGULHANTE 
Bócio localizado no mediastino 
superior, não palpável no pescoço. É 
associado a sintomas compressivos de 
vias aéreas, esôfago e veia cava 
superior 
 
OBS: Se houver lesão de estrutura, 
pode levar à mediastinite 
SINAL DE PEMBERTON 
O bócio pode levar à obstrução 
traqueal e, em caso de crescimento 
jugular retroesternal, também 
obstrução da veia cava superior 
 
O sinal de pemberton consiste em: 
I: Dispneia 
Ocorre por compressão anatômica 
II: Distensão das Veias do Pescoço 
Ocorre por turgência da veia jugular 
III: Pletora Facial 
Ruborização pelo aumento da massa 
sanguínea e edema cervicofacial 
 
 
IV: Estridor 
Fluxo turbulento de ar em vias aéreas 
à elevação dos membros superiores 
acima da cabeça. Ocorre compressão 
da traqueia, próximo às cordas vocais 
NÓDULOS TIREOIDIANOS 
Deve-se suspeitar da existência de 
um nódulo quando for percebida 
irregularidade na superfície glandular 
tireoidiana 
 
OBS: Em casos de dúvidas, solicitar o 
USG de tireoide, que é o exame de 
escolha à macroscopia anatômica. 
Neste mesmo ultrassom, pode-se 
realizar, também, a PAAF (biópsia 
local) 
DOENÇAS DA TIREOIDE 
INTRODUÇÃO 
A tireóide é uma glândula localiza na 
porção anterior do pescoço e 
responde pela produção de 
hormônios como Triiodotironina (T3) 
e Tiroxina (T4) que atuam na 
digestão, no crescimento e no 
metabolismo. 
Alterações na produção de tais 
hormônios levam às manifestações 
clínicas de hipotireodismo (mais 
comum) ou hipertireoidismo. 
 
 
 
 
OBS: Dosagem em jejum: cortisol é 
mais alto e, assim, tem-se maior 
tendência à regulação dos hormônios 
tireoidianos 
HIPOTIREOIDISMO 
ORIGEM PRIMÁRIA 
Alta de TSH e baixa de T3 e T4 
Ocorre em 5% dos indivíduos, e é 
mais comum em mulheres com idade 
avançada 
Causas 
I: Ausência congênita de tireóide, 
remoção cirúrgica ou destruição 
(autoimune, radiação ou infiltrativa). 
II: Deficiência de iodo, defeitos 
enzimáticos e inibição por drogas 
(amiodarona, lítio e tionamidas). 
III: Países Subdesenvolvidos: Ausência 
de Iodo, que pode levar ao bócio 
endêmico e ao cretinismo 
IV: Países Desenvolvidos: Tireoidite de 
Hashimoto. 
ORIGEM SECUNDÁRIA 
Baixa de TSH, de T3 e de T4 
Ocorre em menos de 1% dos casos 
Causas 
I: Diminuição de TRH e TSH por 
tumores, irradiação e inflamação 
hipotalâmicas ou massas, radiação, 
cirurgia ou infecção hipofisárias 
II: Resistência ao hormônio tireoidiano 
III: Metástases hipofisárias de 
neoplasias malignas primárias e, nas 
mulheres, infarto provocado por 
hemorragias no momento do parto 
(Síndrome de Sheehan) 
QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO DO 
HIPOTIREOIDISMO 
 
DIAGNÓSTICO 
I: Confirma-se com níveis de TSH 
elevados (0,5 a 4,5 mUI/L), níveis de 
T4 confirmam origem primária e 
caracteriza a gravidade 
II: É feita a avaliação de anticorpos 
antitireoidianos antiperoxidase – 
antiTPO) para causa autoimune 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
I: Níveis elevados de TSH podem 
indicar recuperação de doença 
sistêmica grave, insuficiência renal e 
insuficiência adrenal 
II: Artrites e doenças musculares 
inflamatórias 
HIPERTIREOIDISMO 
ETIOLOGIA 
I: Doença de Graves 
II: Adenoma Tóxico (Doença de 
Plummer)/Bócio Multinodular 
III: Hipertireoidismo Induzido por Iodo 
Amiodarona 
IV: Adenoma Hipofisário Secretor de 
TSH/Gestacional (HCG) 
V: Produção Ectópica de Hormônio 
Raro 
VI: Tireoidites 
Viral, Bacteriana ou Autoimune 
VII: Hormônio Tireoidiano Exógeno 
Drogas/Alimento 
QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO DO 
HIPERTIREOIDISMO 
 
DIAGNÓSTICO 
É baseado na anamnese, exame físico 
e avaliação laboratorial 
EXAME FÍSICO 
I: Aferição do peso, pressão arterial e 
frequência cardíaca 
II: Inspeção da parte anterior do 
pescoço 
III: Palpação da tireóide (determinação 
do tamanho, consistência e presença 
de nodularidade) 
IV: Exame neuromuscular 
V: Exame ocular 
Na busca de exoftalmia ou outros 
sinais de oftalmopatia 
VI: Exame dermatológico 
VII: Exame cardiovascular 
Avaliação de sopro na região cervical 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
DOENÇA DE GRAVES 
Epidemiologia 
I: Causa mais comum de 
hipertireoidismo 
II: Maior incidência entre 30 e 60 anos 
III: Afeta aproximadamente 2% das 
mulheres e 0,2% dos homens 
Fisiopatologia 
O receptor do TSH (TSHR) constitui 
o auto-antígenoprimário da doença 
de Graves, pois sofre estimulação por 
anticorpos específicos; 
Caracterizada pela presença de bócio 
difuso, tireotoxicose, oftalmopatia 
infiltrativa e dermopatia infiltrativa 
(mixedema pré-tibial). 
O hipertireoidismo e o fenômeno 
infiltrativo podem ocorrer juntos ou 
isoladamente. 
Indicações de Tireoidectomia 
I: Crianças e gestantes com efeitos 
colaterais às medicações 
antitireoidianas 
II: Não aderência ao tratamento, que 
desejam tratamento definitivo ou 
recusa do iodo radioativo 
III: Bócios volumosos 
IV: Nódulo tireoidiano suspeito de 
malignidade 
Complicações 
I: Hipoparatireoidismo 
II: Paralisia de cordas vocais por lesão 
do nervo laríngeo recorrente 
ADENOMA TÓXICO 
FISIOPATOLOGIA 
Geralmente, inicia como um nódulo ou 
múltiplos, já existentes, que aumenta 
de tamanho, adquirindo autonomia. Ele 
passa a produzir hormônio fora do 
controle normal do organismo. 
EPIDEMIOLOGIA 
I: Maior incidência aos 60 anos; 
II: Mais comum em mulheres; 
III: Ocorre em 20% dos pacientes 
portadores de nódulos antigos. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
Diminuição de TSH e aumento da 
T3/T4 
TRATAMENTO 
I: Propiltiouracil 
II: Metimazol 
III: Iodo Radioativo 
TIREOIDITE 
TIREOIDITE SUB-AGUDA 
Causa mais comum de dor tireoidiana 
e mais prevalente em mulheres 
(média de 40 a 50 anos) 
Caracterizada por tireoidite de células 
gigantes; tem etiologia viral (caxumba, 
adenovírus, influenzae, entre outros); 
e apresenta-se com tireóide 
edemaciada e dor com irradiação para 
garganta, ouvidos e mandíbula. 
Apresenta diagnóstico diferencial com 
outras tireoidites. Quase sempre o 
paciente tem recuperação completa. 
Trata-se com AINH e corticosteróides. 
TIREOIDITE SUB AGIUDA PÓS PARTO 
Ocorre por inflamação indolor e auto-
imune da tireóide no primeiro ano 
pós-parto, levando à tireotoxicose 
transitória, seguida de hipotireoidismo. 
O diagnóstico, por vezes, é 
erroneamente interpretado, pois 
consideram-se as queixas comuns no 
pós-parto, mas pode ser detectado 
observando-se a flutuação dos níveis 
de TSH nas diversas fases 
Tem diagnóstico diferencial com 
Graves. 
Trata-se com β-bloqueadores e, se 
necessário, com reposição de tiroxina. 
TIREOIDITE AGUDA SUPURATIVA 
Condição rara e desencadeada por 
infecção bacteriana, fúngica ou 
micobactérias. As não bacterianas 
acometem geralmente 
imunodeprimidos. 
Cursam com febre, dor tireoidiana, 
calor e eritema locais, disfagia e 
abscesso. 
Diagnóstico é feito com achados 
clínicos, exames de imagem (US), 
punção aspirativa e cultura. O 
tratamento se dá por drenagem e 
antibiótico terapia 
 
TIREOIDITE INDUZIDA POR DROGAS 
Amiodarona 
Rica em iodo e usada para tratamento 
de arritmias. 
Em uso crônico, causa distúrbios de 
auto-regulação tireoidiana em 
resposta ao excesso de iodo, e 
promoção de resposta autoimune, 
induzindo tireotoxicose. A droga 
diminui a ação de enzima da síntese 
de hormônios tireoidianos. 
O tratamento é feito com levotiroxina, 
monitorização de anticorpos e níveis 
de TSH, T3 e T4 
Lítio 
Causa, em alguns casos, aumento de 
anticorpos anti-tireóide, 
proporcionando hipotireoidismo. 
IFN-α 
Induz aumento de anticorpos 
OBS: Risco de taquicardia por arritmia 
grave associada quando em uso de 
Amiodarona 
TIREOIDITE CRÔNICA (HASHIMOTO) 
Apresenta aumento da glândula e 
cursa com hipotireodismo. 
O diagnóstico é feito através de 
achados clínicos, presença de 
anticorpos específicos (anti-peroxidase 
e anti-tireoglobulina) e exames de 
imagem que mostrem destruição 
glandular. 
Trata-se com levotiroxina. 
 
NÓDULO DE TIREOIDE 
Os nódulos são áreas de crescimento 
exagerado, formando “caroços”, que 
se diferenciam do restante da tireóide, 
e que podem ser de vários tamanhos. 
uni ou multinodulares e benignos ou 
malignos. 
É geralmente assintomático 
 
SINTOMAS LOCAIS 
Disfagia, dispnéia, rouquidão, 
compressão da artéria carótida e dos 
vasos da base e dor. 
Associados ao hipo ou ao 
hipertireoidismo. 
BENIGNOS X MALIGNOS 
Benignos: múltiplos e estão associados 
a disfunções da tireóide. 
Malignos: sexo masculino; idade <20 
ou > 70 anos; presença de sintomas 
locais; história de radioterapia externa 
no pescoço; presença de 
linfadenopatia cervical. 
DIAGNÓSTICO 
Usa-se: anamnese, exame físico, 
exame laboratorial (TSH, T4 livre e 
total, anticorpos específicos), exames 
complementares (USG + Doppler, 
PAAF, RX, TC, RM) 
TRATAMENTO 
I: Tireoidectomia Total ou Parcial 
Padrão Ouro 
II: Iodoterapia (iodo 131) 
III: Radioterapia 
CÂNCER DE TIREOIDE 
Embora a grande prevalência de 
nódulos de tireoide, o carcinoma de 
tireoide representa 1% de todas as 
neoplasias malignas. É a neoplasia 
endócrina mais comum, e 3-4 vzs 
mais prevalente em mulheres 
A mortalidade é baixa e a sobrevida é 
grande 
Nos carcinomas diferenciados, o 
crescimento é lento 
O carcinoma anaplásico é um dos 
tumores de mais alta malignidade

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