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Comunicação Empresarial

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Prévia do material em texto

2011
ComuniCação 
EmprEsarial
Prof. Deivi Eduardo Oliari
Prof. Aldo Júnior Pasqualini
Prof.ª Luciana Fiamoncini
Prof.ª Patricia Maria Matedi
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Deivi Eduardo Oliari
Prof. Aldo Júnior Pasqualini
Prof.ª Luciana Fiamoncini
Prof.ª Patricia Maria Matedi
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 
658.45
O46c Oliari, Deivi Eduardo
 Comunicação empresarial / Deivi Eduardo Oliari; Aldo Júnior 
 Pasqualini; Luciana Fiamoncini [e] Patricia Maria Matedi. 
 2ª ed. Indaial : Uniasselvi, 2011. 184 p. : il.
 Inclui bibliografia.
 ISBN 978-85-7830-486-7
1. Comunicação na administração.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
 
 
III
ApresentAção
Ao lermos um aviso exposto na parede ou escutar uma notícia no 
rádio – ações comuns ao nosso cotidiano – não precisamos de esforços 
intelectuais exagerados para assimilar as informações. Aliás, isso até parece 
simples demais. Mas nem sempre foi assim. Durante algum tempo, no início 
da civilização, a desinformação gerava graves problemas. Não se comunicar, 
o que pode parecer impossível, foi motivo de crises de relacionamento 
intensas. Grunhidos e sinais, aos poucos, foram adaptados ao conviver de 
nossos antepassados. Com o passar dos tempos, aqueles seres desleixados (se 
compararmos aos padrões de beleza de hoje), perceberam que a transmissão 
de informação seria possível fazendo pinturas rupestres e emitindo sons 
inteligíveis. O tempo passou e hoje, milhares de anos depois, todo o nosso 
desenvolvimento (social, econômico etc.) depende de fluxos de informação 
e comunicação. 
Ao ouvir a palavra “Comunicação”, as pessoas a interpretam de 
diversas maneiras. A comunicação, como um processo, está atrelada a 
diversas rotinas. De um anúncio publicitário ao despacho de um juiz, por 
exemplo, a comunicação gera sentimentos (veremos isso ao falar de relação 
com o marketing) e ações específicas como determinações empresariais, 
judiciais etc., ou seja, toda a informação gera uma ação; como, também, toda 
ação gera uma informação.
Ao final desta disciplina, esperamos que o seu entendimento sobre 
a Comunicação – mais precisamente a empresarial – seja ampliado. Você 
saberá, nas próximas páginas, o que é a comunicação; as novas mídias; o 
papel dos jornalistas, publicitários e relações-públicas; a importância e as 
estratégias de comunicação empresarial e suas técnicas; terá contato com um 
plano de comunicação empresarial e outras informações.
Bons estudos!
Prof. Deivi Eduardo Oliari
Prof. Aldo Júnior Pasqualini
Prof.ª Luciana Fiamoncini
Prof.ª Patricia Maria Matedi
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO ...................................................................... 1
TÓPICO 1 – O QUE É COMUNICAÇÃO ........................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O QUE É COMUNICAÇÃO .............................................................................................................. 3
2.1 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO ............................................................................................. 10
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 15
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 17
TÓPICO 2 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM ............................ 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 19
2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM ................................................................................................. 19
2.1 LINGUAGEM E SEUS SIGNOS .................................................................................................... 20
2.1.1 A linguagem e cultura das tecnologias ................................................................................ 21
2.2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM ....................................................................................................... 23
2.2.1 Função referencial, informativa, denotativa ou cognitiva ................................................ 25
2.2.2 Função emotiva ou expressiva .............................................................................................. 26
2.2.3 Função apelativa ou conativa ................................................................................................ 26
2.2.4 Função fática ............................................................................................................................ 27
2.2.5 Função poética......................................................................................................................... 28
2.2.6 Função metalinguística .......................................................................................................... 29
2.3 RECURSOS DE COESÃO E COERÊNCIA .................................................................................. 30
2.3.1 Coesão ...................................................................................................................................... 31
2.3.2 Coerência ................................................................................................................................. 32
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 34
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 35
TÓPICO 3 – AS VELHAS E NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO .......................... 37
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 37
2 MEIOS E VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO .................................................................................. 37
3 A EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO..................................................................... 38
3.1 JORNAL ........................................................................................................................................... 39
3.2 REVISTAS E LIVROS....................................................................................................................... 42
3.3 RÁDIO ............................................................................................................................................... 43
3.4 TELEVISÃO ...................................................................................................................................... 44
3.5 CINEMA ............................................................................................................................................ 46
3.6 COMPUTADOR ............................................................................................................................... 46
3.7 INTERNET ........................................................................................................................................ 48
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 50
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 51
sumário
VIII
TÓPICO 4 – PROFISSIONAIS E ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ...............................53
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................53
2 RELAÇÕES PÚBLICAS .....................................................................................................................53
3 JORNALISMO .....................................................................................................................................54
4 PUBLICIDADE E PROPAGANDA .................................................................................................55
5 DESIGNER GRÁFICO .......................................................................................................................55
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................57
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................65
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................66
UNIDADE 2 – COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ........................................................................67
TÓPICO 1 – HISTÓRIA, ORGANIZAÇÕES E COMUNICAÇÃO .............................................69
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................69
2 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL: O QUE É E QUANDO SURGIU ....................................69
2.1 O QUE É A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL? .....................................................................70
2.2 COMO SURGIU A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL? ........................................................71
3 ORGANIZAÇÕES ..............................................................................................................................73
4 COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ..................................................................................75
5 O ESTILO E A LINGUAGEM DO TEXTO EMPRESARIAL .....................................................76
5.1 A COMUNICAÇÃO ORAL DENTRO DA EMPRESA ............................................................78
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................81
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................86
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................87
TÓPICO 2 – PÚBLICOS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ..............................................89
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................89
2 DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................90
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................94
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................95
TÓPICO 3 – COMUNICAÇÃO INTEGRADA ................................................................................97
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................97
2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA: UMA VISÃO GERAL ..........................................................97
2.1 COMUNICAÇÃO INTEGRADA ................................................................................................98
2.1.1 Composto de comunicação – comunicação organizacional ...........................................98
2.2 COMUNICAÇÃO INTERNA ......................................................................................................101
2.3 COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA......................................................................................102
2.4 REDES FORMAL E INFORMAL .................................................................................................102
2.5 VEÍCULOS ......................................................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................104
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................105
TÓPICO 4 – MEIOS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL .......................................................107
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................107
2 MEIOS DE COMUNICAÇÃO APROXIMATIVA ESCRITA .....................................................108
3 MEIOS DE COMUNICAÇÃO APROXIMATIVA ORAL ...........................................................113
4 NOVOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ..........................................................115
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................118
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................120
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................121
IX
UNIDADE 3 – PLANO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ..................................................123
TÓPICO 1 – PLANO DE COMUNICAÇÃO ....................................................................................125
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................125
2 PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS.........................................................................................126
2.1 PLANO ............................................................................................................................................126
2.2 PROGRAMA ..................................................................................................................................1272.3 PROJETO .........................................................................................................................................128
2.4 ENTENDENDO A JUNÇÃO DE PLANO, PROGRAMA E PROJETO..................................129
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................132
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................133
TÓPICO 2 – EXEMPLOS DE DOCUMENTOS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ........135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 OS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ...........................................137
2.1 CARTA.............................................................................................................................................137
2.2 MEMORANDO ..............................................................................................................................139
2.3 OFÍCIO ............................................................................................................................................140
2.4 CIRCULAR .....................................................................................................................................143
3 PLANO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ..........................................................................145
3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA (EXEMPLO) .......................................................................145
3.2 DIAGNÓSTICO .............................................................................................................................148
3.3 PROGNÓSTICO .............................................................................................................................148
3.4 JUSTIFICATIVA GERAL DO PLANO ........................................................................................148
3.5 OBJETIVOS DO PLANO (EXEMPLO) .......................................................................................148
3.6 PÚBLICOS DO PLANO (EXEMPLO) .........................................................................................149
3.7 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PLANO (EXEMPLO) ........................................................149
3.8 APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS (EXEMPLO) ..............................................................149
3.9 PROGRAMAS ................................................................................................................................149
3.9.1 Comunicação interna – a oportunidade da mudança (exemplo) ..................................149
3.9.1.1 Projeto de criação da comunicação interna ....................................................................150
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................154
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................159
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................160
TÓPICO 3 – IMAGEM CORPORATIVA ..........................................................................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 IMAGEM CORPORATIVA...............................................................................................................161
3 GERENCIAMENTO DE CRISES.....................................................................................................164
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................175
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................177
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• conhecer definições e conceitos de comunicação;
• entender os processos de comunicação;
• compreender a relação entre os meios, veículos de comunicação e a 
 sociedade;
• acompanhar a evolução das tecnologias de comunicação.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, com diversas atividades que 
visam ajudar você a ter uma noção básica da comunicação, seus processos e 
os profissionais envolvidos nos processos.
TÓPICO 1 – O QUE É COMUNICAÇÃO 
TÓPICO 2 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
TÓPICO 3 – AS VELHAS E NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO
TÓPICO 4 – PROFISSIONAIS E ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
O QUE É COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico(a)! Estamos iniciando mais uma disciplina com este 
Caderno de Estudos. A Unidade 1, mais especificamente o Tópico 1, tem por 
objetivo levá-lo(a) a refletir sobre um conceito muito comum no nosso dia a dia: 
a comunicação. Ao lermos um aviso na parede ou escutar uma notícia no rádio 
– ações comuns ao nosso cotidiano – não precisamos de esforços intelectuais 
exagerados. Aliás, isso até parece piada. Mas nem sempre foi assim. Durante 
algum tempo, no início da civilização, a desinformação gerava graves problemas. 
Não se comunicar, o que pode parecer impossível, foi motivo de crises de 
relacionamento intensas. Grunhidos e sinais, aos poucos, foram adaptados ao 
conviver de nossos antepassados. 
Com o passar do tempo, as pessoas perceberam a importância do registro 
e da transmissão de informações e encontraram formas alternativas para se 
comunicarem. As pinturas rupestres são um exemplo disso. A partir delas, temos 
várias pistas de como foi o início da vida em sociedade. O tempo passou e, hoje, 
milhares de anos depois, todo o nosso desenvolvimento, seja ele social, econômico 
ou cultural depende de fluxos de informação e comunicação. 
Então, acadêmico(a), está pronto para esta nova jornada? Vamos lá?
2 O QUE É COMUNICAÇÃO 
Sempre que nos comunicamos, procuramos verificar a melhor forma de 
transmitir uma mensagem, seja ela verbal ou não verbal, nos preocupamos com 
questões que envolvem qual linguagem utilizaremos, de que forma a tornaremos 
clara o suficiente para que o interlocutor a compreenda perfeitamente. 
Para tanto, precisamos conhecer e conceituar alguns elementos 
importantíssimos para o entendimento da comunicação, dentre os quais 
destacamos: a língua, o código, a linguagem, a fala, a mensagem e a informação. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
4
Língua: A língua pode ser classificada como um sistema de signos e 
regras (códigos) convencionados, ou seja, determinados historicamente pela 
região em que o falante vive, através da qual exerce a capacidade da linguagem, 
através da fala. Exemplo disso é a língua portuguesa, a língua inglesa, a francesa, 
o mandarim etc. É o código que permite estabelecer uma comunicação entre 
emissor e receptor.
IMPORTANT
E
Existem vários conceitos de língua, mas o exposto neste item basta para que 
possamos compreender o que é a comunicação.
Código: É um sistema de sinais ou signos, que é previamente 
convencionado, que se destina a representar e a transmitir algo. Ele pode 
ser formado pelos diferentes sinais da natureza, sons (códigos linguísticos), 
signos escritos (códigos gráficos), sinais gestuais (algum movimento, sinal que 
algum homem está gesticulando, exemplo do positivo – dedo polegar) e até os 
símbolos das placas de sinalização de trânsito, que são todos códigos. Como 
ele está integrado no processo da comunicação, é considerado um sistema de 
transmutaçãoda forma de uma mensagem em outra forma que permite a 
transmissão da mensagem, nunca esquecendo que para a compreensão, este 
código necessita estar socializado com o receptor.
Signo: Entidade constituída pela combinação de um conceito de 
significado - uma imagem acústica denominada significante (som, palavra em 
si) + significado (objeto – conceito). Exemplo comum para entender signo é que, 
quando ouvimos ou lemos uma palavra que não sabemos o que significa, vamos 
buscar no dicionário o conceito e o real “significado” da palavra. Para tanto, 
signo é qualquer “coisa” que representa outra em determinado momento desde 
que socializado, portanto quando sabemos o significado da “coisa”, estamos 
socializados com o signo. 
Linguagem: É a capacidade específica que nós, seres humanos, temos 
de transmitir, comunicar uns aos outros mensagens por meio de um sistema de 
signos vocais (língua). A linguagem é inerente à vida social do indivíduo, através 
da cultura e influências da sua comunidade, ou seja, adquirido no seu contexto 
social. O exercício da capacidade da linguagem exige a presença de uma língua e 
códigos e signos socializados. A linguagem verbal (meio de se expressar por meio 
de palavras); não verbal (não se expresse por meio de palavras, como gestos, sinais, 
cores etc.). Todos os dias, recebemos milhares de informações em várias formas 
de linguagens, sejam elas verbais ou não verbais. As linguagens vivenciadas no 
nosso dia a dia, como Linguagem Falada (que está presente no nosso dia a dia, 
TÓPICO 1 | O QUE É COMUNICAÇÃO
5
porque é livre, descontraída, descompromissada com a gramática); Linguagem 
Escrita (mais rígida e deve seguir a gramática culta) e Linguagem visual (prática 
utilizada para se comunicar algo ou conceitos através das imagens, lembramos 
a velha frase, “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Esta forma de 
linguagem não verbal é muito utilizada para reforçar uma mensagem, como uma 
capa de revista ou jornal que possui uma imagem que expressa e alerta nossos 
sentidos para a compra e leitura da mesma. 
Fala: A fala é a materialização da língua. Para que a fala seja produzida, 
o nosso aparelho fonador é acionado, fazendo com que o ar que sai dos pulmões 
passe pelos brônquios, pela traqueia e pela laringe. Quando o ar passa pelas 
pregas vocais, estas vibram e produzem o som. Através da boca e do nariz, estes 
sons são impulsionados para fora. A língua, os lábios, os dentes, o palato mole, o 
palato duro e os alvéolos são responsáveis pela articulação dos sons.
Mensagem e Informação: Segundo as teorias da comunicação, pode 
ser considerada uma sequência de sinais/signos que correspondem a regras de 
convenção precisa, transmitidos de um ponto ao outro, ou seja, entre um emissor 
e um receptor, por intermédio de um canal que serve de suporte físico a essa 
transmissão. Para tanto, a informação é a “mensagem”. O sentido dessa sequência 
de sinais codificados não é considerado como um elemento pertinente.
ESTUDOS FU
TUROS
Então, acadêmico(a), está compreendendo a importância da comunicação? 
Adiante, no Tópico 2, estudaremos mais aprofundadamente o conceito de signo.
Para que você compreenda ainda mais o que foi exposto anteriormente, 
apresentaremos um esquema simplificado de comunicação. Observe:
FONTE: Os autores
FIGURA 1 – PROCESSO SIMPLES DE COMUNICAÇÃO
Emissor ReceptorMensagem = informação
Assim, pode-se dizer que: 
EMISSOR: é aquele que emite, ou seja, que codifica a mensagem. É o 
emissor que seleciona o método, o código e o canal que permitem a transmissão 
da mensagem. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
6
RECEPTOR: é aquele que recebe, ou seja, decodifica a mensagem. Ele 
deve interpretar a mensagem enviada pelo emissor.
MENSAGEM: é o que o emissor envia com a finalidade de transmitir uma 
informação. A mensagem é passada do emissor ao receptor através de um canal 
que serve de suporte físico à transmissão dos sinais.
IMPORTANT
E
Caro(a) acadêmico(a)! Falamos em canal de comunicação algumas vezes 
durante a explicação, mas você sabe o que isto significa?
O canal de comunicação é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Por exemplo: rádio, 
e-mail, telefone etc. O referente é o elemento do mundo extralinguístico, real ou imaginário, 
ao qual remete o signo linguístico, num determinado contexto sociocultural e de discurso. 
Em outras palavras, é o contexto que envolve o emissor e o receptor, por exemplo, se estão 
num bar, numa reunião de negócios, em casa, na escola etc.
Dentro do processo de comunicação, também ocorre o que chamamos 
de interferência, ou seja, quando algo influencia na transmissão da mensagem. 
Vamos dar um exemplo: quando estamos transmitindo uma mensagem por 
telefone, podem ocorrer ruídos que perturbem a transmissão. Este processo pode 
ser chamado de interferência.
Alguns teóricos da linguística avaliam a comunicação como o fato de 
uma informação ser transmitida de um ponto ao outro. Fica claro que o processo 
de transmissão de uma mensagem é a comunicação. Ela pode ser considerada o 
processo social básico, primário, porque torna possíveis os relacionamentos em 
sociedade. Como é visível, qualquer relacionamento necessita de troca, intercâmbio 
entre os seres humanos. Portanto, não há vida em sociedade sem comunicação.
[...] a comunicação é o ato de exprimir, transmitir ou registrar o 
que se passa no sistema nervoso do indivíduo. [...] É o processo de 
transmissão de experiências e ensinamentos. [...] a única forma de 
sobrevivência social, como o próprio fundamento da existência 
humana, solidificada através da cooperação e coexistência. [...] o 
instrumento que possibilita e determina a interação social; é o fato 
marcante através do qual os seres vivos se encontram em união com o 
mundo. [...] o processo por meio do qual o indivíduo (comunicador) 
transmite estímulos (geralmente símbolos verbais) para modificar o 
comportamento de outros indivíduos (receptores). [...] é o processo de 
transmissão (codificação e difusão) e de recuperação de informações. 
(GOMES, 1997, p. 13-14).
TÓPICO 1 | O QUE É COMUNICAÇÃO
7
Como o ser humano é, além do mais, eminentemente social, isto é, 
ele é incapaz de viver isolado e solitário, decorre daí o fato de o fenômeno da 
comunicação ser um fenômeno social. (HOHLFELDT; MARTINO; FRANÇA, 
2001, p. 61).
Comunicação é algo que está no nosso dia a dia, inserido nos nossos 
sentidos, consolidado em locais que podemos ver, ouvir, tocar. Nosso cotidiano é 
repleto de informações. Para tanto, em todas as sociedades, e principalmente na 
sociedade contemporânea (nunca se teve tantos meios de comunicação como nos 
dias atuais – só a internet possibilita várias formas), a comunicação está cada dia 
mais presente nos inúmeros meios e veículos de comunicação. Ela está aí nas telas 
de nossos computadores, na televisão da nossa casa, no rádio dos nossos carros e 
casas, nas bancas de revistas, nas placas, painéis e outdoors da cidade, nos murais 
de nossas empresas, universidades e escolas, sem contar as diversas formas de 
comunicação humana (desde um simples bom dia ao familiar, à comunicação 
interna de uma empresa).
Observamos que qualquer ser humano, para viver em sociedade, necessita 
da comunicação. Para tanto, existem áreas específicas da comunicação, que possuem 
profissionais especializados para que ela seja estrategicamente correta entre os 
meios de comunicação disponíveis. Estes profissionais da Comunicação Social são 
responsáveis pelas áreas: do Jornalismo, da Publicidade e Propaganda, das Relações 
Públicas, do Rádio, da Televisão, do Cinema, da produção cultural, da Comunicação 
interpessoal e pela comunicação institucional/corporativa/empresarial.
ESTUDOS FU
TUROS
Mais adiante, caro(a) acadêmico(a), estudaremos o papel e a função dos principais 
profissionais da comunicação social (o jornalista, o publicitário, o relações públicas etc.).
IMPORTANT
E
Acadêmico(a)! Os meios de comunicação e os veículos de comunicação não 
significam a mesma coisa.Vamos conhecer qual a diferença entre eles? 
• Meios de comunicação: tecnologia utilizada na transmissão da mensagem, a exemplo da 
televisão, do jornal, do rádio, da revista etc. 
• Veículos de comunicação: a empresa (pessoa jurídica) que divulga a mensagem através 
dos meios de comunicação, a exemplo da Rede Globo de Televisão®, da Rádio Jovem 
Pan®, do Jornal Folha de São Paulo®, da revista Veja® etc.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
8
Compreendeu? Então vamos adiante! 
Pereira (2007) elenca seis classificações a respeito dos tipos de comunicação 
humana. Vamos conhecê-los?
QUADRO 1 – AS SEIS (6) CLASSIFICAÇÕES DOS TIPOS DE COMUNICAÇÃO HUMANA SEGUNDO 
PEREIRA (2007)
Classificação 1 
Existe a comunicação do dia a dia, a comunicação ESPONTÂNEA 
informal entre as pessoas, através da fala, do gesto, do telefonema, da carta. E 
existe a comunicação PROFISSIONAL. A atividade do jornalista, do publicitário, 
do desenhista, escritor, fotógrafo. A diferença é que a ÚLTIMA exige aprendizado 
técnico e teórico. Há 4 formas distintas de comunicação PROFISSIONAL no 
mercado. Elas se distinguem pela finalidade, pelos objetivos.
• Comunicação persuasiva – representada pela propaganda, pela publicidade, 
pelo discurso político. Seu objetivo é persuadir, convencer, vender uma ideia.
• Comunicação artístico-cultural – representada pelo cinema, teatro, novela, 
rádio, show, circo, folclore. O objetivo é o entretenimento, a cultura e a arte. 
Literatura, poesia, pintura, escultura e todas as artes tradicionais.
• Comunicação Jornalística – representada pelo jornal, revista, TV, rádio, pelas 
agências de notícias. O objetivo é informar o que acontece, de acordo com o 
critério público do fato.
• Comunicação educativa – representada pelos livros didáticos, pelas aulas, 
palestras, cursos de línguas. O objetivo é ensinar, transmitir conhecimento. 
Classificação 2 
Segundo o órgão sensorial usado pelo receptor para capturar a 
mensagem, existem, naturalmente, 5 categorias de comunicação humana:
• Comunicação visual – sinalização de trânsito, rodoviária, ferroviária, marítima, 
aeroviária, escrita, gestos, desenho, propaganda, fotografia, pintura, 
escultura.
• Comunicação sonora (ou auditiva) – fala, música, cornetas, apitos, sinos, 
buzinas, alarmes, aplausos, gritos, vaias.
• Comunicação tátil – escrita braile, aperto de mãos, abraços, beijos. 
• Comunicação olfativa – odores (perfume) na função de mensagens. É mais 
usada pelos animais.
TÓPICO 1 | O QUE É COMUNICAÇÃO
9
• Comunicação gustativa – sabores como mensagens (oferecer à namorada 
bombons de chocolate prediletos).
A SONORA é a mais prática, econômica e fácil. Especialmente por meio 
da fala, que não requer instrumento artificial algum, utiliza apenas o aparelho 
vocal humano. Mas vantajosa mesmo, no entanto, é a combinação da visual com 
a sonora, para forma a poderosa comunicação audiovisual (cinema, TV, show). 
Classificação 3
Segundo a quantidade de pessoas envolvidas no processo da comunicação, 
desde a menor até a maior, a comunicação humana pode ser:
• Intrapessoal – quando uma pessoa se comunica consigo mesma (agenda, 
diário, lembrete na porta do quarto).
• Interpessoal – quando a pessoa se comunica com outra (conversa entre dois 
colegas).
• Intergrupal – quando as mensagens circulam entre grupos (turmas de alunos, 
bancadas de partidos, nações). 
• Intragrupal – quando as mensagens circulam dentro de um grupo (alunos 
elegendo o representante de turma). 
• Comunicação de Massa – quando as mensagens são dirigidas ao grande público 
por meio do rádio, TV, cinema, jornal, revista. É a mais ampla porque pode 
atingir simultaneamente até bilhões de pessoas nos mais diferentes pontos 
do Mundo ( nas Olimpíadas, Copa do Mundo). 
Classificação 4
A comunicação humana pode ser direta – emissor e receptor de frente um para 
o outro e indireta, quando o emissor está distante do receptor e precisa usar um 
meio artificial (carta, telefone, e-mail, rádio, televisão) para alcançá-lo.
Classificação 5 
• Para que haja comunicação, evidentemente não é preciso que o receptor 
responda ao emissor, ou seja, que exista uma troca de mensagens. Você pode 
mandar uma carta, um e-mail, e não obter resposta. Quando a comunicação 
é de mão única, ou pelo menos quando o emissor emite muito mais do que 
recebe (um general falando à tropa) temos a comunicação unidirecional. 
Pelo contrário, a comunicação bidirecional é aquela de mão dupla, em que a 
participação do emissor e do receptor é mais ou menos equivalente (conversa, 
reunião, debate).
Classificação 6 
A comunicação humana pode ser dividida em particular ou fechada (entre 
namorados, por exemplo), e pública, ou aberta (comício na praça, televisão).
FONTE: PEREIRA, José Haroldo. Curso Básico de Teoria da Comunicação. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Quartet Editora, 2007.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
10
Compreendeu? Pereira (2007) expôs de forma muito clara os conceitos 
de comunicação humana. Agora, estudaremos um pouco sobre os processos de 
comunicação.
2.1 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO
Como vimos anteriormente, a comunicação é uma das formas pelas 
quais os homens se relacionam entre si. Neste sentido, os meios de comunicação 
devem ser considerados como intermediários técnicos nas relações sociais. Para 
que se consolide a troca de informações e o envio de mensagens, teremos que 
ter em mente o processo pela qual é enviada. Observamos anteriormente que a 
comunicação é o processo que conduz o pensamento, mensagem e informação 
de uma pessoa a outra (emissor ao receptor), que tem a função de transmitir, 
relacionar os seres humanos em sociedade, desde alterando ou revigorando 
qualquer comportamento humano, seja pelo simples gesto ou até mesmo pelos 
meios e veículos de comunicação.
Como já observamos, algumas classificações e definições de comunicação, 
neste item, verificaremos a essência da comunicação, que é o processo de 
comunicação. É através dele que realmente podemos analisar e verificar qual a 
melhor alternativa para que tenhamos uma comunicação eficaz.
Conforme já visto, o modelo mais geral e mais simples de comunicação 
possui os seguintes elementos: o Emissor (produtor e transmissor de uma 
mensagem), a Mensagem (algo que o emissor envia com a finalidade de passar 
alguma informação) e o Receptor (alguém capaz de receber e interpretar a 
mensagem enviada). Este modelo de processo serve para reforçar que não existe 
comunicação sem a presença destes três elementos. 
Através do Processo de Comunicação, podemos avaliar e produzir 
uma comunicação em cadeia, em série (fofoca), ou comunicações simultâneas, 
paralelas (entrevista em uma matéria de jornal impresso, na internet ou na 
televisão), entre outras.
Existem algumas teorias dos meios de comunicação de massa que 
desenvolvem estudos psicológicos experimentais na revisão do processo de 
comunicação, entendido como uma relação mecanicista e imediata entre estímulo 
e resposta. Neste sentido, verifica-se que o processo de comunicação não se 
resume em emissor, mensagem e receptor.
Já existem outras teorias evidenciadas pela pesquisa em mídia. A 
complexidade dos elementos que entram em jogo na relação entre EMISSOR, 
MENSAGEM e RECEPTOR (destinatário) encaixam-se num tipo de análise que é 
conhecida por teoria da persuasão. Persuadir o destinatário é um objetivo possível 
se a forma e a organização da mensagem forem adequadas aos fatores sociais 
TÓPICO 1 | O QUE É COMUNICAÇÃO
11
(adaptações da linguagem, código e signos, conforme o público de interesse da 
mensagem, o destinatário ou receptor) dentro dos processos de comunicação. 
Assim, verifica-se a importância dos elementos e fatores sociais no ato da criação 
e produção de qualquer mensagem e/ou informação, para que possamos ter uma 
comunicação eficaz.
IMPORTANT
E
Acadêmico(a)! É muito importante relembrar que a comunicação envolve 
PARTICIPAR, PARTILHAR e TRANSMITIR de forma clara e coerente a mensagem ao receptor 
para que não haja másinterpretações.
O processo de comunicação, então, fica aqui definido como o processo 
da socialização ou troca entre os indivíduos de informações, por meio de um 
conjunto de elementos. Na sequência, apresentaremos alguns processos de 
comunicação mais completos.
Na figura a seguir, veja a apresentação de um elemento fundamental no 
processo de comunicação, o Feedback. 
FONTE: Os autores
FIGURA 2 – ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
O transmissor 
codifica a 
mensagem
A mensagem é 
transmitida via meio ou 
canal de comunicação
O receptor fornece feedback 
para o transmissor
O receptor 
decodifica a 
mensagem
O feedback é o elemento da comunicação que retroalimenta, realimenta 
e fornece o refluxo da informação enviada pelo processo de comunicação, ou 
seja, fornece informações valiosas sobre o que está sendo comunicado e quão 
bem está sendo comunicado através do receptor. A comunicação teve ou 
não teve o resultado esperado pelo emissor/transmissor? Este é um momento 
muito importante da comunicação, pois avalia se ocorreu ou não um processo 
comunicativo eficaz.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
12
FONTE: Os autores
FIGURA 3 – PROCESSO DE COMUNICAÇÃO OU ESQUEMA LINGUÍSTICO
Destinador ReceptorContexto+Mensagem+Canal+código
Neste processo, observamos a inserção do contexto, como vimos 
anteriormente. De acordo com muitos teóricos da linguística, o contexto é a peça 
fundamental no processo de comunicação. A partir disto podemos verificar a 
importância de conhecermos o contexto antes de produzirmos qualquer tipo de 
mensagem. Por exemplo: quando realizamos a gravação de um vídeo, precisamos 
saber a que público alvo ele se destina (se acadêmicos, se advogados, se crianças, 
se professores, se médicos etc.). Outro exemplo claro é a produção de revistas. 
Cada uma apresenta um diferente linguajar, com diferente enfoque, diagramação 
e imagens específicas, de acordo com o público que pretende atingir: músicos, 
políticos, crianças, adolescentes, empresários, mulheres, estilistas etc. 
Veja a seguir alguns exemplos de revistas destinadas para públicos 
diferentes: 
1 Quatro Rodas®: destinada ao público que aprecia automóveis.
2 Todateen®: destinada ao público adolescente.
FIGURA 4 – CAPAS DE REVISTAS
FONTE: Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/revista-quatro-rodas-
online.html> e <http://todateen.uol.com.br/>. Acesso em: 18 ago. 2011.
Para finalizar este tópico e salientar o que estudamos até aqui, observe o 
esquema a seguir. Ele aborda as questões já estudadas até então de forma resumida:
TÓPICO 1 | O QUE É COMUNICAÇÃO
13
FIGURA 5 – PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: SEMPRE TER ESTE MODELO EM MENTE NA 
PRODUÇÃO DE QUALQUER PRODUTO DE COMUNICAÇÃO
7
Feedback
6
Resposta
5
Receptor
4
Decodificação
3 MENSAGEM
Meio de 
comunicação /
canal
2
Codificação
1 
Emissor
8
Ruído
1 Emissor: produtor e transmissor de uma mensagem.
2 Codificação: códigos e signos escolhidos pelo emissor para confecção da 
mensagem, buscando sempre, apropriar e adaptá-la ao receptor/público 
alvo da comunicação.
3 Mensagem: algo que o emissor envia com a finalidade de passar alguma 
informação.
 Canal: meio pelo qual são transmitidos os sinais dos códigos escolhidos para 
a codificação (é o suporte físico necessário para a manifestação do código 
sob a forma de MENSAGEM, neste caso os cabos da rede de telefonia, de 
internet, o papel para a comunicação escrita, as faixas/frequências de rádio 
e televisão, enfim, todos os sistemas mecânicos de natureza diversa. Na 
comunicação verbal, o ar é o canal pelo qual são transmitidos os sinais/signos 
do código linguístico, ou seja, canal vocal. Meio de comunicação: os meios 
que veiculam informações para as massas ou não. Exemplos: bilhete, jornais, 
rádio, cinema, revistas, livros, internet, televisão entre outros que veiculam 
e/ou transmitem mensagens. 
4 Decodificação: é a ação, interpretação e compreensão do receptor de códigos 
e signos linguísticos desenvolvidos por um emissor na codificação (escolha 
dos códigos para a mensagem). Portanto, é o processo que o público alvo ou 
receptor traduz os códigos e signos da mensagem.
5 Receptor: algum ser capaz de receber e interpretar a mensagem enviada.
6 Resposta: é a mensagem desenvolvida e enviada pelo receptor ao emissor 
(definitiva ou não).
7 Feedback: é o elemento do processo de comunicação que retroalimenta, 
realimenta e fornece o refluxo da informação. Este é um momento muito 
importante do processo de comunicação, pois avalia se ocorreu ou não a 
comunicação eficaz.
8 Ruído: qualquer desvio que pode ocorrer em qualquer etapa do processo de 
comunicação. Este é o elemento que não pode ocorrer no processo, porque 
se ocorrer o ruído, não haverá compreensão e comunicação eficaz. Ocorrerá, 
sim, uma distorção da mensagem.
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
14
Como vivemos em sociedade, e cada um tem o seu espaço, cultura e estilo, 
reconhecer os elementos que podem complicar ou dificultar o entendimento das 
mensagens é de extrema importância no planejamento da comunicação. Ter em 
mente quem é o nosso público alvo ou receptor, é fundamental, assim como 
saber alguns princípios básicos para o desenvolvimento de uma comunicação 
eficaz. Exemplo: Que grau de instrução ele possui; a que região ele pertence; 
a quais meios de comunicação ele tem acesso; que idade, faixa etária a que ele 
pertence; entre outros fatores que influenciam na produção e confecção de uma 
comunicação eficaz. Por isso, sugerimos que em qualquer momento que você 
desenvolva algum tipo de comunicação, tenha em mente o processo, modelo da 
figura 5. Se você seguir corretamente cada elemento do processo de comunicação 
explicitado anteriormente, evitará o ruído e terá uma comunicação eficaz.
15
Neste tópico, você estudou que:
l	A comunicação pode ser considerada o processo social básico, primário, porque 
ela torna possíveis os relacionamentos em sociedade. Como é visível, qualquer 
relacionamento necessita de troca, intercâmbio entre os seres humanos. 
Portanto, não há vida em sociedade sem comunicação.
l	A língua é um sistema de signos e regras (código), determinado historicamente 
pela região, através do qual se exerce a capacidade da linguagem. Exemplo 
disto é a nossa língua portuguesa.
l	O código é um sistema de sinais ou signos, que é previamente convencionado, 
que se destina a representar e a transmitir algo. Ele pode ser formado pelos 
diferentes sinais da natureza, sons (códigos linguísticos), signos escritos 
(códigos gráficos), sinais gestuais (exemplo do positivo – dedo polegar, os 
símbolos das placas de sinalização de trânsito).
l	Nunca se esqueça de que para a compreensão do código é necessário estar 
socializado com o receptor.
l	Signo é a entidade constituída pela combinação de um conceito de significado 
e uma imagem acústica denominada significante (som, palavra em si) + 
Significado (objeto – conceito). 
l	Linguagem é a capacidade específica que nós, seres humanos, temos para 
transmitir e comunicar uns com os outros mensagens, por meio de um sistema 
de signos vocais (língua). A linguagem é inerente à vida social do indivíduo, 
através da cultura e influências da sua comunidade, ou seja, adquirida no seu 
contexto social.
l	A linguagem verbal é o meio de se expressar através da língua (códigos), seja 
pela forma escrita ou oral.
l	Linguagem não verbal é estabelecida principalmente por meio dos gestos, 
sinais, sons, imagens etc.
l	A linguagem falada está presente no nosso dia a dia, porque ela é livre, 
descontraída, descompromissada com a gramática. 
l	A linguagem escrita é mais rígida e deve seguir a gramática culta.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
l	Linguagem visual é uma prática muito utilizada para comunicar algo ou 
conceitos através das imagens (“uma imagem vale mais do que mil palavras”). 
Esta forma de linguagem não verbal é muito utilizada para reforçar uma 
mensagem, como uma capa de revista ou jornal que possui uma imagem que 
expressa e alerta nossos sentidospara a compra e leitura da mesma. 
l	A fala é individual e é adquirida na cultura na qual a pessoa está inserida 
(exclusiva).
l	A mensagem e Informação pode ser considerada uma sequência de sinais/
signos que correspondem a regras de convenção precisa, transmitida de um 
ponto ao outro, ou seja, entre um emissor e um receptor, por intermédio de um 
canal que serve de suporte físico a essa transmissão, para tanto, a informação é 
a “mensagem”.
l	Qualquer ser humano para viver em sociedade necessita da comunicação.
l	Existem áreas específicas da comunicação e profissionais especializados para 
que ela seja estrategicamente correta entre os meios de comunicação disponíveis. 
Estes profissionais da Comunicação Social são responsáveis pelas áreas do 
Jornalismo, da Publicidade e Propaganda, das Relações Públicas, do Rádio, da 
Televisão, do Cinema, da produção cultural, da comunicação interpessoal e 
pela comunicação institucional/corporativa/empresarial.
l	De acordo com a classificação de Pereira verificou-se que, conforme a 
quantidade de pessoas envolvidas no processo de comunicação desde a menor 
até a maior, a comunicação pode ser: intrapessoal – quando uma pessoa se 
comunica consigo mesma; interpessoal – quando a pessoa se comunica com 
outra; intergrupal – quando as mensagens circulam entre grupos; intragrupal – 
quando as mensagens circulam dentro de um grupo; e a comunicação de massa 
– quando as mensagens são dirigidas ao grande público por meio do rádio, TV, 
cinema, jornal, revista.
l	Para uma comunicação eficaz, devemos ter em mente um processo de 
comunicação que possua sete elementos (1. Emissor; 2. Codificação; 3. 
Mensagem – Canal – meio de comunicação; 4. Decodificação; 5. Receptor; 6. 
Resposta; 7. Feedback) e evitar o Ruído, pois ele é a interferência, o desvio, em 
algum momento, do processo de comunicação. Portanto, devemos sempre 
verificar todos os sete elementos do processo com muita atenção para que não 
ocorra o indesejável, o ruído.
17
Vamos agora fixar o que aprendemos, resolvendo algumas questões.
1 O que é comunicação?
2 Qual é o elemento do processo de comunicação que devemos sempre evitar? 
Comente.
3 Defina e explique cada um dos elementos apresentados na figura a seguir:
AUTOATIVIDADE
4 Por que compreender o contexto no qual estamos inseridos é importante 
para a transmissão da mensagem?
5 Crie um exemplo de comunicação na qual haja interferência. 
6 Diferencie língua e linguagem. 
7 Escreva A para linguagem verbal e B para linguagem não verbal. 
( ) Placa PARE. 
( ) Sinalizador de navio. 
( ) Semáforo/sinaleira. 
( ) Bula de remédio. 
( ) Imagem de animais na pista. 
( ) Manual de instruções. 
7
Feedback
6
Resposta
5
Receptor
4
Decodificação
3 MENSAGEM
Meio de 
comunicação /
canal
2
Codificação
1 
Emissor
8
Ruído
18
19
TÓPICO 2
COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) acadêmico(a)! Pronto para mais uma etapa de estudos? No 
tópico anterior, conceituamos e observamos o que vem a ser comunicação e a 
importância do processo de comunicação para uma comunicação eficaz. Para 
que tenhamos uma comunicação eficaz, necessitamos conhecer as formas de 
linguagem do público alvo (receptor) e sua cultura.
Neste tópico, abordaremos questões relacionadas ao ato de comunicar, 
à relação da comunicação e da cultura, às funções da linguagem. Além disso, 
explanaremos alguns aspectos sobre coesão e coerência. Vamos lá?
2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM 
Como já abordamos nos tópicos anteriores, a comunicação é o ato de 
transmitirmos uma mensagem de um emissor a um receptor, tomando os devidos 
cuidados para que ela possa ser compreendida. A comunicação depende da 
linguagem, seja ela verbal ou não verbal, como também já vimos anteriormente. 
Relembrando: linguagem verbal é aquela que utiliza palavras para a 
comunicação. Linguagem não verbal é aquela que utiliza sons, imagens, cores e gestos para 
o ato de comunicar.
ATENCAO
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
20
Vamos conhecer um pouco da história da comunicação? A comunicação 
é uma necessidade humana desde os primórdios. Pelo fato de o homem não ser 
um animal propenso a viver solitário, mas sim em grupos, esta necessidade foi se 
tornando cada vez mais evidente. 
Para expressar aos demais membros do grupo suas necessidades, o homem 
desenvolveu a linguagem. Graças à inteligência humana, a linguagem foi sendo 
aprimorada e então passamos a ter a comunicação. Através da comunicação, o 
homem passou a transmitir as informações de forma mais eficaz, e, além disso, 
a cultura também passou a ser transmitida. De acordo com Bordenave (2007), a 
comunicação é o modo através do qual as pessoas compartilham experiências, 
ideias e sentimentos. Podemos afirmar que ao se relacionarem, como seres 
interdependentes, influenciam-se mutuamente e, juntas, modificam a realidade 
onde estão inseridas. Assim, o ser humano se comunica através da linguagem, 
difundindo a cultura.
2.1 LINGUAGEM E SEUS SIGNOS
Os antropólogos têm sempre afirmado e provado que a linguagem e a 
cultura se implicam mutuamente, que a linguagem deve ser concebida como uma 
parte integrante da vida social. (JAKOBSON, 2003).
Essa visão da linguagem como interação social, em que o OUTRO 
desempenha papel fundamental na constituição do significado, integra todo o 
ato de enunciação individual num contexto mais amplo, revelando as relações 
intrínsecas entre o linguístico e o social. (BRANDÃO, 2002).
O teórico Jakobson (2003) procura aperfeiçoar e/ou ampliar, para 
que pudesse ser usado para a comunicação verbal, o modelo de comunicação 
excessivamente simplificado da teoria da informação, da teoria da comunicação 
ou da cibernética, ou dele aproveitar apenas os elementos necessários ao exame 
da comunicação humana.
As principais contribuições de Jakobson para o estudo da comunicação 
foram: a introdução das questões de variação linguística no modelo de 
comunicação por meio dos códigos e subcódigos e de suas intersecções na relação 
entre remetente e destinatário; o reconhecimento de que os homens se comunicam 
com diferentes fins, tendo em vista a variedade de funções da linguagem que 
ocorrem no processo de comunicação.
Para que ocorra a comunicação, precisamos de um instrumento contemplado 
de signos, definido como linguagem. Como afirma Geraldi (1997, p. 41), 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
21
[...] essa concepção de linguagem se liga à Teoria da Comunicação e 
prediz que a língua é um sistema organizado de sinais (signos) que 
serve como meio de comunicação entre os indivíduos. Em outras 
palavras, a língua é um código, um conjunto de signos, combinados 
através de regras, que possibilita ao emissor transmitir uma certa 
mensagem ao receptor. A comunicação, no entanto, só é estabelecida 
quando emissor e receptor conhecem e dominam o código, que é 
utilizado de maneira preestabelecida e convencionada.
Nessa visão, Bakhtin (1997) contempla que o sistema linguístico é 
completamente independente de todo ato de criação individual, de toda intenção ou 
desígnio. A língua opõe-se ao indivíduo enquanto norma indestrutível, peremptória, 
que o indivíduo só pode aceitar como tal. Assim, segundo Santaella (2000, p. 4),
[...] o mundo está se tornando cada vez mais complexo, hiperpovoado 
de signos que aí estão para serem compreendidos e interagidos. Já é 
mais do que tempo de nos livrarmos, de um lado, do preconceito estreito 
e empobrecedor de que a noção de signo equivale exclusivamente a 
signo linguístico, ou seja, de que só signo verbal é signo. 
Por sua vez, complementando esta ideia, revela Lévy (1999, p. 22) que 
 
[...] é impossível separar o humano de seu ambiente material, assim 
como dos signos e das imagens por meio dos quais ele atribui sentido 
à vida e ao mundo. Da mesma forma, não podemos separar o mundo 
material – e mesmo ainda sua parte artificial – das ideias por meio 
das quais os objetos técnicos são concebidos e utilizados, nem dos 
humanosque os inventam, produzem e utilizam. Acrescentemos, 
enfim que as imagens, as palavras, as construções de linguagem 
entranham-se nas almas humanas, fornecem meios e razões de viver 
aos homens e suas instituições, são recicladas por grupos organizados 
e instrumentalizados, como também por circuitos de comunicação e 
memórias artificiais.
Assim, notamos que a comunicação só é possível quando representa 
algo ou coisas, através de signos. O homem interage com os sinais, lendo os 
que o antecedem e formulando novos sinais em suprimento das necessidades 
emergentes. Dessa forma, podemos afirmar que tudo é convertido em signos, ou 
seja, todo elemento é passível de significação. (PEIRCE, 2000).
2.1.1 A linguagem e cultura das tecnologias
As formas de organização das mensagens são tão infinitas quanto as 
possibilidades de uso da língua. Pode-se dizer que os gêneros representam, 
igualmente, infinitas possibilidades de uso da linguagem que já identifica gestões 
culturais precisas na civilização ocidental.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
22
Nos tempos da cultura grega oral ou escrita, os gêneros eram definidos 
pela forma de uso da voz. Com a introdução da escrita, abrem-se infinitas 
possibilidades de uso da linguagem. Mostra-se como a língua pode ser lida e como 
ela pode ser falada. A literatura e o jornalismo impresso são os campos em que 
essas possibilidades foram e ainda continuam a ser utilizadas (MACHADO, 2003).
Com o surgimento do audiovisual, alarga-se um vasto campo de 
possibilidades comunicativas fora da palavra, como as linguagens mediadas por 
meios sensoriais (sonoros, visuais e, notadamente, de reprodução do movimento 
no espaço). Como afirma Moran (1994, p. 6):
[...] os meios de comunicação atuais operam imediatamente com 
o sensível, o concreto, principalmente, a imagem em movimento. 
Combinam a dimensão espacial com a cinestésica, onde o ritmo torna-
se cada vez mais alucinante (como nos video-clips). Ao mesmo tempo 
utilizam a linguagem conceitual, falada e escrita, mais formalizada e 
racional. Imagem, palavra e música se integram dentro de um contexto 
comunicacional afetivo, de forte impacto emocional, que facilita e 
predispõe a conhecer mais favoravelmente. 
Na atualidade, observa-se a representativa evolução dos meios 
comunicacionais que otimizam seus mecanismos audiovisuais, integrando 
diversas mídias e suas respectivas linguagens. Esta integração acontece 
gradativamente com o intuito de oferecer ambientes propícios à interação e ao 
desenvolvimento do conhecimento pelos seus usuários. 
O ponto de partida para garantir a integração é o entendimento do 
verdadeiro significado dos mecanismos audiovisuais. Johnson (2001) afirma que 
a grande inovação do computador não está em sua capacidade de realizar cálculos 
numéricos, mas sim na ideia dele ser um sistema simbólico, uma máquina que 
lida com representações e sinais.
Segundo Moran (1994, p. 9),
[...] os meios audiovisuais têm a possibilidade de articular, combinar, 
integrar a lógica convencional mais organizada e sequencial com a 
paralela, associadora, uma lógica "puntilhista", multidimensional, 
repleta de pontos fortes, reforçada pelos efeitos sonoros e pela inserção 
de trilhas musicais. Entretanto, para que esses meios sejam melhor 
explorados é necessário compreender a linguagem adotada pelos 
mesmos.
Na cultura das mídias eletrônico-digitais ocorre a inter-relação de todas as 
linguagens por meio de uma única mediação: a digitalização. Nela, palavra, som, 
imagem, movimento em diferentes espaços são traduzidos pelo sistema numérico.
Essa linguagem, como as outras, também é construída a partir de signos e 
regras que servem para codificar e definir a representação das suas informações. 
Como destaca Babin e Kouloumdjian (1989), no caso da linguagem escrita, o 
principal são suas palavras e suas colocações. Então, aquele que escreve bem 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
23
é aquele que utiliza as palavras certas e faz ligações exatas entre estas. Já a 
linguagem audiovisual enfatiza o efeito que uma mensagem provoca para seu 
receptor. Assim, utilizando os recursos eletrônicos, a linguagem audiovisual 
emite mensagens que ganham novas formas como imagens, sons e animações, 
em relação às mensagens escritas, podendo passar uma sensação de maior 
proximidade entre o receptor e o emissor. 
A linguagem audiovisual permite e pode-se dizer que estimula o usuário 
a acessar a informação de forma não linear. Esta característica, em especial, 
propicia novos processos de recepção e envio de mensagens, além de motivar, 
dentre outras coisas, a interatividade (LÉVY, 1999). 
O importante é perceber que o audiovisual não é a imagem, nem a 
gramática da imagem, nem a composição ordenada de sequências de imagens, 
embora esses princípios particulares não devam ser desprezados (BABIN; 
KOULOUMDJIAN, 1989). Concorda, assim, com a ideia de que o audiovisual é a 
união do som-imagem-palavra.
Verificamos acima a importância e as novas possibilidades de comunicação 
e linguagem que as tecnologias possibilitaram.
ESTUDOS FU
TUROS
Veremos adiante, no Tópico 3 – As velhas e novas tecnologias da Comunicação 
– a evolução destes meios de comunicação, graças, principalmente, ao advento da Internet 
e de novas mídias, o que tem contribuído com a ampliação e expansão do fluxo de 
informação na sociedade.
E então, acadêmico(a)! Está preparado(a) para conhecer as funções da 
linguagem? Você sabia que elas são nossas companheiras frequentes, nos mais 
variados processos comunicativos, que utilizamos diariamente?
Preparado(a) para descobrir? Vamos em frente!
2.2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Para compreendermos de forma inteligível as funções da linguagem, é 
necessário, primeiramente, revisarmos as etapas que compõem o processo de 
comunicação.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
24
Diferente do que muitas pessoas pensam, a comunicação acontece das mais 
variadas formas, nas mais diversas situações. Comunicamo-nos quando falamos, 
quando estabelecemos um diálogo, quando redigimos um texto, com nossos 
colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os documentos 
que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo 
ou de um aperto de mão de boa-noite. A comunicação está presente em todos (ou 
quase todos) os momentos.
É o que diz Bordenave quando se refere à comunicação:
A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos tanta 
consciência de que comunicamos como de que respiramos ou 
andamos. Somente percebemos a sua essencial importância quando, 
por acidente ou uma doença, perdemos a capacidade de nos comunicar. 
(BORDENAVE, 1986, p. 17-9).
No processo de comunicação, notamos a existência de alguns elementos, 
assim apresentados: o emissor – que emite a mensagem; receptor – que recebe 
a mensagem; canal - meio pelo qual circula a mensagem; código - conjunto de 
signos usado na transmissão e recepção da mensagem; contexto ou referente - 
relacionado a emissor e receptor; mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor, 
que pode ser assim esquematizado:
FIGURA 6 – PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://www.algosobre.com.br/images/stories/gramatica/funcoes_da_
linguagem_01.gif>. Acesso em: 22 set. 2011.
MENSAGEM
Referente
Conteúdo
Língua Portuguesa
CÓDIGO
CANAL
Uma Carta
EMISSOR RECEPTOR
Ao elaborarmos uma mensagem, dependendo da nossa intenção, do 
sentido que quisermos dar a ela, podemos destacar um desses fatores, definindo 
seu caráter. Daí resultam as Funções da Linguagem. Partindo desses seis 
elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das funções 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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da linguagem e ressaltou que em uma mesma mensagem, podemos reconhecer 
mais de uma função, embora uma prevaleça. Como afirma Jakobson:
Embora distingamos seis aspectos básicos da linguagem, dificilmente 
lograríamos encontrar mensagens verbais que preenchessem uma 
única função.A diversidade reside não no monopólio de alguma 
dessas diversas funções, mas numa diferente ordem hierárquica de 
funções. A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente 
da função predominante. (JAKOBSON, 2003, p. 123). 
Ainda segundo Jakobson (2003), cada um dos elementos apresentados na 
figura anterior estariam diretamente ligados a um funcionamento diferente do 
sistema linguístico. Vamos apresentar, a seguir, as funções da linguagem.
2.2.1 Função referencial, informativa, denotativa ou 
cognitiva
Centralizada no referente, ela é precisa, direta e objetiva, prevalecendo a 
terceira pessoa do singular. Linguagem denotativa, pois não há possibilidades 
de outra interpretação além da exposta. O emissor apresenta informações da 
realidade. Linguagem usada na ciência, na arte realista, no jornal, no “campo” do 
referente e das notícias de jornal e livros científicos.
Exemplo: figura a seguir.
FIGURA 7 – EXEMPLO DE USO DA LINGUAGEM EM JORNAL
FONTE: Disponível em: <http://www.alfapc.com.br/press/J1Uniasselvi.jpg>. Acesso em: 22 set. 2011.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
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2.2.2 Função emotiva ou expressiva
É centralizada no emissor. Sua principal característica é a transmissão de 
emoções, sensações, opiniões, sentimentos, pontos de vista, entre outros. Nela 
prevalece a primeira pessoa do singular, interjeições, exclamações e reticências, 
pois ressalta a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. É a 
linguagem utilizada nas autobiografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. 
Exemplo: autobiografia de Cecília Meireles:
“[...] Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem 
negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi 
sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram 
fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu 
mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os 
livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação 
tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma 
separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano." 
(Cecília Meireles)
FONTE: Disponível em: <http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_3667.html>. Acesso em: 
10 ago. 2011.
2.2.3 Função apelativa ou conativa
Centraliza-se no receptor, procurando persuadi-lo, seduzi-lo, convencê-
lo, etc. O emissor procura influenciar o comportamento do receptor. É comum a 
utilização do nome da pessoa, do tu e você, além do vocativo e imperativo. É usada 
nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 
Veja exemplo a seguir:
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FIGURA 8 – EXEMPLO DE USO DA LINGUAGEM EM PROPAGANDA
FONTE: Disponível em: <http://www.uniasselvi.com.br/_upload/boletim_
informativo/1991/1561/campanha_traga_um_amigo.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2011.
2.2.4 Função fática
É aquela centralizada no canal. Tem como objetivo prolongar ou não o 
contato com o receptor. É uma espécie de “teste” do canal. Linguagem das falas 
telefônicas, saudações e similares. 
Exemplo: “Alô!”, “entenderam?”.
• Também empregada, quando no decorrer de uma conversa, emitimos sons.
Exemplo: “heim!”.
• Ocorre também quando o emissor quer iniciar uma comunicação.
Exemplo: - Olá! Como vai? – perguntou o homem de olhos esbugalhados.
• Quando visa prolongar o contato com seu receptor.
Exemplo: - Ela não desanima nunca, você concorda? Não acha?
• Quando deseja interromper o ato de comunicação.
Exemplo: - Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar.
Qualquer dia, amigo, a gente vai-se encontrar.
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FIGURA 9 – EXEMPLO DE USO DA LINGUAGEM EM FALA TELEFÔNICA
FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_wh0Pw_knhSc/S8IBsnd8xI/AAAAAAAAABE/
tl9YDHm36r4/s320/funcF%C3%A1tica.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2011.
2.2.5 Função poética
Está centrada na própria mensagem, revelando recursos imaginativos 
criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa e metafórica. Valorizam-se as 
palavras e suas combinações. Comunica e expressa seus sentimentos através do 
discurso, enfatizando a sonoridade, o ritmo, além de elaborar novas possibilidades 
de combinações linguísticas. Esta função não abrange só a poesia, todavia é 
nessa forma de expressão que a sua função é dominante. É a linguagem figurada 
apresentada em obras literárias, letras de música e em algumas propagandas. 
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Exemplo:
Lua Adversa 
Tenho fases, como a lua,
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...).
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles, in 'Vaga Música'
FONTE: Disponível em: <http://www.citador.pt/poemas/lua-adversa-cecilia-meireles>. Acesso em: 
10 ago. 2011.
2.2.6 Função metalinguística
Possui relação com o próprio código. Usa o código para explicar o próprio 
código. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que 
comenta outro texto. Os dicionários são também exemplos de metalinguagem. 
Exemplo: utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
Receita para fazer um poema dadaísta
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e 
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meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, 
ainda que incompreendido do público.
Tristan Tzara
FONTE: Disponível em: <http://mantraman.wordpress.com/2009/08/14/para-fazer-um-poema-
dadaista-tristan-tzara/>. Acesso em: 10 ago. 2011.
Metalinguagem (verbete de dicionário)
Me.ta.lin.gua.gem
sf (meta2+linguagem) 1 Linguagem que se utiliza para descrever outra 
linguagem ou qualquer sistema de significação. 2 Linguagem que o crítico 
literário utiliza para investigar as relações e estruturas presentes numa obra.
FONTE: Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=por
tugues-portugues&palavra=metalinguagem>. Acesso: 10 ago. 2011.
Então, acadêmico(a)! Agora que você percebeu que as funções de 
linguagem são muito importantes para a elaboração de textos direcionados para 
determinadas finalidades. Vamos adiante? 
2.3 RECURSOS DE COESÃO E COERÊNCIA
Então, acadêmico(a)! Agora que já conhecemos as funções da linguagem, 
vamos aprender um pouco mais sobre dois itens imprescindíveis na hora de 
escrever um bom texto. São os recursos de coesão e coerência. Neste tópico, 
estudaremos aspectos importantes destes dois recursos. 
Quando queremos transmitir uma mensagem, seja ela falada ou escrita, 
procuramos sempre utilizar mecanismos que façam com que a mensagem seja 
clara e precisa. Um exemplo disto é a forma como organizamos o texto, ou seja, 
mesmo que inconscientemente, as orações que falamos seguem uma determinada 
sequência lógica.
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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2.3.1 Coesão
Chamamos de coesão a ligação que ocorre entre os elementos de um texto. 
Imagine um prédio construído apenas com tijolos um sobre o outro. Facilmente 
ele será derrubado com um vento, mesmo que fraco. O que é necessário para 
unir estes tijolos? Cimento e ferro, certo? Da mesma forma ocorre com um texto. 
Apenas palavras soltas não são capazes de formar um texto coeso, unido. São 
necessáriosalguns elementos para uni-lo.
Observe o exemplo de Bellezi (2007, p. 566). “Os sem-terra fizeram um 
protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta 
a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a 
manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária 
pretende assentar milhares de sem-terra.”
Observe, acadêmico(a), que as palavras que foram postas em negrito 
possuem um papel importantíssimo dentro deste texto: o de ligar os elementos. 
Elas, então, são responsáveis pelo que chamamos de coesão. 
O site Brasil Escola expõe uma lista de elementos que geralmente são os 
responsáveis pela coesão textual. Vamos conhecê-los? 
• As preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais podem 
servir como elementos de coesão. São exemplos: inicialmente (introdução), do 
mesmo modo (continuação), dessa forma (conclusão).
Veja uma frase utilizando as três palavras: 
Inicialmente elencaremos o número de vendas de automóveis, do 
mesmo modo faremos com as motos e caminhões. Dessa forma, concluiremos o 
levantamento das vendas do mês de junho.
 O texto que não apresenta coerência pode parecer, muitas vezes, 
contraditório ou sem sentido, causando confusão a quem o interpreta. Por isso, 
principalmente quando se trata de textos empresariais, devemos tomar muito 
cuidado com as frases desconexas ou soltas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
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• Há também a coesão por referência. Para tal, utilizamos os pronomes 
pessoais (eu, tu, ele...), os pronomes possessivos (meu, teu, nosso...), os 
pronomes demonstrativos (este, isto, aquilo...), os pronomes indefinidos 
(algum, nenhum, toda, todo etc.), os pronomes relativos (o qual, o 
que, cujo, onde etc.) e os advérbios de lugar (aqui, ali, lá, acolá etc.). 
Veja uma frase como exemplo:
Marcos estava doente. Ele permaneceu internado e se afastou do trabalho 
por três meses. O hospital é bom. Aqui ele foi bem tratado.
• A coesão por substituição ocorre quando, para não dizer a palavra duas vezes, 
usa-se outra similar. Veja uma frase como exemplo:
Rio de Janeiro é realmente muito bela. A cidade maravilhosa é tudo de bom.
(neste caso, Rio de Janeiro = cidade maravilhosa). 
Macarronada é a melhor opção. É uma massa rápida e prática.
(neste caso, macarronada = massa). 
DICAS
Acadêmico(a), visite o site: <http://www.brasilescola.com/redacao/coesao.
htm> e veja a classificação na íntegra.
2.3.2 Coerência 
A falta de coerência em um texto ocorre quando o emissor não consegue, 
por algum motivo, transmitir de forma correta o que pretendia. Pode ser 
classificada como a relação lógica entre as ideias. 
O texto coerente é, portanto, aquele que conseguimos interpretar de forma 
plena, o texto que tem sentido. Vamos ver alguns exemplos? 
As mulheres adoram doces porque engordam. 
Este fogo não me queima. 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO, CULTURA E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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Estas frases são consideradas incoerentes, pois sabemos que mulheres não 
gostam de engordar e não existe fogo, no sentido real, que não queime. 
E então, acadêmico(a), percebeu a importância da comunicação? O ato 
de comunicar é de grande responsabilidade. Tudo o que pode atrapalhar a 
comunicação do receptor deve ser evitado ao máximo.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou que:
l	Observou-se que a linguagem é o instrumento de intercâmbio interpessoal 
e social, capaz de habilitar o ser humano no desempenho de suas tarefas 
comunicativas, por meio de gestos, mímicas e/ou palavras escritas, faladas ou 
sinalizadas. 
l	A linguagem e a cultura se implicam mutuamente. A linguagem deve ser 
concebida como uma parte integrante da vida social.
l	Na relação entre remetente e destinatário, o reconhecimento de que os homens 
se comunicam com diferentes fins, tendo em vista a variedade de funções da 
linguagem.
l	Surgimento da tecnologia audiovisual, que abriu um vasto campo de 
possibilidades comunicativas fora da palavra, como as linguagens mediadas 
por meios sensoriais (sonoros, visuais e, notadamente, de reprodução do 
movimento no espaço).
l	Na cultura das mídias eletrônico-digitais, ocorre a interrelação de todas as 
linguagens por meio de uma única mediação: a digitalização. Nela, palavra, 
som, imagem, movimento em diferentes espaços são apresentados.
l	Estudamos também as funções da linguagem, que são muito importantes 
para que possamos compreender a intenção do emissor ao transmitir uma 
mensagem. São elas a função emotiva ou expressiva, a função apelativa ou 
conativa, a função referencial, a função fática e a função poética. 
l	E para finalizar, conhecemos um pouco sobre a coesão e a coerência. Estes dois 
itens são de extrema importância para que o texto seja compreensível. Lembre-
se sempre: coesão são os elementos de ligação e coerência é o sentido do texto.
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Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a 
seguir:
1 Defina linguagem.
2 Apresente um exemplo de cada uma das seis funções da linguagem 
apresentadas no Tópico 2, segundo Jakobson.
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 3
AS VELHAS E NOVAS TECNOLOGIAS DA 
COMUNICAÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), você viu nos tópicos anteriores o que é a comunicação 
e seus processos. Agora, para ampliar o seu entendimento, vamos estudar os meios e 
os veículos de comunicação - e suas evoluções ao longo dos tempos. 
Preste atenção! Meios de comunicação são instrumentos que auxiliam 
os comunicadores e seus públicos a transmitir e receber informações (emissores 
e receptores, lembra?). São exemplos de meios de comunicação: o jornal, a 
televisão, o rádio, a internet. A evolução destes meios de comunicação, graças 
principalmente ao advento da Internet e de novas mídias, tem contribuído com a 
ampliação e expansão do fluxo de informação na sociedade.
E os veículos de comunicação, o que são? Os veículos de comunicação são 
os responsáveis pela transmissão da informação, através dos meios. Confuso? 
Preste atenção ao exemplo que, certamente, facilitará o seu entendimento. O 
jornal impresso e o rádio são os meios, assim, o Jornal Folha de São Paulo e a 
Rádio Globo, respectivamente, são os veículos. 
Vamos entender um pouco mais?
2 MEIOS E VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO
Você, acadêmico(a), pode estar se perguntando: “Será que realmente eu 
preciso estudar isso tudo para saber um pouco mais de comunicação empresarial?”. 
Nossa resposta é sim. O processo de comunicação se dá por etapas e, desta forma, 
é necessário conhecer todos os agentes que influenciam a emissão e recepção de 
informações. Neste capítulo, vamos tratar dos meios e veículos de comunicação. 
E, a partir de agora, vamos pensar em meios de comunicação de massa. 
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Para Maria Alzira Pimenta (2002, p. 34), os “meios de Comunicação de 
Massa (MCM), por convenção, são os meios que veiculam informações para as 
massas. Exemplos: jornais, rádio, cinema, revistas, livros”. Esta abordagem, do 
ano de 2002, não inclui a Internet, que teve crescimento mais acentuado no Brasil 
entre os anos de 2005 a 2008. 
A “massa”, entretanto, sob a visão de Pimenta (2002), é formada por 
um grande volume agregado de pessoas, diferentes entre si (heterogêneas) que 
consomem as mesmas informações. Esta afirmação, aos poucos, está se tornando 
cada vez mais distante da realidade, devido à interatividade que a comunicação 
– mais digitalizada – tem conquistado. 
Para entender um pouco mais a história de cada meio de comunicação 
citado, vamos estudar mais aprofundadamente cada um deles!
3 A EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Como já estudamos no Tópico 1 deste Caderno de Estudos, o homem, 
desde os primórdios, sentiu a necessidade da comunicação para poder viver em 
sociedade e poder transmitir suas mensagens uns aos outros. 
A evolução dos meios de comunicação foi acontecendo por necessidade. 
Inicialmente, surgiram as pinturas rupestres, através das quais os homens 
desenhavam, representando

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