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Necrose: morte celular e suas características

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Aula 2 – Necrose
A necrose é a morte de uma célula ou a parte de um tecido em um organismo vivo.
É a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis, ou seja, parada definitiva das funções.
A necrose é a morte celular ou tecidual em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserve suas funções orgânicas (diferente da autólise, que ocorre no organismo morto).
A necrose é a principal manifestação de lesão celular irreversível.
A lesão se espalha facilmente, por isso deve ser identificada para ser retirada cirurgicamente ou com instrumentos especializados para cessar o processo. 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
As alterações morfológicas da estrutura necrosada não ocorrem imediatamente após a cessação da atividade vital da célula.
Na morte celular súbita, não se notam alterações graves da morfologia.
Na maior parte dos casos, os tecidos necrosados permanecem algum tempo ao lado dos elementos vivos, podendo, então, caracterizar-se perfeitamente as alterações estruturais induzidas pela ação enzimática.
Sempre que ocorre uma destruição celular, ocorrerá a ativação de enzimas no enzima que tentam “limpar” e fagocitar aquele tecido, propiciando uma cicatrização. (>>migração de macrófagos)
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NECRÓTICAS
A lesão sempre inicia no “cérebro” da célula – núcleo.
Picnose: é a contração do núcleo com condensação da cromatina. O núcleo reduz o seu tamanho e aparece hipercorado basófilo.
Cariorrexe: consiste na distribuição irregular da cromatina que pode se acumular e/ou desintegrar-se em grumos, perdendo os limites nucleares.
Cariólise: consiste na dissolução da cromatina com perda de coloração do núcleo.
PICNOSE
Retração e adensamento do núcleo, com perda da individualidade dos grânulos de cromatina.
O núcleo reduz o seu tamanho e aparece hipercorado.
É a contração do núcleo com condensação da cromatina em torno do nucléolo.
CARIORREXE
Fragmentação do núcleo picnótico.
Consiste na distribuição irregular da cromatina que pode se acumular e/ou desintegrar-se em grumos, perdendo os limites nucleares.
CARIÓLISE
Coloração nuclear pálida e fraca.
Consiste na dissolução da cromatina com perda de coloração do núcleo.
ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
Citoplasma perde a leve basofilia – ocorre aumento da eosinofilia (isto ocorre por digestão do RNA do citoplasma; p. exemplo dos ribossomos).
Tumefação e ruptura das mitocôndrias.
Com o passar do tempo, o citoplasma torna0se granuloso aparecendo espaços irregulares, efeito da desnaturação e digestão das organelas citoplasmáticas. 
Transformação em mancha opaca, acidófila.
· Acidificação celular: a célula lesada não funciona adequadamente, diminuindo, pois, a função da bomba de sódio e potássio, o que acumula substâncias tóxicas de metabolismo no citoplasma, o que acentua o espessamento do citoplasma que se torna mais escuro.
ETIOLOGIA DA NECROSE
1. Agentes Físicos: ação mecânica, radiação, temperatura
2. Agentes Químicos: substâncias tóxicas e não-tóxicas (álcool, medicamentos, detergentes, fenóis)
3. Agentes Biológicos: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas; infecções parasitárias
4. Causas Anóxicas: supressão da corrente sanguínea e do fornecimento de oxigênio (são as causas mais comuns).
Obs: para produzir necrose, a supressão deve ser brusca e total; se lenta ou parcial, usualmente leva à degeneração ou à atrofia.
1) CAUSAS FÍSICAS
Traumatismos, frio, calor, eletricidade, radiações.
As lesões traumáticas deformam as células alterando a estrutura ou provocando ruptura da membrana celular.
O calor pode provocar a morte imediata da célula por coagulação ou carbonização ou pela instalação de lesões irreversíveis.
O frio causa necrose por vasoconstrição, impedindo o livre curso da corrente circulatória.
As correntes elétricas podem produzir necrose por eletrólise, modificando, subitamente, a distribuição das concentrações iônicas no interior da célula, e alterando a permeabilidade da membrana.
2) CAUSAS QUÍMICAS
Ácidos e bases fortes: atuam localmente pelo efeito cáustico, coagulando e desnaturando as proteínas.
O clorofórmio e o tetracloreto de carbono atuam desorganizando os constituintes lipídicos das membranas celulares e lesando o RE sem inibir as enzimas. 
3) CAUSAS BIOLÓGICAS
Vírus, bactérias, protozoários e fungos podem produzir necrose pela liberação de enzimas proteolíticas.
4) CAUSAS IMUNITÁRIAS
A morte celular por mecanismo imunitário é devido a (I) lise causada por anticorpos após fixação do complemento; (II) efeito citopático dos linfócitos; e (III) efeito citopático mediado por anticorpos. 
TIPOS DE NECROSE
1. Necrose por coagulação ou isquêmica.
2. Necrose por liquefação: forma pus.
3. Necrose caseosa: aspecto de “queijo friável”.
4. Necrose fibrinóide: aspecto hialina, acidofílico, semelhante a fibrina.
5. Necrose gangrenosa: úmida ou seca, dependendo da quantidade de água presente.
6. Necrose enzimática: liberação de enzimas nos tecidos; forma mais comum tipo gordurosa, no pâncreas, quando pode ocorrer liberação de lipases, desintegram a gordura deste órgão.
7. Necrose hemorrágica: quando há presença de hemorragia no tecido necrosado.
NECROSE DE COAGULAÇÃO OU ISQUÊMICA
Padrão mais comum de necrose.
99% causada por isquemia.
Frequentemente observada nos infartos isquêmicos.
Há conversão da célula num “arcabouço” acidófilo e opaco, com perda do núcleo, mas com preservação do contorno celular devido à permanência de proteínas coaguladas no citoplasma, rompimento da membrana celular “células fantasmas”, permitindo o reconhecimento dos contornos celulares e da arquitetura celular.
Apresenta-se como massa coagulada.
- Macroscopicamente: área firme e pálida (ausência de circulação), bem delimitada; quando a causa é isquêmica (infarto), é característica a forma em cunha, com o ângulo voltado para o centro do órgão, isto é, para o vaso ocluído. Tumores de crescimento muito rápido, superando a capacidade de suprimento pelos vasos do próprio tumor. 
NECROSE POR LIQUEFAÇÃO
Caracteriza-se pela consistência mole ou pelo estado líquido do tecido necrótico.
O amolecimento deve-se à dissolução enzimática rápida e total do tecido.
É encontrada especialmente no sistema nervoso que, sendo rico em lipóides e podre em proteínas, apresenta diminuta capacidade de coagulação, o que facilita a liquefação.
A necrose por liquefação é responsável pela dissolução dos tecidos em certas inflamações purulentas e pela formação da parte líquida do pus; nesse caso contribuem para a lise as enzimas proteolíticas liberadas das bactérias, dos leucócitos e das próprias células teciduais necrosadas.
No infarto cerebral, ao contrário do miocárdio, não costuma haver parada completa, e sim uma redução acentuada da circulação, suficiente para matar os neurônios, mas que não impede a chegada de células sanguíneas ao local da lesão.
Há rápido aparecimento de células fagocitárias, macrófagos, neste caso, também chamados de células grânulo-adiposas.
Os macrófagos são em parte provenientes da micróglia (e, portanto, já residentes no tecido); e em parte provêm de monócitos do sangue.
Removem em poucos dias o material necrótico.
Isto se traduz macroscopicamente pelo amolecimento do tecido necrótico, que fica transformado em papa, daí o nome necrose liquefativa.
NECROSE GORDUROSA – ESTEATONECROSE
Essa necrose é mais encontrada no pâncreas e no tecido adiposa da mama, epíplon e após traumatismos.
Ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos.
Forma mais observada é a do tipo gordurosa devido à ação das lipases.
A necrose toma a forma de focos de contornos imprecisos de células gordurosas necróticas, cujo conteúdo lipídico é lipolisado, circundada por uma reação inflamatória.
Os ácidos graxos liberados fazem, então, complexos com cálcio, criando sabões de cálcio.
A olho nu, os focos necróticos aparecem opacos e esbranquiçados como giz (pingos de vela).
NECROSE CASEOSA
Combinação entre necrose de coagulação e de liquefação.
As células não estão totalmente liquefeitas, nem tampouco suas margens estão bem definidas, criando-se uma massa amorfaesbranquiçada, sem brilho, consistência pastosa, friável e seca, similar à queijo branco fresco (caseum).
Causada principalmente por agressão celular do bacilo da tuberculose.
A necrose fica envolvida por uma parede inflamatória granulomatosa.
Envolve mecanismo imunitário entre macrófagos e linfócitos T sensibilizados.
Perda dos contornos celulares e detalhes estruturais.
Massa microscópica amorfa, homogênea, eosinofílica, com picnose e cariorrexe, circundada por processo inflamatório granulomatoso, com ação de linfotoxinas. 
NECROSE GANGRENOSA
Não representa um padrão distinto de morte celular.
Provocada por isquemia ou por ação de microrganismo.
Geralmente, aplica-se a um membro como parte inferior da perna, que perdeu seu suprimento de sangue e em seguida foi atacado por agentes bacterianos.
Os tecidos passam por uma morte isquêmica de suas células e necrose de coagulação modificada pela ação liquefatora das bactérias e leucócitos atraídos ao local.
Pode ser úmida ou seca, depende da quantidade de água presente.
Quando o padrão coagulativo é o dominante, pode ser chamado de Gangrena Seca. Quando predomina aspecto liquefativo, denominamos Gangrena Úmida, envolve a participação de bactérias anaeróbias, que promovem uma acentuada destruição protéica e putrefação.
NECROSE HEMORRÁGICA
Local necrótico com grande quantidade de sangue.
Infarto hemorrágico pulmonar, intestinal, testículos - possuem dupla circulação.
Necrose de coagulação do parênquima dentro da área hemorrágica – órgãos úmidos e sanguinolentos. 
NECROSE FIBRINÓIDE
Tecido necrótico adquire um aspecto hialino, acidofílico, semelhante a fibrina.
Ocorre em: (I) vasos – hipertensão arterial maligna (alteração eosinofílica da parede vascular com fibrina na parede); (II) LES; (III) poliartrite nodosa; e (IV) doenças do tecido conjuntivo (colagenoses). 
NECROSE GOMOSA
Rara; tipo de necrose de coagulação. 
Área necrótica compacta, uniforme, elástica.
Sífilis tardia (terciária) ou congênita.
APOPTOSE: morte celular programada
Nas alterações iniciais, observamos: condensação e fragmentação da cromatina nuclear, seguida por fagocitose dos corpos apoptóticos.
A apoptose afeta células individualmente, ocorre de forma rápida, e as células apoptóticas desaparecem completamente sem desencadear reação inflamatória. 
Ocorre no desenvolvimento embrionário, na organogênese, na renovação de células epiteliais e hematopoiéticas, na involução cíclica dos órgãos reprodutivos da mulher, na involução de alguns órgãos e ainda na regressão de tumores.
Portanto, consiste em um tipo de morte programada, desejada e necessária que participa na formação dos órgãos e que persiste em alguns sistemas adultos como a pele e o sistema imunológico.
Aspectos morfológicos: (I) células isoladas e contraídas (citoplasma denso, organelas mais agrupadas); (II) condensação da cromatina (agregação periférica); (III) integridade da membrana plasmática; (IV) formação de bolhas intracitoplasmáticas e fragmentação celular (corpos apoptóticos); e (V) fagocitose sem estímulo inflamatório.

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