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Pigmentações patológicas

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PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS
Os pigmentos são substâncias químicas existentes na natureza, que são utilizados para fazer distinção de cores de determinados elementos, como os tecidos.
Distúrbio pigmentar no corpo humano, portanto, se dá com um excesso (hiperpigmentação) ou uma redução (hipopigmentação); e geralmente ocorrem em algum local fora do usual. 
São alterações fisiológicas ou patológicas de alguma célula ou grupo de células, que servem de alerta para suspeitar-se de alguma lesão em evolução no organismo.
· Conceito: susbtâncias de composição química e cores próprias, amplamente espalhadas na natureza, encontradas nas células e tecidos, que em determinadas circunstâncias podem constituir causa ou efeito de alterações funcionais. 
· Etiologia dos distúrbios da pigmentação: decorrem de alterações na sua formação (hiper ou hipoprodução).
· As pigmentações patológicas ocorrem em muitas doenças, mas o pigmento em si raramente ocasiona alterações histofisiológicas significativas (raramente é causa de problema, mas sim um sinal).
PIGMENTOS ENDÓGENOS
Oriundos de substâncias que fazem parte da organização corporal, sendo produtos específicos da atividade celular.
Substância corada que é produzida dentro e pelo próprio organismo.
PIGMENTOS EXÓGENOS
Oriundos do exterior, que, introduzidos no organismo por ingestão, inalação ou inoculação, se depositam nos tecidos, funcionando como corpos estranhos, sendo fagocitados por macrófagos ou drenados por vasos linfáticos.
Exemplos: 
1. Tatuagem: pigmentos exógenos insolúveis (nanquim, carvão). Introduzidos por agulha com propósitos decorativos ou identificadores. Histologicamente o pigmento é visto como pequenos grânulos fagocitados por histiócitos ou retidos no tecido conjuntivo fibroso, ao longo de fibras colágenas e em macrófagos fixos (o pigmento visto exteriormente é aquele que foi fagocitado por macrófagos do tecido celular subcutâneo). 
2. Plumbismo ou Saturnismo: intoxicação com sais de chumbo; associada à ingestão alimentos contaminados com fumaça de fundições e trabalhadores com baterias de automóveis. Decorre da deposição de sulfeto de chumbo nos ossos e na mucosa oral e gengival, a qual produz linha escura (“linha do chumbo”), além de graves lesões no SNC, nos rins e no sistema hematopoiético (principalmente na medula).
3. Argirismo ou Argiria: Intoxicação com sais de prata. Decorre da deposição desse pigmento nos glomérulos renais, nas glândulas sudoríparas e sebáceas e na derme superficial. Produz uma pigmentação acinzentada azulada permanente na pele e mucosa oral. 
4. Antracose: verifica-se um pontilhado preto acinzentado, mais intenso nas porções mais ventrais. Observa-se grânulos enegrecidos, nos alvéolos e nos septos interalveolares, as vezes dentro de macrófagos. O aumento dos alvéolos reduz a área de troca gasosa (septos), causando o enfisema pulmonar. 
· Origem: inalação de fumaças, fumo, poluição ambiental.
· Mecanismo e destino: inalação de partículas sólidas, as quais irão para alvéolos, macrófagos, vasos linfáticos, linfonodos (pretos) e pleura (manchas pretas).
· Macrófagos: “dust cells”, vistos no citopatológico de escarro. Obs: mineitos de minas de carvão farão pneumoconiose (fibrose pulmonar ocupacional pela sílica. 
5. Melanina: pigmento granular, amarelo, pardo ou negro, de natureza proteica, o qual confere cor escura em pele, cabelo, retina, corpo ciliar, coróide e íris. Tem como função a proteção contra radiação (principalmente a ultravioleta, que é penetrante). 
· Os melanócitos se encontram entre a epiderme e derme (transição; camada basal da epiderme). Quanto mais melanina tem, mais escura é a pele e mais protegida dos raios solares. 
· Distúrbios ligados à melanina: nevos, melanoma, melanose (aumento localizados)
NEVOS PIGMENTADOS: são más formações de aspecto tumoral, oriundos dos melanócitos e melanoblastos. Se começar a crescer, coçar e sangrar, merece atenção.
MELANOMAS: neoplasias graves, altamente malignas. 
Obs: Qualquer lesão pigmentada que comece a crescer, tenha alterações na pigmentação ou que venha a sangrar, deve ser estudada microscopicamente, procurando alterações juncionais, invasividade, mitoses e anaplasia. 
· Critério de simetria: dividir a lesão em duas metades (esquerda/direita ou superior/inferior). Observar se as duas partes possuem as mesmas características. Se forem homogêneas, trata-se de um tumor benigno. Se forem assimétricas, deve-se suspeitar de malignidade. 
· Critério histológico: tumor crescendo para baixo, epiderme livre, faixa de tecido conjuntivo sem nada que separe a epiderme da derme (benignidade). Infiltração da epiderme, cresce em todas as direções, inclusive superiormente (suspeita de malignidade).
 
· Melanodermias secundárias:
À GESTAÇÃO: aumento do hormônio estimulante dos melanócitos e aumento de estrógenos e progestágenos durante a gestação é responsável pela pigmentação gestacional (cloasma ou Melasma). Afeta a face, aréolas mamárias e, às vezes, genitália. 
ÀS RADIAÇÕES: raios ultravioleta, solar e demais radiações, estimula os melanócitos a sintetizar melanina como fator de autoproteção. 
Diminuição Local da Pigmentação
1. Acromotriquia: na senilidade e em algumas deficiências nutricionais (cobre, ácido paraminobenzoico, ácido pantotênico). As radiações intensas, após um período de hiperpigmentação, podem levar à acromotriquia, em consequência da exaustão dos melanócitos. 
2. Acromia cicatricial: decorre da exaustão dos melanócitos ou de sua destruição.
3. Vitiligo: acromia localizada adquirida, idiopática. Geralmente é simétrica, irregular e delimitada, com hipercromia periférica. Provavelmente decorrem da perda de atividade enzimática local dos melanócitos. 
4. Albinismo: despigmentação generalizada congênita geralmente condicionada por gen autossômico recessivo decorrente da incapacidade dos melanócitos de sintetizas a tirosinase (ou tirosina oxidase), importante na síntese de melanina. 
Pigmento de Lipofuscina
· Conceito: grupo homogêneo de pigmentos derivados da oxidação de lipídeos ou de lipoproteínas. 
· Ocorrem em condições de senilidade ou caquexia, caracterizando a “atrofia parda”, em coração, músculos esqueléticos, fígado, adrenais, neurônios, ovários, testículos e linfonodos.
· Características podem variar de tecido para tecido.
· Características macroscópicas: órgão pardo, de fácil evidenciação em tecidos musculares e neurônios. Grânulos pardo-amarelados ou marrom escuros, difusos no citoplasma ou próximo dos núcleos nas fibras.
Pigmentos Hemoglobínicos: a hemoglobina (Hb) é composta de uma protepina do grupo das histonas (globina) e de 4 grupos derivados da síntese de porfirinas (grupo heme, cromático, tetrapirrólico).
· Hemossiderose: acúmulo anormal de hemossiderina nos tecidos, especialmente nos macrófagos da derme, do fígado, do baço, dos linfonodos, da medula óssea e dos pulmões.
· Hemossiderina: pigmento brilhante, amarelo-ouro, resultante da degradação da Hb presente no plasma sanguíneo. De ocorrência principalmente intracelular, em locais onde esteja ocorrendo desintegração excessiva de hemácias. (traumatismos que levam a sangremento)
· Todas as vezes que apresentar hemossiderose ou hemossiderina, está ocorrendo quebra de hemácias, por causa espontânea, traumática, parasitária (mas sempre lesão patológica).
· O metabolismo de praticamente todo o pigmento da Hb se faz a nível hepático. Toda a Hb do corpo passa pelo fígado, onde é metabolizada e libera-se os pigmentos biliares ricos em sais biliares. Logo, toda a bilirrubina é derivada da quebra da Hb no fígado. 
· Quando ocorre a quebra de hemácia, sendo fisiológico ou patológico, o segmento heme dá origem à BILIRRUBINA INDIRETA, que circula ligada à albumina. O excesso dessa bilirrubina chega ao fígado, onde é incorporada a duas moléculas de ácido glicurônico (conjugação da bilirrubina), dando origem a BILIRRUBINA CONJUGADA ou DIRETA. 
· A bilirrubina direta é lançada no intestino e dá coloração às fezes (estercobilinogênio). Outra parte entra na circulação sanguínea e vai para os rins,dando coloração a urina (urobilinogênio). 
· O pigmento é fruto da quebra da hemoglobina, mas o sal biliar é derivado do colesterol. Logo, todo o excesso de colesterol sanguíneo vai para a vesícula biliar. 
ICTERÍCIA: coloração amarelo-esverdeada nos tecidos, causada pela elevação dos níveis séricos de pigmentos biliares. É a pigmentação da pele, mucosa e esclera ocular pela bilirrubina, em consequência de hiberbilirrubinemia. 
- A concentração de bilirrubina no soro é 0,5 a 1,0 mg %, tudo na variedade não conjugada.
- Icterícia torna-se perceptível a partir de níveis de bilirrubinemia de 2,0 a 5,0 mg %. 
- O pimento fica retido nas células de Kupffer. 
A) Causas pré-hepáticas (bilirribuna indireta) ou hemolítica:
· Hemólises e anemias hemolíticas
· Infartos pulmonares
B) Causas hepáticas (bilirrubina indireta e direta) ou tóxico infecciosa ou por retenção:
· Hepatites
· Colestases
· Cirroses
· Tumores
C) Causas pós-hepáticas (bilirrubina direta) ou obstrutiva:
· Cálculos
· Tumores
· Compressões externas
· A icterícia pré-hepática é causada por doenças hemolíticas graves, infecções com Streptococcus hemolíticos ou intoxicações de veneno de cobra (jararaca). Ocorre por uma hemólise excessiva, que aumenta a Hemo Bb, excedendo a capacidade de metabolização e excreção do fígado. Os achados são: aumento do Hemo Bb no plasma (com deposição nos tecidos) e aumento do urobilinogênio nas fezes e urina. 
· Se há um processo hemolítico associado (ex. incompatibilidade para fator-Rh), o nível de bilirrubina não-conjugada pode atingir 20 mg % ou mais. 
· Como a barreira hemoencefálica no RN a termo e no prematuro ainda é imaturo, a Bb pode atravessá-la e passar ao tecido nervoso, onde é tóxica, causando morte de neurônios. 
· O tecido fica impregnado de Bb, tornando a cor amarela. 
· A doença recebe o nome de kernicterus e causa crises convulsivas, sendo fatal ou deixando graves sequelas. 
· Icterícia neonatal pode ser fisiológica, na qual a bilirrubina passa da mãe para o feto (40 a 60% em nascidos hígidos e 80% em prematuros). Imediatamente ao nascimento e nas 2 primeiras semanas, o lactente não conjuga bilirrubina com ácido glicurônico em quantidade suficiente para excreção da bile. Tratamento com luz fluorescente. Atualmente usa-se fototerapia para evitar o kernicterus.

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