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ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA
BACHARELADO EM SERVICO SOCIAL
ARACELY DOLIREA COSTA CAVALCANTE
CYNTHIA CATHARINE ARAÚJO ALMEIDA
NELCIRLEIDE DE LIMA FERNANDES PONTES
RAFAELA GENAINA DE LIMA FERREIRA
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO:
Contribuições do Serviço Social para o âmbito escolar
MACEIÓ-AL
2020
ARACELY DOLIREA COSTA CAVALCANTE
CYNTHIA CATHARINE ARAÚJO ALMEIDA
NELCIRLEIDE DE LIMA FERNANDES PONTES
RAFAELA GENAINA DE LIMA FERREIRA
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO:
Contribuições do Serviço Social para o âmbito escolar
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Paulista - UNIP, campos Maceió como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Serviço Social.
 Orientadora: Prof.ª Especialista Daniele 
Vanessa de Souza Santos Ferreira.
MACEIÓ-AL
2020
FOLHA DE APRESENTAÇÃO
ARACELY DOLIREA COSTA CAVALCANTE
CYNTHIA CATHARINE ARAÚJO ALMEIDA
NELCIRLEIDE DE LIMA FERNANDES PONTES
RAFAELA GENAINA DE LIMA FERREIRA
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO:
Contribuições do Serviço Social para o âmbito escolar
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Paulista - UNIP, campos Maceió como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Serviço Social.
Orientadora: Prof.ª Especialista Daniele Vanessa de Souza Santos Ferreira
Data	da	defesa:	XX	de	JUNHO	de	2020
Resultado:	________________________
BANCA	EXAMINADORA
Prof. Fulano de Tal	__________________ 
Nome	da instituição onde	atua 
Prof. Fulano de Tal	__________________
Nome	da instituição onde	atua 
Prof. Fulano de Tal	__________________ 
Nome	da instituição onde atua
Dedicamos a Deus o dom da vida, a nossa família pelo total apoio nessa caminhada vitoriosa. Dedicamos também a nossa Profª Maciana Lins pelo incondicional apoio e suporte durante nossa trajetória acadêmica. Nosso muitíssimo obrigada a todos! 
 
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em especial a Deus pelo dom da vida e por ter nos capacitados dando força para superar os desafios que surgiram em todo o curso e nesse semestre em particular.
A minha família, pela compreensão, amor, incentivo e apoio me ajudando em mais uma conquista.
Ao meu eterno namorado, esposo e amigo Júnior Vianei que com muito carinho cuidou dos nossos filhos ,enquanto eu precisava estar em sala de aula. Seu incentivo foi fenomenal, e essa conquista desejo à você também.
Em especial agradeço minha filha Letícia Vianei, por todo cuidado com seu irmão Abner de 4 aninhos .
A minha gratidão também a minha tia Amara Lúcia, por sempre acreditar em meu potencial, confiando, orientando e aconselhando a nunca desistir. Essa minha Vitória é sua também. Te Amo tia!
Meu agradecimento aos(as) colegas de sala e amigos(as) que, com apoio, fizeram com que a caminhada até aqui pudesse ter sido mais amena e prazerosa durante toda graduação.
Aos professores que com paciência sempre fizeram o possível e impossível para garantir o melhor aprendizado e com dedicação passaram conhecimento e deixaram um pouco de si em cada um de nós.
Agradeço a Lourene Galdino, Assistente Social e minha supervisora de campo pelo apoio incondicional. Essa conquista também é sua, obrigada por ter compartilhado seu conhecimento que levarei ao longo da minha trajetória profissional.
Agradeço a Instituição e a todos que fazem a Universidade Paulista - UNIP
Por fim, e não menos importante, agradeço a nossa Orientadora Profª Especialista Daniele Vanessa de Souza Santos Ferreira, pela sua compreensão e por ter confiado em nossa capacidade de chegarmos até aqui.
A todos que, de alguma forma, fizeram parte da minha formação, sem vocês não seria possível a realização desse sonho.
Muito obrigada!
 Aracely Dorilea Costa Cavalcante
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus que me fez essa promessa em uma vigília na igreja assembleia de Deus no poço onde meu esposo Leandro me levou e lá recebemos a promessa. Agradeço a meu esposo por todo apoio e incentivo nessa jornada e aos meus familiares que sempre torceram por essa conquista pois na minha família sou a primeira a ter uma graduação superior. Louvado seja o meu senhor Jesus para todo sempre amém!
Aos professores que sempre estiveram dispostos a garantir o melhor aprendizado e com eficiência passaram conhecimento.
 Agradeço a Instituição e a todos que fazem a Universidade Paulista - UNIP
Por fim, e não menos importante, agradeço a nossa Orientadora Profª Especialista Daniele Vanessa de Souza Santos Ferreira, pela sua compreensão e por ter confiado em minha capacidade de chegar até aqui. 
A todos que fizeram parte da minha formação, sem vocês não seria possível a realização desse sonho.
Muito obrigada!
 
 Cynthia Catharine Araújo Almeida
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus pelo privilégio da Sua presença em minha vida e por ter me sustentado até aqui dando-me forças para superar os dificuldades que surgiram, nesse semestre em particular. Minha eterna adoração a ti!
A meu esposo por acreditar em mim, ter me apoiado sempre e não ter medido esforços para que hoje eu conquistasse essa vitória. Essa conquista também é sua. Eu amo você!
Aos meus filhos que, com paciência, me ajudaram nas diversas atividades que eu encontrei dificuldades. Amo vocês!
Aos colegas de sala e amigos que fizeram com que a caminhada até aqui ficasse mais leve e divertida.
 Aos professores que sempre nos incentivou e, com dedicação fizeram o possível e o impossível para garantir o melhor aprendizado
 Agradeço a minha supervisora de campo e assistente social Lourene Galdino pelo seu apoio incondicional. Obrigada por ter compartilhado seu conhecimento que levarei em toda minha trajetória profissional, e pela sua atenção e paciência todas as vezes que precisei de ajuda.
A todos que, de forma direta ou indireta, estiveram comigo nessa caminhada.
Agradeço a Instituição e a todos que fazem a Universidade Paulista - UNIP
Agradeço a nossa Orientadora Profª Especialista Daniele Vanessa de Souza Santos Ferreira, pela sua compreensão e por ter confiado em minha capacidade de chegar até aqui.
De coração, minha gratidão!
Nelcirleide de Lima Fernandes pontes
AGRADECIMENTOS
É chegado ao fim um ciclo de muitas risadas, choro,  felicidades. Sendo assim,  dedico este trabalho a todos  que fizeram parte desta etapa da minha vida. 
Primeiramente Agradeço a Deus por ter iluminado o meu caminho e ter me proporcionado a realização desse Sonho e permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo da Universidade. 
Agradeço  toda minha família, a minha mãe, minha heroína que me apoiou, incentivou nas horas difíceis,  de desânimo e cansaço. 
Aos  meus irmãos e ao meu noivo que superou e compreendeu todos os meus estresses. 
Agradeço também aos professores pela orientação, apoio e confiança,  por me proporcionar o reconhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional. 
Meus agradecimentos as minhas amigas que fizeram parte da minha formação e que vão continuar presentes em minha vida com certeza, a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação.
Agradeço a Instituição e a todos que fazem a Universidade Paulista - UNIP
Por fim, agradeço a nossa Orientadora Profª Especialista Daniele Vanessa de Souza Santos Ferreira, pela sua compreensão e por ter confiado em minha capacidade de chegar até aqui. 
O meu muito obrigada!	
 
 Rafaela Genaina de Lima Ferreira
“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequenoque não possa ensinar” Esopo
CAVALCANTE, Aracely Doliréa Costa, ALMEIDA, Cynthia Catharine Araújo, PONTES, Nelcirleide de Lima Fernandes, FERREIRA, Rafaela Genaina de Lima. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR: contribuições do Serviço Social para o âmbito na escola. Maceió – AL, 2020. Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Bacharelado em Serviço Social. Universidade Paulista, 2020..
RESUMO
Este estudo tem o objetivo de alcançar uma reflexão sobre os aspectos que tornam necessária a atuação do assistente social dentro das escolas. Neste sentido o argumento sobre essa importância dá-se início a partir do reconhecimento de que essa atuação é essencial para o desenvolvimento da sociedade visto que o assistente social, enquanto profissional, está preparado para criar estratégias de intervenção com a finalidade de desenvolver nos alunos a capacidade de enfrentar os conflitos que eles vivenciam. Nesta perspectiva, procura-se salientar sobre os motivos pelos quais a atuação desse profissional é fundamental para que a função social da escola seja efetivada, proporcionando o entendimento e, consequentemente, promovendo mudanças importantes no ponto de vista social, econômico e cultural dos alunos e de todos que fazem parte desse meio.
Palavras-chave: Educação, Escola, Serviço Social, Assistente Social. 
CAVALCANTE, Aracely Doliréa Costa, ALMEIDA, Cynthia Catharine Araújo, PONTES, Nelcirleide de Lima Fernandes, FERREIRA, Rafaela Genaina de Lima. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR: contribuições do Serviço Social para o âmbito na escola. Maceió – AL, 2020. Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Bacharelado em Serviço Social. Universidade Paulista, 2020. 
 ABSTRACT
	This study aims to achieve a reflection on the aspects that make it necessary for the social worker to work within schools. In this sense, the argument about this importance starts from the recognition that this performance is essential for the development of society since the social worker, as a professional, is prepared to create intervention strategies in order to develop in students the ability to face the conflicts they experience. In this perspective, we seek to highlight the reasons why the performance of this professional is fundamental for the social function of the school to be carried out, providing understanding and, consequently, promoting important changes in the social, economic and cultural point of view of students and of everyone who is part of this environment.
Keywords: Education, School, Social Work, Social Worker.
	
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Siglas:
CF - Constituição federal
LDB – Leis de diretrizes e bases 
ECA – Estatuto da criança e do adolescente
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social
ONU- Organização das Nações Unidas
ONG- Organização Não Governamental
SUMÁRIO
1. INTRUDUÇÃO _____________________________________________________14
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO BRASIL ___________________________________________________________18
2.1 A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA_________22
2.2 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO ________________26 
3. CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL PARA EDUCAÇÃO E QUESTÃO SOCIAL ___________________________________________________________33
3.1 EDUCAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL_____________________________________33
3.2 QUESTÃO SOCIAL_________________________________________________ 39
3.3 ESCOLA COMO ESPAÇO DE INCLUSÃO _____________________________42
4. O ASSISTENTE SOCIAL E SEUS REFLEXOS NO CONTEXTO ESCOLAR ___46
4.1 A PRATICA DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR __________46
4.2 COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NA ESCOLA___49
5. CONCLUSÃO ______________________________________________________55
6. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____________________________________59
 
1. INTRODUÇÃO
 O presente trabalho referente a Atuação do Serviço Social na Política de Educação partiu do interesse de construir o Trabalho de Conclusão de Curso, tendo como pressupostos teóricos estudos na política de educação, procurando verificar o valor que é dado ao fazer profissional do assistente social no contexto da escola, no desenvolvimento de ações que tem como foco a perspectiva de direito social voltada para a formação do indivíduo, no fortalecimento da identidade e da autonomia, formando assim pessoas críticas e conscientes com a finalidade de romper com ótica da sociedade vigente, em prol da transformação social.
 Nessa direção, o objetivo deste trabalho é contextualizar o fazer do assistente social na escola e a relação de sua prática com a política educacional, procurando analisar a Atuação do Serviço Social, considerando o exercício de suas funções, no processo de formação, devendo ser considerado em sua totalidade. O trabalho tem como tema “Atuação do Assistente Social na educação: contribuição do Serviço Social no âmbito escolar”, buscando apresentar a importância do assistente social na educação e além do mais, descrever possíveis orientações do assistente social no contexto escolar. 
	Procurando assim realizar uma análise clara, concisa e objetiva da prática do Serviço Social na escola enquanto espaço sócio ocupacional, englobando a descrição da Política Nacional de Educação e sua função como política inclusiva; como também a relação entre questão social, educação e Serviço Social. 
 O ambiente escolar apresenta uma grande variedade de desafios aos profissionais que nele atua. As diversidades sociais e perfis de estudantes inseridos neste contexto por si só, já impõe uma série de desafios. Sabe-se que gestores, professores também como os estudantes enfrentam desafios no ambiente escolar, aos quais lhes são impostos questões pelas quais eles não têm uma resposta adequada. 
 Ademais, muitos problemas se agravam pela falta do profissional de Serviço Social, por ser capaz de compreender e fazer uma leitura critica da realidade em que está inserido, e partindo deste ponto optar por um posicionamento convergente com as demandas escolares, desenvolvendo novas relações e propondo respostas adequadas às principais questões que surgem no contexto escolar.
Buscando fundamentar que é necessária a implantação de uma escola cidadã, onde os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, capaz de assegurar o conhecimento historicamente acumulado, sem preconceitos, sem discriminação, discutindo sua autonomia e educando para que o aluno seja capaz de encontrar resposta do que pergunta (GADOTTI, 1995).
A educação é fundamental para que a sociedade se desenvolva, é através dela que podemos alcançar mudanças sociais relevantes. Na escola os profissionais estão diretamente ligados a essa transformação, assim, torna-se necessário um entendimento nos aspectos educacionais como parte importante nesse contexto.
Os problemas sociais na vida dos alunos são considerados motivo de observação nessa análise, visto que, é nesta questão que o profissional de Serviço Social deve intervir, agindo de maneira que o problema em questão seja solucionado com eficácia.
É importante ressaltar que, através do aluno pode-se conhecer a realidade em que ele vive, e quando se percebe que o problema vem do ambiente familiar, o profissional deve formular estratégias para que, através das políticas públicas, possa intervir não apenas no problema do aluno na escola, mas também para contribuir na solução dos problemas familiares que ele se encontra inserido a fim de promover a inserção na sociedade, não somente o aluno, mas também seus responsáveis. 
Segundo Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na escola o ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenhodo aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
Dessa forma vemos que a pesquisa realizada deve ser pensada a partir da totalidade e construída buscando um estudo da realidade, a partir de aspectos relacionados desde o processo de formação da sociedade, e das demandas apresentadas decorrente da situação social, econômica e política a qual se apresenta no momento atual. E essa construção só é possível a partir da ação do assistente social que tem o papel no âmbito escolar de publicizar informações sobre os direitos e deveres sociais, éticos, civis e políticos; ampliar e consolidar a cidadania visando à construção de uma nova sociedade; incentivar o respeito a diversidade; atendimentos individual e grupal; acompanhamento e apoio sócio familiar; reuniões com os profissionais e famílias dos alunos, visita domiciliar, entre outros.
O futuro destes estudantes depende da maneira que eles enfrentarão estes e outros desafios para ter a possiblidade de escolhas conscientes e assertivas, visando o melhor para a vida deles dentro do contexto sócio econômico, afim de que possam lidar adequadamente com as principais questões que lhes cercam a necessidade de uma atenção especial, bem como o suporte favorável de docentes e assistentes sociais torna-se indispensável.
Entende-se que é na escola e no cotidiano do aluno com seus familiares que encontramos diversas expressões da questão social, entre elas desemprego, trabalho infantil, violência doméstica, moradia inadequada, fome, etc. e o convívio com esses alunos permite ao assistente social a possibilidade de intervir diretamente no problema abordado e, consequentemente, encontrar meios para contornar as dificuldades por meio de orientações sociais.
O Assistente Social está preparado para orientar acerca de direitos e deveres, sendo assim, é ele o profissional capacitado para tornar o ambiente educacional um ambiente que forme sujeitos para o exercício da cidadania. Instruindo-os e incentivando-os a superar as exclusões sociais e as desigualdades.
A escola como área de atuação do Assistente Social é indiscutivelmente importante, já que este profissional está preparado para atuar no enfrentamento da questão social e dessa maneira contribuir com ações que tornem a educação uma prática de inclusão social, e sua contribuição frente às mudanças se efetiva com a finalidade de auxiliar a escola em problemas que, muitas vezes, não sabem intervir.
Assim, neste trabalho busca-se contribuir no sentido de subsidiar, auxiliar a escola, e seus demais profissionais, no enfrentamento de questões que integram a pauta do fazer profissional do Assistente Social, e apresentar uma contribuição teórico-reflexiva no sentido de melhorar o contexto escolar.
Partindo desse ponto de vista, o trabalho tem como objetivo demonstrar a importância dos profissionais da assistência social na educação, visando contribuir com ações que tornem a educação como uma prática de inclusão social. Sendo ainda necessário conhecer as políticas públicas em educação, apresentar a importância do Assistente Social na educação e descrever possíveis orientações do Assistente Social no contexto escolar. 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO BRASIL
A Política Nacional de Educação é perpassada pela dinâmica que move as relações entre os indivíduos em sociedade nas dimensões política, social e econômica, tudo em prol da construção de um processo educacional de qualidade, em que o aluno seja valorizado, através de práticas que tenham como fundamento o fortalecimento da cidadania e o resgate da autoestima e da autonomia.
 Deve-se assim mencionar o fato de que a política educacional deve fazer parte de um processo de articulação de diversos setores e políticas sociais, pois é preciso considerar a educação enquanto responsabilidade de todos. Observa-se, partindo dessa concepção, que a educação abrange a totalidade dos processos que movem a vida familiar, social e profissional. Sendo um dos setores fundamentais para o desenvolvimento do país, por visar a formação cidadã, consciente e crítica dos indivíduos, focando assim no papel deste na sociedade.
 Entende-se que a educação é uma ação libertadora, autêntica e reflexiva, que transparece nas relações sociais dos indivíduos sendo, portanto, uma prática política e pedagógica, que buscar dar autonomia e criatividade por meio de um processo de comprometimento e formação, no âmbito da atuação das pessoas ligadas a essa área. A educação é assim respaldada por um processo global e total imprescindível para troca de saberes, valores, conhecimentos, posturas e atitudes que fortalecem o desenvolvimento do indivíduo e suas relações no meio social, tratando assim de um processo de reflexão que tem como espaço ocupacional e efetividade dessa política a escola, por ser esta, um espaço propício para a formação intelectual e moral dos indivíduos.
Considerando desta forma, acredita-se que a educação tem avançado no país ao longo dos anos, principalmente no que se refere ao grande avanço tecnológico e os instrumentos utilizados no fazer pedagógico, constituído na escola, enquanto espaço de vivência e formação de cidadãos críticos e éticos capazes de promover transformações no meio social. É preciso assim considerar que a educação é o fator essencial para a formação dos indivíduos, por ofertar novas perspectivas integrantes de um intenso processo social.
E por estar relacionada à dinâmica social a educação também traz em suas características a necessidade de superação da fragmentação posta no cenário da situação da educação brasileira, que é permeada por contradições e conflitos fruto de uma estrutura marcada pelos moldes capitalista em que foi vivenciado o processo de desenvolvimento socioeconômico e cultural do Brasil. Por isso a educação não deve apenas se configurar na esfera da imediaticidade, ou seja, em sua esfera individual, mas sim pautar-se na esfera da totalidade englobando todas as dimensões que tem suas reflexões na política de educação enquanto direito social, que deve ser parte integrante do processo de enfrentamento das expressões da questão social[footnoteRef:1] na contemporaneidade. Considerando ainda como desafio da política de educação o fato da necessidade de rejuntar o pensamento fragmentado causado pela superespecialização e evitar generalizações. [1: ] 
É preciso compreender as complexidades advindas da realidade, partindo de um resgate histórico que se apresenta no cenário socioeconômico e político brasileiro. Assim segundo descrição do Plano de Ação do Serviço Social na Educação.
a década de 1980 passa por uma transformação quando do movimento pelas eleições ‘Diretas Já’ desencadeadas pelos manifestos populares, com expressivas participações dos movimentos sociais, sindicatos, intelectuais, estudantes, Organizações Não-Governamentais (ONGs), associações, entre outros, clamando assim pelo fim da ditadura e em defesa da democracia. Neste contexto, dar-se a promulgação da Constituição Federal de 1988 atendendo aos anseios e reivindicações do povo brasileiro por políticas públicas e garantias de direitos sociais (SEMED, 2011).
Partindo dessas pressuposições, vemos que no decorrer dos anos, foram elaboradas outras leis que em relação à educação incrementam a formação do homem como um todo, visando não apenas alfabetizar, mas propiciar a emancipação humana.
Estabelecendo uma nova concepção de educação, escola, ensino, aprendizagem, currículo e principalmente uma nova concepção de homem e de sociedade como a Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88), Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei nº 8069 de 13/07/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei n° 9394 de 20/12/96).
Dessa forma, podemos observar o que está descrito na CF/88 que a Educação é “direito de todos e dever do Estado e da família, em colaboração com a sociedade, visando o desenvolvimento da pessoa humana, no exercício da cidadania e qualificação para o trabalho” (ART. 205). No ART. 206 da referida CF busca explanaros princípios que movem a política de educação que são: acesso e permanência na escola; aprender/ensinar/pesquisar e divulgar: pensamento/arte/saber; pluralismo de ideias; ensino público gratuito e de qualidade; oferta da educação em instituições públicas e privadas; gestão democrática e participativa; valorizando assim os profissionais de ensino; de forma que a educação, enquanto direito social, seja direcionada por uma prática que tenha como foco o padrão de qualidade nos serviços ofertados. Esse padrão de qualidade é estabelecido a partir da participação dos profissionais da educação, bem como da comunidade escolar no processo de tomada de decisões no âmbito da política educacional.
	Enquanto que a LDB apresenta a educação como abrangente de “processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (LEI, n. 9394/96). Enfatizando ainda que a educação é dever do Estado e da família, tendo como finalidade o desenvolvimento humano para a cidadania e para o trabalho, aspecto também enfocado na CF/88, como pode ser observado anteriormente.
É preciso considerar que tanto a CF/88 quanto a LDB[footnoteRef:2] (Lei n. 9394/96) estabelecem papeis e responsabilidades para a União, Estados, Municípios e para o Distrito Federal no trato com a política da educação. Procurando assim ações que concretizem os objetivos e as diretrizes do Plano Nacional de Educação que tem como foco “a erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar, melhoria da qualidade do ensino, formação para o trabalho e promoção humanística, cientifica e tecnológica do País” (CF/88, ART 214). [2: ] 
Assim, União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem ser responsáveis para adequar as novas diretrizes que movem a política de educação, como a descentralização do poder no cenário democrático e participativo. Remetendo assim sua prática para à obrigatoriedade em promover uma educação de qualidade que atenda a formação técnica e profissional - preparação e qualificação de mão de obra do futuro e, também, de fomento à cidadania. 
A LDB trata dentre outras coisas, dos princípios educativos, bem como especifica os níveis e modalidades de ensino, regulamenta estrutura e o funcionamento do sistema de ensino. Ressaltando que a LDB em seus artigos refere-se às competências dos Estados e Municípios frente à educação, pois deve ser vista em um regime de colaboração, e com a assistência da União, visando atingir os seguintes objetivos: recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso; fazer-lhes a chamada pública para que as pessoas tenham acesso à educação; zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência dos alunos na escola.
A LDB também figurou como um importante instrumento de concretização dos direitos educacionais. Junto com as demais leis protetoras dos direitos sociais, considerando no âmbito educacional uma preocupação de formar um indivíduo mais crítico, participativo, questionador e cidadão. A LDB trata-se de uma regra de caráter global, de aplicação geral, abstrata e de caráter impositivo, que normatiza e dá a direção, o rumo fundamental que a Educação Brasileira deve seguir. De acordo com a própria simbologia do nome, essa Lei contém em suas linhas as indicações fundamentais que garantem a organização dos sistemas educacionais do país. 
Enquanto que o ECA(Lei nº 8.069/90) reforça os dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino” (ART. 55). 
Portanto, possibilidades como a universalização da Educação. Um instrumento de redução das desigualdades sociais no Brasil. Como sabemos a Educação é fundamental para isso. A melhora continuada do nível de Educação da população certamente irá refletir-se não só na qualidade da vida no Brasil, mas, também nas possibilidades de êxito da economia nacional.
2.1 A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
A política pública de educação é fundamental para o processo de reconhecimento do cidadão na sociedade. Trata-se de etapas formativas que se expressam na vida familiar, na convivência humana e no processo do trabalho. Tendo por finalidade o desenvolvimento humano e o fortalecimento da cidadania. 
A política de educação na realidade brasileira teve grandes avanços nas décadas de 1980 e 1990 com a democratização, fato que facilitou o acesso dos alunos às escolas. No ano de 1996 foi instituída a Lei n° 9.394 de 20 de dezembro do referido ano e nesta Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB/1996). Podemos observar que a educação é norteada por princípios éticos, que enfocam direitos e deveres de cidadania, bem como engloba aspectos estéticos de sensibilidade e criatividade. Visto que é preciso reconhecer as escolas como instrumento da política de educação e que deve reconhecer que as aprendizagens constituídas no âmbito escolar, são constituídos pela interação dos processos de conhecimento como os de linguagem e os afetivos, em consequência das relações entre as distintas identidades dos participantes da comunidade escolar garantindo a igualdade de acesso para todos os indivíduos. 
É imprescindível ressaltar que a LDB/1996 “ampliou a educação, ajustando-a as necessidades sociais, ou seja, o desenvolvimento de habilidades e competências para inserção do cidadão no mercado de trabalho trazendo avanços nesta área e promovendo a inclusão das crianças e adolescentes que estavam excluídos do acesso ao ensino público” (LOPES, 2005).
O direito a educação é uma forma de garantir a qualidade nas práticas de ensino, resgatando a função social da escola no crescimento pessoal e da cidadania de todos os indivíduos. De forma que o Estado enquanto instância máxima tenha plena responsabilidade de garantir a educação gratuita e de qualidade para todos, sendo assim é necessário um aprofundamento e o reordenamento das leis e diretrizes que movem a educação.
As escolas devem assim trabalhar em clima de cooperação entre direção, equipe de docente, administrativo e comunidade, procurando instituir parcerias na realização de suas ações. Neste contexto, as escolas devem trabalhar suas propostas visando processos de ensino que tenham como parâmetros a vida cidadã enfatizando temáticas como: saúde, meio ambiente, trabalho, cultura, linguagens, ciência sexualidade, vida familiar e tecnologia. 
As ações no âmbito da escola devem envolver a comunidade escolar como um todo procurando respeitar a diversidade e o pluralismo de ideias considerando que essas ações constituem a identidade dos cidadãos, sendo capazes de protagonizarem práticas e ações responsáveis, solidárias e autônomas no processo de transformação social que alterem a ordem vigente por práticas que constatam as desigualdades sociais, fundamentados pela universalização dos direitos e da justiça social. 
A escola é um espaço não somente de estrutura física, mas é também composta por subjetividades que estão atreladas por crenças religiosas, valores e diferentes concepções de vida e de mundo. Tratando-se de um espaço contraditório, que é movido tanto pela ideologia dominante quanto pela ideologia da classe trabalhadora. 
Dessa forma, a função social da escola tem como pilar o desenvolvimento das contradições sociais, que na atual conjuntura são permeadas pelo ideário neoliberal que causa o desmonte das políticas públicas que prejudica o sistema o sistema educacional, a estrutura sócio-econômica dos indivíduos inseridos na comunidade escolar, comprometendo o ensino público, causando inúmeros problemas como fome, desemprego, condições de vida insalubres.
Visto que a escola é uma instituição que possibilita a reprodução das condições sociais e contradições a elas inerentes, é a partir dessas, são estabelecidas estratégias de desenvolvimento de uma perspectiva de transformação. Pelo fato de que a escolanão se configura somente no contexto de reprodutora de um sistema de dominação das relações sociais, por que é preciso constituir uma práxis social respaldada pela cultura da classe trabalhadora que garante transformação e rompimento com a ordem social vigente.
Dessa forma, devemos considerar que a escola não pertence somente a classe dominante, mas constitui em um espaço de interesses variados marcados por contradições entre a classe dominante e a classe trabalhadora, podendo servir de instrumento de luta contra a dominação quando focaliza a formação cidadã para a transformação social. 
A função social da escola deve então se constituir de uma prática pedagógica competente, socialmente comprometida, expressa num processo de crítica e polêmica, que se traduz em práticas econômicas, sociais, políticas, culturais, éticas e morais de nossa sociedade. Enfatizando assim, que se faz necessária diante da conjuntura de nossa realidade, permeada pelas práticas neoliberais, precarização das relações sociais e de trabalho, bem como os desmontes das políticas públicas, de um Estado que reduz os gastos, prejudicando o ensino público. 
 Tendo assim como objetivos, construir uma escola, atendendo às reais necessidades do alunado, enfatizando a formação de valores, ideologias e a consciência crítica, efetuar o direito das crianças, adolescentes e adultos ao acesso e permanência e o propostas educacionais em parceria com a comunidade.
A escola tem em seu bojo a necessidade de reprodução de crenças, valores, concepções de vida, de homem e de mundo, bem como de grupos e classes construídos social e historicamente. Servindo assim a defesa de interesses de diferentes forças entre classes dominante e trabalhadora, pois é construída no espaço contraditório que de um lado reproduz a ideologia dominante como também avança na defesa dos interesses da classe trabalhadora. Cabendo a escola o papel de desvelar as contradições sociais, trazendo para seu interior o que acontece no mundo real, traduzindo às práticas econômicas, social, política, cultural, ética e moral de nossa sociedade.
A função social da escola consiste assim em ensinar procurando garantir a aprendizagem de conteúdos bibliográficos necessários à vida em sociedade, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local, regional e nacional para a construção da cidadania. Favorecendo ainda a participação dos educandos em relações sociais cada vez mais amplas e diversificadas. Realizando assim, a escola, a sua função social por meio do trabalho com o conhecimento, da relação ensino-aprendizagem, organizada no currículo escolar.
Assim sendo, o desenvolvimento da função social da escola é feito em defesa de uma escola cidadã, ou seja, que defenda um processo educativo, prático, participativo e dinâmico, fundamentado em uma nova forma de transmissão e produção de conhecimento de fazer política por meio da gestão democrática em que participem do processo de tomada de decisão conselhos, sindicatos e partidos, bem como outras formas de organizações sociais e políticas.
A atuação do Assistente Social na Política de Educação está atrelada a concepção de política pública como acesso universal pelo fato de existir no âmbito educacional diversas demandas que envolvem a realidade social dos alunos permeado pelas expressões da questão social. Vemos assim que de acordo com os fundamentos constitucionais que a educação é considerada direito de todos e dever do Estado.
 Dessa forma o assistente social que atua na educação deve considerar perante os alunos o direito ao acesso e garantia de permanência na escola pública de qualidade e que possa atender suas necessidades, no desenvolvimento de suas capacidades, habilidades e potencialidades, de forma que a escola se constitua em um espaço transformador e reflexivo. Sendo necessário em sua prática não reproduzir serviços que envolvam critérios seletivos, que ao invés de incluir terminam por excluir cada vez mais.
Partindo dessa pressuposição na escola é possível vislumbrar a educação partindo da perspectiva de direito que visa garantir que todos possam ter acesso a ela, através da promoção de ações que possam de fato atender o aluno na sua integralidade. A escola é espaço de grande importância no processo de inclusão social. Juntamente com outras organizações da sociedade civil, é responsável pela construção ou manutenção de significados. 
Dessa forma, escola deve ter uma ação propositiva diante das necessidades dos alunos procurando à compreensão de seu caráter político e social. Contribuindo para o movimento de superação dos fatores que levam à exclusão escolar e, por conseguinte, social; propõe a inserção efetiva da escola na rede de proteção à infância e à adolescência como forma de proporcionar a defesa dos direitos de alunas e alunos com necessidades educacionais especiais - devido à vulnerabilidade provocada por situações de violência. Sendo assim, um espaço que possibilita observar e procurar garantir os mínimos direitos, ou seja, a integridade física, moral e emocional de alunos e alunas. Sem dúvida, avançar na garantia dos direitos da criança e do adolescente, em situação de violência, constituindo um passo significativo para a inclusão social desses sujeitos.
A escola, como instituição educativa, assume o papel muito mais inteligente, ativo, propositivo, como agentes mediadores entre as várias instituições sociais e situações vivenciadas pelo educando. Buscando conhecer e responder às diversas dificuldades enfrentadas por alunos e alunas, redefinindo métodos pedagógicos em ritmos diferentes de aprendizagem, assegurando a todos uma educação de qualidade por meio de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino e parcerias com a comunidade.
Diante disso, a escola enquanto espaço deve ser tomada como espaço de intervenção. Em que é preciso construir um cenário em que se expresse uma nova cultura política, na qual o exercício da cidadania coletiva seja desenvolvido no processo de qualidade e quantidade de serviços que visem fortalecer a sociedade civil. 
Visto que o maior desafio hoje, não é apenas superar o trabalho infantil enquanto expressão da questão social, mas o foco é unir a individualização, aos novos desejos e as novas necessidades para construir o novo sentido coletivo. Significando assim, uma nova mobilização para a reapropriação de espaços não tradicionais que permitam criar formas de integração, através da educação popular e da ação dos movimentos sociais.
 2.2 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
As transformações ocorridas no interior do sistema capitalista e a complexidade da relação Estado X Sociedade, no processo do desenvolvimento econômico, político e social, no contexto brasileiro, conduziu ao agravamento das disparidades sociais, proletarização e pauperização. Manifestos, sobretudo a partir da implementação da ideologia neoliberal e da inserção subordinada do país no processo de globalização. Fazendo com que 
as instituições e os comportamentos que dominam os intercâmbios humanos em sociedade formalmente democráticas, [sejam] regidas pelas leis do livre mercado (...). [Sendo esta] a ideologia cotidiana que corresponde às condições econômicas, políticas e sociais (PÉREZ GÓMEZ, 2001:83).
Esta configuração da sociedade provoca uma série de efeitos e mudanças em sua estrutura, ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Supondo imposição, precarização dos direitos, sem participação reflexiva e organizada dos cidadãos (PÉREZ GÓMEZ, 2001). Ocasionando, o aumento da pobreza, o acirramento das desigualdades e a exclusão social, efeitos produzidos ao longo da consolidação e a exclusão social, efeitos produzidos ao longo da consolidação do modelo capitalista na sociedade.
Visto que, é a partir da absorção da ideologia neoliberal, de caráter concentrador e excludente, que se verifica o afastamento do Estado no trato da questão social, no desmonte das políticas públicas nacionais de garantias sociais básicas e encolhimento dos direitos sociais e trabalhistas historicamentelegitimados. Mas, é preciso considerar que esses efeitos não são únicos, mas complexos e contraditórios (idem, 2001). “Pode-se afirmar que (...) [esta situação], está restringindo seriamente a capacidade de autonomia para tomar decisões em nível local, regional e nacional, no qual a democracia é mais próxima do cidadão” (PÉREZ GÓMEZ, 2001:86).
Sendo assim, a grave consequência desta conjuntura é o ataque ao processo de institucionalização dos direitos sociais e trabalhistas, conquistados ao longo da história. Conforme Yasbek (2001) essa lógica,
consolida a dissociação entre mercado e direitos, aprofundando a cisão entre o econômico e o social, separa acumulação da produção, instala desregulações públicas, reitera a desigualdade e diversificação, busca eliminar a referência ao universal e constrói (...) uma reforma despolitizada de abordagem da questão social, fora do mundo público (YASBEK, 2001:38).
 A consequência inevitável desse momento é a deterioração acelerada do que se tem denominado bens públicos, tais como: ensino público, gratuito e de qualidade; proteção social em todos os âmbitos; principalmente no que se refere ao desemprego e aposentadoria; regulação dos intercâmbios e leis trabalhistas; cobertura sanitária para toda população; moradias acessíveis; desregulação de serviços sociais (PÉREZ GÓMEZ, 2001).
 Esta realidade, em que os direitos sociais, encontram-se submetidos à lógica orçamentária, e a política social à política econômica. Segundo análise de Iamamoto (2000), “altera as necessidades sociais da população atendida pelos assistentes sociais e altera a organização do trabalho profissional deste, estabelecendo novas exigências à profissão” (IAMAMOTO, 2000:49). Visto que, a questão social está diretamente relacionada às contradições sociais, políticas e econômicas, sendo expressa nas formas de pobreza, desigualdade e exclusão social em suas múltiplas expressões.
 O enfrentamento da questão social envolve a luta pela construção, materialização e consolidação dos direitos sociais, como uma mediação para a construção de outra sociabilidade. Uma das formas de acessar e garantir esses direitos é por meio de lutas sociais e reivindicações, para que as políticas sociais se concretizem em direito, compondo a proteção social. Vê-se, no momento atual, que as políticas sociais, tem se constituído em respostas, muitas vezes fragmentadas, para as complexas expressões da questão social, produzidas dentro da lógica ao sistema capitalista.
 Nesse contexto, o agravamento das múltiplas expressões da questão social, afeta as condições de vida da população, visto que vivencia um momento de restrições das políticas sociais. Esta situação, de negação de direitos, ocasiona novas inquietações e novos desafios para o/a assistente social, frente às diferentes expressões da questão social. Nessa perspectiva, 
decifrar as novas mediações por meio das quais se expressa a questão social hoje é de fundamental importância para o Serviço Social em uma dupla perspectiva para que se possa tanto aprender as várias expressões que assumem, na atualidade, as desigualdades sociais -, sua produção e reprodução ampliada, quanto projetar e forjar formas de resistência e defesa da vida (IAMAMOTO, 2007:161). 
É neste contexto verifica-se que existe a necessidade de requisitar o/a profissional de Serviço Social, fazendo uso de suas competências técnico-operativas, ético-políticas, e teórico-metodológica, para dar respostas efetivas às demandas que lhe são apresentadas. Fortalecendo a base profissional, no sentido de potencializar a intervenção do/a assistente social na realidade apresentada que coloca novas demandas aos/as profissionais, advindas do acirramento das expressões da questão social (CFESS, 2013).
 Dessa forma, o Serviço Social através de sua dimensão política educativa visa modificar as relações sociais para o desenvolvimento de uma consciência crítica a partir do desenvolvimento do cotidiano, que se expressa numa relação de poder. Sendo que, o objetivo profissional não está na particularidade da profissão, mas em fortalecer a garantia e o acesso dos direitos sociais. 
Numa perspectiva de fortalecimento, do compromisso profissional do/a assistente social com a competência e o aprimoramento intelectual, com a finalidade de garantir também a qualidade dos serviços prestados à população usuária, conforme preconiza o Código de Ética Profissional (CFESS, 2013:42).
 O Serviço Social tem nos espaços educacionais, um terreno fértil e ao mesmo tempo contraditório, para atuação profissional, uma vez que, a função educativa contribui para a transformação social (CAMARDELO, 1994). 
A inserção do Serviço Social na Política de Educação, contribui para o aprofundamento da reflexão sobre uma concepção de educação coerente com o projeto ético político profissional que, por sua vez, oriente o debate das particularidades do trabalho do/a assistente social nesta política pública, assim como as ações profissionais, no sentido de fortalecer as lutas sociais, em defesa de uma educação emancipatória (CFESS, 2011:03).
 Nesta perspectiva, as intervenções deste profissional partem da compreensão de uma realidade macro e dinâmica, buscando contribuir para melhorias no âmbito da educação, como espaço de inclusão social e formação cidadã. Desse modo, compreender a intervenção do Serviço Social na Política de Educação, é compreender as relações sociais “com a dinâmica e as crises da sociedade do capital” (ALMEIDA, 2011:10).
Deste modo, pensar a inserção dos/as assistentes sociais na área da educação nos coloca o desafio de compreender e acompanhar teórica e politicamente, como que as requisições postas a este profissional estão articuladas às tendências contraditórias da política de educação de ampliação das formas de acesso e permanência na educação escolarizada diante de um cenário em que a realidade local encontra-se cada vez mais imbricada com a dinâmica da moralização do capital (ALMEIDA, 2011:25).
Tem-se assim, a necessidade de que a atuação do Serviço Social na Política de Educação seja efetivada, por meio de ações pautadas nos princípios do Código de Ética Profissional dos/as Assistentes Sociais, no projeto ético-político do Serviço Social, que contribuam para o fortalecimento da prática emancipatória. Ressaltando ainda que o processo interventivo deve ser pensado em consonância com a dinâmica da sociedade.
O trabalho do/a assistente social integra um processo de trabalho coletivo organizado a partir das diretrizes das políticas sociais e que se materializa nas instituições a partir da mediação de programas, projetos e serviços. Pensar as referências que devem orientar a ação profissional neste campo requer, portanto, considerar as particularidades dos níveis e modalidades que hoje compõem a política da educação e seus respectivos programas e projetos (CFESS, 2011:54). 
Que deve “abarcar a totalidade das práticas educacionais da sociedade estabelecida” (MÉSZÁROS, apud, CFESS, 2010-2012:18). No âmbito, da Política de Educação, a escola é uma instituição estratégica, que possibilita o contato sistemático com grande parcela da população. Constitui-se nem espaço de convivência social, em que interagem docentes, discentes e comunidade escolar, compartilhando histórias de vida, experiências, potencialidades e dificuldades. Na escola que se materializam as expressões da questão social, sob a forma de problemáticas vivenciadas cotidianamente pelo educando, sua família e sua comunidade.
Desse modo, o trabalho do/a assistente social é direcionado a ações de caráter total que envolve demandas dos/as professionais da educação, gestores/as, movimentos sociais; sendo assim uma prática interventiva de caráter coletivo, “administrativa-organizacional de investigação, de articulação, de formação e capacitação profissional” (CFESS, 2010-2012:38).
Cabe assim, refletir sobre a função social da escola, de formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem, e aptosa contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. Partindo desses pressupostos a chegada do/a profissional de Serviço Social, no contexto escolar vem contribuir para a realização das ações, trazendo uma reflexão que considera a atuação do/a assistente social no desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar (ALMEIDA, 2006), para além de ações isoladas e/ou fragmentadas. “A ação profissional não deve ser conduzida, desvinculada das dimensões ética, política e teórica, ou seja, circunscrita apenas à dimensão técnica, independentemente do estabelecimento educacional em que ocorra” (CFESS, 2010-2012:45).
 Nestes termos, é exigida ao/a profissional uma bagagem teórico-metodológica, que lhe permita elaborar uma interpretação crítica do seu contexto de trabalho, potencializando seu espaço ocupacional e o estabelecimento de estratégias de ações viáveis. A inserção dos/as assistentes sociais na Política da Educação, requer a prática interdisciplinar como elemento mediador que possibilita a compreensão do conteúdo de uma gestão democrática. Partindo de forma decisiva e competente, norteada por um suporte teórico-metodológico e pelo projeto ético-político.
O Assistente Social deve ser o profissional que promove o encontro da realidade social entre escola, aluno, família e sociedade, a qual o aluno esteja inserido. No refletir da atuação do assistente social na educação, torna-se clara a importância de compreender a necessidade do Serviço Social no espaço escolar como instrumento de luta contra a violência, a exclusão social, a evasão escolar e as diferentes formas de violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, além de focalizar a instituição familiar e toda a sua estrutura como parte importante para o aprendizado dos alunos. Estas demandas sociais circunscrevem a profissão e este projeto de inserção do Serviço Social nas escolas precisa ser cada vez mais defendido.
 Faz-se necessária, portanto, a apreensão desse novo desafio de inclusão do Assistente Social na escola pela sociedade civil e política, e pelos próprios profissionais de Serviço Social, reconhecendo que essa luta pertence a todos e não especificamente a uma categoria. Vale ressaltar, que esta luta consiste em consolidar bases de sustentação no espaço escolar através do estabelecimento de relações de diálogo, socialização e acolhimento, buscando a efetivação de direitos, para assim avançar na superação de suas fragilidades.
 Diante disso, pode-se considerar que atentar para a inclusão do Serviço Social nas escolas se faz fundamental para a formação educacional dos sujeitos que devem priorizar a busca por um país mais justo socialmente e que preocupa-se com aqueles que encontra-se a margem da sociedade, criando estratégias de inclusão social.
3. CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL PARA A EDUCAÇÃO E QUESTÃO SOCIAL
3.1 EDUCAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL
É indiscutível que a educação escolar tem um lugar importante na formação do aluno, é através dela que ele é orientado ao convívio coletivo com pessoas de diferentes classes sociais. Nas escolas publicas do Brasil, grande partes desses alunos são de famílias de baixa renda, onde ficam expostos a situações de risco, tais como: crime, violência, trabalho infantil, etc. A vida social dos alunos fora da escola influencia na sala de aula como um todo, tornando, na maioria das vezes, mais difícil o aprendizado e a disciplina. Enfatizando que as escolas têm grande proporção e uma imensa importância na vida dos mesmos. 
No livro “O Serviço Social na Educação”, elaborado pelo Conselho Federal de Serviço Social, o CFESS (2001), encontram-se dados estatísticos, os quais revelam que cerca de 36 milhões de pessoas vivem nas cidades abaixo da linha de pobreza absoluta, e que o nosso país ocupa o último lugar nos relatórios da ONU, o qual enfoca a questão social. Tudo isso, consequentemente, se reflete em uma quantia de aproximadamente 60% de alunos, que em determinadas regiões do Brasil, iniciam seus estudos e não chegam a concluir a 8ª série do ensino fundamental (CFESS, 2001, p.11).
Contraditoriamente à integração do Brasil ao projeto do grande capital, que exige uma menor participação do Estado em relação a sua intervenção junto à sociedade, verifica-se sua ampliação legal, 
Constituição e Leis Orgânicas apontam para a maior regulação estatal, a ampliação de espaços democráticos de participação social, o alargamento da esfera pública, e para a universalização do acesso aos serviços coletivos. Obtivemos avanços na esfera trabalhista com maior proteção do trabalhador; na educação com a reafirmação da universalização do ensino fundamental e garantias de gestão democrática (C.F Cap. II, seção I, Art.206 e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96). (CORREIA, 2001).
	 Ampliou-se o conceito de educação como direito de todos, passando essa a ser encarada não apenas como um simples ato de transmitir conteúdos, mas também como um espaço de reprodução da vida social. Nesse sentido, a educação passa a ser compreendida em sua plenitude, levando-se em conta também os aspectos sociais que integram seu universo. Assim, as refrações da questão social – como evasão escolar, violência e drogas – que se manifestam no seio dessa política passam a ser alvo de uma maior atenção por parte daqueles que participam de seu planejamento, gestão e execução (TANAJURA et.al., 2007).
	 É neste contexto que fica claro a importância do profissional de Serviço Social fazer uso de suas competências teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-politica, e dar respostas efetivas às demandas que lhe são apresentadas.
	 Dessa forma o Serviço Social através de sua dimensão política-educativa visa modificar as relações sociais para o desenvolvimento de uma consciência crítica a partir do desvelamento do cotidiano, que se expressa numa relação de poder. Sendo que o objetivo profissional não está na particularidade da profissão, mas no fortalecer da garantia e no acesso aos direitos sociais.
	 O Serviço Social tem nos espaços educacionais um terreno fértil para a atuação profissional, uma vez que, na escola o desafio maior é articular o conhecimento com a realidade social. “O Serviço Social, bem como a escola, ao desenvolver sua função educativa, geram forças contraditórias; ao mesmo tempo em que são instâncias de reprodução, têm também possibilidades de contribuir na transformação social” (CAMARDELO, 1994, p. 152).
	 Entende-se que existe em meio a tantos conflitos uma combinação entre a política e a educação, na estruturação da doutrina democrática. Entretanto não podemos diminuir a importância da ocupação por parte da escola na vida social dos alunos. O filosofo Mèszáros, por exemplo, destaca que “uma transformação social e emancipadora radical é inconcebível sem uma concreta e ativa contribuição da educação no seu sentido amplo, contudo, nos alerta para o fato de que uma educação para além do capital não pode funcionar suspenso no ar” (2005:76). A educação é uma grandeza na vida social, tem uma índole de reflexão, típicas na vida humana.
	No ambiente escolar o profissional do serviço social é quem proporciona um compromisso de verdade do aluno com a escola, a família e a sociedade, ou seja, em qualquer lugar ao qual o aluno esteja inserido. Compreende que é admirável o que este profissional é capaz de fazer nas escolas e na vida familiar dos alunos. O assistente social estabelece uma comunicação que realça força, dinâmica, e realizações em ambas as partes, tanto do aluno com a família como do aluno com a escola.
 	O assistente social pode descobrir princípios que definem a politica e a questão social no campo educativo. É de extrema importância a presença desse profissional na área educacional, (que é a base de uma sociedade justa e igualitária para todos), para prevenir e/ou sanar diversos problemas sociais, em conjunto com outros profissionais em um trabalho interdisciplinar, reforçando assim, o seu trabalho no contexto educacional e sua contribuição paraa política educacional e consequentemente para a sociedade. Desse modo alcançou-se com êxito no que se buscava apresentar sobre o tema, comprovando os benefícios que este profissional pode proporcionar na área educacional.
No entanto, é indiscutível que a sociedade de um modo geral tenha consciência da importância desse profissional, pois ele está diretamente ligado ao contexto social e a formação do cidadão, a fim de construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos indistintamente.
O assistente social dentro do meio educacional pode estender-se e não apenas considerar-se um profissional para definir adversidades, ele precisará enxergar, além do que estar explícito, os contratempos e prevenir situações ligadas ao meio social, familiar e educacional. Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na escola o ponto de encontro para enfrentá-los. 
Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social, que atua junto às equipes de ensino, visando detectar os indicadores, através da realização de pesquisas socioeconômicas, visitas domiciliares, entre outras, na busca de soluções que venham amenizar ou solucionar os problemas identificados. O trabalho deste profissional tem como foco o atendimento aos alunos, familiares e comunidade, fazendo os devidos encaminhamentos a programas e serviços sociais, uma vez que a grande maioria deste público alvo não dispõe de recursos financeiros que proporcionem o atendimento de suas reais necessidades. Daí a importância de se aperfeiçoar o acesso as redes sociais a qual estão inseridos.
	 A implementação da gestão democrática é um avanço na medida em que ela estimula a participação dos vários sujeitos envolvidos não só do meio escolar mas também da família e da comunidade. Tal política respalda a prática do assistente social em promover efetivamente a participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar e o fortalecimento dos conselhos escolares, associações, movimentos estudantis, entre outros. 
	 Nesta perspectiva, as intervenções deste profissional partem da compreensão de uma realidade macro e dinâmica, buscando contribuir para que o ensino público torne-se um ensino de qualidade, como espaço de inclusão social e formação cidadã de crianças e jovens. Torna-se claro que, educar é uma ação muito mais abrangente que o ato de transmitir saberes, envolve reflexão sobre valores implícitos no conhecimento constituído e historicamente produzido, bem como a formação do indivíduo como sujeito de direitos, requisito primordial para o exercício da cidadania.
 	 Esse processo busca inserir a sociedade no contexto onde esse conhecimento deve ser visto como forma de minimizar as causas que enfraquecem o desenvolvimento da aprendizagem, tendo como compromisso integral a oferta de serviço com qualidade por todos que fazem parte da educação dentro ou fora dos muros da escola.
	 Para isso, é preciso que a escola busque novas práticas e recursos mais compatíveis com a atualidade e utilize novas formas e maneiras de ministrar o conteúdo curricular. Sendo a necessidade da contextualização, a prática pedagógica dos educadores e a experiência de vida dos educandos pontos imprescindíveis para o sucesso escolar.
 	 A escola precisa ter o compromisso de ofertar um ensino com as mesmas oportunidades para todos. Buscando promover uma aprendizagem que incentive as habilidades e competências de seus educandos, esta por sua vez, trabalha para o sucesso e estímulo da autoestima, já que a mesma tem como objetivo central formar cidadãos vencedores e donos do seu lugar na sociedade.
	 Do ponto de vista político-social, a escola é uma instituição estratégica, visto que possibilita o contato sistemático com grande parcela da população. Constitui-se num espaço de convivência social onde interagem docentes, discentes e comunidade, compartilhando experiências, potencialidades e dificuldades, onde se materializam as expressões da questão social sob a forma de problemas vivenciados no cotidiano do aluno, sua família e sua comunidade.
 	 E conforme Santos, Martins e Queiroz (2001), a complexidade das questões que caracteriza esta política setorial, exige um repensar a educação hoje, implicando em ultrapassar a compreensão simplista de que esta se refere apenas ao aspecto ensino-aprendizagem e à relação professor/aluno.
	 A função social da escola deve então se constituir de uma prática pedagógica competente, socialmente comprometida, expressa num processo de crítica e polêmica, que manifesta-se em práticas econômicas, sociais, políticas, culturais, éticas e morais de nossa sociedade. Enfatizando assim, que se faz necessária, diante da conjuntura de nossa realidade, permeada pela precarização das relações sociais e de trabalho, bem como os desmontes das políticas públicas de um Estado que reduz os gastos, prejudicando o ensino público, a presença do Assistente Social para realizar a intervenção nas relações sociais e nas problemáticas expressas no contexto escolar que são constantes na atuação desse profissional. 
	 Cabe neste momento refletir sobre a função social da escola, qual seja: 
formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem e preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa (SALDANHA et. al., 2010). 
 Complementando com a contribuição de Moran (2005), quando afirma que a função social da escola é organizar os processos de aprendizagem dos alunos, de forma que eles desenvolvam competências necessárias para serem cidadãos plenos e contribuam para melhorar nossa sociedade. 
	 Quando fala-se em cidadania, nos referimos ao acesso aos direitos sociais, historicamente legitimados. Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado, no que se refere à formação da cidadania, diz respeito à formação de determinados valores, atitudes e compromissos indispensáveis à vivência numa sociedade democrática, tais como solidariedade, cooperação, responsabilidade, respeito às diferenças culturais, étnicas e religiosas, e repúdio a qualquer forma de discriminação e preconceito. (SALDANHA et.al. 2010).
	 A chegada do profissional de Serviço Social nas escolas vem contribuir positivamente nas ações realizadas por outros profissionais e sobre isto Almeida (2006) traz uma reflexão quando ressalta que, “por mais que o assistente social seja um profissional que tem como objetivo intervir nas expressões da questão social, pode-se criar a possibilidade de sobreposição de determinadas habilidades desse espaço ocupacional, isto é, nas situações que vão além da sala de aula como atendimento à família, realização de reuniões de pais e ações junto à comunidade, entre outros” (TANAJURA et.al:2007).
	 Considera-se que a atuação do assistente Social na educação surge da necessidade de que ele é o profissional que contribui para a ampliação da política de educação. Sendo importante sua presença pelo fato de que no cotidiano escolar os profissionais da área de pedagogia se deparam com problemas que não conseguem enfrentar sozinhos, precisando do apoio de um trabalho interdisciplinar que valorize o estudo dos problemas encontrados como um todo, bem como os indivíduos inseridos na situação, sendo assim o assistente social é indispensável para tal ação.
	 Conforme CFESS (2001, p.14), na perspectiva de atuação profissional no campo educacional, o Serviço Social tem a possibilidade de contribuir com a realização de diagnósticos sociais, indicando possíveis alternativas à problemática social vivida por muitas crianças e adolescentes, o que refletirá na melhoria às condições de enfrentamento da vida escolar. Além de,
proporcionaro devido encaminhamento aos serviços sociais e assistenciais que muitas vezes são necessários aos alunos da rede pública que apresentam dificuldades financeiras, contribuindo para a efetivação do seu direito à educação.
	 Sobre as dimensões de intervenção possíveis, elencadas pelo CFESS (2001), pode-se perceber o papel estratégico que a escola assume perante a sociedade. Em relação à escola e o espaço social, ela vem sendo “desafiada, cada vez mais em articular conhecimento (que é trabalhado no contexto escolar), com a realidade social (problemas e/ou necessidades sociais)”, processo que tem exigido o desenvolvimento de ação conjunta com outras formas de organizações existentes na comunidade, como conselhos comunitários, ONGS e outros, onde a 
contribuição do assistente social poderá ser significativa, pois seu trabalho se caracteriza em articular estas diferentes formas de organização e ter sempre presente um leitura/diagnóstico do contexto social, levantando suas dificuldades ou necessidades. (p.14).
3.2 QUESTÃO SOCIAL 
A realidade brasileira é marcada por vários problemas socioeconômicos, decorrentes, sobretudo, das desigualdades sociais visíveis na concentração de renda historicamente situada no modo de produção e reprodução capitalista adotado pelo país desde o inicio do século XX.
As transformações ocorridas no interior do sistema capitalista e a complexidade da relação Estado X Sociedade, nos vários processos históricos do desenvolvimento econômico brasileiro, conduziu a atual situação de agravamento das disparidades sociais, proletarização e pauperização manifestos, sobretudo a partir da implementação da ideologia neoliberal – na década de 1990 - e da inserção subordinada do país no processo de globalização.
Destarte, diz que a “questão social” independente dos avanços no processo produtivo se mantém e suas bases permanecem inalteradas, pois estão assentadas sobre a contradição entre capital e trabalho. Entendemos que a “questão social” não é eliminável no modo de produção capitalista, não há como extingui-la sem que se extinga também o capitalismo, pois é inerente a ele.
Baseado em alguns contextos, araxás demonstra que:
“... o Serviço Social atua na base das inter-relações do binômio indivíduo-sociedade. [...] Como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela atuação junto a indivíduos com desajustes familiares e sociais. Tais desajustes muitas vezes decorrem de estruturas sociais inadequadas” (Documento de Araxá, 1965, p.11).
Sabe-se a questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais, entretanto, as transformações societárias que vêm ocorrendo nas economias capitalistas desde a década de 1970 têm alterado o tratamento teórico da questão. Segundo Robert Castel, a questão social se modificou ao longo do tempo, porém, a essência é a mesma, ou seja, a desigualdade econômica absurda fruto do capitalismo cruel, a ditadura do “possuir”, a violência, a marginalidade infantil, a falta de acesso à educação são algumas expressões da questão social atualmente, uma réplica do início com algumas poucas modificações.
 O grande desafio é que alguns problemas como desigualdade social, analfabetismo, entre outros, são muitas vezes tolerados e ignorados porque não representam uma ameaça direta ao poder público. O aumento da pobreza, o acirramento das desigualdades, a exclusão social e o desemprego, são alguns dos efeitos produzidos ao longo da consolidação do modelo capitalista em nossa sociedade, responsáveis por vários conflitos nas relações sociais, sob a forma de questão social. 
Temos um ponto de vista apontado por, CARVALHO e IAMAMOTO, (1983, p.77) onde diz que:
 “A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”.
Conforme Yasbek (2001:38), a lógica capitalista,
consolida a dissociação entre mercado e direitos, aprofundando a cisão entre o econômico e o social, separa acumulação da produção, instala desregulações públicas, reitera a desigualdade e diversificação, busca eliminar a referência ao universal e constrói (...) uma reforma despolitizada de abordagem da questão social, fora do mundo público.
	 Esta realidade, onde direitos sociais encontram-se submetidos à lógica orçamentária e a política social à política econômica, segundo análise de Iamamoto, “altera as necessidades sociais da população atendida pelos assistentes sociais e altera a organização do trabalho profissional deste, estabelecendo novas exigências à profissão” (2000:49). Visto que a questão social está diretamente relacionada às contradições sociais, sendo expressa nas formas de pobreza, desigualdade e exclusão social em suas múltiplas expressões que são enfrentadas, na defesa dos direitos sociais.
	 O enfrentamento da questão social envolve a luta pela construção, materialização e consolidação dos direitos sociais, é uma mediação para a construção de outra sociabilidade. Uma das formas de acessar e garantir direitos é por meio das políticas sociais, e essas políticas que compõem a proteção social tem se constituído em respostas, muitas veze fragmentadas para as complexas expressões da questão social produzidas no sistema de exploração e dominação.
	 Dessa forma, os reflexos da questão social se traduzem em situações permeadas por desigualdades geradas no processo de formação social, política e econômica do Brasil. Mostrando que esse país se depara com situações fruto da contradição estabelecida pelo sistema econômico capitalista, gerando um sistema desigual que faz com que a grande maioria das pessoas sobreviva em condições precárias, vivendo um projeto de vida corroído pela carência, exclusão e privação de direitos. As condições econômicas, sociais e políticas são consideradas as bases para o surgimento da questão social estando intimamente vinculadas ao intenso desenvolvimento das forças produtivas da expansão de indústrias e ampliação de mercados.
	 O agravamento das múltiplas expressões da questão social, afeta não só as condições de vida daqueles que se tornaram usuários do trabalho do Assistente Social, mas também as condições de trabalho deste profissional, visto que vivenciam um momento de restrições das políticas sociais.
	 Esta situação ocasiona certo desconforto ao profissional, pois ao ser chamado para viabilizar direitos sociais e buscar os meios de exercê-los, sente dificuldades de executar suas ações, que dependem de recursos, condições e meios de trabalho cada vez mais escassos para operar as políticas sociais, o que gera novas inquietações e novos desafios para o assistente social, frente às diferentes expressões da questão social.
3.3 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE INCLUSÃO
A escola é o espaço propicio para a formação intelectual e moral dos alunos, capacitada a oferecer oportunidade de estudo para todas as pessoas, sem distinção de cor, raça, classe social, ou ainda, condições físicas e psicológicas. Sendo ela um importante elemento para conhecimento e estudo da realidade partindo de um processo total que agrega relações sociais movidas de conflitos, reciprocidades, possibilidades e desafios cotidianos, constituindo-se como responsável no processo de formação dos cidadãos, enquanto sujeitos históricos capazes de transformar a sociedade, exercendo assim sua função social.
 Pelo fato de que a formação deve ser garantida a partir da vivência cotidiana, respaldada pelos compromissos com a cidadania, a defesa intransigente dos direitos humanos, no cultivo a democracia, a liberdade e a equidade. Partindo dessa pressuposição, falar em Educação é tratar de uma questão que envolve desafios impostos no cotidiano os quais são os pilares parao desenvolvimento do aluno em seu processo de formação para a cidadania, fazendo com que o aluno torne-se um sujeito participativo e ativo na sociedade. 
Nesse sentido, a instituição escolar, como qualquer instituição social, desenvolve e reproduz sua cultura específica, por meio de um conjunto de significados e comportamentos. As tradições, os costumes, as rotinas, os rituais que a escola estimula e se esforça em reproduzir, condicionam claramente o tipo de vida que nela se desenvolve. Para entender o sistema educativo em seu conjunto é necessário compreendê-lo enquanto um espaço de “mediação cultural” entre os significados, sentimentos e condutas da comunidade social e das novas gerações. O funcionamento dessa cultura Pérez Gómez (2001) denominada como “cultura escolar”, ou seja, a cultura de todas as experiências e relações que ocorrem no meio escolar.
Dessa forma, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, que visa o pleno desenvolvimento do indivíduo para o exercício da cidadania e de sua qualificação para o trabalho. E este desenvolvimento só pode ser concedido em sua plenitude se submetermos o processo educacional a algo mais amplo que contemple além dos conhecimentos em sala de aula, deve levar os alunos ao mundo de descobertas e experiências, de forma que o ensinar se constitua no processo significativo de saberes, enfatizando o aspecto lúdico nas atividades realizadas em sala de aula. Porque compreender a educação no seu processo de aprendizagem é levar a vivência de conteúdos fazendo com que os alunos tornem-se cada vez mais aptos a ajudar uns aos outros no aprender, sendo este aspecto essencial para a escola, família e para o próprio aluno.
Assim, a prática do assistente social deve estar relacionada à compreensão da situação interna e externa ao contexto escolar, tendo um olhar total da realidade que o cerca procurando desvendar os problemas que estão em torno do processo de aprendizagem, bem como contribuir para uma melhor relação entre família e escola. 
Nesse sentido podemos observar que esse processo requer uma sólida formação teórica, um compromisso social, uma democratização das atividades pelos profissionais, além do trabalho coletivo no processo de formação social dos alunos, pelo fato de que o aprender visa formar pessoas para vida, ou seja, visa uma participação mais efetiva dos indivíduos na vida econômica, política e cultural, sem perder de vista os processos e conteúdos da educação básica e o problema do sistema escolar de grande parte da sociedade.
O ensino-aprendizagem é um processo bastante amplo que depende de uma série de fatores, tais como: ambiente escolar, relação familiar, convívio em sociedade, dentre outros que influenciam a forma de ensinar e de aprender na escola, fazendo do processo pedagógico um momento de exploração que se dá através das relações do cotidiano e do mundo vivido por educadores e educandos.
Nesse sentido, a função de ensinar atividades que tenham como objetivo desenvolver trabalhos por meio de atividades lúdicas, exige um conhecimento especializado que promova o processo de ação-reflexão-ação, de modo a desenvolver e testar novas metodologias para serem utilizadas em salas de aula, favorecendo a produção de informações e conhecimentos mais efetivos.
	 No que diz respeito à escola como espaço de inclusão social, que garanta a universalidade e a qualidade do ensino a todos, o assistente social pode trabalhar viabilizando a articulação junto à rede de assistência existente no município, bem como junto às organizações tais como: Conselhos Tutelares, Programas de educação complementar e programas sociais de apoio às famílias.
	 Quanto à legitimidade da escola como espaço de gestão democrática, onde se verifica a participação da comunidade em sua organização e funcionamento, através de instâncias representativas, tais como grêmios, conselhos escolares, associação de pais de alunos, entre outros, ressaltamos a importância da atuação do assistente social, munido de referencial teórico-metodológico e norteado por um direcionamento ético, como mediador na busca de soluções para as situações de interesses da coletividade.
	 No tocante ao posicionamento ético, podemos entender esta categoria, como uma ação prática consciente, que deriva de uma escolha racional entre alternativas que orienta-se por valores que buscam objetivar algo que considera ‘valoroso, bom, justo’ e contém algumas mediações essenciais: a razão, as alternativas, a consciência, o projeto que queremos realizar, os valores éticos, a responsabilidade em face das implicações objetivas da ação para o homem, para a sociedade. (BARROCO, 2006). 
	 Os valores éticos se objetivam mediante posicionamentos e ações práticas, e seu conteúdo é resultado da escolha e decisão de um sujeito coletivo – a categoria profissional, de onde a importância da reflexão dos valores, da discussão coletiva que elege os princípios, os valores e normas orientadoras da ética profissional, definindo estratégias coletivas para a sua concretização, e do trabalho educativo que exercita os profissionais para a vivência comprometida com valores emancipatórios.
	 O atual código de ética que norteia o exercício profissional (Lei nº 8662/ 1993) onde se constituiu democraticamente os direitos e deveres do assistente social, destaca-se pelo reconhecimento da autonomia, da emancipação e da plena expansão dos indivíduos sociais e de seus direitos; a defesa intransigente dos direitos humanos contra todo tipo de arbítrio e autoritarismo; o aprofundamento e consolidação da cidadania e da democracia; a defesa da socialização, da participação política e da riqueza produzida; o posicionamento radical a favor da equidade e da justiça social, que implica a universalidade no acesso a bens e serviços e a sua gestão democrática; o empenho na eliminação de todas as formas de preconceito e a garantia do pluralismo e o compromisso com a qualidade dos serviços prestados na articulação com outros profissionais e trabalhadores.
	 Nestes termos, é exigido do profissional uma bagagem teórico-metodológica que lhe permite elaborar uma interpretação crítica do seu contexto de trabalho, potencializando o seu espaço ocupacional, o estabelecimento de estratégias de ações viáveis, que lhe permita negociar propostas de trabalho com a população e entidades empregadoras.
	 Nesse cenário, a inserção dos assistentes sociais na política da educação, requer a prática interdisciplinar como elemento mediador que possibilita a compreensão do conteúdo de uma gestão democrática, participando de forma decisiva e competente, norteada por um suporte teórico-metodológico e pelo projeto ético-político, compatível com o atual cenário da política de educação.
 Considerando assim que o assistente social na atuação nas políticas públicas tem como desafio principal desenvolver práticas criativas que visem decifrar a realidade, por meio da prevenção e do resgate de direitos como um profissional propositivo e não apenas executivo. O que se observa é que a ação profissional utilizada pelo serviço social na educação deve está articulada ao conhecimento da realidade das famílias com o planejamento do trabalho, conhecendo assim a realidade socioeconômica e cultural das famílias, a estrutura, os valores, as crenças, as demandas, procurando conhecer as vulnerabilidades existentes nas políticas públicas e as iniciativas de organização social, detectando os potenciais individuais e coletivos, criando formas de participação e inclusão das famílias no planejamento e execução das ações, em busca de fortalecer os vínculos familiares.
4. O ASSSITENTE SOCIAL E SEUS REFLEXOS NO CONTEXTO ESCOLAR
4.1 A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR
O Serviço Social é uma profissão que atua na realidade social e tem por premissa garantir o acesso aos direitos sociais. A intervenção profissional do (a) Assistente Social tem sido em defesa dos princípios da universalidade, equidade, integralidade,

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