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A crise no sistema penitenciário by EU

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
 
 
 
 
Federica Gomes 
Lucas Santos 
Thalita de Lima Sovrani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Crise do Sistema Penitenciário Brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
Federica Gomes - RA 21124880 
Lucas Santos - RA 21135400 
Thalita de Lima Sovrani - RA 21153974 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Crise do Sistema Penitenciário 
Brasileiro 
Trabalho Interdisciplinar apresentado no 
2º semestre do Curso de Direito da 
Universidade Anhembi Morumbi. 
 
 
 
 
 
Norteador: Marco Antonio Ferreira Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4 
2. O DIREITO DE PUNIR......................................................................................6 
2.1. Os Reformadores, o homem-dócil e a detenção........................................7 
2.2. Contexto histórico do direito penal brasileiro..............................................8 
 3. LEI DE EXECUÇÃO PENAL.............................................................................9 
 4. VIOLÊNCIA E FACÇÃO....................................................................................9 
 5. A FUNÇÃO E A FINALIDADE DA PENA........................................................10 
 6. A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE............................................................11 
 6.1. A individualização na execução penal.....................................................12 
 6.2. A estrutura do regime prisional brasileiro................................................12 
 6.3. Do trabalho do preso...............................................................................13 
 6.4. Direitos do preso.....................................................................................14 
 7. LEI DAS DROGAS.........................................................................................16 
 8. A CRISE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO..............................17 
 8.1. Superlotação...........................................................................................17 
 8.2. Violência.................................................................................................18 
 9. A REINCIDÊNCIA E A UTOPIA DA NATUREZA RESSOCIALIZADORA DA 
PENA.......................................................................................................................19 
 10. PRECONCEITO SOCIAL............................................................................20 
 11. CONCLUSÃO..............................................................................................21 
 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo versa a problemática do sistema penitenciário brasileiro, 
principiando acerca da discussão com relação ao processo sociohistórico e a 
evolução das penas, bem como uma análise crítica e realista quanto ao penar que 
arroja-se sobre os presidiários pela exiguidade de poder de idealização de novas 
contingências e perspectivas de vida. 
 
A asserção sobre violência e todas as temáticas referentes a ela são matérias 
recorrentes no atual cenário social brasileiro. As discussões são inúmeras, apesar 
disso não suscitam transformações relevantes ou expressivas no contexto social, 
meramente a detenção de indivíduos em estabelecimentos com estruturas de 
segurança modernas. Está sendo esquecida uma das problemáticas mais 
significantes que abarca a temática: o sistema carcerário e suas implicações. É 
fundamental discorrer o que a lei preconiza e assegura, o quão isto está sendo 
deixado de lado e, seus efeitos para a sociedade. 
 
Tendo em vista as oscilações econômicas e de capacidade, o sistema 
carcerário e as leis penais experimentaram diferentes ápices ao perpassar da 
história nacional. 
 
No Brasil, as transições transcorreram escoltando os momentos políticos; o 
Código Penal sucedeu abundantes mudanças até sua versão vigente; a Constituição 
Federal e as leis brasileiras são consagradas entre as mais evoluídas no tocante à 
seara humanitária. Todavia, na aplicação, estas são frequentemente desatentadas, 
levando o país diversas vezes a cortes internacionais. A partir de seu primeiro artigo, 
o princípio jurídico certifica à sua população a dignidade humana que ao decorrer de 
sua exposição confere os ditos direitos humanos. 
 
O intento do sistema prisional consiste na aplicação de penas a fim de 
perpetuar a estabilidade, todavia, a insuficiência de recursos favoreceu o excesso de 
presos. O setor público, no que lhe concerne, não tem atingido eficácia ao elucidar a 
problemática carcerária, revelando ampla resistência ao instaurar na prática as 
imposições disciplinadas nas legislações. Conquanto, o próprio Estado 
6 
 
reiteradamente acaba por transgredir a lei, resultando na ploriferação do crime e de 
organizações criminosas dentro do próprio ambiente dito como reabilitador. 
 
Já tornou-se corriqueiro as pessoas estarem familiarizadas com imagens de 
cadeias superlotadas, nas quais aqueles que se encontram aprisionados não 
desfrutam de um tratamento fidedigno. A pluralidade da população não incomoda-se 
com esses episódios. Esta atitude molda um ambiente hostil e sem nenhuma 
empatia para os detentos egressos, que, logo após toda a experiência no sistema 
penitenciário, esbarram em adversidades e objeções para a reintrodução na 
sociedade; esses, acabam por retomar antigas práticas criminais, as quais afinal os 
levaram ao cumprimento de pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. O DIREITO DE PUNIR 
 
O mundo é feito de interesses, as pessoas nascem e crescem em um mundo 
de valores que são aplicados a bens matérias, ideias subjetivas, crenças e infinitas 
outras formas de valores. No fim, o direito é uma luta e prevalece o interesse do 
mais forte, das pessoas que compartilham valores iguais e trabalham de forma 
sistêmica e organizada a fim de ter seus objetivos alcançados[1]; mas até onde os 
valores, interesses e liberdade do mais forte alcançam o mais fraco? A fé 
acompanha a humanidade desde os primeiros registros da história, o valor aplicado 
a religião e as suas doutrinas toma infinitas proporções. Esses valores foram usados 
para justificar a perseguição e a intervenção direta na vida de outras pessoas que 
por não compartilharem a mesma fé, ou simplesmente serem diferentes, sofreram de 
diversas maneiras. 
 
De veras, é genuíno afirmar que o homem não nasce para permanecer preso, 
não obstante, em conformidade com o que denota Rogério Greco [2], “A história da 
civilização demonstra que, logo no início da criação, o homem se tornou perigoso 
para seus semelhantes”. Faz-se-à portanto, de suma relevância para o 
entendimento do atual cenário que acomete a situação carcerária brasileira a 
avaliação da evolução da pena, bem como a evolução do próprio Direito Penal, 
apreciando a forma de punição empregue aos transgressores em seus respectivos 
períodos. 
 
Foi em 1252 que o Papa Inocêncio IV editou a bula Ad extirpanda: o 
documento deixa claro os interesses da Igreja e estabelece até onde seus membros 
deveriam se esforçar para alcançar seus objetivos. O Tribunal da Inquisição foi 
elaborado para julgar os hereges; as técnicas utilizadas para se obter uma confissão 
variavam de uma simples acusação e se elevavam a humilhação, agressão, tortura, 
cárcere e trabalho forçado [3]. Mais tarde, após séculos de experiências, a monarquia 
praticaria o suplício com mais fervor: neste, técnicas foram desenvolvidas e 
aperfeiçoadas. Aquele quede alguma maneira infringisse os decretos do rei deveria 
 
1
 IHERING. A Luta pelo Direito. 2000 (p. 14). 
2
 GREGO, Rogério. Sistema prisional: colapso atual e soluções alternativas. 2015 (p. 83). 
3
 BUENO. Código de Hamurabi – Manual dos Inquisidores – Lei das XII Tábuas – Lei de taliao. 
2018 (p. 51, 52, 53). 
8 
 
ser castigado com dor para servir de exemplo e para desencorajar outras pessoas 
que pudessem futuramente cometer um delito. As execuções das sentenças 
geralmente eram em lugares públicos, abertos e aos olhos de toda a população. O 
objetivo era expiar e punir: a pena não somente deveria causar intensa dor, como 
também deveria ser estendida e prolongada por um determinado tempo. A dor era a 
vingança advinda daquele que teve seu direito ferido e, o dominante utilizava de seu 
poder para julgar o infrator da maneira que lhe convinha. Foi no período iluminista 
que o pensamento do homem fortaleceu-se e criou os pilares para a democracia; 
antes disso, não existia proporção nas penas, o mais forte subjugava o fraco [4]. 
 
2.1. OS REFORMADORES, O HOMEM-DÓCIL E A DETENÇÃO 
 
No século XVII e seguintes, o direito de punir começou a ser discutido pelos 
Reformadores, que entendiam que a violência do direito de vingança não era 
benéfica para a sociedade. A punição precisava se adequar ao delito; o autor 
Cesare Beccaria escrevia que as penas deveriam ser proporcionais ao crime. Em 
sua obra, Dos Delitos e das Penas, o Reformador também escrevia que não deveria 
existir crime sem lei que o previsse[5]. A fim de superar o sufrágio e limitar o poder do 
Estado na vida da população, as normas jurídicas deveriam defender os valores da 
sociedade através do pacto social[6]. Os crimes deveriam ser estabelecidos em tipos, 
tais como por exemplo matar, roubar, coagir, enganar etc. Cada tipo já determinaria 
a pena máxima e a pena mínima e, o criminoso seria submetido a um processo 
estabelecido pela lei. A punição então, neste contexto, torna-se coletiva e igual para 
todos. 
 
As fileiras de soldados, as marchas ao som dos tambores, a distribuição dos 
alunos em sala de aula e, os caminhos a serem trilhados em excursões, utilizavam-
se de um fator em comum, a idéia de organização e treinamento do corpo do 
homem dócil e capaz de executar comandos; mais tarde, esses mesmos princípios, 
seriam empregues pelo Estado no tratamento dos detentos, criminosos e 
delinquentes. 
 
4
 RAMALHETE. VIGIAR E PUNIR: nascimento da prisão. 2014. 
5
 BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 2015. 
6
 ROUSSEAU. O CONTRATO SOCIAL: princípios do direto político. 2017. 
9 
 
Já no final do século XVIII e no começo do século XIX, observa-se a evolução 
das penas para as medidas de detenção. O indivíduo isolado e vigiado era 
facilmente controlado: os efeitos desses procedimentos refletiam na própria psique 
do detento que, ao ser privado de liberdade, espaço, contato e convivência, refletia 
sobre si mesmo, suas ações e sobre os motivos que o levaram a dada situação[7]. 
 
2.2. CONTEXTO HISTÓRICO DO DIREITO PENAL BRASILEIRO 
 
Durante o período do Brasil Colonial, o sistema jurídico se inicia com as 
Ordenações Filipinas, que recolhiam o direito de toda a Europa cristã; o código 
favorecia os interesses da monarquia e dos seus súditos; este, por conseguinte, 
remetia ao suplício, no qual era aplicada a pena com dor. Pode-se ressaltar o caso 
de Alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, protagonista 
da historia do Brasil que foi morto cruelmente em um sistema antigo sem teor de 
justiça e humanização. Evoluindo para o Código Criminal do Império do Brasil 
aplicado em 1830, os princípios da Escola Positiva são empregados, porém ainda há 
desproporcionalidade nas penas, uma vez que os escravos eram tratados de forma 
distinta do resto da população. 
 
Com o advento da República em 1889, todo o sistema político legislativo 
necessitou ser alterado; a escravidão fora abolita e uma nova classe social surgiu. 
João Batista Pereira, encarregado de reformar a legislação penal, teve seu projeto 
decretado em 1890 quase sem alterações. Noto como Código Penal dos Estados 
Unidos do Brasil, o documento demonstrou claro sinal de regresso de idéias e 
conceitos. Já na Era Vargas, presenceia-se um grande regresso em relação aos 
direitos, pois a Constituição de 1937 tinha em seu texto diversas garantias 
individuais suspensas. Nesse contexto, o jurista Alcântara Machado foi escolhido 
para elaborar o Novo Código Penal que, pronto em 1940 somente entrou em vigor 
em 1942, após fornecer tempo para o Estado desenvolver outros códigos e leis com 
o objetivo de abrangir toda a justiça criminal; são estes o Código de Processo Penal 
(Lei nº 3931/41) e a Lei das Contravenções Penais (Lei nº 3688/41). [8] 
 
 
7
 RAMALHETE. VIGIAR E PUNIR: nascimento da prisão. 2014. 
8
 FREIRE. A violência do sistema penitenciário brasileiro contemporâneo. 2005 (p. 80). 
10 
 
3. LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
 
Apesar do período opressor que o Estado mantinha, as novas legislações 
permitiam o dinamismo social, os regimes prisionais eram severos e mantinham a 
idéia de punir e expiar; todavia agora, era preciso ressocializar o indivíduo. 
 
A Lei de Execução Penal decretada pela Lei nº 7.210/64 veio para aprimorar o 
sistema e trouxe consigo mecanismos administrativos a fim de harmonizar todo o 
processo. Em seu art. 1º, LEP, estabelece-se que a execução penal tenha como 
propósito promover condições para a inserção social proporcional e equilibrada dos 
reclusos. Para Paulo F. dos Santos, “A execução penal tem como finalidades 
básicas tanto o cumprimento efetivo da sentença condenatória como a recuperação 
do sentenciado e o seu retorno à convivência social.”[9] 
 
Tanto na jurisprudência quanto na doutrina, tem predominado a concepção de 
que a LEP possui uma natureza majoritariamente jurisdicional, refere-se portanto, 
que consiste em um procedimento complexo, com referências e traços jurisdicionais 
e administrativos, é dito jurisdicional, especialmente, pelo fato de ocorrer mediante 
um processo instaurado em face de um juiz competente. 
 
4. VIOLÊNCIA E FACÇÃO 
 
Com o tempo a L.E.P. sofreu diversas alterações e após uns anos, algumas 
leis já mudaram seu conteúdo original: o objetivo inicial foi perdido ou no mínimo 
distorcido, nos presídios as condições dos detentos só pioraram e a opressão por 
parte dos agentes penitenciários tornou-se rotina. A falha no sistema penitenciário 
brasileiro teve o seu auge com o caso da Casa de Detenção de São Paulo, mais 
nota como Carandiru. O objetivo inicial do presídio era servir de exemplo para as 
demais nações, posicionando o Brasil como exemplo de execução de leis penais, 
devido às ideias de ressocialização por meio do trabalho, da educação e dos 
estudos. Porém, a realidade foi outra, uma vez que o presídio sofreu com uma 
superlotação e, após uma briga generalizada, estourou uma rebelião na qual 
 
9
 SANTOS, Paulo Fernando dos. Aspectos Práticos de Execução Penal. Editora: Eud, 1998. 
11 
 
interveio a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Inúmeros foram os detentos 
mortos e, as perícias feitas na época não conseguiram identificar vestígios ou 
indícios de que estes portavam armas ou ofereciam riscos à integridade física dos 
agentes da PM. Após o massacre houve um choque na sociedade brasileira, 
diversas entidades de direitos humanos e a igreja católica demonstraram apoio as 
famílias dos presos mortos e solidariedade para com os demais encarcerados. 
 
O Primeiro Comando da Capital, mais conhecido como PCC foi fundado após 
o massacre do Carandiru: toda a violência apresentada pelo Estado fez crescer na 
mente dos encarcerados o valor de solidariedade e fraternidade.Ciente de que 
sozinhos ou agindo de formas isoladas não conseguiriam forças contra toda a 
opressão estatal, os presos se juntaram em torno de um objetivo comum: fazer 
frente ao sistema prisional brasileiro e exigir garantias e direitos. O crime começou a 
se organizar e, antigas facções criminosas que viviam em atrito e em competição 
juntaram-se para financiar ações criminosas fora das penitenciarias, a fim de 
sustentar os lideres reclusos[10]. 
 
5. A FUNÇÃO E FINALIDADE DA PENA 
 
Antes de tudo, figura-se meritório tomar conhecimento acerca dos diversos 
conceitos apresentados por doutrinadores brasileiros a respeito do que faça-se a ser 
a prisão pontuadamente. Principiando relativamente a concepção etimológica da 
palavra prisão, Tourinho Neto fixa o conceito de prisão como “privação mais ou 
menos intensa da liberdade de ir e vir”. [11] 
 
As penas estão estreitamente vinculadas aos conceitos do Direito Penal cujos 
efeitos devem abranger um resultado sobre o indivíduo objeto da persecução e 
sobre a sociedade na qual opera. Do mesmo modo, é concordante a concepção de 
que a pena se pondera por sua indispensabilidade, pressupõe-se a partir daí que as 
avançadas convicções do Direito Penal estão atreladas ao entendimento de escopo 
e função da pena. As teorias da pena, por sua vez, podem ser discernidas em três 
 
10
 FREIRE. A violência do sistema penitenciário brasileiro contemporâneo. 2005 (p. 140-154). 
11 TOURINHO NETO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São Paulo: Editora Saraiva, 
2006. (p. 582). 
12 
 
enfoques mais relevantes: Absolutas ou Retributivas, Preventivas ou Relativas e, 
Mistas ou Ecléticas. 
 
Fundamentalmente, a Teoria Absoluta respalda a existênca da pena somente 
na infração acometida, contemplando-a como um mal entregue em resposta ao mal 
gerado pelo crime. À vista disso, estaria legitimada pela imposição, não como 
propósito futuro, mas como um castigo, por esse motivo, também denominadas 
como Retributivas; sucintamente, as Teorias Retributivas irrogam à pena a árdua 
missão de fazer justiça. Por outro lado, nas Teorias Relativas, a justificação da pena 
está na precaução das infrações e não mais na retribuição ao delito praticado. Isto 
posto, a pena passa a ser justificada como intermédio para se atingir propósitos 
futuros, ou seja, na prevenção em detrimento a retribuição, por este motivo também 
chamadas de Preventivas. A Teoria Relativa divide-se em duas perspectivas: 
Prevenção Geral ou Especial. Estas, se singularizam em referência ao seu 
destinatário, sendo este no primeiro o coletivo social, ao passo que no segundo, o 
autor da transgressão. Afinal, as Teorias Mistas ou Ecléticas. A princípio ressalva-se 
que o ordenamento jurídico brasileiro tem empregado os rudimentos destas teorias 
em seus textos. Esta corrente visa a busca por incorporar as finalidades da pena 
que mais se ressaltam nas Teorias Absolutas e Relativas. O argumento precípuo 
desta teoria, portanto, é a indispensabilidade de um alcance plural. 
 
Salienta-se o assentamento de uma notável distinção entre a “justificativa” e o 
“fim” da pena. Esta, tem sua elucidação em nada além do que o fato praticado; sem 
o desígnio de evocar qualquer outro critério das teorias precedentes, como o 
amedrontamento para que outros não cometam crime, ou ainda, a prevenção a 
reincidência. 
 
 
6. A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
 
Ao versar sobre a pena privativa de liberdade, o Código Penal preceitua a 
respeito da individualização da pena, dos regimes prisionais e, além do mais dispõe 
acerca do trabalho dos presos e seus direitos. A pena privativa de liberdade é 
portanto o mecanismo empregado pelo Estado para punir e ressocializar o agente 
transgressor. No momento em que for imposta a pena de reclusão, para crimes mais 
13 
 
graves, ou a pena de detenção, para aqueles crimes de menor gravidade, o juiz irá 
determinar o regime inicial para o cumprimento da pena. Em vista disso, cabe 
evidenciar que os diversos regimes viabilazam a valoração da progressão do 
detento, diante de seu tratamento penitenciário até a última fase, tal como a 
reinserção na sociedade. [12] 
 
6.1. A INDIVIDUALIZAÇÃO NA EXECUÇÃO PENAL 
 
O Princípio da Individualização da pena, está previsto no art. 5º, XLVI, da 
Constituição Federal de 1988 [13]. De acordo também com o art. 34, CP, no início do 
cumprimento da pena, o condenado será submetido a exame criminológico para 
permitir a individualização da execução. Este princípio visa garantir que a pena 
estabelecida ao agente não seja igualada a outros casos, ainda que o tipo penal seja 
o mesmo. Deste modo, deve-se considerar tanto a conduta do agente, como seu 
histórico pessoal, tendo em vista suas necessidades e condições, lhe 
proporcionando consequentemente, uma pena admissível[14]. Entende-se portanto, 
que a individualização da pena é um direito do condenado para que cumpra uma 
pena cabível, justa e, claro, individualizada. 
 
6.2. A ESTRUTURA DO REGIME PRISIONAL BRASILEIRO 
 
O sistema prisional empregado no Brasil é o progressivo e escalonado, já 
que, em via de regra o agente não cumprirá a pena inteiramente no mesmo regime. 
Salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei, os regimes prisionais serão 
classificados em: fechado, semi-aberto e aberto. De acordo com o art. 33, CP, ao 
tratar-se de pena de reclusão, a condenação deverá ser cumprida em regime 
fechado, semi-aberto ou aberto, enquanto, no caso de pena de detenção, deverá ser 
cumprida em regime semi-aberto ou aberto. O regime fechado é aquele que prevê a 
execuçaõ da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; fala-se em 
regime semi-aberto na ocasião em que o preso executa sua pena em colônia 
agricola, industrial ou estabelecimento similar; por fim, o regime aberto consiste na 
 
12 GREGO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 29ª Ed. Editora Impetus. 
13
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
14
 Código Penal, Decreto Lei nº 2.848/1940. 
14 
 
execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
 
A progressão de regime irá depender de critérios objetivos, que incluem o 
tempo mínimo de resgate de pena (o preso deve ter cumprido ao menos 1/6 da da 
pena) e a natureza jurídica da infração, além de atentar-se também aos ditos 
critérios subjetivos, que consistem na demonstração por parte do condenado de bom 
comportamento carcerário e o exame criminológico, não obrigatório. De fato, a 
redação dada pela Lei nº 10.792/2003, modificou o art. 112, LEP[15] e estabeleceu a 
comutação da necessidade de realizar o exame criminológico para a progressão de 
regime, por um atestado de bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor 
do estabelecimento penitenciário. Cabe ressaltar que por exame criminológico 
entende-se a ferramenta que tem por finalidade garantir uma adequada aplicação da 
pena, de modo a ajustar-se às características pessoais do condenado; irá 
compreender indagações de ordem psicológica e psiquiátrica do agente, como por 
exemplo o grau de periculosidade e de agressividade, a fim de conjeturar a 
probabilidade de praticar novos crimes. 
 
Essencialmente, o sistema progressivo consiste em dividir em etapas o tempo 
de duração da pena decretada, onde se expandem progressivamente os privilégios 
que o sentenciado pode lograr em concordância com seu bom comportamento e a 
prestabilidade do processo reformador. Neste enquadramento, o sistema 
progressivo se atentaria então, para além da repreenção estatal, com a 
ressocialização do aprisionado e sua reinclusão à sociedade. Isto reflete, 
indubitavelmente, um progresso em relação ao ponto de vista encarcerador, 
atenuando-se de forma considerável a severidade na imposição da pena privativa de 
liberdade. Logo, conclui-se que o regime prisional se estabelecepor meio da 
quantidade da pena aplicada e pelas condições pessoais do agente. 
 
6.3. DO TRABALHO DO PRESO 
 
Uma das condições para viabilizar a reintegração social do agente preso e 
para o cumprimento da pena é o trabalho. O instituto que rege o trabalho do preso é 
 
15
 LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. Art. 112. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.210-1984?OpenDocument
15 
 
a Lei de Execução Penal, que tutela o condenado a partir do momento em que o 
mesmo ingressa no sistema prisional. O art. 28, da mesma legislação, suscita que o 
"trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá 
finalidade educativa e produtiva". Neste enquadramento, faz-se interessante elucidar 
que o preso que se encontre em regime fechado ou semi-aberto, poderá utilizar-se 
da atividade, para remir os dias, na devida proporção, do tempo da pena aplicada. 
No art. 33, LEP, estabelece-se que a jornada de trabalho não será inferior a 6 
(seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso aos domingos e feriados. Por 
ininterrupto, converte-se de essencial relevância na reeducação do encarcerado, 
atuando como mais um dos suportes incumbidos de finalidade ressocializadora da 
pena, encaminhando e preparando o recluso ao seu retorno à sociedade. O art. 29, 
LEP, sistematiza algumas responsabilidades que devem ser extinguidas por meio 
dessa remuneração, como a reparação pelo dano causado, assistência à família, 
despesas pessoais e reembolso de despesas do Estado com o cuidado e 
continuidade do mesmo ao sistema, depositando-lhe, caso haja, o restante em 
Caderneta de Poupança a ser entregue uma vez cumprida a pena. No entanto, o dia 
remido poderá ser perdido na hipótese de que o condenado praticar a “falta 
disciplinar”, quer dizer o descumprimento das regras. Eventualmente praticada, de 
acordo com o art. 49, LEP, a falta será classificada em leve, média ou grave. A falta 
grave poderá comportar a suspensão ou restrição de direitos, o isolamento ou a 
regressão de regime (art. 53, LEP)[16], e a perda de parcela dos dias já remidos (art. 
127, LEP). 
Diante disso, porém, destaca-se que nem toda a massa reclusa é capaz de 
cumprir com sua obrigação/direito, já que, não há trabalho o suficiente para todos[17]. 
 
6.4. DIREITOS DO PRESO 
 
O implemento da pena tem por preceito ser tracejada em princípios que 
orientam precipuamente à reintegração do recluso. Compete ao Estado, em vista de 
que é aquele que detém a tutela do apenado, caucionar tudo o que captar como 
 
16
 Art. 57, LEP, parágrafo único: “Nas faltas graves, aplicam-se as sançoes previstas nos incisos III a 
V do art. 53 desta lei.” (Redação dada pela Lei nº 10.792/2003) 
17
 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias INFOPEN. 
16 
 
fundamental para atingir tal intento. Contudo, o sistema penitenciário brasileiro 
comporta intensas críticas em face do que concerne, maiormente, ao direito dos 
presos. Apesar do exposto, o Estado prossegue inexplicavelmente inativo em 
vínculo a dada situação. Em conformidade à disposição do art. 10, LEP, esta, 
completa em seu parágrafo único que a assistência será estendida ao egresso, quer 
dizer, aquele liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do 
estabelecimento, ou liberado condicional, durante o período de prova (art. 26, I, II, 
LEP). À vista disso, um indispensável instrumento para o tratamento penitenciário é 
o da Assistência. [18] Previsto no art. 14 da LEP, o direito da assistência à saúde do 
preso, compreende o atendimento médico, farmacêutico e odontológico. Logo, o art. 
15 da LEP, irá tratar da assistência jurídica em relação aos presos que não dispõem 
de bens financeiros para constituir um advogado; diante disso, o art. 16 da mesma 
legislação estabelece que “As Unidades da Federação deverão ter serviços de 
assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensória Pública, dentro e fora dos 
estabelecimentos penais.” A partir do art. 17 até o art. 21, é abordada a assistência 
educacional; esta tem por finalidade viabilizar ao condenado melhores condições de 
reintegração social e, também, possibilitar o desenvolvimento didático, o 
aperfeiçoamento e a formação profissional daqueles presentes no estabelecimento 
prisional. O art. 21 em si, especifica que os estabelecimentos prisionais deverão 
dotar-se de uma biblioteca, destinada a todos os reclusos. Seguem os arts. 22 e 23 
da LEP, que tratam da assistência social; esta, visa contribuir com a ação 
ressocializatória do agente. Dentre outros, tange ao serviço de assistência social 
conhecer os problemas e as dificuldades do indivíduo e orientá-lo para facilitar seu 
retorno à sociedade. A assistência religiosa prevista no art. 24 da LEP, permitirá ao 
preso não apenas a liberadade de culto, como também a possibilidade de posse de 
livros religiosos e local próprio para praticá-los. Por último, o art. 25 da LEP define o 
propósito da assistência ao egresso, visto que, ao sair da prisão o agente tem de 
lidar com a rejeição advinda da população. A orientação portanto, auxilia o egresso 
nesta fase de revinda à liberdade, que somente será possível se a sociedade ò 
aceitar de volta e oferecer-lhe oportunidades. 
 
 
 
18
 Lei de Execução Penal, Lei nº 7.210, de 11 de Julho de 1984. 
17 
 
7. LEI DAS DROGAS 
 
De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão 
associado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Levantamento Nacional 
de Informações Penitenciárias (Infopen) exterioriza dados referentes aos tipos 
penais mais comumente consumados, bem como a porcentagem respectiva 
referente a cada um deles. Em vínculo com a organização e distribuição dos crimes 
no sistema federal, o tráfico de drogas se consagra como sendo o tipo criminal mais 
recorrente nas penitenciárias brasileiras, de fato, atualmente, este corresponde a 
maior porcentagem dos registros. A fim de suprimir e controlar este crime com 
elevada taxa de ocorrência faz-se necessária a observância quanto ao que 
estabelece a Lei das Drogas ou Lei de Tóxicos, decretada pela Lei 11.343/2006, que 
institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas (Sisnad) a respeito das drogas no 
Brasil, conforme seu art. 1º.[19] 
 
O art. 2º da mesma lei, irá tratar de todas as possíveis alternativas vedadas 
no país, tais como, não apenas as drogas, mas também dentre outros o plantío, a 
cultura, a colheita e exploração de vegetais dos quais possam ser produzidas ou 
extraídas drogas. Todavia, a União poderá permitir a prática dos supramencionados 
exclusivamente para fins medicinais ou científicos. Já na hipótese de que um 
indivíduo estiver carregando consigo drogas para o consumo pessoal, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal, conforme previsão do art. 28, 
será submetido a advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à 
comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. Por fim, vale salientar que o tráfico ou o ato de fornecer drogas mesmo 
que gratuitamente, com base no art. 33, comportará uma pena de reclusão de 
5(cinco) a 15(quinze) anos mais o pagamento de multa. Todavia, em virtude da 
supracitada lei, entende-se que a mesma carece de objetividade, uma vez que no 
ato de julgar o indíviduo, não aspira-se a distinguir se este estava efetivamente 
desempenhando o consumo da substância ou o tráfico. Isto faz com que até mesmo 
antes do processo, o indíviduo permaneça aprisionado, propiciando uma quantidade 
maior de aprisionados em relação à capacidade da cela. 
 
19
 Lei nº11.343, de 23 de Agosto de 2006. 
18 
 
8. A CRISE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 
 
A penade prisão configura como sendo a preponderante maneira de afrontar 
a criminalidade nos últimos séculos, sinaliza René Dotti “a espinha dorsal dos 
sistemas penais de feição clássica”[20]. Sem embargo, a despeito das críticas que 
serão pontuadas, adequa-se enunciar que esta ainda é a única sanção cabível aos 
atos de grave criminalidade e reincidência. Ainda assim, tem sido refletido com 
intento de decrescer suas inconveniências, com elo à contração do seu grau 
máximo, bem como a humanização de sua aplicação. Julga-se também, que a pena 
de prisão deve ser adotada como a ultima ratio, justaposta não mais que em caráter 
excepcional. Decerto, a problemática do sistema carcerário nunca houve de habitar 
a pauta das elementares preocupações da administração pública. Estas tão 
somente exteriorizam quando há episódio de rebeliões, em que data a conjuntura da 
crise acentuada traz ao público as mazelas do sistema. 
 
8.1. SUPERLOTAÇÃO 
 
Quiçá a superlotação seja o mais inveterado das adversidades das 
penitenciárias brasileiras. Segundo Rogério Greco, um dos aspectos prevalecentes 
para a insolvência do propósito ressocializador da pena é certamente este[21]. 
 
O art. 88 da LEP, que trata sobre a acomodação do apriosionado em regime 
fechado, especificando que seja cela individual com uma área mínima de 6,00 m2, 
além da alusão a insalubridade. O que na prática, não corresponde com a 
veracidade de um sistema superlotado, com duas ou até três vezes da sua 
capacidade, na qual tem-se celas minúsculas e com extremas condições de 
nocividade à saúde. A superlotação comina inúmeras dificuldades ao tratamento 
penitenciário, visto que o tratamento individualizado é lesado e, o sujeito termina por 
perder sua personalidade, destarte a hostilidade se amplifica perante um grupo 
enraivecido e revoltado. Outra violação produzida, que também termina por suceder 
em superlotação no sistema prisional, é a lentidão em se conferir os benefícios 
 
20
 DOTTI, René. Bases e Alternativas para o Sistema de Penas. 1998, (p. 105). 
21
 GREGO, Rogério. Sistema prisional: colapso atual e soluções alternativas. 2. ed. São Paulo: 
Impetus, 2015 (p. 228). 
19 
 
àqueles que já fazem jus à progressão de regime,ou de serem postos em liberdade 
os presos que já cumpriram sua respectiva pena. Dada conjuntura é consequência 
da própria inobservância e inaptidão dos órgãos encarregados pela execução penal, 
visto que, acondiciona os indivíduos encarcerados de maneira exagerada e ilegal. 
 
O ócio ou a inatividade forçosa entre os apenados é do mesmo modo uma 
problemática inquietante e costumeira na execução da pena privativa de liberdade 
nas penitenciárias brasileiras, feito esse, tido como ainda mais grave ao se observar 
a legislação penal do Brasil e corroborar que o trabalho teria de ser oportunizado ao 
preso como intermédio educador e produtivo e de premissa de dignidade humana. 
Sob outra perspectiva, a medida que se testifica a existência de trabalho, este então 
é desenvolvido sob circunstâncias defeituoso e carente, ou é meramente colocado à 
disposição de pouquíssimos indivíduos. 
 
8.2. VIOLÊNCIA 
 
Perfaz-se de atestar os direitos constitucionais e infraconstitucionais dos 
presos no decurso da execução da pena, previstos em inúmeros diplomas e tratados 
internacionais. A execução teria de assegurar que o único direito que lhes fosse 
recôntido fosse o direito à liberdade. Apesar disso, com o perpassar dos anos, a 
finalidade das prisões vem se transformando e, nos dias atuais, é vista, ou acaba 
por ser, um “banco” de criminosos infratores, transgressores que por sua vez devem 
“pagar” por seus atos e delitos – como clama a sociedade. Assis salienta que o 
desempenho de atos violentos entre os próprios presos e a impunidade sucedem de 
modo ainda mais acentuado. 
A ocorrência de homicídios, abusos sexuais, espancamentos e extorsões 
são uma prática comum por parte dos presos que já estão mais 
“criminalizados” dentro da prisão e que, em razão disso, exercem um 
domínio sobre os demais presos, que acabam subordinados a essa 
hierarquia paralela. Contribui para esse quadro o fato de não serem 
separados os marginais contumazes e sentenciados a longas penas dos 
condenados primários.
[22]
 
 
Destarte, a violência entre detentos nas instituições termina por converter-se 
numa forma de determinar as relações sociais. É por meio da linguagem da violência 
que os funcionários concebem o que denominam de “ordem” para tentar compelir o 
 
22
 ASSIS, Rafael Damaceno de. A realidade atual do sistema penitenciário brasileiro. 2007. 
20 
 
condicionamento esperado e é por ela que os próprios apenados estabelecem a sua 
ordem. Numerosas condições se associam para resultar tais abusos, tais como: as 
condições irregulares das prisões, a ausência de supervisão eficaz, a fatura da 
disposição de armas, a falta de atividades e, talvez a mais considerável, a 
inexistência de classificação dos presos. Posto que a própria prisão é violenta, 
violência maior é prender quem ainda não obteve julgamento, é o encarceramento 
sob amparo das deliberações de prisão preventiva, que por diversas ocasiões, 
acaba nem sendo condenado, e aquilo que viveu dentro do período que esteve 
dentro do sistema prisional o perseguirá pelo resto de sua vida. 
 
9. A REINCIDÊNCIA E A UTOPIA DA NATUREZA RESSOCIALIZADORA DA 
PENA 
 
Refuta-se acerca da eficiência do objetivo ressocializador da pena privativa de 
liberdade; diante disso, a doutrina incompatibiliza. Os adeptos da criminologia crítica 
replicam que não é viável a ressocialização dentro do ambiente prisional. Nada 
obstante, outra parcela da doutrina crê que sim, é provável ressocializar o apenado 
dentro do ambiente prisional, que, investindo-se mais em infraestrutura prisional e 
qualificação pessoal, a fim de que, desse modo se concretizem os mecanismos 
legais atestando um propício tratamento penal, sem impossibilitar as alternativas a 
prisão para se encolher a população prisional, possibilita contemplar resultados 
satisfatórios. 
Em concordância com as vigorantes legislações penais brasileiras, Nunes 
afirma que, se castiga alguém que consumou um crime não só com o escopo de 
coibir a ação criminosa, mas, também, com a essência de inibir, antes de tudo, com 
o objetivo de recuperar o transgressor da norma penal[23]. É comum e nitído que a 
pena não vêm amedrontando, a coibição ao delito deixa muito a desejar e a 
ressocialização do indivíduo é uma utopia , basta ver que grande porcentagem dos 
criminosos que cumprem pena privativa de liberdade retornam à velhas práticas 
delituosas, em face disso , esta prisão que está aí necessita ser remoldada , posto 
que está se tornando gradativamente mais decadente. Mas, a final de contas, a 
ressocialização seria mesmo viável? É existente algum entusiasmo por parte do 
 
23
 NUNES, Adeildo. Da Execução Penal. Rio de Janeiro. Forense: 2009. 
21 
 
Estado em fomentar tal ressocialização do ex- prisioneiro à convivência social? 
Greco aponta que: 
“A sociedade não concorda, infelizmente, pelo menos à primeira vista, com 
a ressocialização do condenado. O estigma da condenação, carregado pelo 
egresso, o impede de retornar ao normal convívio em sociedade. Quando 
surgem os movimentos de reinserção social, quando algumas pessoas se 
mobilizam no sentido de conseguir emprego para os egressos, a sociedade 
trabalhadora se rebela, sob o seguinte argumento: “Se nós, que nunca 
fomos condenados por praticar qualquer infração penal, sofremos com o 
desemprego, por que justamente aquele que descumpriu as regras sociais 
de maior gravidade deverá merecer atenção especial?” Sob esse enfoque, é 
o argumento, seria melhor praticar infração penal, “pois ao término do 
cumprimento da pena já teríamos lugarcerto para trabalhar!”
[24] 
 
10. PRECONCEITO SOCIAL 
 
Um dos substanciais empecilhos à ressocialização refere-se à sociedade 
como um todo. O agente que encerra sua pena, ainda que se encontrasse preso de 
maneira cautelar e tivesse sido absolvido subsequentemente, ou ainda, executado 
plenamente sua pena, terá em sua posse o rótulo de ex-detento, uma vez que, a 
sociedade é insipiente e sugestionável, tendo em vista como única provação que o 
indivíduo possui má índole e propensão a sua prisão. Herkenhoff defende que: “[...] 
O estigma da prisão acompanha o egresso, dificultando seu retorno à vida social. 
Longe de prevenir delitos a prisão convida à reincidência: é fator criminogênico.” [25] 
 
Até mesmo no decurso da execução da pena, o meio social não compreende 
ou reconhece o objetivo e a concepção de ressocialização do sujeito recluso. Por 
conseguinte faz-se indispensável, não apenas a adaptação do sistema prisional 
brasileiro ao que a lei estabelece, mas também ao ajustamento do Direito Penal e do 
entendimento dos magistrados para tal inquirição, qual tanja a de que a prisão 
degenera a pessoa, consequentemente, quando viável deve ser evitada, sendo 
empregada exclusivamente em condenações de longa extenção e aos 
verdadeiramente perigosos e de árduo processo de reparação. 
 
 
24 GREGO, Rogério. Sistema prisional: colapso atual e soluções alternativas. 2. ed. São Paulo: 
Impetus, 2015 (p. 334-335). 
 
25 HERKENHOFF, João B. Crime: Tratamento Sem Prisão. 3ª ed. Porto Alegre: Livraria do 
Advogado, 1998. 
22 
 
11. CONCLUSÃO 
 
Os sintomas da crise no sistema penitenciário brasileiro são notórios e 
incontestáveis: a afronta aos direitos individuais, a superlotação, como de praxe os 
episódios de violência sexual e física, a supressão de trabalho, a ação de 
organizações criminosas dentro das penitenciárias, em apanhado, a deserção do 
sistema pelo poder público. O que expectar portanto, de regresso de dado cenário, 
afora a incapacidade desse sistema? Seria a partir desta conjuntura que espera-se a 
ressocialização dos egressos? 
 
Esse exaurir sócio-político na interpelação da temática tem disposto o 
enraizamento de convicções de índole grandemente moralista e que ocultam o veraz 
enredamento que permeia este revés. 
 
É por entre tal discurso que a sociedade urge por penas mais longas e severas, 
discurso este, que inclina-se a desconsiderar os determinantes sociais da 
criminalidade, maiormente aqueles que sucedem do violento cenário das 
desigualdades de classe e etnias, mas de mesmo modo do composto mais profuso 
de fatores que implicam na estruturação sócio-cultural do transgressor e do delito. À 
frente desse quadro, não retrata demasia afirmar, assim como Eduardo Galeano, 
que na atual conjuntura, “Um bom bandido é um bandido morto: dizem agora os que 
exigem uma terapia social mão de ferro. [...] Os problemas sociais reduziram-se a 
problemas policiais e há um clamor crescente pela pena de morte [...].” [26]. 
 
As matérias referentes à violência e criminalidade não são meramente 
problemáticas que se delimitam a alçada da segurança pública, tange, 
essencialmente, de demonstrações das inquietantes exiguidades que discursam o 
perfil das políticas sociais e das modalidades de amparo social no Brasil, em áreas 
estratégicas do suprimento de serviços, nomeadamente as que denotam à saúde, 
educação, moradia e emprego. 
 
 
26 GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso.Trad. Sergio Faraco. 
Porto Alegre: L&PM, 1999. 
23 
 
Em justificação de todos os impasses presentes nas penitenciárias brasileiras, 
os quais podem ser inferidos em cárceres de diversos outros países, prontamente se 
assimila que a procura por elucidações para extirpar, ou ao menos moderar o caos 
instituído, é uma árdua e ampla missão do Estado e daqueles interessados na 
temática. 
Conforme Claus Roxin: 
Logicamente, não se pode pretender acabar com todos os problemas 
surgidos no sistema prisional com apenas declarações de comportamentos 
e condutas que devem seguir os agentes envolvidos neste contexto. É 
preciso que se tome consciência da importância da resolução racional e 
efetiva da questão referente aos presos, posto que se refere também à 
própria sociedade.
[27]
 
Em outras palavras, a demanda por soluções tão somente pode obter 
desenlace quando todos os Poderes ligadamente com todos os entes políticos da 
Federação se atarem para pleitear acerca do tema, objetivando lograr uma solução 
viável de ser estabelecida. 
 
No tocante que se refere a respectiva problemática são existentes diversas 
proposituras de superação da crise do sistema prisional brasileiro, é possível citar 
aquela que diz respeito às medidas que viabilizam reter a pena de prisão para os 
crimes de natureza mais grave, que consumam-se em ameaça concreta a 
coexistência social, da mesma maneira que agilizar os processos nas Varas de 
Execuções Penais, posto que muitos processos estão “paralisados” e isso resulta 
com que o indiciado permaneça mais tempo no sistema. 
 
A humanização das penas e a individualização destas identicamente 
configuram suma importância para a elucidação do posto problema. As penas 
alternativas para os crimes mais amenos também careceriam de ser despendidas, 
pois, a quantidade de indivíduos retidos por furtos simples, que se consagram como 
sendo uma enorme “massa” presente no sistema; delitos esses que não 
caracterizam elevado grau de periculosidade para com a sociedade, deveriam 
portanto, ter recebido penas alternativas à privação da liberdade. 
 
 
27
 ROXIN, Claus. Problemas fundamentais de direito penal. 2. ed. Lisboa: Vega, 1993 (p. 45). 
24 
 
Em harmonia com o já estabelecido pela LEP, todos os presos condenados 
no Brasil deveriam ter viabilidades de trabalho, educação e treinamento, e lhes 
deveria ser ofertado alternativas razoáveis e proporcionais de lazer. Ainda que a lei 
de forma transparente estabeleça isso, unicamente ínfima parcela dos reclusos 
brasileiros tem a oportunidade de trabalhar. 
 
À medida que os presos que exercem uma função de trabalho podem ser 
candidatos à redução de suas respectivas penas e, de modo consequente, à soltura 
condicional, a carestia de trabalhos coadjuva para a superlotação. O trabalho é tido 
como reeducador e humanitário e assessora no desenvolvimento da personalidade 
do preso. 
 
Contudo, o nosso atual sistema prisional ainda acondiciona o exíguo trabalho 
que é oferecido com remuneração mínima ou sem remuneração, o que aparta do 
trabalho seu cargo formativo ou pedagógico e o tipifica como castigo ou trabalho 
escravo. O direito à educação e ao trabalho, que estão atrelados à formação e ao 
desenvolvimento da personalidade do recluso, são direitos sociais de grande 
magnitude. Oportunidades educacionais e de treinamento também são 
insuficientes, acarretando com que os presos tenham um número inferior de 
atividades produtivas para direcionar suas energias. 
 
Isto posto, uma questão de grande relevância para apartar a atual crise no 
sistema penitenciário brasileiro, seria a oferta de atividades educacionais, tais como 
cursos profissionalizantes, a fim de que o recluso ao ser reinserido em sociedade 
possa equiparar-se aos demais indivíduos, não fazendo daquele período em que 
esteve “pagando” por seus atos passados um espaço de tempo improdutivo e estéril, 
além disso, esta, seria uma alternativa à reincidência, visto que, o agente munido de 
experiência e conhecimento possa optar por a partir daí, conduzir sua vida 
distanciado do “mundo do crime”. 
De todos os motivos que levam ao cárcere, é evidente que os advindos do 
crime de tráfico lotam os presídios; de fato, o crime organizado e o tráfico de drogas 
representam um alto potencial de riscoao Estado, visto que o último move um 
capital imensurável. Além do mais, o tráfico de drogas emprega pessoas de todas as 
25 
 
classes sociais e nas regiões de fronteiras a facilidade de relacionar-se com o 
contrabando e a falta de políticas públicas acabam por contribuir para um comercio 
ilegal intenso. 
O Estado, além de combater a venda e o consumo de entorpecentes, 
necessita cortar o mal pela raiz e voltar-se para as fronteiras, uma vez que hoje a 
droga consumida no Brasil, advém dos vizinhos continentais, transportada em 
toneladas por caminhões em um sistema gigantesco, super-organizado e bem 
estruturado. Nota-se que, os traficantes dispõem de diversas espécies de veículos 
bem como um estável aparelhado bélico e sistema de comunicação. 
O Tribunal das Contas da União tem realizado auditoria para avaliar aspectos 
de governança do conjunto de políticas públicas com o propósito de fortalecer a 
faixa de fronteira: 
O baixo grau de investimentos e a carência de recursos humanos, materiais 
e financeiros dos órgãos responsáveis pela prevenção, controle, 
fiscalização e repressão aos crimes transfronteiriços realçam a 
vulnerabilidade daquele espaço territorial e contribuem para agravar sua 
condição de ambiente propício as atividades ilícitas ligadas ao tráfico de 
drogas e de armas, entre outros crimes típicos de regiões fronteiriças.
[28]
 
Nas ultimas décadas o Estado tem fortalecido a fiscalização e controle de 
pessoas pelos programas Ágata e Sentinela. 
Na Operação Ágata o Exercito, a Policia Federal e a Receita Federal 
trabalham juntos para apreender drogas, armas, pessoas e biopirataria. Já, na 
Operação Sentinela da Policia Federal aprendem-se sacoleiros, laranjas e 
carregadores que levam às organizações criminosas. 
O Estado, portanto, precisa elaborar políticas públicas a fim de integrar e 
garantir a fiscalização de todas as regiões do País, principalmente as de fronteira, 
para barrar a entrada de drogas no território nacional: sem a mercadoria ilícita a 
população não terá a oportunidade de cometer o delito. 
 
 
 
28
 Auditoria operacional para avaliação da governança nas políticas públicas de fortalecimento da 
faixa da fronteira. 
26 
 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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