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Agentes antimicrobiano

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AGENTES ANTIMICROBIANO 
ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS 
Esses possuem uma estrutura comum e dentro dessas estruturas 
comuns pode haver algumas diferenças, mas são oriundos da 
mesma família. 
O indivíduo que é alérgico a penicilina, ele não será alérgico ao 
monobactâmicos, 
ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS 
 O grupo de antibióticos beta-lactâmicos é formado pelas 
penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, ácido clavulânico*, 
carbapenens, nocardicinas e monobactâmicos 
 Os β- lactâmicos são uma classe ampla de antibióticos, que 
inclui a penicilina e seus derivados, que possuem agente 
antibiótico e o núcleo β- lactâmico em sua estrutura molecular. 
 Há mais de 50 anos os antibióticos β- lactâmicos têm 
demonstrado eficiência terapêutica e sua baixa toxicidade. 
Inicialmente mais ativos contra as bactérias Gram-positivas, 
porém tiveram seus espectros antimicrobiano ampliado. 
 
Estrutura da penicilina. 
 Primeiro anel é beta-lactâmico 
 Segundo anel tiazólico (possui o enxofre) 
• No monobactâmico o anel beta-lactâmico vai estar aberto, 
porém considera que ele seja ainda um beta lactâmico, além 
da ausência do enxofre (o que faz com que a pessoa seja 
alérgica a penicilina e não pelo monobactâmico, pois acredita 
que o enxofre que causa a hipersensibilidade) 
• Monobatâmico no brasil é conhecido como AZACTAM 
• O anel beta-lactâmico ele que é responsável pelo mecanismo 
de ação da penicilina. 
• Algumas formas de penicilina a gente remove o radical (R) e 
insere novos radicais, essas mudanças do radical, que oferece 
na ligação do anel beta lactâmico é o que faz com que a 
penicilina seja chamada de sintética, fazendo com que essas 
penicilinas possa resistir a uma enzima(beta lactamase 
/penicilinase) que cliva esse anel beta-lactâmico. 
 Essa enzima bacteriana que ao ser aumentada cliva o anel 
beta lactâmico, aepender da penicilina pode colocar um 
radical que bloqueia a ação dessa enzima, e essa penicilina 
passa a ser mais resistente as betas lactamases, mas isso 
não significa que esse antibiótico consiga ter um espectro 
ampliado. 
OBS: O fato de ser resistente não quer dizer que seja mais 
potente. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS Β- LACTÂMICOS É INIBIR A 
SÍNTESE DA PAREDE BACTERIANA 
As bactérias Gram positivas são mais sensíveis aos β- lactâmicos. 
*Ácido clavulânico – inibidores de beta lactamase, não tendo 
nenhuma ação bactericida nem bacteriostático, por isso não é 
considerado antibiótico. Inibe para ajudar a ação dos antibióticos 
beta lactâmicos. 
 Derivados semi-sintéticos e sintéticos permitiram o uso dos β- 
lactâmicos no combate as bactérias Gram-negativas. 
 Cefalosporinas de terceira geração e dos antibióticos 
carnapenemicos tem potente ampla atividade antimicrobiana. 
Os monolactâmicos (aztreonam) mostraram serem específicos 
contra atividades das bactérias Gram-negativa, inclusive 
Pseudomonas e muitas raças bacterianas de resistência 
múltipla. 
 É o mais usado grupo de antibióticos 
 Embora não seja antibiótico verdadeiro, o inibidor β- 
lactamase é muitas vezes incluído nesse grupo. 
 São antibióticos que inibem a síntese da parede celular de 
bactérias, impedindo que as ligações cruzadas entre as fitas de 
peptideoglicano se formem. 
 
Os β- lactâmicos vão inibir a transpeptidase, e dessa existe vários 
tipos), umas que atuam no citoplasma e outras que atuam no 
espaço onde vai haver a formação da parede (extracelular) 
A síntese da prede celular acontece em 3 estágios: 
1ª. Acontece no citoplasma, estágio de formação dos 
materiais/matéria prima para formação do 
peptideoglicano (um conjunto de compostos que vão ser 
na verdade carboidratos + grupo de aminoácido). Existe 
30 reações para formação desses peptideoglicano, porém 
a mais importante é a associação do carboidrato com 
aminoácido, e essa fusão vai ser feito por uma das várias 
transpeptidases. 
A transpeptidase que atua nesse estágio, ou seja, ainda dentro do 
citoplasma é a UDP aminoglicosil transpeptidase, a qual permite a 
transferência de um grupo UD, permitindo que o carboidrato 
(NAG e NAM) consiga se associar ao grupo do aminoácido 
(acontece no citoplasma). Inibindo assim, a fusão do carboidrato 
com aminoácido. 
➢ Cefalosporina – inibe as transpeptidases do citoplasma e 
extra celular 
➢ Penicilina vai inibir uma transpeptidase que age na 
porção extracelular. 
 
2ª. O segundo estágio é uma reação – vai haver uma retirada 
da UDP, e com isso esse grupo vai para o meio 
extracelular. Ficando um NAG ligado a um aminoácido e 
um NAM ligado a outro aminoácido 
3ª. Já no terceiro estágio vai haver maturação da parede 
celular e para isso precisa de outro tipo de 
transpeptidase, a qual possui um sítio ativo que permite a 
ligação do aminoácido do NAM com o do NAG. O sítio 
ativo dessa enzima tem um nome que se chama de 
proteína ligadora de penicilina (PLPs ou PBP). 
A penicilina se liga neste sítio ativo e bloqueia a 
possibilidade da maturação da parede célula, a 
cefalosporina também faz isso, além de atuar na região 
citoplasmática. 
OBS: NAM e NAG se ligando aumenta o comprimento da parede, 
enquanto a espessura é a ligação de NAM com NAM e NAG e NAG 
Alguns microrganismos que são resistente a penicilina, porque 
essas bactérias começam codificar uma transpeptidase com as 
PLPs modificadas, alterando a afinidade. Essa modificação de 
alterar afinidade vai passando de microrganismos para outro 
através dos transpososns (sequencias de nucleotídeo as quais são 
transferidas de um código genético para outro), que passa de uma 
geração bacteriana para outra – gerando uma cepa bacteriana 
resistente. 
CARBAPENÊMICOS 
O grupo dos carbapenêmicos não vai inibir a síntese da parede, 
mas sim formar poros na parede celular, fazendo com que a 
bactéria perca seu equilíbrio hidrolítico, e em seguida a lise 
(bactericida). 
 Penetram facilmente pelos canais de porina nas Gram 
negativas. 
 Sua via de administração é parenteral (IM ou IV), e não é 
absorvido na VO, pois possui uma instabilidade no meio 
gástrico. 
 Tem uma boa difusão para o LCE – meninges inflamadas 
 Meia vida: IMIPENEM e MEROPENEM – 1h 
 ERTAPENEM – 4h 
 DORIPENEM também é um fármaco desse grupo 
 Excreção renal 
 O imipenem é hidrolisado por desidropeptidases (presente na 
borda em escova dos túbulos proximais) – mas ao associar 
esse fármaco com a Cilastatina, prolonga sua atividade 
Enquanto os outros fármacos não sofrem uma degradação 
significativa pela desidropeptidase, portanto não precisam de 
associação com a Cilastatina. 
 Resistentes a maioria das betalactamases 
 β- lactâmicos com maior espectro de ação 
 
Tendo sua atividade um pouco maior com os Gram negativos 
e pouco menor pelos Gram positivos. 
 Indicações: 
▪ Infecção pós operatórias 
▪ Infecções intra abdominais 
▪ Infecções de pele e anexos (incluindo pé diabético) 
▪ Sepse 
▪ Meningites 
▪ Pneumonias 
▪ ITU (incluindo pielonefrite) 
▪ Monoterapia na neutropenia febril 
▪ Antibiótico de escolha nas infecções por Gram 
negativas produtores de beta lactamase de espectro 
ampliado (ESBL) 
PENICILINA 
É o grupo mais utilizado de antibióticos 
HISTÓRIA DA PENICILINA 
 A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de 
férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu 
laboratório. Quando voltou reparou que uma das suas culturas de 
Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias 
deste não havia mais bactérias 
 Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fundo do gênero 
Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância 
responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Eles comprovaram as suas 
qualidades antibióticas, assim como a sua não toxicidade e a utilizaram 
clinicamente em 1941. Marco inicial da Era dos antibióticos 
CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS 
GRUPO 1 – PENICILINAS SENSÍVEIS À PENICILINASE 
 Benzilpenicilina ou penicilina G 
▪ Muito facilmente degrada pelo ácido do estomago. Essa 
degradação faz com que a administração oral não seja uma boa 
ideia. Por essa razão sua forma mais utilizada é a Benzetacil, a 
qual tem sua via de administração intramuscular, aumentando 
assim a meia vida do medicamento, por ter uma liberação mais 
prolongada. 
▪ Atravessa a placenta facilmente 
▪ Sua excreção ocorre pela urina (60 a 90%) e uma pequena 
parte é excretada pela bile e cerca de 20% são metabolizados, 
produzindo derivados inativos do ácido penicilóico 
▪ É a primeira escolha no tratamento de infecções causadas por 
cocos Gram-positivos em pacientes não alérgicos. Ex: 
estreptococos do grupo A, B e D não enterococos, S. viridans e 
o S. pneumoniae. 
▪ Os enterococos são menos sensíveis à benzilpenicilina. Apesar 
disso, a benzilpenicilina (em associação com a gentamicina ou 
estreptomicina) é útil em certas infecções enterocócicas, 
sobretudo na endocardite. Ex.: S. faecalis, S. durans, 
S.liquefaciens e S. zymogens. 
▪ A maioria dos Staphylococus produz beta-lactamase e é 
resistente ao antibiótico 
▪ Também é preferiada também para infecções causadas por 
certos bacilos Gram-positivos. Alguns bacilos Gram-negativos 
também são sensíveis à benzilpenicilina 
 
 Fenoximetilpenicilina ou penicilina V 
Possui uma meia vida maior que a Penicilina G. 
Vai tratar principalmente cocos Gram positivas, os enterococos 
que são bastante resistentes a esses antibióticos. 
Pode ser administrada pela via oral 
A presença de alimento não interfere na absorção 
Excreção renal 
Indicado para: Faringite estreptocócica por estreptococos beta-
hemolíticos do grupo A, durante 10 dias; Piodermas 
estreptocócicos brandos, infecção brandas do trato respiratório 
superior por Streptococos pneumoniae 
 
GRUPO 2 – PENICILINAS QUE RESISTENTE A PENICILINASES 
▪ Nesta categoria as penicilinas, também chamadas de 
antiestafilocócicas, caracterizam-se por sua capacidade de 
resistir a ação de penicilinases, especialmente produzidas por 
Staphylococcus aureus. 
▪ Muda o radical da penicilina G ou V 
▪ Pega os Gram positivos que são resistente a penicilina G 
▪ Cocos Gram positivos, pega alguns enterococos 
▪ Faz parte desse grupo: METICILINA; NAFCILINA; OXACILINA; 
DICLOXACILINA; CLOXACILINA 
Meticilina 
- É uma penicilina semi-sintética, penicilinase-resistente 
- É inativada pelo suco gástrico e não é absorvida pelo trato 
gastrointestinal, sua administração só pode ser feita por 
via parenteral 
- Se liga às proteínas plasmáticas, especialmente albumina 
na porcentagem de 35 a 40% 
- Excreção renal 
- É ativada contra a maioria das raças de Staphylococcus 
aureus, mesmo as que produzem betalactamases 
- Muitas cepas do S. epidermides também são sensíveis 
- A maioria dos estreptococos (viridans, pneumoniae, 
pyogenes) 
- Os enterococos e as bactérias Gram-negativas são 
resistentes a meticilina 
- São indicadas em infecções causadas por estafilococos 
produtores da penicilinase, motivo pelo qual se tornam as 
penicilinas de primeira linha nas infecções por 
estafilococos resistentes a benzilpenicilina 
- Das penicilinas antiestafilocócicas, a meticilina é a que 
mais provoca nefrite intersticial 
 Infecções causadas por Staphylococcus aureus: bacteremias, 
endocardite, meningite, osteomielite, artrite séptica, 
pneumonia, empiema, piodermas e abscessos renais. Mas em 
geral, preferem-se a nafcilina e a oxacilina nessas indicações, 
por causa da nefrite intersticial que meticilina pode provocar. 
Obs: A benzilpenicilina, entretanto, é mais potente que a meticilina 
contra estreptococos, e nesse caso deve ser preferível. 
Nafcilina 
- Pode ser utilizada por via oral mas prefere-se a via 
parenteral pois sua absorção é maior 
- Excretada principalmente pela bile, e menor quantidade 
pela urina (cuidado com os hapatopatas) 
- Não é recomendada em lactantes nem em pacientes com 
disfunção hepática 
- As indicações são idênticas àquelas da meticilina, sendo a 
principal indicação representada pelas infecções graves 
provocadas por Staphylococcus aureus. 
- Liga-se as proteínas plasmáticas na taxa de 87 a 90% 
- Se prescreve muito no Brasil 
- A nafcilia é metabolizada no fígado se dar um 
cetoconazol inibe a cip-3 A4 aumenta muito a quantidade 
de nafcilina. Deve se evitada em lactantes, pois atravessa 
a barreira placentária 
GRUPO 3 – PENICILINA DE ESPECTRO AMPLIAOD 
 Estão nesse grupo: 
▪ Penicilinas da segunda geração ou Aminopenicilinas: 
Ampicilina, Amoxilina, Bacompicilina, Ciclacilina 
▪ Penicilinas da terceira geração ou Antipseudomonas: 
Carbenicilina, Ticarcilina 
▪ Penicilinas da quarta geração: Azlocilina, Mezlocilina. 
▪ Piperazinopenicilina: piperacilina 
 As aminopenicilinas foram às primeiras penicilinas 
com atividade contra bactérias Gram-negativas. 
Pertencem a esta classificação a amoxicilina e 
ampicilina. 
▪ Gram positivo e Gram negativa, essas não são resistentes a 
penicilianses. 
 Associa com o clavulonatos (inibidores de 
penicilina) 
Ampicilina 
- Penicilina de amplo espectro 
- Resistente ao suco gástrico, porém sensível a beta 
lactamase 
- Pode ser administrada pelas vias oral, intramuscular e 
intravenosa 
- O alimento, no trato gastrointestinal, reduz a absorção do 
antibiótico 
- Se liga às proteínas plasmáticas na taxa de 20% 
- Excreção renal 
- Atua na maioria das bactérias Gram-positivas, 
estafilococos, estreptococos, com exceção dos 
estafilococos produtores de betalactamases. Além de 
cocos Gram-positivos, bactérias anaeróbias com exceção 
de algumas bactérias 
- É ativa contra algumas bactérias Gram-Negativas 
- Alguns efeitos colaterais: diarreia e exantemas 
- É bactericida 
- Indicada para: Cistite aguda bacteriana; pielonefrite 
aguda; epidídimoorquite aguda; gonorréia não complicada 
ou disseminada; meningite; pneumonia; infecções 
cultâneas; otite média aguda; sinusite aguda, entre outros 
 
Amoxicilina 
- Penicilina de amplo espectro 
- Administrada por via oral 
- Resistente a ação do suco gástrico 
- Alimentação não interfere 
- Se liga às proteínas plasmáticas na taxa de cerca de 20% 
- Excreção renal 
- Seu espectro é similar a da ampicilina, porém exerce 
menor atividade contra espécie de Shigella. 
- É inativada pelas beta-lactamases produzidas por diversas 
bactérias como S. aureus, H. Influenze, N. gonorrhoeae e 
várias enterobactérias, como E. coli e Salmonella sp. 
- Indicado: 
I. INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS - Faringite, 
amigdalite, otite média, sinusite, impetigo, 
erisipela, pneumonia 
II. INFECÇÕES PNEUMOCÓCICAS - Pneumonia 
III. INFECÇÕES GONOCÓCICAS 
IV. SÍFILIS 
V. INFECÇÕES ESTAFILOCÓCICAS 
Broncopneumonia, septicemia, 
meningoencefalites, abcessos, osteomielites, 
furúnculos 
VI. INFECÇÕES POR BACILOS GRAM-NEGATIVOS 
VII. INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS 
GRUPO 4 – PENICILINA ANTIPSEUDÔMONA 
Especificas para pseudomonas e precisam ser realmente utilizados 
em casos de infecção por pseudomonas (alta taxa e pseudômona, 
além do LPS, que protege a cepa bacteriana). 
Faz parte: TICARCILINA; AZLOCILINA; PIPERACILINA; CARBECILINA 
Carbecilina 
- Sensível a ação do suco gástrico e das betas lactamases 
- Não é absorvida após administração oral, devendo ser 
aplicada por via parental 
- Se liga a proteínas plasmáticas na taxa de 5%. 
- Excreção renal 
- Ativa contra a maioria dos cocos Gram-positivos e 
Gramnegativos, mas nessas indicações, é muito menos 
ativa que a benzilpenicilina e a ampicilina. 
- A maior vantagem clínica da carbenicilina consiste na sua 
atividade contra diversas raças de Pseudomonas 
aeruginosa e também ativa contra cepas de Acinetobacter 
e, entre os anaeróbios, Fusobacteruim e Bacteroides, 
inclusivemuitas raçãs sensíveis de B. fragilis 
- Seu uso prolongado com doses elevadas pode provocar 
alterações hematológicas: neutropenia, eosinofilia, 
perturbação da coagulação sanguínea, além de alteração 
eletrolíticas 
A tendência de ter ação com as Gram negativas é menor, já que as 
Gram positiva dependem mais da parede celular, ou seja, vão 
sofrer mais com a ação das penicilinas. 
 
As penicilinas compartilham certas substâncias químicas, 
mecanismo de ação, farmacologia e carcateristicas imunológicas 
com as cefalosporinas, os monobactâmicos e ao inibidores de 
beta-lactamase. Todos são beta- lactâmicos → devido seu anel 
lactâmico com quatro membros. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DA PENICILINA 
Todos os antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas e 
cefalosporinas) interferem na síntese de parede celular 
bacteriana, através da ligação de enzimas PBP (sítio de ligação da 
penicilina na transpeptidase que age no meio extracelular, 
inibindo a maturação da parede celular). 
A penicilina acopla num receptor presente na membrana interna 
bacteriana PBP (proteínas ligantes de penicilina) e interfere com a 
transpeptidação que ancora o peptidoglicano estrutural de forma 
rígida em volta da bactéria. Como o interior desta é 
hiperosmótico, sem uma parede rígida há afluxo de água do 
exterior e a bactéria lisa. 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA 
 O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina 
baseia-se na produção de Beta-lactamases, enzimas que 
degradam a penicilina impedindo sua ação. 
 Bloqueio da porina nas gram negativas (reduz o influxo) 
 Aumento de bombas de efluxo, tanto na membrana interna 
quanto na membrana externa, essa pega a penicilina e joga 
para fora (aumenta o efluxo) 
 Aumento da beta lactamase 
 Diminuição da afinidade de PLP 
 As bactérias adquirem 
resistência às penicilinas 
através dos seguintes 
mecanismos, decorrente do 
modo de ação desses 
antibióticos: 
✓ A inativação enzimática 
pelas beta-lactamases 
biossintetizadas pelas bactérias; 
✓ Redução da permeabilidade da parede celular bacteriana 
às penicilinas que, assim, não conseguem alcançar seus 
locais de ligação representadas por proteínas específicas 
(PLP) 
✓ Alterações conformacionais nessas proteínas de ligação 
das penicilinas, bloqueando a atividade antibiótica 
✓ E o aparecimento do fenômeno da tolerância 
 
TOXICIDADE E HIPERSENSIBILIDADE 
- Algumas pessoas podem apresentar hipersensibilidade ou 
toxicidade, principalmente pelo grupo do enxofre 
- As penicilinas são drogas de elevado índice terapêutico e 
relativamente atóxicas para o homem. 
- Em certas percentagens em pacientes, observam-se reações 
alérgicas ou de hipersensibilidade à droga 
- As formas farmacêuticas atuais mais responsáveis por essas 
reações são as parentais e as orais. Um paciente que jamais 
tomou penicilina pode desenvolver reação de 
hipersensibilidade se esteve exposto anteriormente a fontes 
naturais de fungos produtores de penicilina. 
- As reações alérgicas às penicilinas são classificadas como 
imediatas, aceleradas, tardias e reações menos comuns. 
- As reações imediatas são as mais perigosas e desencadeiam-se 
até 30 minutos após a administração, os sintomas são 
provocados pela liberação de histamina e outras substâncias 
por mastócitos e basófilos. As reações aceleradas surgem 1 a 
72 horas, geralmente não põem a vida em risco. As tardias são 
as mais frequentes, aparecem dias ou semanas após sua 
administração e as menos comuns raramente acorrem e são 
representadas por: febre, anemia hemolítica, infiltração 
pulmonar, eosinofília, vasculite, eritrema multiforme, etc. 
 
❖ Em geral as penicilinas são bem toleradas → estimula, 
infelizmente, seu uso incorreto e inapropriado 
❖ Efeitos colaterais → em sua maioria se deve á ocorrência da 
hipersensibilidade 
❖ Todas penicilinas → apresentam sensibilização e reatividade 
cruzada 
 
CEFALOSPORINA 
 
Embora a figura não mostre, existem, na verdade, 4 gerações de 
cefalosporina dependendo do espectro de atividade microbiano. 
Exemplo de cefalosporina de 4ª geração (chamada de 
antipseudomonas) → cefepima 
1ª geração → absorvida de forma variável pelo intestino; 
Podem ser usado para o tratamento de infecções urinarias ou 
infecções causadas por estafilococos e estreptococos. 
 
2ª geração → mostra-se ativos microrganismos inibidos por 
fármacos de 1ª geração. O cefaclor podem ser administrados por 
cia oral. A dose habitual para adultos é de 10-15mg/Kg/dia. 
Mostram-se ativas contra o H. influenzea. 
 
3ª geração → em comparação com os agentes de 3ª geração, 
esses fármacos proporcionam uma cobertura ampliada contra 
microrganismos Gram-negativos. 
Alguns desses tem a capacidade de atravessarem a barreira 
hematoencefálica 
Mostram-se ativos a Citrobacter, S. marcescens 
• Farmacocinética: infusão intravenosa  níveis séricos de 
60 a 140 mcg/mL; 
Penetram bem nos líquidos corporais e tecidos (exceção 
de cefoperazona) e todas cefalosporinas orais. 
• Uso clínico: cefalosporina de 3ª geração são usadas no 
tratamento de uma ampla variedade de infecções graves 
causadas por microrganismos resistentes à maioria de 
outros fármacos 
 
Cefamicinas são um grupo de antibióticos beta-lactâmicos . Eles 
são muito semelhantes às cefalosporinas e as cefamicinas às vezes 
são classificados como cefalosporinas 
 São mais estáveis que a penicilina e muitas beta-
lactamase. 
EFEITOS COLATERAIS DE CEFALOSPORINA 
 Alergia: produzem sensibilização e podem causar uma 
variedade de reações de hipersensibilidade idêntica àquelas 
observadas com as penicilinas. Inclui: anafilaxia, febre e 
exantemas 
 Toxicidade: produção de dor após injeção intramuscular e 
tromboflebite após injeção intravenosa 
 Toxicidade renal 
 Podem causar hipoproteinemia (metiltiotetrazol) e distúrbios 
hemorrágicos. 
OUTROS FÁRMACOS BETA-LACTÂMICOS 
Monobactâmicos → espectro de atividade – bastonetes Gram 
negativos aeróbios. 
 Diferentemente de outros antibióticos beta-lactâmicos, 
não apresentam nenhuma atividade contra bactérias 
Gram positivas ou contra anaeróbios. 
 Aztreonan → único monobactâmico disponível nos EUA. 
Espectro de contra microrganismos Gram negativos → 
assemelha-se aos das cefalosporinas da 3ª geração 
 Administração intravenosa → a cada 8 horas (dose 1 a 
2g) 
 Pacientes alérgicos a penicilina → toleram o Aztreonan 
sem qualquer reação (anel beta lactâmico aberto e não 
possui o enxofre no segundo anel) 
INIBIDORES DE BETA LACTAMASE (ÁCIDO 
CLAVULÂNICO, SULBACTAM E TAZOBACTAM) 
 Assemelham-se as moléculas beta lactâmicas 
 Exibem ação antibacteriana muito fraca 
 Trata-se de potentes inibidores de beta lactamase 
bacterianos, mas não todos. 
 Protege as penicilinas hidrolisáveis contra a inativação por 
essas enzimas 
 Inibidores beta-lactamase → mais ativos contra a classe A. 
 Não são inibidores adequados da classe C (Enterobacter sp.)

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