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VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

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1 Neuroanatomia – Taynara Pereira 
VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Áreas diferentes do sistema nervoso central são lesadas em tempos diferentes devido à falta de circulação, sendo que 
as áreas filogeneticamente mais recentes são as que primeiro se alteram: 
- Assim, o neocortex será lesado antes do palco e do arquicórtex, e o sistema nervoso supra-segmentar antes do 
segmentar. 
- A área lesada em último lugar é o centro respiratório situado no bulbo 
VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO 
Fluxo sanguíneo cerebral: 
- O fluxo sanguíneo cerebral é diretamente proporcional à pressão arterial e inversamente proporcional à resistência 
cerebrovascular → variações da pressão arterial sistêmica refletem-se diretamente no fluxo sanguíneo cerebral → 
certas lesões que diminuem o calibre dos vasos cerebrais (arteriosclerose) são mais graves em pessoas hipotensas. 
- A resistência cerebrovascular depende principalmente dos seguintes fatores: 
a) Pressão intracraniana 
b) Condição da parede vascular 
c) Viscosidade do sangue 
d) Calibre dos vasos cerebrais 
- O fluxo sanguíneo é maior nas áreas mais ricas em sinapse, de tal modo que, na substância cinzenta, ele é maior que 
na branca, o que obviamente está relacionado com a maior atividade metabólica da substância cinzenta. 
Vascularização arterial do encéfalo 
O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, originadas no pescoço. 
Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomotico, o polígono de Willis, de onde saem as principais 
artérias para a vascularização cerebral. 
Artérias cerebrais têm, de um modo geral, paredes finas, comparáveis às paredes de veias de mesmo calibre situadas 
em outras áreas do organismo → as torna propensas as hemorragias. Artérias com túnica elástica interna mais 
desenvolvida 
Quase não fazem anastomose. Entretanto, tem uma certa importância a anastomose entre a artéria angular, derivada 
da carótida externa, e a artéria nasal, ramo da artéria oftálmica, que por sua vez deriva da carótida interna. Esta 
anastomose pode manter a circulação da órbita e de parte das vias ópticas em casos de obstrução da carótida interna. 
Sistemas de irrigação encefálica: sistema carotídeo interno e o sistema vértebro-basilar. 
Artéria carótida Interna 
- Ramo de bifurcação da carótida comum 
- Penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal atravessa o seio cavernoso, no interior do qual 
descreve em um plano vertical uma dupla curva, formando um S, o sifão carotídeo, que aparece muito bem nas 
arteriografias da carótida 
- Perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, próximo à substância perfurada anterior, divide-se 
em seus dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. 
Além de seus dois ramos terminais, a artéria carótida interna dá os seguintes ramos mais importantes: 
a) Artéria oftálmica: Irriga o bulbo ocular e formações anexas 
 
2 Neuroanatomia – Taynara Pereira 
b) Artéria comunicante posterior: — anastomosa-se com a artéria cerebral posterior, ramo da basilar, contribuindo 
para a formação do polígono de Willis; 
c) Artéria corióidea anterior: dirige-se para trás, ao longo do trato óptico, penetra no corno inferior do ventrículo 
lateral, irrigando os plexos corióides e parte da cápsula interna. 
Artéria vertebral e basilar 
- As artérias vertebrais direita e esquerda destacam-se das artérias subclávias, direita e esquerda correspondentes, 
sobem no pescoço dentro dos forames transversos das vertebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipitai, a 
dura-máter e a aracnóide, penetrando no crânio pelo forame magno. 
- As artérias vertebrais fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar 
- As artérias vertebrais dão origem às duas artérias espinhais posteriores e à artéria espinhal anterior 
- Originam ainda as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo, 
bem como a área lateral do bulbo 
- A artéria basilar percorre geralmente o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar 
as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda 
 
 
 
3 Neuroanatomia – Taynara Pereira 
 
A artéria basilar emite os seguintes ramos mais importantes: 
a) Artéria cerebelar superior: nasce logo atrás das cerebrais posteriores, distribuindo se ao mesencéfalo e parte 
superior do cerebelo 
b) Artéria cerebelar inferior anterior: distribui-se à parte anterior da face inferior do cerebelo; 
c) Artéria do labirinto: penetra no meato acústico interno junto com os nervos facial e vestibulococlear, 
vascularizando estruturas do ouvido interno. 
Círculo arterial do cérebro ou Polígono de Willis: 
- É uma anastomose arterial de forma poligonal situado na base do cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber 
cinéreo, relacionando-se ainda com a fossa interpeduncular e a substância perfurada anterior 
- É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante 
anterior e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda 
- A artéria comunicante anterior é pequena e anastomosa as duas artérias cerebrais anteriores adiante do quiasma 
óptico. As artérias comunicantes posteriores unem de cada lado as carótidas internas com as cerebrais posteriores 
correspondentes. Deste modo elas anastomosam o sistema carotídeo interno ao sistema vertebral. 
Não há passagem significativa de sangue do sistema vertebral para o carotídeo interno ou vice-versa → O círculo 
arterial do cérebro, em casos favoráveis, permite a manutenção de um fluxo sanguíneo adequado em todo o cérebro, 
em casos de obstrução de uma (ou mais) das quatro artérias que irrigam o cérebro. 
As artérias cerebrais anterior, média e posterior dão ramos corticais e ramos centrais: 
• Os ramos corticais deStinam-se à vascularização do córtex e substância branca subjacente. 
• Os ramos centrais emergem do círculo arterial do cérebro, ou seja, da porção proximal de cada uma das 
artérias cerebrais e das artérias comunicantes. Eles penetram perpendicularmente na base do cérebro e 
vascularizam o diencéfalo, os núcleos da base e a cápsula interna. 
Quando se retira a pia-máter, permanecem os orifícios de penetração destes ramos centrais, o que valeu às áreas 
onde eles penetram a denominação de substância perfurada, anterior e posterior 
- Recebem a denominação de artérias estriadas, os ramos centrais que se destacam da artéria cerebral média e 
penetram na substância perfurada anterior, vascularizando a maior parte do corpo estriado e da cápsula interna. 
 
 
 
4 Neuroanatomia – Taynara Pereira 
 
Território cortical das três artérias cerebrais 
Artéria cerebral anterior: um dos ramos de bifurcação da carótida interna. A obstrução de uma das artérias cerebrais 
anteriores causa, entre outros sintomas, paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inferior do lado oposto, 
decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva que correspondem à perna e que se localizam na 
porção alta dos giros pré e pós-central (lóbulo paracentral). 
Artéria cerebral média: ramo principal da carótida interna. Percorre o sulco lateral em toda a sua extensão, 
distribuindo ramos que vascularizam a maior parte da face súpero-lateral de cada hemisfério. Este território 
compreende áreas corticais importantes, como a área motora, a área somestésica, o centro da palavra falada e outras. 
Obstruções da artéria cerebral média, quando não são fatais, determinam sintomatologia muito rica, com paralisia e 
diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto no membro inferior), podendo haver ainda graves 
distúrbios da linguagem. 
Artéria cerebral posterior: são ramos da artéria basilar. A artéria cerebral posterior irriga, pois, a área visual situada 
no lobo occipital. e sua obstrução causa cegueira em uma parte do campo visual. 
Vascularizaçãovenosa do encéfalo 
- As veias do encéfalo são mais e mais calibrosas que as artérias 
- Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas 
A regulação ativa da circulação venosa se faz sob ação de 3 forças: 
• Aspiração da cavidade torácica 
• Força da gravidade → as veias não possuem válvulas 
• Pulsação das artérias 
- A pressão venosa no encéfalo é muito baixa e varia muito pouco em razão da grande distensibilidade das veias e 
seios. 
As veias do cérebro: 
Se dispõem em dois sistemas: sistema venoso superficial e o sistema venoso profundo → são unidos por numerosas 
anastomoses 
1 – Sistema venoso superficial: 
 
5 Neuroanatomia – Taynara Pereira 
- É constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca subjacente, anastomosam-se amplamente na 
superfície do cérebro, onde formam grandes troncos venosos, as veias cerebrais superficiais, que desembocam nos 
seios da dura-máter → Distinguem-se veias cerebrais superficiais superiores e inferiores. 
* Veias cerebrais superficiais superiores: provêm da face medial e da metade superior da face súpero-lateral de cada 
hemisfério desembocando no seio sagital superior. 
* Veias cerebrais superficiais inferiores: provêm da metade inferior da face súpero-lateral de cada hemisfério e de 
sua face inferior, terminando nos seios da base e no seio transverso. A principal veia superficial inferior é a veia 
cerebral média superficial, que percorre o sulco lateral e termina, em geral, no seio cavernoso. 
2 – Sistema venoso profundo 
- Compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas profundamente no cérebro, tais como: o corpo estriado, 
a cápsula interna, o diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro 
- A mais importante veia deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge quase todo o 
sangue do sistema venoso profundo do cérebro. 
Vascularização da medula 
- É irrigada pelas artérias espinhais anterior e posteriores, ramos da artéria vertebral, e pelas artérias radiculares, que 
penetram na medula com as raízes dos nervos espinhais. 
* A artéria espinhal anterior é um tronco único formado pela confluência de dois curtos ramos recorrentes que 
emergem das artérias vertebrais direita e esquerda → vascularizam as colunas e os funículos anterior e lateral da 
medula. 
* As artérias espinhais posteriores direita e esquerda emergem das artérias vertebrais correspondentes → 
vascularizam a coluna e o funículo posterior da medula 
* As artérias radiculares derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco (tireóidea 
inferior, intercostais, lombares e sacrais) → Das 60 artérias radiculares que penetram com os nervos espinhais, apenas 
seis ou oito realmente contribuem para a vascularização da medula.

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