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4 – NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA 1. O crime como fato social. 2. Instituições sociais relacionadas com o crime: as Polícias, o Poder Judiciário, o Ministério Público, os sistemas penitenciários etc. 3. A extensão da criminalidade no mundo e no Brasil. 4. O crime como fenômeno de massa: narcotráfico, terrorismo e crime organizado. 5. O crime como fenômeno isolado: estudo do homicídio. 6. Classificação de tipos criminosos: criminoso nato; criminoso ocasi- onal; criminoso habitual ou profissional; criminoso passional; crimi- noso alienado; criminoso menor (delinquência juvenil); a mulher criminosa. 7. As atividades repressivas, preventivas e educacionais para diminuir os índices de criminalidade. Antes de começarmos iremos fazer uma pequena abor- dagem e diferenciar as 3 principais políticas criminais. Direito Penal É a ciência penal responsável por analisar os fatos huma- nos considerados indesejados, definir quais fatos devem ser rotulados como crimes ou contravenção penal, anun- ciando pena. Criminologia Ciência empírica que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o comportamento da sociedade de maneira causa/ ex- plicativa. Em outras palavras, analisa o fenômeno criminal como um fato, observado as características dos casos concretos. Exemplo: quais fatores contribuem para o crime de roubo (analisa, inclusive, a incidência do crime em determinados bairros considerados violentos e quais os fatores contri- buem para a sua ocorrência). Além de estudar o crime como um fato proveniente do convívio em sociedade, estuda também os impactos e as influências das normais penais quando aplicadas sobre o delinquente (análise prática dos efeitos do Direito Penal sobre a sociedade) Política Criminal Possui caráter teleológico, buscando apresentar e aplicar estratégias políticas e meios de controle da criminalidade na sociedade. Por vez a criminologia é A criminologia é uma ciência social, filiada à Sociologia, e não uma ciência social inde- pendente, desorientada, ela não é teorética. Em relação ao seu objeto — a criminalidade — a criminologia é ciência geral porque cuida dela de um modo geral. Em relação a sua posição, a Criminologia é uma ciência particular, por- que, no seio da Sociologia e sob sua égide, trata, particu- larmente, da criminalidade. É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, que trata de atestar uma informação válida e contrastada sobre o gê- nese, dinâmica e variáveis do crime, contemplando este como problema individual e social, buscando programas de prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem delinquente conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao delito. Cabe destacar que este conceito é bem cobrado nas provas. Conceito e características da criminologia Criminologia pode ser definida como ciência autônoma, empírica e interdisciplinar, que se preocupa em estudar, por meio de métodos biológicos e sociológicos, o cri- me/delito, o criminoso/delinquente, a vítima e o controle social, com escopo de controle e prevenção da criminali- dade, tratando do crime como problema social. Ciência autônoma: a Criminologia é entendida como ciên- cia autônoma e independente, por possuir função, méto- dos e objetos próprios. Logo, é incorreto afirmar que a Criminologia é um ramo, sub-ramo, “braço”, complemento ou extensão de outro ramo do saber (exemplo: a crimino- logia não é um “braço do Direito Penal); Empirismo: trata-se de todo conhecimento proveniente da experiência, captado pelo mundo externo, físico, por meio dos sentidos. A Criminologia visa chegar a conclusões seguras por meio de casos concretos, reais, de crimes, observado os detalhes do ocorrido, tais como o local do crime, comportamento da vítima, motivações e compor- tamento do criminoso, reação da sociedade, etc. Após a observação dos fatos (empirismo ou método experimen- tal) é que a Criminologia chega a uma conclusão; Interdisciplinaridade: apesar de se tratar de ciência autô- noma, a Criminologia reúne e leva em consideração os resultados de outros ramos do saber, tais como a socio- logia, biologia, psicologia, medicina legal, etc. Ademais, importante diferenciar interdisciplinaridade de multidisci- plinaridade. A interdisciplinaridade (característica da Cri- minologia) é mais profunda, reunindo conhecimento de outros ramos do saber que convergem entre si, chegando a conclusões harmônicas, uniformes. Por outro lado, a multidisciplinaridade (também característica da Crimino- logia, porém, com significado diverso) é mais esparsa, na medida em que apresenta diversas conclusões de vários ramos do saber, cada qual chegando a resultados de mo- do independente, ou seja, cada qual apresentando sua visão de determinado ponto de vista sem a preocupação de considerar as demais visões. Além disso, quando se busca a origem do crime, a Crimi- nologia se vale da chamada Etiologia Criminal: ciência que estuda as origens e causas do crime, também chama de Criminogênese (Criminogênese = origem (gênese) + crime). Sendo assim, definida a Criminologia, como forma de afastar qualquer dúvida, podemos destacar o que a Crimi- nologia não é: - Não é teorética/abstrata: não se limita aos mundo das ideias, não sendo ciência que se ocupa de meras pes- quisas e discussões de cunho puramente acadêmico e teórico, sem aplicação prática. Conforme detalhare- mos em tópico próprio, a Criminologia apresenta duas fases distintas, sendo a primeira a reunião de resulta- dos de seus estudos e investigações (esta sim, teóri- ca), seguida da fase clínica, onde os estudos são apli- cados na prática (por isso não se limita à uma ciência teorética, pois, para ter sentido, é necessário que seja aplicado no dia a dia); - Não é normativa/jurídica: a ciência que prescreve re- gras (define crimes) e sanções é o Direito Penal. Conforme já tratamos, a Criminologia é ciência empírica; - Não é ciência do “dever ser”: O Direito Penal é um bom exemplo de ciência do “dever ser”, preocupando-se em prescrever condutas para que as pessoas não as pra- tiquem. Já a Criminologia, por analisar os fatos por meio dos sentidos, busca identificar a realidade em si, ou seja, a Criminologia é uma ciência do “ser”. - Não é uma ciência exata: em se tratando de ramo do saber operado por seres-humanos, analisando fatos e outros seres-humanos, a Criminologia é uma ciência humana, passível de erro, sem conclusões de caráter insofismável, ao contrário das ciências exatas. Objetos da Criminologia O estudo da Criminologia apoia-se em quatro elementos essenciais (4 objetos): o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. Além dos objetos a criminologia vê um crime com pro- blema social, abrangendo 4 elementos constitutivos: • INCIDÊNCIA MASSIVA NA POPULAÇÃO (não se pode tipificar como crime um fato isolado); • INCIDÊNCIA AFLITIVA DO FATO PRATICADO (o crime deve causar dor à vítima e à comunidade); • PERSISTÊNCIA ESPAÇO – TEMPORAL DO FATO DELI- TUOSO (é preciso que o delito ocorra reiteradamente por um período significativo de tempo no mesmo terri- tório); • CONSENSO INEQUÍVOCO ACERCA DE SUA ETIOLOGIA E TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO EFICAZES (a criminali- zação de condutas depende de uma análise minuciosa desses elementos e sua repercussão na sociedade). Delito O delito é um fenômeno presente nas sociedades (não existe afastado da sociedade) e revela múltiplas facetas, sendo, antes de tudo, um problema social. Deliquente É a pessoa que infringe a norma penal, sem justificação e de forma reprovável. Aos delinquentes condenados e submetidos a um devido processo legal aplica-se uma sanção criminal, uma pena (privativa de liberdade, restriti- va de direitos, multa, etc.) que tem como função prevenir e também a repressão do delito. Podemos aproveitar o gancho para citar os tipos de cri- minosos/deliquentesque também foram abordados no seu edital: Criminoso nato: A teoria lombrosiana do criminoso nato implicava que, mediante a direta análise das características puramente físicas, seria possível prever os indivíduos que se voltari- am à vida criminosa, tendo a reincidência como um traje- to posterior e natural. Seria uma propensão congênita e irrenunciável à delinquência. Criminoso ocasional: Geralmente esse tipo de criminoso são influenciados pelo meio de seu convívio, são levados pelas condições pes- soais, eles costumam praticar crimes contra o patrimônio, como furtos, estelionatos entre outros. Criminoso habitual ou profissional: Esses criminosos são adquirir uma vida honesta, eles praticam todos os tipos de delitos como tráfico, roubo, assassinato em série, geralmente são aqueles que tem o crime como profissão. Criminoso passional: Estes agem pelo impulso, durante o transtorno psíquico. Criminoso alienado: O crime decorre de problemas permanentes de saúde mental. Criminoso menor (delinquência juvenil): A expressão menores infratores se refere aos menores situados abaixo da idade penal, geralmente adolescentes, que praticam algum ato classificado como crime. Após esse resumo vamos aprofundar um pouco mais fa- lando de Enrico Ferri. Ao falar em criminologia é de suma importância salientar a visão de Enrico Ferri acerca do criminoso. Apesar de exposição anterior em relação ao autor, não custa salien- tar quem foi Enrico Ferri. Ferri foi um célebre advogado, político militante e um reputado cientista, conhecido por muitos como o "pai da moderna sociologia criminal" , foi também o principal expoente da chamada escola positiva, buscando incansavelmente aprimorar as teses Lombrosi- anas acerca das causas da criminalidade. Ferri publicou sua obra Sociologia Criminal em 1914, dan- do relevo não só aos fatores biológicos (destacados por Lombroso em etapa anterior) como também aos mesoló- gicos ou sociológicos, além dos físicos, na etiologia de- linquêncial, ou seja, sustentou a existência do trinômio causal do delito formado por fatores físicos, antropológi- cos e sociológicos. Alguns criticam as idéias de Ferri pelo excesso de preo- cupação com a personalidade do infrator e a e os efeitos da sanção exercida sobre ele, deixando em segundo plano o efeito das sanções penais sobre a sociedade em geral, ou seja, enquanto a escola clássica se preocupava estri- tamente com a função retributiva da pena, a escola posi- tiva em lado oposto pensava demasiadamente na função ressocializadora. A pena, segundo Ferri, é ineficaz se atua isoladamente, segundo o autor a sanção deve ser precedida ou acom- panhada de profundas reformas sociais, econômicas e orientadas por uma análise científica e etimológica da infração. Por isso é que o autor expõe como instrumento de luta contra o delito uma Sociologia Criminal integrada, em que temos como base a Psicologia Positiva , a Antro- pologia Criminal e a Estatística Social. Após breve estudo sobre Enrico Ferri vamos para sua divisão dos infratores segundo sua categoria antropológi- ca: I - Delinquente Nato, Instintivo ou por tendência congêni- ta: É o tipo instintivo de criminoso, com seus estigmas de degeneração, Ferri nota como traço característico nessa modalidade de criminoso a completa atrofia do senso moral.Representa a própria revelação da antropologia criminal, trata-se de uma realidade humana incontestável. Segundo o autor, se comparado as pessoas comuns, o criminoso tem na maioria das vezes uma inteligência comum, e as vezes até um pouco inferior a média, não podendo ser classificados como "gênios do crime", nem tão pouco se encaixando nos casos de "delinquência pri- mitiva" e "tipo bestial" em que a inteligência é obtusa e deficiente. O criminoso nato caracteriza-se antes de tudo pela vontade anormal, ou seja, pela impulsividade desta, passa precipitadamente da ideia para a ação, sendo leva- do por motivos totalmente desproporcionais a gravidade do delito, nesse sentido vemos uma falta de senso moral, que nos homens normais é a principal repulsa ao deli- to.Com relação aos delinquentes em estudo, Ferri o clas- sifica como o de maior periculosidade, devido suas condi- ções de anormalidade fisiopsíquica e já que recebem do ambiente social apenas o incentivo, neles encontramos a tendência para cometer qualquer delito, frequentemente com ferocidade anti-humana. II - Delinquente Louco: É levado ao crime não apenas por sua enfermidade men- tal, mas também por sua atrofia do senso moral, que pode ser tanto permanente como transitória e é condição deci- siva na gênese da delinquência. A enfermidade pode ser verdadeira e própria forma clínica de alienação mental (idiota, imbecil, paranóia etc) ou uma psicopatia em que a condição nevropática se junta a distúrbios psíquicos na esfera do sentimento, da inteligência ou da vontade. A enfermidade pode ser congênita ou adquirida, incurável ou curável, e podemos dizer que a readaptação do delin- quente vaia variar de acordo com sua condição psicopato- lógica. III - Delinquente Habitual: É aquele que, segundo Ferri, nascido e crescido em um ambiente de miséria material e moral, especialmente em meios urbanos, começa desde logo com leves faltas (pe- quenos furtos, por exemplo), e depois pela influência das prisões, pela falta de oportunidade e pela aprendizagem da delinquência, recai obstinadamente no crime, fazendo do delito seu modo de vida. O criminoso em tela é aquele que melhor demonstra a impotência da justiça penal e da "técnica judiciária" utilizada, em que a prisão e a pena não educam o indivíduo, apenas o mostra uma nova forma de viver, sem ao menos dar-lhe outra opção. No relatório sobre o Projeto de Código Penal Italiano, Enrico Ferri sub- dividiu os delinquentes habituais em 4 tipos principais: A) Delinquente por tendência congênita aos crimes de sangue e de violência ou contra a propriedade, que, nas palavras do autor, antes ou depois da condenação, repete as suas ações delituosas; B) Delinquente que comete habitualmente delitos leves, especialmente contra a propriedade, por uma congêni- ta repugnância ao trabalho metódico, podemos citar aqui os estelionatários. C) Delinquente por hábito adquirido, ou seja, por uma infância moralmente abandonada, vai aos poucos evo- luindo na gravidade de seus delitos e tornando estes seu modo de viver, vai piorando progressivamente na sua personalidade fisiopsíquica. D) Delinquente por mister ou profissional, aquele que na maioria das vezes se associa com outros criminosos para juntos organizarem uma verdadeira indústria cri- minosa, especialmente contra a propriedade (mafio- sos, falsários internacionais, ladrões de cargas, crimi- nosos financeiros etc). Segundo Enrico Ferri a primeira e a quarta categoria são as que apresentam maior grau de periculosidade e de incorrigibilidade. IV - Delinquente Ocasional: É considerado o de menor periculosidade e de maior cor- rigibilidade, representa a grande maioria. É levado a delin- quir devido a fortes influências do ambiente somadas a uma insuficiência de repulsão orgânica ou psíquica ao crime, ou seja, uma predisposição a atividade delituosa. Aqui se encaixa perfeitamente o dito popular "a ocasião faz o ladrão", a influência do ambiente pode ser em rela- ção a facilidade de execução do crime, a necessidades familiares ou próprias, comoção pública, etc. Aqui não se vislumbra o delito por uma atrofia da moral e sim por irre- flexão e imprevidência com fraqueza de vontade, pode cometer qualquer delito, porém, na maioria dos casos tratam-se de delitos leves. Importante ressaltar a opinião de Ferri no sentido de que a repressão Estatal em tais casos deve evitar o cárcere, buscando penas alternativas para educação social, nesse sentido o autor formulou a teoria da “saturação criminosa” (que será objeto de estu- do em exposição futura). V – Delinquente Passional: É o mais complexodos tipos de delinquência, os crimina- listas clássicos não chegaram a resolver o problema da relação do crime com a paixão e a relativa responsabili- dade, primeiro se focaram no critério da intensidade, e depois com Carrara classificaram-as em cegas (temor, honra, amor etc) e raciocinadas (cobiça, vingança, ódio etc), classificação que tornou-se infrutífera uma vez que em cada indivíduo a emoção age de uma maneira diferen- te, por exemplo, para alguns a vingança se torna em pai- xão cega mais do que a honra e o amor noutrem. Em mo- mento posterior aos clássicos, Ferri apresentou a distin- ção qualitativa das paixões, classificando-as em úteis e prejudiciais, favoráveis ou contrárias às condições de existência social e chamou-as paixões sociais e anti- sociais. A honra, o amor, o afeto familiar, são emoções úteis à espécie humana, são as paixões sociais, sendo assim, somente por uma aberração extraordinária é que ela leva ao crime, Ferri salienta nesse momento a neces- sidade de uma repressão Estatal de acordo com a quali- dade da paixão incitadora, pois que ela demonstra um grau de periculosidade pequena, ou seja, uma personali- dade anti-social muito menor. Quando um indivíduo delin- que (mesmo que em relação a espécies criminais graves como o homicídio) por honra ofendida ou amor contraria- do, ou por afeto paternal, o alarme social é muito menor do que quando o agente delinque por cobiça ou por ódio, sendo assim a repressão deve também ser dosimetrada. Cumpre ressaltar que tanto o criminoso nato como o lou- co (consciente) pode vir a praticar um delito movido por honra ofendida ou por amor contrariado e nem por isso torna-se um delinquente passional, para constituir essa figura deve o agente delituoso ter precedentes ilibados, motivo proporcionado, execução em estado de comoção e normalmente seguido de remorso sincero do mal feito. Uma outra variedade do delinquente emotivo ou passional é o criminoso político-social, ou seja, pratica o ato delitu- oso essencialmente político ou de índole econômico- social, mas não por motivos egoísticos e sim uma repulsa a ordem pré-estabelecida, podemos aqui chamar de pai- xão político-social. Podemos concluir que as idéias de um dos principais expoentes da Escola Positiva foram essen- ciais para o desenvolvimento da criminologia. Baseando- se em aspectos mesológicos e sociológicos Ferri conse- guiu implementar as ideias Lombrosianas dando início a um nova etapa nos estudos do delinquente. Enrico Ferri através de dados estatísticos e muita pesquisa de campo buscou através da motivação do crime estabelecer cate- gorias antropológicas aos delinquentes, dessa maneira fornecendo maior subsídio para a legislação combater a criminalidade, auxiliando a política criminal principalmen- te em seu aspecto preventivo. Vítima Vítima é a pessoa, física ou jurídica, que sofreu, direta ou indiretamente, os efeitos da ação danosa do delinquente. Controle Social Toda convivência mínima em sociedade precisa de meca- nismos e de instrumentos que assegurem a harmonia de seus membros. Busca-se a prevalência dos padrões de comportamento sociais dominantes. Nesse sentido, po- demos destacar o conceito do professor Paulo Sumariva que define controle social como “o conjunto de institui- ções, estratégias e sanções sociais que pretendem pro- mover a submissão dos indivíduos aos modelos e normas de convivência social”. O controle social é dividido em duas partes, o controle formal e o informal. Controle/Agentes sociais INFORMAIS: São constituídos por aqueles indivíduos ou grupos res- ponsáveis pela formação da base humana fundamental, caráter pessoal do indivíduo (sociedade civil), possuindo finalidade preventiva e educacional. Controle/Agentes sociais FORMAIS: Trata-se da chamada ultima ratio (última razão/trincheira do Estado no controle social), de modo a intervir sempre que os mecanismos de controle informal falharem na prevenção da criminalidade. Como o próprio nome já su- gere (formal), são compostos por órgãos e instrumentos constituídos pelo Estado. O Controle Social formal é classificado por seleções / instâncias: Primeira Seleção / instância / primário: Apresenta-se com o início da persecução penal, visando esclarecer a autoria, materialidade e circunstâncias do crime. Caracteriza-se pela atuação da Polícia Judiciária (Polícia Civil e Federal). Já cai em concursos o fato de que a Polícia Civil é polícia judiciária integrante do controle social formal (justamente por este motivo, o objeto de estudo da criminologia que melhor representa a atuação da polícia judiciária é o con- trole social). Segunda Seleção / instância / secundário: Caracteriza-se pela atuação do Ministério Público, com a oferta da de- núncia em face do delinquente. Terceira Seleção / instância / terciário: Com a tramitação do processo judicial (recebimento da peça acusatória até a condenação definitiva), caracteriza-se com a participa- ção do Poder Judiciário. Cifras Criminais Cifras Criminais segundo sociólogo Edwin H. Sutherland, seria uma espécie de nomenclatura seguida de um con- ceito próprio para cada delito. Observando de cada um deles suas circunstâncias, vítima ou autoria, foi atribuído um conceito, classificando-os assim da maneira mais apropriada possível pelos detalhes que expressam e pela singularidade de cada um deles. Cifras Negras: Esta é definida como todos os crimes que não chegam ao conhecimento das autoridades, alguns dos fatores que mais contribuem para isso é o fato da vítima além de ter sofrido o crime, ela não tem o desejo de reviver todo aquele trauma novamente, como por exem- plo, ir ao Departamento de Polícia prestar depoimento. Cifras Douradas: Termo criado por Edwin H. Sutherland que relaciona os crimes que são praticados por pessoas do alto-escalão, estes que por pertencerem as camadas mais altas da sociedade estariam mais propensos a prati- car tais delitos, um exemplo disso seria os crimes de Cor- rupção, lavagem de dinheiro, e etc... Cifras Cinzas: São resultados daquelas ocorrências que até são registradas porém não se chega ao processo ou ação penal por serem solucionadas na própria Delegacia de Polícia por meio de conciliação das partes. Cifras Amarelas: São aquelas em que as vítimas são pes- soas que sofreram alguma forma de violência cometida por um funcionário público e deixam de denunciar o fato aos Órgãos responsáveis por receio e medo de represália. Cifras Verdes: Consiste nos crimes não chegam ao co- nhecimento policial e que a vítima diretamente destes é o meio ambiente, como exemplo: maus tratos, provocar incêndio em plantio. Cifras rosas: São os crimes de caráter homofóbico que não chegam ao conhecimento dos Órgãos. FATORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE Há, segundo estudiosos, vários fatores sociais que podem desencadear a criminalidade, são eles: Sistema econômico: A situação econômica é forte influência nos fenômenos da criminalidade, temos políticas salariais arbitrárias; grandes indústrias fechando suas portas por estarem passando por crises; atividade comercial na expandindo; desempregos e dificuldade de achar colocação no merca- do de trabalho; aumento velado da inflação e especula- ção, aumentando o baixo poder aquisitivo popular e fi- nalmente sob o escudo protetor da justiça, muitos acumu- lam riquezas, pelas leis que fazem para proteger a coleti- vidade, e que, na verdade camuflam a impunidade dos potentados da exploração da economia popular. A resul- tante é que a maioria dos explorados parte para o crime, multiplicando-se tão vorazmente que a criminalidade to- ma, segundo Liszt, “um caráter patológico-social”. Pobreza: A influência da pobreza sobre o crime acontece de forma indireta. Sentimentos nobres são destruídos com a po- breza. Muitos advogados ressalvam-se na defesa de seus clientes tendo esse princípio. Os assaltantes, de um modo geral, são indivíduos semi- analfabetos, pobres ou aindamiseráveis. Não possuindo formação moral adequada, são tidos como refugo da so- ciedade, onde nutrem ódio e aversão pelos que possuem bens, especialmente os grandes patrimônios, como man- sões e automóveis luxuosos. Nutrindo essa revolta de não possuir tais bens e vivendo na pobreza, adquire-se um sentido de violência, onde esta insatisfação, de inconfor- midade os leva a atos anti-sociais, desde uma pichação de muro até a conclusão de um crime bárbaro, pois o fato é que estes não se apiedam das vítimas, matando-as por uma desarmada defesa. A má distribuição de riquezas, as crises econômicas, a destruição de sentimentos virtuosos são algumas das causas da criminalidade. Miséria: A miséria é a pobreza levada ao máximo da intensidade. É a condição daqueles que tem ainda menos ou nada. Figu- rando dentro das mínimas condições de sobrevivência ou dignidade. Sendo alvos fáceis para a trilha do crime. A carência de programas de assistência e do auxílio go- vernamental é a triste realidade dos países subdesenvol- vidos. Esses fatores agravam a diferença entre as classes soci- ais, aumentando o poderio da elite e subjugando a grande maioria a subproletarização. Malvivência: Sob a nomenclatura de vadiagem ou vagabundagem, os mal viventes não passam de um subproduto das socieda- des desumanas em que vivem. Ou ainda, não passam, na maioria, de pessoas mentalmente anormais, perturbadas ou fisiologicamente doentes. Existe outro grupo de mal viventes que se originam nas famílias de alcoólatras, e por serem incapazes para o trabalho regular adentram frequentemente na embriagues, perdendo a noção de dignidade. A mal vivência étnica, exemplificando os ciganos, que por seu parasitismo social não contribuem moralmente, nem materialmente para a coletividade, pois estes são deno- minados como espertos, malandros, confeccionando e negociando objetos simulados (bijuterias, como ouro; latão como cobre, etc.) coagindo os ingênuos a comprá- los. Há indivíduos que possuem uma impulsão à instabilidade, não permanecendo em lugar fixo, são estes, andarilhos, guias, tropeiros, etc. Destacam-se casos de nomadismo, aqueles que deslocam pelo território de um país em busca de melhores condições de vida, na maioria das vezes difí- ceis de serem obtidas, levando os indivíduos à marginali- zação, ao desemprego e subemprego e a falta de moradia. Longe da vida social sadia, tais indivíduos que vivem à margem da sociedade, que em virtude de fugas do lar estão longe da família, sem emprego, sem moradia, de- sempenham um direcionamento à delinquência, ao come- timento de pequenos delitos, bagatelas delituosas, injú- rias, furtos de ocasião, mendicância e desacato à autori- dade. Fome e desnutrição: A fome de que se trata é aquela crônica, isto é, a falta de ter o que comer no dia a dia do indivíduo, impulsionando à prática de delitos. A nutrição incompleta, faltando às vitaminas A e D, produz o raquitismo, doença grave, que coloca a criança em con- dição inferior em relação as demais, podendo levá-la à deformações corporais que na vida escolar começará a aparecer complexos de inferioridade, ou outros, que terá reação negativa contra seus colegas, agindo com ressen- timentos que mais tarde podem ser extensivos à socieda- de. Muitas dessas crianças submetidas à inferioridade física e intelectual, incapazes para o trabalho e vários aspectos de uma vida normal (prática de esportes), po- dem mais tarde seguir um caminho para a delinquência. Sendo a desnutrição, ou a alimentação inadequada, al- guns autores citam que em razão de estragos psicosso- máticos que costumam produzir, pode ser fator que pre- dispõe ou é determinante de criminalidade. Civilização, cultura, educação, escola, analfabetismo: As classes sociais, tradicionalmente se dividem em: clas- se baixa, classe média e classe alta. A classe baixa ou inferior é aquela estufada por todos os tipos de carência, principalmente carência cultural e eco- nômica. A classe média ou burguesia, intermediária, é formada por pequenos comerciantes, operários categori- zados, profissionais liberais, microempresários, etc. A classe alta ou superior é a grande manipuladora das de- mais, constituída pela aristocracia do dinheiro, mesmo que desonesto. Segundo Aniyar de Castro pensa: O delin- quente estereotipado converte-se num bode expiatório da sociedade. Para este bode expiatório, dirige-se toda a carga agressiva das classes baixas que, de outro modo, dirigir-se-ia contra os detentores do poder, às classes média e alta, permitindo-se descarregarem suas culpas sobre o criminoso da classe inferior. (CASTRO, apud AL- BERGARIA, 1988: 180) Não significando que a classe alta e média não tenha seus criminosos, é a classe baixa que detém maior crimi- nalidade, verifica-se esta afirmação pelo número de indi- víduos nos presídios. Porém, a classe alta tem um dos piores criminosos, aqueles chamados de “colarinho bran- co”, que dificilmente são encarcerados, mas é tão nocivo para a sociedade, quanto para os órgãos públicos, tama- nhos suas forças corruptoras. A cultura funciona como inibidora do ato anti-social, mas o crime também é praticado por intelectuais que infeliz- mente são cada vez menos intelectuais e parece ser ver- dade que a todo instante aumenta o número de crimes chamados de colarinho branco. Se o ensino tivesse a capacidade de purificar o caráter de alguém, a educação teria grande importância para a cri- minologia. Mas o que é identificável é que a educação é apenas um fator que atua sobre a infância, em se falando da formação do caráter, sem contar a genética e outras situações que faz com que esta criança participe de fatos ou os assiste, determinando sua conduta. Muito mais do que o ensino, as situações familiares agem sobre o inte- lecto, a sensibilidade e não menos o espírito. A educação não deve ser a única posição que determinaria a conduta da criança, especialmente num comportamento anti- social. Inegavelmente a educação tem o poder de influenciar atitudes. Ela pode vir a ser um forte elemento auxiliar no bom comportamento, principalmente se a ela unem prin- cípios de religiosidade, propondo a adoção de um verda- deiro código moral, ditada pela religião. Migração e imigração; A migração e a imigração sempre trazem consequências para a convivência social. Tanto para aqueles que che- gam, quantos para aqueles que já estão situados no lugar escolhido pelos imigrados e migrados. Esse convívio pode gerar conflitos sociais, pois novos costumes, usos, valores e hábitos são trazidos para den- tro da nova coletividade escolhida. A dificuldade de absorver novos imigrantes e migrantes no mercado de trabalho provoca o aumento da pobreza e da miséria, sendo fatores que desencadeiam a criminali- dade. A mobilidade de um grupo de pessoas de um país a outro, influi na criminalidade da segunda geração de imigrantes, estatisticamente é maior nos filhos de pais de nacionali- dades diferentes. Há um conflito de cultura, pois são obri- gados a viver duas vidas distintas: uma em casa e outra no trabalho, na rua ou na escola. Política Quando as autoridades são maquiavélicas, preocupadas mais com o fim do que com os meios, a atitude do povo, acompanha a mesma filosofia. Passa-se a imitar a elite governamental, vivendo nos limites do Código Penal, evi- tando serem pegos pela lei. Integrantes dos altos escalões do governo acumulam verdadeiras fortunas adquiridas por meios ilícitos e não declarados. O cidadão humilde assiste à corrupção go- vernamental, não vendo as leis serem aplicadas nem se- rem responsabilizados. Isso resulta na negligência da moral, estimulando atos criminosos, ocorrendo furtos, falências fraudulentas, estelionatos, apropriações, etc. Não menos importante, as injúrias, calúnias, difamações são provocadas pelo ofício do político. 01.São objetos de estudo da Criminologia moderna ________, o criminoso, _____________ e o controle social.Assinale a alternativa que completa, correta e respec- tivamente, as lacunas do texto. A) a desigualdade social - o Estado B) a conduta - o castigo C) o direito - a ressocialização D) a sociedade - o bem jurídico E) o crime - a vítima 02.A criminologia é conceituada como uma ciência A) jurídica (baseada nos estudos dos crimes e nas leis) e monodisciplinar. B) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar. C) social (baseada somente nos estudos do compor- tamento social do criminoso) e unidisciplinar. D) exata (baseada nas estatísticas da criminalidade) e multidisciplinar. E) humana (baseada na observação do criminoso e da vítima e unidisciplinar. 03.A Criminologia adquiriu autonomia e status de ciência quando o positivismo generalizou o emprego de seu método. Nesse sentido, é correto afirmar que a crimi- nologia é uma ciência. A) do “dever ser”; logo, utiliza-se do método abstrato, formal e dedutivo, baseado em deduções lógicas e da opinião tradicional. B) empírica e teorética; logo, utiliza-se do método indu- tivo e empírico, baseado em deduções lógicas e opinativas tradicionais. C) do “ser”; logo, serve-se do método indutivo e empíri- co, baseado na análise e observação da realidade. D) do “dever ser”; logo, utiliza-se do método indutivo e empírico, baseado na análise e observação da reali- dade. E) do “ser”; logo, serve-se do método abstrato, formal e dedutivo, baseado em deduções lógicas e da opini- ão tradicional. 04.A autonomia da Criminologia frente ao Direito Penal A) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas nega- da pelos estudiosos do segundo. B) não se concretiza, uma vez que a primeira não é considerada ciência, ao contrário do segundo. C) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a primeira desenvolve em relação ao segundo. D) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os conceitos da primeira são emprestados do segundo. E) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo objeto e são concretizados pelo mesmo método de estudo, qual seja, o empírico. 05.Em relação ao conceito e aos objetos de estudo da criminologia, é correto afirmar que: A) a criminologia é o ramo das ciências criminais que define as infrações penais (crimes e contravenções) e comina as respectivas sanções (penas e medidas de segurança). B) a criminologia extrapola a análise do controle social formal do crime, preocupando-se também com os sistemas informais, e, sob um ponto de vista crítico, pode até mesmo defender a extinção de alguns cri- mes para determinadas condutas. C) após os inúmeros equívocos e abusos cometidos a partir das visões lombrosianas, a criminologia mo- derna afastou-se do estudo sobre o criminoso, pois funda-se em conceitos democráticos e respeita os direitos fundamentais da pessoa humana. D) o estudo do crime por parte da criminologia tem por objetivo principal a análise de seus elementos obje- tivos e subjetivos indispensáveis à tipificação penal E) a preocupação com o estudo da vítima motivou a criação da criminologia como ciência autônoma, sendo este, por consequência, seu primeiro objeto de estudo. 06.A criminologia: A) é uma ciência do dever ser, conceitual e teórica, que não se utiliza de métodos biológicos e sociológicos. B) é uma ciência do dever ser, empírica e experimental, que se utiliza de métodos biológicos e sociológicos. C) é uma ciência do ser, empírica e experimental, que se utiliza de métodos biológicos e sociológicos. D) não é uma ciência, sendo reconhecida como doutri- na alicerçada no ser e que se utiliza de métodos bio- lógicos, sociológicos e empíricos. E) é uma ciência do ser, conceitual e teórica, que não se utiliza de métodos biológicos e sociológicos. 07.Sobre a Criminologia é CORRETO afirmar: A) o crime é um fenômeno social. B) estuda o crime, o criminoso, mas não a vítima. C) é uma ciência normativa e valorativa. D) o crime é um fenômeno filosófico. E) não tem por base a observação e a experiência. 08.Para a Criminologia, o crime pode ser considerado como: A) uma relação jurídica de conteúdo individual e coleti- vo. B) um pecado praticado por quem escolheu o mal. C) um fato típico e antijurídico. D) um desvio de conduta que atenta contra a moral e os bons costumes. E) um problema social e comunitário. 09.O objeto de estudo da Criminologia que mais traduz a função exercida pela polícia judiciária é A) a vítima. B) o criminoso. C) o autor do fato. D) o crime. E) o controle social. 10.Para a Criminologia, o crime pode ser considerado como: A) uma relação jurídica de conteúdo individual e coleti- vo. B) um pecado praticado por quem escolheu o mal. C) um fato típico e antijurídico. D) um desvio de conduta que atenta contra a moral e os bons costumes. E) um problema social e comunitário. 11.Assinale a alternativa que NÃO engloba um objeto de estudo criminológico. A) O crime. B) A vítima. C) O “dever-ser”. D) O controle social do comportamento delitivo. E) A personalidade do delinquente. 12.A moderna criminologia se dedica, também, ao estudo do controle social do delito, tendo este objeto repre- sentado um giro metodológico de grande importância. Assinale a alternativa correta: A) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social primário. B) a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social informal. C) a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social formal. D) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social terciário. E) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social secundário. 13.No Estado Democrático de Direito a prevenção criminal é integrante da agenda federativa passando por vários setores do Poder Público, não se restringindo à Segu- rança Pública e ao Judiciário. Com relação à preven- ção criminal, assinale a afirmativa correta: A) A prevenção primária se orienta aos grupos que os- tentam maior risco de protagonizar o problema cri- minal, se relacionando com a política legislativa pe- nal e com a ação policial. B) A prevenção secundária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. C) A prevenção terciária se orienta aos grupos que os- tentam maior risco de protagonizar o problema cri- minal, se relacionando com a política legislativa pe- nal e com a ação policial. D) A prevenção secundária tem como destinatário o condenado, se orientando a evitar a reincidência da população presa por meio de programas reabilitado- res e ressocializadores. E) A prevenção primária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. 14.A instalação, na cidade de São Paulo, de câmeras de videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas de veículos e cruzamento com banco de dados criminais, com o objetivo de identificar veí- culos utilizados ou que foram objeto da prática de cri- mes pode ser definida, no âmbito do conceito de Esta- do Democrático de Direito e dos modernos conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida prioritariamente de prevenção A) secundária. D) terciária. B) básica. E) primária. C) quaternária. 15.Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de política de prevenção criminal prioritariamente terciá- ria. A) Previsão do direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua sentença penal, mediante trabalho, estudo ou leitura. B) Instalação de câmerasde videomonitoramento em um estabelecimento que foi alvo de diversos rou- bos. C) Melhoria na regulação do sistema financeiro para prevenção às práticas de lavagem de dinheiro. D) Programas de educação aos jovens para prevenção ao uso de drogas. E) Instalação de iluminação pública em locais com alto índice de criminalidade. 16.O saber criminológico, no Estado Democrático de Direi- to, tem por objetivo evitar a ocorrência do delito; por- tanto, são aspectos importantes de prevenção terciária A) o policiamento, a assistência social e o conselho tu- telar. B) a educação, a religião e o lazer. C) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários. D) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o civismo. E) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho. 17.É correto afirmar que as medidas voltadas à população carcerária, com caráter punitivo e com desiderato na recuperação do recluso para evitar, por meio da resso- cialização, sua reincidência, A) integram a prevenção primária, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, di- minuindo-se os indicadores criminais. B) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores criminais, entretanto não podem ser consideradas como medidas de pre- venção. C) são relevantes para a criminologia e integram a pre- venção terciária, visando à recuperação do crimino- so. D) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, entretanto não podem ser consideradas como me- didas de prevenção. E) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, entretanto não podem ser consideradas como me- didas de prevenção. 18.Com relação à criminologia no Estado Democrático de Direito, é correto afirmar que as políticas públicas de Segurança Pública devem A) primar pela repressão ao crime e pelo combate à corrupção. B) priorizar a prevenção criminal integralizada com to- dos os entes federativos. C) priorizar a prevenção criminal terciária e a repressão ao crime organizado. D) primar pela repressão criminal integralizada com todos os entes federativos. E) primar pela repressão ao crime e pelo controle soci- al. 19.É correto afirmar que os programas de apoio, de con- trole de meios de comunicação, de ordenação urbana estão inseridos como medidas de prevenção. A) secundária. B) primária. C) imediata. D) terciária. E) controlada. 20.Assinale a alternativa correta quanto aos fatores con- dicionantes e desencadeantes da criminalidade. A) A migração pode causar dificuldades de adaptação em face das diferenças culturais, hábitos e valores, bem como um excedente de mão de obra, propici- ando uma alta taxa de desemprego, o que influencia na criminalidade. B) O desrespeito entre as pessoas quanto a raça, cor, sexo e etnia não são fatores relevantes que propici- am a criminalidade na sociedade. C) O crescimento populacional ordenado ou planejado, a presença do poder público em todas as áreas so- ciais e a educação de qualidade são fatores desen- cadeantes da criminalidade. D) As condições desfavoráveis de habitação e moradia propiciam a promiscuidade, o desaparecimento de valores, o desrespeito ao próximo e a baixa autoes- tima, portanto, não são fatores desencadeantes da criminalidade. E) A distribuição de renda adequada, a mão de obra qualificada e um sistema de ensino de qualidade fa- vorecem a criminalidade. 21.A respeito dos fatores condicionantes e desencadean- tes da criminalidade, é correto afirmar que A) apenas os jovens pobres cometem crimes, o que não é o caso dos jovens de classes sociais mais abastadas. B) a desagregação familiar vivida por uma criança ou adolescente necessariamente o conduzirá a uma carreira criminosa na vida adulta. C) de acordo com as estatísticas, a mulher comete menos crimes que o homem. D) não há qualquer constatação de aumento na prática de crimes em períodos de guerras ou revoluções. E) a baixa produtividade escolar, o analfabetismo e o precoce abandono escolar são características ra- ramente observadas nos criminosos de classes so- ciais baixas. 22.Pode-se citar como um dos fatores sociais desenca- deantes da criminalidade: A) as condições favoráveis de habitação ou moradia. B) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco. C) a migração, pela facilidade de adaptação em hábi- tos e culturas locais. D) o crescimento populacional ordenado e planejado. E) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio. 23.Entende-se por mal vivência: A) o jovem que sai de casa antes de completar dezoito anos. B) o grupo polimorfo de indivíduos que vivem à mar- gem da sociedade. C) a família que discute constantemente. D) o homem que bate na mulher. E) o filho que agride os pais. 24.É correto afirmar que a cifra negra corresponde à cri- minalidade A) sem registro oficial, desconhecida, impune e não elucidada. B) registrada, investigada, todavia impune. C) registrada, mas não investigada pela Polícia. D) sem registro oficial, não investigada, porém denun- ciada pelo Ministério Público. E) registrada, investigada, contudo não elucidada. 25.O termo cifra dourada é indicativo A) dos crimes praticados por membros da realeza. B) da violência doméstica ocorrida nas classes altas e não relatadas à polícia. C) dos crimes esclarecidos mediante à oferta de uma recompensa. D) do número de jovens de alto poder aquisitivo envol- vidos com o narcotráfico. E) dos crimes denominados de “colarinho branco”. 26.Uma vítima que, ao querer registrar uma ocorrência, encontra resistência ou desamparo da família, dos co- legas de trabalho e dos amigos, resultando num de- sestímulo para a formalização do registro, ocasiona o que é chamado de “cifra negra”. Neste caso, estamos diante da vitimização. A) primária. D) quintenária B) secundária E) terciária. C) quaternária 27.São conhecidas por __________os crimes que não são registrados em órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em decorrência de omissão das vítimas, por temor de represália. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. A) estatísticas azuis B) estatísticas brancas C) cifras douradas D) cifras negras E) cifras cinza 28.Os “crimes de colarinho branco” são delitos conheci- dos na Criminologia por A) crimes contra a dignidade social. B) crimes de menor potencial ofensivo. C) cifras cinza. D) cifras amarelas. E) cifras douradas. 29.Marque a alternativa CORRETA, no que diz respeito à classificação do criminoso, segundo Lombroso: A) Criminoso louco: é o tipo de criminoso que tem ins- tinto para a prática de delitos, é uma espécie de sel- vagem para a sociedade. B) Criminoso nato: é aquele tipo de criminoso malvado, perverso, que deve sobreviver em manicômios. C) Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas passionais, geralmente é nervoso, irritado e leviano. D) Criminoso por paixão: este aponta uma tendência hereditária, possui hábitos criminosos influenciados pela ocasião. E) Criminoso louco: é o criminoso sórdido com defici- ência do senso moral e com hábitos criminosos in- fluenciados pela situação. O Sistema de Justiça Criminal Brasileiro é formado por instituições policiais pertencentes à União, polícias Fede- ral e Rodoviária Federal, e aos estados-membros, polícias Militar e Civil, além, é claro, do Ministério Público, Poder Judiciário e Sistema Penitenciário. No plano estadual, normalmente, as engrenagens desse sistema são acionadas a partir do registro de um suposto fato criminoso por parte da Polícia Militar, por meio do boletim de ocorrência, que é encaminhado à Polícia Civil. É atribuição dela verificar se a ocorrência tem fundamen- to e, em casopositivo, buscar indícios e evidências da autoria e da materialidade do crime. O trabalho de investigação realizado pela Polícia Civil, denominado inquérito policial, é um procedimento admi- nistrativo, anterior à ação penal oferecida pelo Ministério Público, mantido sob a guarda do escrivão de polícia e presidido pelo delegado de polícia, que tem por objetivo reunir os elementos necessários (provas) à apuração da prática de uma infração penal e sua autoria. Mencionado documento, uma vez elaborado, é encami- nhado ao Poder Judiciário (juiz de direito) que, imediata- mente, o remete ao Ministério Público (nos casos de ação pública), para que analise o conjunto probatório nele con- tido. Uma vez convencido da existência de elementos suficientes de autoria e materialidade, o promotor de Jus- tiça tem a obrigação de oferecer a denúncia contra o su- posto autor. Caso contrário, deve solicitar ao Poder Judi- ciário o arquivamento do inquérito. Uma vez oferecida pelo Ministério Público e acatada pelo juiz, a denúncia dá origem ao processo penal, que tem a função de buscar, por meio da prova, a restituição do fato considerado criminoso. Essa busca leva em consideração os princípios constitucionais - e tem como finalidade for- mar a convicção do juiz a respeito da verdade ou não da acusação que paira sobre o réu. Desde o oferecimento da denúncia até o fim do processo, que ocorre por meio da sentença prolatada pelo juiz, con- denando ou absolvendo o réu, há intensa participação do promotor de Justiça, que figura como parte acusadora, e do advogado (ou defensor público), que atua realizando a defesa do réu. Uma vez definitivamente considerado cul- pado pela prática do ilícito penal, entra em cena o sistema penitenciário, abrigando o condenado durante a execução da pena. O que parece um sistema teoricamente perfeito, na ver- dade apresenta enormes problemas de ordem prática. O sociólogo e professor Luís Flávio Sapori, ao concentrar estudos no grau de articulação das organizações que compõem o Sistema de Justiça Criminal, afirma que os diferentes segmentos organizacionais tendem a agir se- gundo lógicas distintas e muitas vezes conflitantes, con- trariando a divisão de trabalho harmoniosa teoricamente prevista. Em decorrência disso, acrescenta, disputas por espaços de poder são recorrentes, críticas recíprocas entre os diversos segmentos organizacionais são comuns - e a intensidade desses conflitos pode se constituir em foco crônico de ineficiência do sistema, afetando o de- sempenho das instituições. Como já demonstrado, cabe à Polícia Civil a elaboração de um documento, o inquérito policial, que normalmente serve de base para o convencimento do Ministério Públi- co e o consequente oferecimento (ou não) da denúncia contra o suposto autor do delito. O inquérito policial, devi- do às suas peculiaridades, tem um lado "descolado" dos ditames legais, na medida em que não proporciona ao indiciado a garantia de direitos basilares, como o da am- pla defesa e do contraditório, que somente serão assegu- rados ao acusado durante o processo criminal. Observa-se, assim, na visão do renomado sociólogo, um fluxo processual que transpassa do desrespeito implícito para o respeito explícito da lei, o que acaba por ensejar críticas e acusações recíprocas entre as organizações envolvidas. Juízes e promotores corriqueiramente des- qualificam o trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil, atribuindo-lhe o "lado sujo" do sistema. Ao passo que os policiais civis criticam o excesso de formalismo da fase judicial e sua extrema condescendência para com os criminosos. Na prática, demonstra Sapori, muito do trabalho policial é simplesmente repetido na fase judicial. O resultado dessa ambiguidade não é apenas a desconfiança recíproca en- tre as organizações, como é o caso da polícia e do Minis- tério Público, mas também a persistência de focos crôni- cos de violação dos direitos civis na Justiça criminal bra- sileira. A frouxa articulação do sistema é também evidenciada quando se analisa a atuação do Poder Judiciário. Movida pelo princípio da inércia, a atividade jurisdicional somente é exercida quando provocada pela parte ou pelo interes- sado. Soma-se a isso o fato de que o processo penal em vigor se utiliza da técnica típica do modelo acusatório, isto é, exige a participação constante do juiz e das partes nos diversos atos processuais, em observância ao que preconiza o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório - gerando óbices, muitas vezes irreversíveis, para a celeridade da sistemática de persecução criminal. Do exposto, pode-se observar que os diversos atores que atuam no Sistema de Justiça Criminal pertencem a orga- nizações distintas, com tarefas específicas a serem de- sempenhadas no curso do processo penal. Referidas tare- fas, apesar de não serem divergentes - vez que têm como escopo a manutenção e restauração da ordem pública - caminham por interesses diversos, contribuindo para o afrouxamento do sistema. Agora vamos detalhar mais um pouco sobre cada um desses elementos. POLÍCIA MILITAR, CIVIL, FEDERAL E GUARDA MUNICI- PAL. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preserva- ção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a: I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas pú- blicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repres- são uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem preju- ízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, es- truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao pa- trulhamento ostensivo das rodovias federais. § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, es- truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao pa- trulhamento ostensivo das ferrovias federais. § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polí- cia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros mili- tares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam- se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de ma- neira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas muni- cipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. PODER JUDICIÁRIO O Poder Judiciário é o órgão que possui a função de ad- ministrar a lei e a justiça perante a sociedade. Isso signi- fica que esse setor possui a finalidade de defender os direitos de pessoa física, jurídica, animal ou ambiental. Desta forma, ele promove a justiça e resolve os conflitos que possam surgir na sociedade, atravésde métodos como investigação, apuração, julgamento e punição. O Poder Judiciário é dividido em duas partes, sendo elas: Justiça Comum e Justiça Especializada. A primeira é composta pela Justiça Federal e Justiça Estadual. Já a Justiça Especializada é constituída pela Justiça do Traba- lho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar. Dentro da Justiça Federal há o Supremo Tribunal Federal (STF) que é o maior órgão dentro desta divisão. O STF tem entre suas principais funções a guarda da Constitui- ção Federal, ou seja, ele é responsável por efetivar todos os direitos descritos neste livro de conjunto de leis. Ele também possui a função de julgar ações penais contra autoridades com foro privilegiado, como é o caso de par- lamentares como deputados e senadores. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também está inse- rido na Justiça Federal. Ele é o responsável pelo controle da atuação administrativa e financeira dos tribunais. E ainda, ele responde pelo planejamento estratégico do judiciário e pela fiscalização da conduta dos magistrados. Junto com o STF e CNJ, há o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que é também um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil. Ele possui a responsabilidade de padronizar a aplicação e interpretação da Lei no Brasil. Por exemplo, é ele que garante que um tribunal do Rio Grande do Sul aplique uma lei da mesma forma que é aplicada em Rondônia. Em resumo, ele define a forma mais adequada da lei ser seguida pelas instâncias inferio- res. Já a Justiça Estadual, a qual está inserida na Justiça Co- mum, possui a competência de julgar matérias que não estão inseridas na Justiça Especializada, como eleitoral, militar e trabalhista. Para isso, ela é dividida em duas instâncias. A primeira instância é composta pelos juízes de direito, fóruns, juizados especiais cíveis e criminais que julgam casos de baixo potencial ofensivo e as turmas recursais. Em seguida, a segunda instância, é constituída pelos de- sembargadores, que possuem a função de julgar recursos interpostos contra as decisões provenientes da primeira instância. MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público (por vezes chamado também de Pro- curadoria-Geral, Ministério Fiscal e Promotoria Geral) é um organismo público, geralmente estatal, ao que se atri- bui, dentro de um Estado de direito democrático, a repre- sentação dos interesses da sociedade mediante o exercí- cio das faculdades de direção da investigação dos fatos que revestem os caracteres de delito, de proteção às víti- mas e testemunhas, e de titularidade e sustento da ação penal pública. Da mesma forma, está encarregado de contribuir para o estabelecimento dos critérios da política criminal ou da persecução penal dentro do Estado, à luz dos princípios orientadores do Direito penal moderno (como o de mínima intervenção e de seletividade). Por sua qualidade no procedimento e sua vinculação com os demais intervenientes no processo penal, é um sujeito processual e parte no mesmo, por sustentar uma posição oposta ao imputado e exercer a ação penal (em alguns países em forma monopólica). No entanto, é parte formal e não material, por carecer de interesse parcial (como um simples particular) e por possuir uma parcialidade que encarna à coletividade (ao Estado) e que exige, para tanto, que seja um fiel reflexo da máxima probidade e virtude cívica no exercício de suas atribuições e no cumprimento de seus deveres. SISTEMA PENITENCIÁRIO Sistema penitenciário é o conjunto dos estabelecimentos de regime aberto, fechado e semi-aberto, masculinas e femininas, incluindo os estabelecimentos penais em que o recluso ainda não foi condenado, sendo estas unidades chamadas de estabelecimento penal O sistema penitenciário brasileiro tem como objetivo a ressocialização, educação e a referente punição ao seu delito. É uma forma de vingança social, pois uma vez que a autotutela é proibida, o Estado assume a responsabili- dade de retaliação dos crimes, isolando o criminoso para que ele possa refletir sobre os seus atos, alheio a influên- cias externas. Através da prisão, o infrator é privado da sua liberdade, deixando de ser um risco para a sociedade. 01.A segurança pública, dever do Estado, direito e res- ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Sobre o tema, assinale a alternativa corre- ta. A) A polícia federal, instituída por lei como órgão per- manente, organizado e mantido pela União e estru- turado em carreira, destina-se a exercer as funções de polícia judiciária da União, mas sem exclusivida- de. B) A segurança viária compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respecti- vos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. C) A lei não disciplinará a organização e o funciona- mento dos órgãos responsáveis pela segurança pú- blica, cabendo a cada órgão determinar suas diretri- zes a fim de garantir a eficiência de suas atividades. D) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili- tares, forças auxiliares e reserva do Exército subor- dinam-se, ao contrário das polícias civis e das polí- cias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. E) A polícia ferroviária federal, órgão transitório, orga- nizado e mantido pelos Estados e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha- mento ostensivo das ferrovias federais. 02.A segurança pública, dever do Estado, direito e res- ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Sobre o tema, assinale a alternativa corre- ta. A) A polícia federal, instituída por lei como órgão per- manente, organizado e mantido pela União e estru- turado em carreira, destina-se a exercer as funções de polícia judiciária da União, mas sem exclusivida- de. B) A segurança viária compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respecti- vos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. C) A lei não disciplinará a organização e o funciona- mento dos órgãos responsáveis pela segurança pú- blica, cabendo a cada órgão determinar suas diretri- zes a fim de garantir a eficiência de suas atividades. D) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili- tares, forças auxiliares e reserva do Exército subor- dinam-se, ao contrário das polícias civis e das polí- cias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. E) A polícia ferroviária federal, órgão transitório, orga- nizado e mantido pelos Estados e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha- mento ostensivo das ferrovias federais. 03.Segundo as disposições do Art. 144 da Constituição Federal, o órgão permanente, integrante da segurança pública, organizado e mantido pela União e estrutura- do em carreira, que se destina, na forma da lei, ao pa- trulhamento ostensivo das rodovias federais, denomi- na-se: A) Polícias Civis. B) Polícia Ferroviária Federal. C) Corpo de Bombeiros Militares. D) Polícia Rodoviária Federal. E) Guarda Municipal. 04.De acordo com o art. 144, da Constituição Federal de 1988, a polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estru- turado em carreira, destina-se a, Assinale a alternativa INCORRETA: A) Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interes- ses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou in- ternacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. B) Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízoda ação fazendária e de outros órgãos pú- blicos nas respectivas áreas de competência. C) Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuá- ria e de fronteiras. D) Exercer a função de polícia ostensiva e a preserva- ção da ordem pública. E) Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 05.A respeito da Segurança Pública na Constituição Fede- ral de 1988, art. 144, é correto afirmar que A) Os Municípios são obrigados a constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. B) As polícias militares, forças auxiliares e reserva das Forças Armadas, exercerão a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública. C) a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal são forças auxiliares e reserva da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. D) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apura- ção de infrações penais, exceto as militares. E) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili- tares, subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores e aos Presidentes das Assembleias Legislativas dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 06.É correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 contempla que: A) As Guardas Municipais serão criadas obrigatoria- mente com a denominação de “Guarda Civil Munici- pal”. B) Os uniformes das Guardas Municipais não poderão ser semelhantes aos das Polícias Militares. C) Os municípios que possuírem mais de 50 mil habi- tantes deverão possuir Guarda Municipal. D) A atuação da Guarda Municipal será fiscalizada, em âmbito federal, pela Polícia Federal e em âmbito es- tadual, pelas Polícias Militares. E) Os Municípios poderão constituir guardas munici- pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. 07.A Polícia Federal, instituída por lei como órgão perma- nente, é organizada e mantida pela União e estruturada em carreira. Sobre suas atribuições, assinale a alterna- tiva correta. A) Dirigida por delegados de polícia de carreira, incum- bem, ressalvada a competência da União, as fun- ções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares B) Cabe a ela o exercício da polícia ostensiva e a pre- servação da ordem pública C) Destina-se a apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autár- quicas e empresas públicas, assim como outras in- frações cuja prática tenha repercussão interestadu- al ou internacional e exija repressão uniforme, se- gundo dispuser em lei D) Exerce as funções de polícia marítima e execução de atividade da defesa civil E) Destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovi- as federais, bem como prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contra- bando e o descaminho 08.A segurança pública, dever do Estado, direito e res- ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Considerando sua estrutura, assinale a al- ternativa que não contém um de seus órgãos. A) Guardas Municipais B) Polícia Federal C) Polícia Rodoviária Federal D) Polícias Civis E) Polícias militares e corpos de bombeiros militares 09.No tocante à segurança pública é correto afirmar: A) A segurança pública é de competência exclusiva dos Estados. B) A segurança pública é restrita à atuação dos órgãos policiais legalmente constituídos. C) A segurança pública na esfera municipal deve ser exercida prioritariamente pelas guardas municipais, cabendo à polícia militar atuar apenas de maneira reativa. D) O governo federal não vê como legítima a atuação dos Municípios na segurança pública. E) É permitido aos Municípios, através do Fundo Naci- onal de Segurança Pública requisitar recursos do governo federal para apoiar projetos de segurança. 10.Analise o enunciado abaixo: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsa- bilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio... (Artigo 144, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) Sobre o tema aponte o item INCORRETO: A) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apura- ção de infrações penais, exceto as militares. B) Os Municípios poderão constituir guardas munici- pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. C) Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bom- beiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa ci- vil. D) A polícia rodoviária federal, órgão permanente, es- truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo de todas as rodovias do país. 11.A respeito dos diferentes órgãos e suas atribuições constitucionais específicas, é correto afirmar: A) A Polícia Federal previne e reprime o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. B) A Polícia Civil exerce com exclusividade as atribui- ções de polícia judiciária da União. C) A Polícia Militar exerce as funções de polícia marí- tima, aeroportuária e de fronteiras. D) A Guarda Municipal, órgão policial de segurança pública, exerce a prevenção e a repressão de ilícitos no âmbito dos municípios. E) O Corpo de Bombeiros destina-se ao policiamento preventivo contra incêndios. 12.O Ministério Público é um órgão independente, que não está vinculado a nenhum dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). De acordo com a Constituição da República, é uma instituição permanente que pos- sui autonomia e independência funcional. Sobre a atuação dos Ministério Público, analise os itens abaixo e a alternativa INCORRETA: A) É responsável por garantir que todos se comportem de acordo com a legislação vigente. Isso vale para os governos e para os particulares. B) Zela pelo respeito dos serviços de relevância públi- ca. C) Exerce o controle interno da atividade policial. D) Requisita diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial. E) É uma espécie de “ouvidoria da sociedade brasilei- ra” 13.Em conformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é correto afirmar: A) O Ministério Público dos Estados tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Pre- sidente da República. B) O Ministério Público é instituição intermitente, es- sencial à função jurisdicional do Estado, incumbin- do-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime demo- crático e dos interesses individuais indisponíveis. C) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a divisibilidade e a independência funcio- nal, bem como a estabilidade dos seus servidores D) O Ministério Público elaborará sua proposta orça- mentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 14.O Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. São princí- pios institucionais do Ministério Público: A) a dualidade, a indivisibilidade e a dependência fun- cional. B) a dualidade, a divisibilidade e a dependência funci- onal. C) somente a dependência funcional. D) a unidade, a indivisibilidade e a independência fun- cional. E) somente a unidade. 15.Ao Ministério Público compete, de acordo com o art. 257 do CPP, fiscalizar a execução da lei e promo-ver, privativamente, a ação penal A) pública. B) pública incondicionada, e manifestar--se como cus- tos legis, nas ações penais públicas condi-cionadas. C) privada, quando houver representação da vítima D) pública condicionada,e manifestar--se como custos legis, nas ações penais públicas incondicionadas. E) pública e, quando houver representação da vítima, promover em seu nome a ação penal privada 16.O Ministério Público é instituição permanente, essen- cial à função jurisdicional do Estado, incumbido-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (Art. 127 da Constituição). A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclu- sive, e a eles se estendem, no que lhes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedi- mentos dos juízes. II. A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta impedi- mento ou suspeição para o oferecimento da denún- cia. III. No caso de ação penal privada subsidiária da públi- ca, cabe ao Ministério Público aditar a queixa, repu- diá-la e oferecer denúncia substitutiva, interpor re- curso e, no caso de negligência do querelante e desde que haja sua concordância, retomar a ação penal como parte principal. Assinale: A) se somente a afirmativa I estiver correta. B) se somente a afirmativa II estiver correta. C) se somente a afirmativa III estiver correta. D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 17.Nos termos do art. 257 do CPP cabe, ao Ministério Público, I. promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida no CPP; II. buscar a condenação dos indiciados em inquérito policial; III. fiscalizar a execução da lei. É correto o que se afirma em A) I e II, apenas. B) II e III, apenas. C) I e III, apenas. D) I, II e III. E) I, apenas. 18.É função do Ministério Público, no Processo Penal: A) Promover a ação penal pública, condicionada e in- condicionada. B) Promover a ação penal privada, se a vítima não o fi- zer no prazo legal. C) Promover apenas a ação penal pública incondicio- nada. D) Desistir da ação penal em curso quando não houver interesse público. E) Promover o andamento da ação penal no caso de inércia do Juiz. 19.De acordo com a Resolução Conjunta nº 1/2014 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e do Conselho Nacional LGBT, as pessoas transexuais masculinas, no cumprimento de suas penas, devem ser encaminhadas para A) unidades prisionais masculinas. B) unidades prisionais femininas. C) unidades prisionais masculinas ou femininas, po- dendo optar por uma das duas. D) unidades prisionais femininas ou masculinas, a cri- tério do juiz. E) unidades prisionais específicas para apenados LGBT. 20.Em 2017, houve uma série de rebeliões de detentos em Roraima, em Minas Gerais, em Santa Catarina, no Amazonas, no Paraná e no Rio Grande do Norte. Essas ocorrências demonstram a séria crise do sistema pri- sional brasileiro. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir: I. A população carcerária brasileira é composta em sua totalidade por detentos que cumprem penas já sentenciadas pela justiça. II. Um dos problemas dos presídios brasileiros é a su- perlotação, resultante de políticas de segurança ine- ficazes e da falta de celeridade da justiça. III. As referidas rebeliões ocorreram devido às precá- rias condições e falhas do sistema carcerário, não guardando relação com disputas entre grupos do crime organizado de outras regiões do país. IV. Para assegurar o controle do sistema carcerário, a privatização ou terceirização dos presídios tem sido apresentada como opção para solucionar a atual crise desse sistema. Estão certos apenas os itens A) I e III. B) II e IV. C) III e IV. D) I, II e III. E) I, II e IV. A morte de um ser humano por outro homem se mostra presente na história da humanidade desde os tempos mais remotos do surgimento da civilização. Ocorre que tal prática, por vezes, foi vislumbrada pela sociedade com muitos sentimentos distintos a se manifestar, seja de medo, de curiosidade, de revolta, de não aceitação, enfim, um pluralismo de visões sempre cercou a ação homicida. A sociedade, em uma parcela considerável, viu com repú- dio à prática de tirar a vida de um ser humano por outro humano. Tal posicionamento ocasionou, no legislador ordinário, uma busca por reprimir essa ação e colocá-la como criminosa, além de gerar uma grande quantidade de meios jurídicos preventivos e repressivos contra essa prática humana. Rogério Greco coaduna com Cleber Masson (v. 2, p. 14), que assim aduz: Cuida-se de um dos primeiros crimes conhecidos pela humanidade, razão pela qual se sustenta que a história do homicídio pode ser confundida com a própria história do direito penal. Em todos os tempos e em todas as civiliza- ções, a vida humana sempre foi o primeiro bem jurídico a ser tutelado. A sociedade continua a se ver cercada por uma grande quantidade de ações delituosas, entretanto o crime de homicídio ainda se mantém como uma infração de consi- derável capacidade de causar repúdio na humanidade. Pelo exposto, pesquisas jurídicas continuam a se manter necessárias dentro desse elemento delitivo de rubrica marginal homicídio. Esse artigo não busca, até porque não conseguiria exaurir as visões jurídicas a respeito da prática homicida, mas se projeta sobre a análise do delito em apreço frente ao atual ordenamento penal brasileiro. Ainda que existam diver- gências aparentes em determinados pontos do estudo do crime de homicídio, propor-se-á apresentar a tendência moderna, a qual os tribunais e a doutrina vêm seguindo. Neste contexto, o fim máximo a que se propõe este estu- do é estudar o delito de homicídio em seus aspectos jurí- dicos. Ato contínuo, para alcançar o objetivo proposto fez- se uso de recursos metodológicos que tomam como base pesquisas bibliográficas, utilizando-se da literatura lega- lista já existente na doutrina, bem como o considerável arcabouço literário existente na mídia eletrônica digital, ambos pormenorizados nas referências ao final deste artigo científico. A primeira situação fatídica relacionada ao homicídio remonta à Bíblia Sagrada, mais especificamente ao livro de Gênesis, capítulo 4 e seguintes. O livro introdutório do Pentateuco (os primeiros cinco livros do Velho Testamen- to da Bíblia Sagrada) apresenta o crime praticado por Caim contra seu irmão Abel. Segundo os relatos, Abel era pastor de ovelhas e ofereceu, em oferta a Deus, o primeiro carneiro nascido de seu rebanho, enquanto que Caim, que era agricultor, ofereceu alguns produtos da terra. Depois teve outro filho, chamado Abel, irmão de Caim. Abel era pastor de ovelhas, e Caim era agricultor. O tempo passou. Um dia Caim pegou alguns produtos da terra e os ofereceu a Deus, o Senhor Abel, por sua vez, pegou o pri- meiro carneirinho nascido no seu rebanho, mato-o e ofe- receu as melhores partes ao Senhor. O Senhor ficou con- tente com Abel e com a sua oferta, mas rejeitou Caim e a sua oferta. Caim ficou furioso e fechou a cara. Então o Senhor lhe disse: - Por que você está com raiva? Porque anda carrancudo? [...] Aí Caim disse a Abel, o seu irmão: - Vamos até o campo. Quando os dois estavam no campo, Caim atacou Abel, o seu irmão, e o matou. (BÍBLIA SA- GRADA, Gn 4: 2-8). Segundo o livro bíblico, Caim por desgosto ao ver que sua oferta não foi recebida por Deus da mesma forma que a de seu irmão, ceifou a vida de Abel, gerando, na história bíblica o primeiro caso de homicídio. No decorrer da evolução histórica, o delito de homicídio foi vislumbrado por várias civilizações e povos, ainda que com outras nomenclaturas. Na evolução histórica, chega- se ao Brasil onde, em sua raiz colonizadora, imperou um direito não escrito, onde, por vezes,
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