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Administração de Materiais | Flávio Toledo 
Reta Final 
www.focusconcursos.com.br | 1 
RETA FINAL 
 
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
Toda produção depende da existência conjunta de três fatores de produção: natureza, 
capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa. Para os 
economistas, todo processo produtivo se fundamenta na conjunção desses quatros 
fatores de produção. 
 
 
 
Administração de Materiais 
Conceito 
A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema 
Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo 
organizado. 
Destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais 
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na 
quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo. 
 
TIPOS DE RECURSOS NAS ORGANIZAÇÕES 
De forma geral, a existência de uma organização envolve quatro ingredientes: 
indivíduos que fazem uso de recursos e coordenam suas tarefas para que atinjam 
objetivos comuns. 
Administração de Materiais | Flávio Toledo 
Reta Final 
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Recursos 
Em uma análise preliminar, os recursos podem ser divididos em duas categorias, 
a saber: 
RECURSOS TANGÍVEIS (corpóreos) 
RECURSOS INTANGÍVEIS (incorpóreos) 
TIPOS DE RECURSOS ORGANIZACIONAIS 
• Recursos Humanos 
• Recursos Financeiros 
• Recursos Tecnológicos 
• Recursos Materiais 
O Decreto nº 99.658/19902 , em seu art. 3º, vai além, arrolando alguns exemplos do 
que seriam recursos materiais em órgãos públicos: 
 
TIPOS DE RECURSOS ORGANIZACIONAIS 
MATERIAL é a designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, 
acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis 
de emprego nas atividades dos órgãos e entidades públicas federais, independente 
de qualquer fator.(Brasil, 1990). 
 
RECURSO MATERIAL, em sentido estrito, é todo o bem físico (tangível) empregado 
em uma organização que detém natureza não permanente. Em geral, constituem-se 
em materiais que são consumidos ao longo do tempo, constituindo-se, usualmente, 
bens de estoque. Apesar de ser esta uma classificação contábil, o conceito de recurso 
material, em sentido estrito, aproxima-se sobremaneira do inerente a material de 
consumo. 
 
RECURSO PATRIMONIAL é todo o bem físico (tangível) empregado em uma 
organização que detém natureza permanente. Em geral, os bens patrimoniais podem 
ser de três tipos: imóveis (prédios, terrenos etc.), instalações (uma central de ar 
condicionado, por exemplo) e materiais permanentes (máquinas, móveis, 
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computadores etc). 
O objetivo central da administração de recursos materiais: Maximizar o uso dos 
recursos materiais na organização pública, ou seja, evitar desperdícios. 
 
ATIVIDADES INSERIDAS NA GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
Gonçalves (2007), de forma didática, agrupa as atividades inerentes à gestão de 
materiais em três nichos principais: 
Gestão dos centros de distribuição 
Gestão de estoques 
Gestão de compras 
 
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Objetivos 
Preços baixos; 
Alto giro de estoques; 
Baixo custo de aquisição e posses; 
Continuidade de suprimento; 
Consistência de qualidade; 
Pouca despesa com pessoal; 
Relações favoráveis com os fornecedores; 
Aperfeiçoamento do pessoal; 
Bons registros. 
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TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
Pontos de Estocagem 
Estoque 
Estoque Morto ou Inativo 
Estoque Empenhado ou Reservado 
Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis 
Estoque Mínimo 
Estoque Médio, Operacional 
Estoque Máximo 
 Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de Ressuprimento: 
Ruptura de Estoque 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
MATERIAIS 
Nas diversas organizações, sejam elas públicas ou não, os materiais são classificados 
segundo os mais diversos critérios. 
Viana (2011, p. 51) nos traz a seguinte conceituação preliminar: A classificação é o 
processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. 
 
ATRIBUTOS DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
Um sistema de classificação deve possuir determinadas qualidades (ou atributos) que 
o torne satisfatório. 
Para Viana (2011), são três os atributos de um bom sistema de classificação: 
Abrangência – a classificação deve abordar uma série de características dos materiais, 
caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis... são 
todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente. 
 
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Flexibilidade – segundo Viana (2011), um sistema de classificação flexível é aquele 
que permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma 
visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as 
características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos de 
classificação, bem como à possibilidade de adaptar e melhorar o sistema de 
classificação sempre que desejável. 
Praticidade – a classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor 
procedimentos complexos. Ainda, deve prover informações objetivas. 
Além dos atributos de um sistema de classificação, há de se abordar as etapas (ou 
princípios) que regem a classificação de materiais, conforme listados a seguir: 
Catalogação – arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque, 
permitindo uma ideia geral do conjunto. 
Simplificação – redução da diversidade de itens de material em estoque que se 
destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são empregados 
para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela 
inclusão de apenas um deles no catálogo de materiais. 
Identificação (Especificação) – descrição minuciosa do material, possibilitando sua 
individualização em uma linguagem familiar ao mercado. 
Normalização – estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, 
ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer que a normalização de itens de 
material é necessária para a consecução da padronização em sua completude. 
Padronização – uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo 
com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou 
demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas 
de fax etc.). 
Codificação – atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, 
de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as 
características do item. Cada item terá, assim, um único código. 
Dessa maneira, é através da classificação que os itens em estoque são agrupados 
segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma, dimensões, tipo, uso etc. 
O resultado é a otimização dos controles de estoque, dos procedimentos de 
armazenagem e da operacionalização dos almoxarifados (locais de armazenagem dos 
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itens de material na organização). 
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que 
norteie os vários tipos de classificação. 
 
TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO 
Para Viana (2006,) os principais tipos de classificação são: 
1. Possibilidade de fazer ou comprar 
2. Por tipo de demanda 
3. Perecibilidade 
4. Quanto à periculosidade 
5. Materiais Críticos 
6. Tipos de estocagem 
7. Dificuldade de aquisição 
8. Mercado fornecedor 
 
ALMOXARIFADO 
Conceituação 
É o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, 
adequado à sua natureza, tendo a função de destinarespaços onde permanecerá cada 
item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e 
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa. 
 
Funções Básicas da Armazenagem 
Recebimento dos materiais; 
Identificação e classificação; 
Conferência quantitativa e qualitativa; 
Endereçamento para estoque; 
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Estocagem; 
Separação de pedidos; 
Embalagem; 
Expedição; 
Registro das operações. 
 
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro 
fases: 
 
1ª fase: Entrada de materiais; 
2ª fase: Conferência quantitativa; 
3ª fase: Conferência qualitativa; 
4ª fase: Regularização 
 
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Métodos de 
Previsão da Demanda 
É o primeiro passo para que possamos repor nossos estoques com a devida precisão 
é obtermos uma previsão acurada do consumo dos materiais envolvidos. Caso haja 
informações incorretas na previsão de consumo, duas situações podem ocorrer, 
conforme ilustra Fenili (2014): 
• Acentuação de custos de estoque: ocorre quando mantemos estoque de itens que 
não têm demanda na organização. Os custos a eles relacionados são vários: aluguel 
de espaço físico, obsolescência, seguro (se for o caso), entre outros; 
Custos de falta de estoque: ocorre quando o estoque mantido é inferior à demanda, 
acarretando a falta do item de material em um momento em que ele é necessário. 
Este fato pode implicar até mesmo a paralisação de uma linha de produção, caso falte 
um insumo necessário ao produto final. 
Existem 3 (três) tipos principais de evolução da demanda: 
Evolução de Consumo Constante: Não há variações significativas da demanda ao 
longo do tempo. 
Evolução de Consumo Sazonal: Não há variações periódicas e significativas da 
demanda. 
Evolução de Consumo de Tendência: Não há variações (positiva ou negativa) 
abrupta e não periódica da demanda. 
As técnicas para a previsão de demanda podem se valer de informações qualitativas 
e/ou quantitativas. De modo geral, podem ser agrupadas em três categorias 
principais, a saber: 
• Predileção: neste caso, a previsão é feita mediante informações qualitativas, tais 
como pesquisas de opinião, informações prestadas por funcionários experientes etc. 
Método do último período 
De acordo com esse método, o consumo do próximo período é idêntico ao consumo 
do período anterior. Assim, se em maio o consumo foi de 200 canetas esferográficas, 
adota-se como previsão para junho do mesmo ano a mesma demanda (200 unidades). 
Método da média aritmética ou da média móvel 
De acordo com esse método, o consumo do próximo período é obtido a partir da 
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média aritmética simples dos dados de consumo de períodos anteriores. 
 
Método da média ponderada 
 De acordo com esse método, o consumo do próximo período é obtido a partir da 
média ponderada dos dados de consumo de períodos anteriores. Pesos maiores são 
atribuídos a períodos mais recentes. Recorrendo-se, uma vez mais, à tabela 
apresentada no método anterior, a previsão de consumo para o mês de julho, 
adotando o método da média ponderada para três períodos, com os pesos 0,5/0,3 e 
0,2, teremos: 
 
Método da média móvel exponencialmente ponderada 
Também conhecido por método da média móvel com suavização exponencial, este 
método tem sua aplicação mais recomendada quando, no período anterior, houve 
significativa diferença entre a previsão de consumo e o consumo efetivo. 
No emprego deste método, apenas três dados são necessários: 
A previsão de demanda do último período; 
O consumo real do último período; 
O valor do coeficiente de ajuste (β). 
O coeficiente de ajuste, cujo valor é compreendido entre 0 e 1, deve ser determinado 
pelo gestor, com base no histórico de compras e em sua análise qualitativa da 
ocorrência no período anterior. 
 
COMPRAS 
ESTRATÉGIAS DE COMPRAS 
A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande 
vantagem competitiva. Se por um lado ela decidir produzir mais internamente, ganha 
independência, mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de 
terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse 
caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com seus parceiros. 
Quando se tem uma demanda simultaneamente alta e estável, a fabricação dos 
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materiais necessários internamente pode ser uma boa opção. 
Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir as 
estratégias de aquisição dos bens materiais, a verticalização e a horizontalização. 
Ambas têm vantagens e desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em 
uma passa a ser desvantagem na outra e vice-versa. 
 
VERTICALIZAÇÃO 
A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo 
o que puder, ou pelo menos tentará produzir. 
Foi predominante no início do século, quando as grandes Empresas praticamente 
produziam tudo que usavam nos produtos finais ou detinham o controle acionário de 
outras empresas que produziam os seus insumos. 
O exemplo clássico é o da Ford, que produzia o aço, o vidro, centenas de 
componentes, pneus e até a borracha para a fabricação dos seus automóveis. 
 
As principais vantagens da verticalização são a independência de terceiros. 
A empresa tem maior liberdade na alteração de suas políticas, prazos e padrão de 
qualidade, além de poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele 
momento é menos importante, ficando com ela os lucros que seriam repassados aos 
fornecedores e mantendo o domínio sobre tecnologia própria — a tecnologia que o 
fornecedor desenvolveu, muitas vezes com a ajuda da empresa, não será utilizada 
também para os concorrentes. 
 
A estratégia da verticalização apresenta também desvantagens. 
Ela exige maior investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa 
está envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade 
para alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou 
para alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado — quando se 
produz internamente é difícil e custosa à decisão de parar a produção quando a 
demanda é baixa e comprar novos equipamentos e contratar mais funcionários para 
um período incerto de alta procura. 
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HORIZONTALIZAÇÃO 
A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível 
dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. 
É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos 
setores de maior expansão foi o de terceirização e parcerias. 
De um modo geral não se terceiriza os processos fundamentais (core 
process), por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e 
responsabilidade final sobre ele. 
Entre as principais VANTAGENS da horizontalização estão as reduções de custos: 
– a empresa não necessita de novos investimentos em instalações industriais, 
– maior flexibilidade para alterar volumes de produção decorrentes de variações no 
mercado, 
– a empresa compra do fornecedor a quantidade que achar necessária, pode até não 
comprar nada determinado mês, 
– conta com know how dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos por 
meio da engenharia simultânea. 
A estratégia de horizontalização apresenta DESVANTAGENS como a 
– possível perda do controle tecnológico e 
– deixar de auferir o lucro decorrente do serviço ou fabricação que está sendo 
repassada. 
Hoje a função compras é vista como parte do processode logística das empresas, ou 
seja, como parte integrante da cadeia de suprimentos (suply chain). 
Por isso, muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da cadeia 
de suprimentos ou simplesmente gerenciamento de suprimentos, conceito voltado 
para um processo, em vez do tradicional compras voltado para transações em si não 
para um todo. 
A aquisição de recursos ou bens materiais quer sejam produtivos (aqueles que se 
incorporam ao produto final), não-produtivos (não se incorporam ao produto final) 
ou itens de revenda, é tratada pelas empresas de uma forma mais simples, por meio 
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de seus departamentos (que também são chamados de diretorias, divisões ou setores) 
de compras ou de suprimentos, embora essa última designação seja menos comum. 
Por tratar-se da situação mais comum, é encontrada em praticamente toda empresa, 
independente de seu porte. 
Recursos materiais são os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas 
operações do dia-a-dia, na elaboração do seu produto final ou na consecução do seu 
objeto social. 
Como tal são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa. Eles 
podem ser classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em 
processo e produtos acabados. 
Os MATERIAIS AUXILIARES são os materiais que não se incorporam ao produto final. 
Óleos de corte, materiais de escritório e manutenção são classificados como materiais 
auxiliares. São também chamados de materiais indiretos ou não produtivos. 
Os materiais que se incorporam ao produto final, incluindo os de embalagem, são 
classificados como MATÉRIA-PRIMA. São também chamados de materiais diretos 
ou produtivos. 
Os PRODUTOS EM PROCESSO são os materiais que estão em processo de fabricação. 
Muitas pessoas dizem corriqueiramente que eles são os produtos que estão "no meio" 
da fábrica. 
 
MRP - MATERIAL REQUIREMENT PLANNING 
Proveniente do inglês: Material Requirement Planning, o MRP (Planejamento das 
Necessidades de Materiais) é uma ferramenta que surgiu na década de 60 que 
transforma a previsão da demanda de um determinado produto em uma 
programação das necessidades dos itens para comporem este mesmo produto. 
O MRP identifica a quantidade de itens necessários para a produção dos produtos ora 
solicitados, colaborando assim para reduzir a quantidade de estoque disponível, uma 
vez que automaticamente ele identifica a necessidade existente para compor os 
produtos bem como a disponibilidade de matéria-prima disponível. 
O sistema de MRP identifica questões como: quais são as partes necessárias para 
atender a demanda dos produtos finais, quais as quantidades necessárias e em que 
momento estas partes serão necessárias. Assim, alia-se o tipo de produto, suas partes 
Administração de Materiais | Flávio Toledo 
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e o momento que serão utilizadas. 
Para colaborar com a perfeita utilização desta ferramenta, existe um Plano Mestre de 
Produção que é responsável por informar quais serão os produtos finais, para quais 
datas e suas respectivas quantidades. 
A Lista de Materiais é responsável por desmembrar as informações (o termo utilizado 
é explodir), ou seja, qual será a necessidade de cada item para compor o respectivo 
produto. 
Em seguida é apresentado o Relatório de Controle de Estoques que informa quais são 
as quantidades disponíveis dos produtos acabados, semi-acabados e componentes 
existentes. 
Vamos imaginar um produto “A”. Este produto é composto por 10 itens do 
componente “B”, 5 itens do componente “C” e 45 itens do componente “D”. 
No estoque existem 1.100 itens do componente “B”, 520 itens do componente “C” e 
4.400 itens do componente “D”. 
Supondo a necessidade de produção de 100 produtos “A”, ele “explode” (termo 
utilizado para identificar o desmembramento das informações) as informações, 
alertando a necessidade de agregar 1.000 itens do componente “B” (100 x 10), 500 
itens do componente “C” (100 x 5) e 4.500 itens do componente “D” (100 x 45). 
O Relatório de Controle de Estoques identificará que os itens “B” e “C” são suficientes 
para atender a demanda existente, mas o item “D” necessitará de ser comprado mais 
100 unidades para atender a demanda existente mais a quantidade de itens 
necessários para manter o estoque de segurança definido pela empresa. 
O MRP, foi “atualizado” focando uma atuação direta e indiretamente com várias áreas 
dentro da empresa, identificando os investimentos necessários, tempos de produção, 
otimização e alocação de equipamentos e pessoas, quantidade de itens a serem 
comprados, lead time de compras, produção de todas as fases e prazo de entregas. 
Esta evolução natural foi chamada de MRP II (Manufacturing Resources Planning) que 
em português significa Planejamento dos Recursos de Manufatura e foca ainda o 
cálculo das necessidades ao planejamento dos demais recursos de manufatura e não 
mais apenas dos recursos materiais. 
O MRP II é um sistema de planejamento ilimitado, ou seja, não considera as possíveis 
restrições de capacidade dos recursos. 
	Reta Final
	ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

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