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Artigo CPAP e drenagem pleural - Resumo

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Adicionar pressão positiva das vias aéreas à mobilização e técnicas respiratórias acelera a drenagem pleural: um ensaio randomizado.
LINK: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31843426/
· Ensaio controlado randomizado com três braços de intervenção, alocação oculta, análise de intenção de tratar e avaliação cega.
· Cento e cinquenta e seis pacientes internados com coleção de fluidos no espaço pleural e com drenagem torácica in situ.
· Intervenção>> os participantes foram aletoriamente designados: 1 grupo de controle que também recebeu pressão positiva simulada nas vias aéreas CPAP(4 cmh20)> três vezes por dia durante 7 dias(Cont). No grupo experimental recebeu espirometria de incentivo, desobstrução de via aérea, mobilização e pressão positiva com 4cmh20((Exp1). E outro grupo experimental que recebeu espirometria de incentivo, desobstrução de via aérea, mobilização e pressão positiva com agora 15cmh20 com adição de períodos de CPAP..
· O artigo inicia-se falando que além de exercíciosrespiratórios e da mobilização, outra intervenção que pode expandir os pulmões e promover a drenagem é a pressão positiva nas vias aéreas , que pode ser aplicada de forma não invasiva por meio de máscara facial. A hipótese do artigo,é que o aumento da pressão intrapleural promoveria drenagem e reabsorção da coleção de líquido pleural, acelerando a recuperação da função respiratória , permitindo a retirada mais precoce do dreno torácico e encurtando o tempo de internação hospitalar. 
· Pesquisa realizada em dois hospitais terciários universitários de Macapá, Brasil. Pacientes internados que atenderam aos critérios de elegibilidade e aceitaram participar tiveram os seguintes dados coletados: pessoais e antropométricos em formação; história de tabagismo; causa da coleção de líquido pleural; tipo de drenagem; e confirmação tomográfica de coleção de líquido pleural.
· Randomização: foi realizada por um pesquisador não envolvido na seleção, avaliação ou intervenção dos pacientes. A sequência aleatória de alocações foi gerada por computador, com cada alocação colocada em um envelope opaco numerado sequencialmente correspondente. Os envelopes foram lacrados e armazenados de forma segura, onde apenas o pesquisador responsável pela randomização tinha acesso. 
· No primeiro dia da intervenção e após a conclusão do protocolo de intervenção (no dia seguinte ao término da intervenção), função pulmonar e saturação periférica de oxigênio foram reavaliados. Nos casos em que o dreno foi retirado antes do término do período do protocolo de intervenção, as reavaliações foram realizadas imediatamente antes da retirada do dreno para homogeneizar as análises.
· Na presença de alguma complicação pulmonar os participantes recebiam tratamento individualizado de acordo com sua condição.
· Os critérios de inclusão foram: ter idade ≥ 18 anos; ter diagnóstico de coleção de líquido no espaço pleural confirmado por tomografia computadorizada ; e ter um sistema de drenagem torácica intercostal in situ por <24 horas. 
· Os critérios de exclusão:foram sonolência, inquietação, recusa ao tratamento , instabilidade hemodinâmica, choque (pressão arterial sistólica <90 mmHg), trauma facial, tosse ineficaz, dificuldade para engolir, vômito, sangramento gastrointestinal superior ,infarto agudo do miocárdio nas últimas 48 horas ou enfisema bolhoso 
· Grupo Controle: Os participantes neste grupo, usou Cpap de 4cmh20, através de máscara oro nasal ligada a uma unidade de ventilação de cabeceira durante 30 minutos.
· Grupo Exp. 1:Os participantes desse grupo realizaram: espirometria de incentivo  , realizando cinco séries de 20 repetições; manobras de desobstrução de vias aéreas com oscilador de alta frequência , realizando cinco séries de 10 repetições; respiração com CPAP de 4 cmH 2.O por meio de máscara oronasal acoplada a unidade de ventilação de cabeceira  por 5 minutos sentado em uma cadeira; e caminhar uma distância de 100 metros.
· Grupo Exp2: Mesma intervenção do grupo exp.1, só que CPAP de 15 cm H 2 O, através de um oronasal máscara ligada a uma unidade de ventilação cabeceira durante 30 minutos, enquanto sentado numa cadeira.
· Os critérios para a remoção do dreno foram ≤ 200 ml de drenagem de fluido em 24 horas e a expansão pulmonar completa avaliada por radiografia de tórax>> e isso foi decidido pelo médico cego
Desfecho secundários avaliados durante o período de tratamento: A função pulmonar foi avaliada por espirometria, antes da primeira intervenção e no final do protocolo de intervenção programada, no dia 8. Caso os critérios de retirada do dreno, fossem atendidos antes do término do protocolo, a espirometria era realizada imediatamente antes da retirada do dreno.A saturação periférica de oxigênio (SpO 2 ) foi avaliada diariamente até a conclusão do protocolo de intervenção ou retirada do dreno torácico.
· A tolerabilidade do tratamento foi avaliada usando as avaliações de uma escala visual analógica, indicando insatisfação ou satisfação ao tratamento, pontuado de 0 a 10 pontos.
· As complicações pulmonares foram avaliadas por um médico que desconhecia o grupo de cada participante, considerando os seguintes eventos: pneumonia (radiografia de tórax com infiltrado pulmonar associada a dois dos seguintes sinais: expectoração purulenta , hipertermia> 38,8 ° C ou aumento da contagem leucocitária basal > 25%), atelectasia (radiografia de tórax anormal associada a sintomas respiratórios agudos)  e hipoxemia (SpO 2 <85% associada a sintomas respiratórios).
***Observações Importantes:
· Duração da drenagem torácica
O tempo total de drenagem variou de 2 a 37 dias: 2 a 19 dias no grupo Exp2, 2 a 37 dias no grupo Exp1 e 2 a 16 dias no grupo Con. No grupo Exp2, a duração da drenagem foi menor em comparação com os outros grupos
· Tempo de internação:O tempo total de internação variou de 2 a 46 dias, sendo também menor no grupo Exp2 quando comparado aos demais grupos
· Custo de tratamento: o grupo Exp2 apresentou custo significativamente inferior em relação aos demais grupos.
· Função pulmonar e oximetria:Esses resultados tenderam a melhorar em todos os grupos desde o início até o Dia 8(o estudo não demonstrou diferenças claras em seus efeitos na função pulmonar e na oximetria)
	
· Tolerabilidade:Nenhuma incapacidade de tolerar a pressão positiva nas vias aéreas foi observada em nenhum participante, portanto, houve 100% de adesão durante o período de participação de cada participante no estudo. O desconforto relatado pelos pacientes também foi semelhante entre os grupos 
· Complicações pulmonares: As complicações pulmonares foram menos comuns no grupo Exp2 em comparação com o grupo Controle. A pneumonia foi menos comum no grupo Exp2 em comparação com o grupo Controle e não houve diferença nas taxas de anectasia e hipoxemia entre os grupos.
· Uso de antibióticos: O grupo Exp2 apresentou menor necessidade de uso de antibióticos em comparação com os grupos Controle e Experimental 1. 
· Os resultados mostram que combinaçãode CPAP intermitente de 15 cmH 2 O e mobilização e cuidados respiratórios reduz a duração da drenagem torácica , o tempo de internação, complicações pulmonares, uso de antibióticos e custos de tratamento. Apesar de seus outros efeitos benéficos, a adição de CPAP não teve um efeito claro na recuperação da função pulmonar e na oxigenação .
Obs: uma das possibilidades dos grupo experimental 2 ter efeitos mais benéficos do que ou outros grupos que o artigo traz, é que possa ter ocorridoà combinação de dois fatores: a ausência de trauma cirúrgico e o uso de CPAP em alta pressão. Acredita-se que as intervenções de fisioterapia respiratória, que incluíram técnicas de desobstrução e mobilização das vias aéreas , além da expansão pulmonar, ajudam o paciente a se recuperar mais rapidamente e a permanecer mais ativo durante a internação. Esse aumento da atividade em conjunto com o uso do CPAP pode acelerar a eliminação do excesso de líquido pleural, com consequente resolução mais rápida da coleção de líquido pleural e menor duração da drenagem torácica.
Osresultados atuais mostram que a adição de CPAP a 15 cmH 2 O reduziu o índice de pneumonia e, consequentemente, o uso de antibióticos em pacientes não cirúrgicos com derrame pleural drenado.
CONCLUSÃO:Em conclusão, os resultados deste estudo indicam que a pressão positiva não invasiva nas vias aéreas de 15 cmH 2 O somada à mobilização e cuidados respiratórios para pacientes com acúmulo de líquido no espaço pleural reduz a duração da drenagem torácica, o tempo de internação hospitalar, complicações pulmonares, uso de antibióticos e custos do tratamento. Este tipo de intervenção apresentou boa tolerabilidade por parte dos pacientes e baixo índice de eventos adversos; portanto, pode ser integrado com segurança à prática clínica.

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