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Princípio da Não-Contradição PRINCIPIO DA NÃO-CONTRADIÇÃO (PNC) - é o principio segundo o qual é impossível que um enunciado que se contradiga seja verdadeiro O principio da contradição não é uma lei sobre a realidade > a necessidade que ele expressa se funda no significado de nossas expressões verbais e no significado da forma de predicação O principio da contradição é necessariamente verdadeiro independentemente do fato de se poder ou não fazer enunciados sobre algo Uma frase analítica ser valida (de não poder ser de outro modo) significa meramente que, se ela não fosse valida, haveria uma contradição O fato de o principio da contradição, por sua vez, ser valido significa meramente, que se ele não fosse valido, não diríamos nada, o nosso próprio falar seria suprimido > principio de Strawson Se negarmos uma frase (ou um enunciado feito por meio dela), afirmamos que ela é falsa > EXEMPLO: se uma frase Q é a negação de uma frase P, ela só é verdadeira quando P for falsa > Logo, pode-se dizer que Q é o falso oposto contraditório de P Dois enunciados contraditoriamente um ao outro não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo (formulação geral) Aristote les só considera enunciados predicativos em sua formulação Aplicando a formulação geral no caso das frases predicativas tem-se o resultado “é necessariamente falso que F não seja F” FORMULAÇÃO GERAL DE ARISTÓTELES: "é impossível que um e o mesmo (predicado) se aplique e não se aplique, ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto. a um e mesmo (sujeito) e a isso sejam acrescentadas as outras determinações adicionais devido às objeções lógicas” PROBLEMAS DE FUNDAMENTAÇÃO: 1. Regresso ao Infinito Quando se usa um numero infinito de premissas que tentam justificar a validade do argumento O argumento do “por quê” Sempre é bom evitar chegar no regresso ao infinito > EXEMPLO: argumento indiano de porque a terra não cai 2. Argumento Circular Pressuposição de algo que você deveria demonstrar > remete a coisas elementares Argumento : aqu i lo que se rve como justificativa para um enunciado (contradição) T1 ← T 2 ← T 3 ← T4 ← T5 ← (…) Características Gerais Enunciado Aristoteles é responsável por refutar aqueles que negam o principio > para isso, ele possui um método de caráter didático onde ele apenas exige que o opositor diga algo que se de a entender (tanto para si mesmo quanto para o outro) > se a pessoa não é capaz de pronunciar algo com sentido, ela não é dotada do argumento da razão, logo, Aristoteles o aproxima de um vegetal É necessário dar algo a entender e dizer algo que o faça ser compreendido O principio da não contradição não pode ser classificado como analítico, pois todas as frases analíticas se fundam no principio da não contradição PRINCIPAIS CARACTERISTICAS 1. Argumento dialógico Ocorre a partir de uma experiencia de pensamento entre duas pessoas 2. Argumento pedagógico Uso de argumento espelho 3. Argumento semantico O sentido é anterior a verdade (antes de saber se a lgo é verdade ou não, deve-se compreender o eu que foi dito) Objeções à ideia de Aristoteles de que “podemos dizer algo determinado através de uma frase predicativa apenas quando o predicado significa algo determinado 1. Predicados possuem frequentemente múltiplos significados Aristoteles responde a essa ideia a partir da noção de que é irrelevante considerá-la se a pluralidade das palavras for, por sua vez, uma pluralidade determinada 2. Objetos aos quais aplicamos os predicados tem sempre uma pluralidade (e talvez uma pluralidade indeterminada de determinações) Aristoteles responde essa ideia a partir da noção de que enquanto um objeto estiver dado em uma multiplicidade indeterminada de aspectos, o significado do predicado tem que ser um significado determinado de modo inequívoco 3. Consideração de que os predicados são vagos (objeção adicional segundo Strawson) "o principio da não contradição não pressupõe portanto, de modo algum que tenhamos predicado perfeitamente determinados, ele implica contudo sermos forçados, em situações determinadas, a determinar mais precisamente nossos predicados" A única forma de fazer a ideia d e h o m e m e não-homem se aproximarem é retirar/ romper a determinação (delimitação), o que faria os dois conceitos terem contato Diferença entre lance e movimento (não tem avanço) > quando se emite palavras, porem não acrescentam nada ao diálogo > se contradizer é não dar nada a entender (de forma semântica) O PNC para Strawson funciona como se fosse um instrumento para a determinação daquilo que se quer dizer ao longo do dialogo ate onde você precisa Aristoteles acredita que todos os predicados são determinados de antemão Argumento Objeções Strawson COMO DIZER QUE TEM UM ELEMENTO CLARAMENTE DENTRO OU CLARAMENTE FORA? ARISTÓTELES - existem pontos claramente dentro e pontos claramente fora e todos os pontos do circulo já são pre-determinados se estão dentro ou fora da circunferência STRAWSON - existem pontos claramente dentro e pontos claramente fora e os pontos dentro e fora são determinados a partir da continuidade do dialogo “[…] e a isso sejam acrescentados as outras determinações adicionais devido às abjeções lógicas” EXEMPLO: essa mesa é cinza e não é cinza a) antes era branca e agora é cinza (não é ao mesmo tempo) b) não é cinza na mesma área, tem partes brancas e pretas (não é o mesmo aspecto) c) na iluminação x ela não é cinza (não é o mesmo aspecto) Aristoteles entende que o predicado ser cinza e não ser cinza ja possui um sentido anteriormente determinado desde a origem do universo (predicado determinado = sentido determinado) > o PNC é uma consequência (estático) Strawson entende que os predicados não são determinados, mas sim vagos > sem predicados determinados, eles são determinados a partir do diálogo > o significado é determinado a partir do diálogo - o que se tem a dizer > o PNC é dinamico
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