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CURSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA ROTEIRO PODCAST EDUCAÇÃO INCLUSIVA Podcast Módulo Conceitos e reflexões sobre educação inclusiva Duração estimada 5 minutos Título do podcast O caminho que percorremos até a inclusão Objetivo(s) ● Refletir sobre os paradigmas da educação inclusiva ● (Re)Conhecer os modelos sociais da educação inclusiva ● Perceber o papel dos agentes escolares como formadores de indivíduos para uma sociedade inclusiva Roteiro < música de abertura > Olá! Bem-vinda e bem-vindo ao primeiro episódio do nosso podcast! A proposta hoje é refletir sobre os avanços da sociedade para chegar à inclusão das pessoas com deficiência. Vale lembrar que a inclusão é ampla e abrange também outros grupos marginalizados socialmente, como as pessoas negras, idosas e LGBTQIA+, mas o foco deste curso é a inclusão das pessoas com deficiência. Quem fala bem sobre esse tema, de quanto avançamos até aqui, é a doutora em Educação Maria Odete Emygdio da Silva. Ela é professora da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa. Em 2009 ela já dizia que o caminho da exclusão para a inclusão está ligado às nossas características econômicas, sociais e culturais. É bom lembrar que a inclusão busca alcançar a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças individuais. Voltando lá à Idade Média, dá para dizer que a sociedade evoluiu bastante nesse ponto. Naquele tempo, as pessoas com deficiência eram abandonadas, excluídas mesmo do convívio social. Hoje elas têm direitos assegurados por lei, mas que não vieram de graça, não. Foram conquistados com muita luta. São quatro os modelos sociais que explicam as mudanças da nossa sociedade no decorrer do tempo: exclusão, segregação, integração e inclusão. No modelo de exclusão, só os indivíduos considerados dentro do padrão participam plenamente da sociedade. Os que são vistos como diferentes não têm acesso a serviços e direitos. Nesse modelo, a sociedade não se prepara para atender a quem tem algum tipo de deficiência, e essas pessoas são excluídas de forma perversa. No modelo de segregação, quem não se encaixa no padrão hegemônico é posto em espaços específicos, sem convivência social. A segregação pode ser explícita ou velada. Por exemplo: quando há escolas especiais só para crianças com deficiência, a segregação é explícita. Já quando as oportunidades de emprego para pessoas com e sem deficiência são muito diferentes, a segregação é velada. É importante deixar claro que escolas especiais podem ser a melhor opção para pessoas com deficiência mais severa, mas que, seguindo as leis de inclusão, defendemos o sistema regular de ensino como a primeira opção que as pessoas com deficiência possam ter. No modelo de integração, é possível ver uma pequena mudança de comportamento social. As pessoas que antes eram excluídas passam a integrar os mesmos espaços que as demais, mas isso ainda não garante uma participação plena na sociedade nem dá acesso a serviços que atendam a suas necessidades. Como exemplo disso, podemos citar uma criança com deficiência matriculada na escola regular, mas isolada de atividades propostas à sua turma, seja porque a atividade planejada pela professora não garante a participação da criança, seja porque os outros alunos não permitem a sua participação. O último modelo é o da inclusão, que surgiu só na década de 1990. É aí que começa o processo de inclusão de todas as pessoas. Nesse modelo, o direito de qualquer indivíduo de exercer plenamente sua cidadania deve ser respeitado por todos. Uma forma de fazer isso, por exemplo, é preparar os espaços para garantir o acesso a quem tem deficiência. Na prática, no nosso cotidiano ainda é possível observar a presença dos quatro modelos sociais ao mesmo tempo, apesar das leis e políticas públicas que favorecem a inclusão. Falta muito para que todas as pessoas participem efetivamente da sociedade, com as mesmas oportunidades de se desenvolver. Esse é um ideal que ainda precisa ser buscado todos os dias. Quando a gente fala da escola, vê o tamanho do desafio. É só pensar nas situações de bullying, no capacitismo e na exclusão propriamente dita. Por isso é tão importante garantir a todos os alunos condições reais de acesso à escola e a recursos adequados para a aprendizagem. Propor estratégias e metodologias para tornar a prática pedagógica inclusiva faz parte da construção de um modelo social que contemple a participação efetiva de todas as pessoas na sociedade. Estudar em um ambiente assim e refletir sobre isso é essencial para formar pessoas que respeitem e sejam respeitadas por serem quem são, com todas as suas particularidades. Então deixo aqui a pergunta: o que você já pode mudar na sua prática pedagógica para que ela seja mais inclusiva amanhã? Até a próxima! < música de fechamento > Referências ● SILVA, M. O. E. Educação inclusiva: um novo paradigma de escola. Revista Lusófona de Educação. Lisboa, n. 19, pp. 119-134, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S1645-72502011000300008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 jan. 2021. ● AMPID. Maria Aparecida Gugel. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade, 2008. Disponível em: http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php Acesso em: 10 dez. 2019. ● CORRÊA, M. A. M. Educação especial na história: dos primórdios até a Idade Média. In: Educação Especial. v. 1. Fundação Cecierj, Consórcio Cederj, 2010. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – Secti. Disponível em: https://canal.cecierj.edu.br/anexos/recurso_interno/4597 /download/a1af164aed3aff470abbd469102d4a12. Acesso em: 10 dez. 2019. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502011000300008&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502011000300008&lng=pt&nrm=iso http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php https://canal.cecierj.edu.br/anexos/recurso_interno/4597/download/a1af164aed3aff470abbd469102d4a12 https://canal.cecierj.edu.br/anexos/recurso_interno/4597/download/a1af164aed3aff470abbd469102d4a12
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