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Aula 04 Qual é a coisa certa a fazer? - Vimos no vídeo a tensão entre autogoverno/autonomia e governo exterior/heterogoverno; - Vincular a decisão a algo mais momentâneo, é algo acidente, hipotético/ circunstancial como estar com fome; - Vincular a decisão a autonomia, a razão, é algo categórico, buscar algo maior; - Autonomia é uma questão de consciência (nossa), já a heteronomia uma questão de política(direito); - O estudo da razão ou os motivos para a orientação das condutas deve considerar os distintos conceitos de JUSTIÇA; - Michael Sandel assume que a pessoa, tendo em vista a ordem prática, deve ser capaz de explicar o princípio para a ação adotada; - Deve indicar os motivos que acarretaram seu comportamento; - Pesquisando os motivos há 3 caminhos: I- Moral: Justiça universal; II- Ética: Certo cultural; III- Direito: Conforme a decisão social; Direito x moral: - Os distintos motivos, mesmo chegando ao mesmo caminho, são distintos; - Matar pode ser simultaneamente errado conforme a consciência, senso comum culturalmente estabelecido; - Entretanto, os motivos da consciência não são os mesmos da cultura; - O que diferencia é o caminho; - Conformidade: fazer o que estão fazendo, independente de ser certo; - Moral: fazer o que é certo independente dos outros; - O que os diferencia é a explicação de como se chega a resposta; Exemplo: matar é errado! Moral: matar é mal em si, o ato em si é ruim; Direito: o espaço político determinou assim; - A proposta positivista é vincular o direito a um fato; - A moral esclarece o respeito devido a si, a ética define o respeito devido aos demais; - A moral é: universal, não varia; Moral x Ética: - Moral: termos de humanidade, aperfeiçoamento do ser, identidade; - Ética: ideal de felicidade, reconhecimento do grupo, ideal de felicidade, cultural - Lembrando: direito muitas vezes não está preocupado com a felicidade, muito menos com o ator (as vezes), só em resolver; - Moral: universal, atinge todos na mesma intensidade, mas é incoercível; Norma Origem Orientação Conseq. pelo descumprimento Moral Ideal Interna Remorso, insônia Ética Social, difusa Externa contextual Vaia, linchamento Direito Social política Externa Constituição Prisão, multa - Ética: particular, varia conforme o contexto ou sujeito envolvido, é coercível, mas de modo difuso ou particular; - Direito: obrigação social, definem um comportamento esperado sob sanção à desobediência; -A moral pode orientar a construção do direito? - Jusnaturalismo: sim, a norma necessariamente deriva da moral; - Positivismo: não, a norma jurídica foi estabelecida para regular o interesse comum, o uso da moral, quando atingido, vem para suprir lacunas; - Crítica ao positivismo: pretende encontrar uma relação complementar da moral com o direito, a norma possui pretensão de legitimidade e devido a isso seu conteúdo deve expressar alguma “justiça”; - Direito é um contrato na decisão social; - Direito contemporâneo não depende de ser justo para ser colocado; - Cognitivo OBJETIVO: qual ideia de bem deve guiar as pessoas (estamos vinculados ao direito politicamente estabelecido) - Cognitivo SUBJETIVO: o que o direito determina, qual o bem do próprio direito; - Sócrates foi um grande defensor moral; Artigo Giovanne Schiavon: 1.Introdução: - A teoria geral do direito mostra que este pode ser apresentado tanto pela perspectiva da sociologia do direto quanto da ciência do direito; - A filosofia moral, política e do direito são ramos, cada uma lidando com uma parte da vida humana; - Se por um lado a teoria do direito estuda as teses, por outro há a prática; - O estudo crítico pode ser tanto pela fundamentação em documentos e livros ou pela justificação desses conceitos; 2. Desafios do sujeito moral: - Dilema do trem; - Fundamento: decisão a ser adotada de - Justificada: encontra amparo na observância de algum valor ou elemento; a) Etmologicamente: ética e moral tem um significado igual; - Para Kant a ética deve seguir uma regra “universal”; - Essa metodologia demonstrou que a moral poderia ser particular; - Para Kant a moral é universal; - Porém é certo que cada indivíduo exercerá de modo autônomo seu juízo moral; - Moral e ética são conjuntos normativos; - Ética deontológica: ação orientada para o bem; ?? qual é de kant - Ética normativa: razão universal (adotados em um lugar num certo tempo); - Moral é imutável (não varia); - A ética normativa depende do que a pessoa traz para si, sua máxima; - A máxima deveria ser entre a felicidade e o justo, podendo ser julgada pelos dois princípios; MORAL: pode ser avaliada pela consciência e vale mesmo que ninguém do grupo siga; - Moral só cuida de questões válidas a todos os membros e universais, com o objetivo de tornar um ser melhor; - Máximas referente ao imperativo categórico; - Justiça moral: respeito que deve a si; - Bem comum: respeito que devemos aos outros; - Obrigação: determinação que é garantida por sanções; 2.1. O problema ético cognitivo-objetivo: - Norma moral: não matarás; - Norma ética: matar é errado; - Norma jurídica: artigo 121, Código Penal; - A diferença entre os três está na orientação e modo de existir, moral: aperfeiçoamento do indivíduo, ética: identidade cultural e direito: coerção; - Solucionado o problema ético-cognitivo (sociedade estabeleceu o regramento conforme o direito), houve a superação do jusnaturalismo pelo positivismo jurídico; - Cabe ao direito estabelecer o permitido ou proibido; 2.2. O problema ético cognitivo-subjetivo: - Perspectiva de participantes da vida social; - Para se resolver, divide-se em dois pensamentos: I- Vínculo do direito à moral, ação jurídica explicada pelo dever; I.I.- Vínculo no sentido forte- origem do direito é cópia do conteúdo da moral, jusnaturalismo; I.II.- Vínculo no sentido fraco- a moral não origina, mas serve como garantidora de uma correta compreensão; II- Separação do direito à moral, dessa forma a lei é um fato social (instituição com a finalidade de determinar condutas, com coação), teorias positivas; II.I- Positivismo na versão fraca- rejeita a vinculação necessária, nunca na origem; II.II- Positivismo na versão forte- direito é produto de fontes sociais e não deve ser associado à moral ou ética; - Objetividade epistêmica ética: I- Forte: 1- pode predizer a validade ou invalidade de enunciados sore o bem comum; 2- As regras do raciocínio jurídico levam ao aumento de conhecimento sobre a ação social; II- Fraco: a validade não pode ser conhecida (ceticismo epistêmico); - A norma fundamental possibilita determinar induvidosamente quais regras pertencem ao direito válido; - Regras primárias (regular condutas) e regras secundárias (disciplinar a produção de regras); - Separação do direito e moral para conduzir três caminhos: I- Negativa: dominação das massas; II- Neutra: aplicar de modo neutro e imparcial; III- Positiva: aprimoramento das relações; 3. Relação entre direito, moral e ética: - Modernidade: igualdade, fraternidade; - Pós-modernidade: contradição, concentração de poder; - O jusnaturalismo no início, era para explicar a origem das normas jurídicas; - Teoria do direito natural: direito positivo permanece subordinado ao direito natural (recebendo orientação); - O conteúdo do direito se molda no momento social (como o caso da costureira e a máquina); - Habermas afirma que a absoluta vinculação da moral ao direito não é possível pois: 1) o universo moral não é limitado a um espaço e tempo, já a norma é; 2) a moral impõe em foro íntimo, o direito só se preocupa com o externo e há coação; 3) aestratégia do direito é mais ampla (possibilita debate); - A legitimidade decorre da conexão de uma lei a um dado procedimento; - A moral do direito deve ser percebida nas suas formas ou garantia de igual participação;
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