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Após assassinato de Marielle Franco

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Após assassinato de Marielle Franco, há mais dúvidas que certezas e muitas perguntas ainda sem resposta Marielle. “O QUE JÁ FOI REVELADO PUBLICAMENTE SOBRE O ASSASSINATO DE MARIELLE LEVANTA SÉRIAS PREOCUPAÇÕES DA ANISTIA INTERNACIONAL EM RELAÇÃO A POSSÍVEIS NEGLIGÊNCIAS, INTERFERÊNCIAS INDEVIDAS, OU O NÃO SEGUIMENTO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL DURANTE AS INVESTIGAÇÕES. AS AUTORIDADES DEVEM RESPONDER ÀS PERGUNTAS QUE AGORA SÃO FEITAS SOBRE PONTOS CRÍTICOS DO CASO. A ANISTIA INTERNACIONAL CONTINUARÁ MONITORANDO O CASO ATÉ QUE TODAS AS PERGUNTAS TENHAM SIDO RESPONDIDAS E O CASO, SOLUCIONADO” AFIRMA JUREMA WERNECK, DIRETORA EXECUTIVA DA ANISTIA INTERNACIONAL BRASIL. 
O documento foi construído a partir de informações divulgadas por autoridades públicas ou publicamente pela imprensa e traz as informações agrupadas em torno dos seguintes sete temas: disparos e munição, a arma do crime, os carros e aparelhos usados e as câmeras de segurança, procedimentos investigativos, responsabilidade e competência das investigações, acompanhamento externo e andamento das investigações. O documento traz ainda perguntas que as autoridades devem responder sobre cada um dos temas.
“EMBORA AS INVESTIGAÇÕES ESTEJAM SOB SIGILO, O QUE JÁ FOI DIVULGADO PUBLICAMENTE SOBRE O CASO LEVANTA QUESTÕES SÉRIAS SOBRE POSSÍVEIS ILEGALIDADES DENTRO DE INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA NO PAÍS, JÁ QUE MUNIÇÕES E ARMAS DE PROPRIEDADE DO ESTADO TERIAM SIDO DESVIADAS. É DE EXTREMA PREOCUPAÇÃO QUE UM LOTE DE MUNIÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL TENHA SIDO DESVIADO, USADO EM HOMICÍDIOS, E QUE DEPOIS DE TANTO TEMPO AS AUTORIDADES NÃO TENHAM DADO uma esplicação satisfatória”
Entre outros pontos críticos destacados no documento estão a falta de respostas o desligamento das câmeras de segurança do local do crime dias antes do assassinato, o desaparecimento de submetralhadoras do arsenal da Polícia Civil do Rio de Janeiro e negligências no armazenamento do carro. As falas públicas das autoridades sobre o andamento das investigações e estimativa de conclusão do inquérito policial também foram destacadas no documento.
Marielle Franco, vereadora do PSOL, foi executada no dia 14 de março do ano 20148 junto com Anderson Gomes, que dirigia o carro em que estava logo após participar de um evento na Casa das Pretas, no bairro da Lapa, no centro do Rio. Ela saiu por volta das 9 da noite do evento, e foi assassinada às 21h30, quando um carro com seus assassinos emparelhou com o veículo que a transportava. Marielle também estava sua assessora, Fernanda Gonçalves Chaves, que estava no banco de passageiros e sobreviveu. Marielle estava no banco traseiro, atrás de Fernanda. Os tiros foram dados na diagonal, por isso atingiram a vereadora e o motorista Anderson. O crime chocou o país pela frieza do assassinato que ganhou cujo político pelo papel de destaque que Franco vinha ganhando. Criada na favela da Maré, a vereadora era lésbica, ativista de direitos humanos e vinha denunciando a atuação truculenta da polícia em favelas do Rio, num momento em que começava a intervenção federal com apoio dos militares na cidade.Miliciano apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco é preso. Apontado como mandante do assassinato contra a vereadora Marielle Franco (Psol), em março de 2018, Almir Rogério Gomes da Silva foi preso nesta quarta (28/7). O chefe das milícias da Gardênia Azul e do Morro do Tirol foi detido pela Polícia Civil da Paraíba na cidade de Queimadas (PB). Segundo a nota da Polícia Civil da Paraíba, autoridades policiais do Rio de Janeiro já tomaram conhecimento da prosão e confirmaram a prericulosidade do criminoso. “ É um dos chefes de melícia mais procurados aqui no Rio de Janeiro”, declarou o delegado Henrique Damaceno.
Em relação à atuação nas investigações e processos relacionados aos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, ocorridos no dia 14 de março de 2018, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) informa:
 
Após uma primeira fase exitosa de investigações, no dia 11/03/2019 foi oferecida denúncia de homicídio doloso junto ao IV Tribunal do Júri da Capital contra os executores do crime Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Na última terça-feira (10/03), a Justiça decidiu que os acusados serão julgados por júri popular e os manteve em prisão preventiva. A decisão reconheceu que, no mérito, há provas de materialidade dos dois crimes de homicídio consumado e aponta haver indícios de autoria do crime. O MPRJ também defendeu permanência dos mesmos em presídio de segurança máxima, com a separação da dupla até o julgamento. O MPRJ aguarda retorno dos autos para tomar ciência completa da pronúncia. (Operação Lume / Processo nº 0072026-61.2018.8.19.0001).
 
No que concerne à identificação de eventuais mandantes do crime (autoria intelectual), estão em andamento diversos atos investigatórios com acompanhamento rigoroso do GAECO/MPRJ. Entre as ações em curso estão oitivas de mais de duas centenas de testemunhas, manejo de diversas medidas cautelares autorizadas judicialmente, acareações, buscas e apreensões, perícias técnicas, tudo com o único e firme propósito de elucidar o envolvimento de outros partícipes no crime. A investigação é pautada pela responsabilidade e seriedade, com checagens rigorosas de todas as informações obtidas que devem ser provadas tecnicamente.
 
Importante ressaltar que estão em curso quatro ações em tramitação nos Tribunais Superiores, ajuizadas pelas empresas Google e Facebook, visando a reformar decisão da Justiça estadual que deferiu a quebra de dados telemáticos solicitados pelo GAECO/MPRJ que, em muito, poderá auxiliar a elucidação de fatos. São mandados de segurança impetrados que impedem o fornecimento de informações legítimas e relevantes ao prosseguimento das investigações nesta segunda fase de apuração. O julgamento das ações será pautado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em paralelo, também deve ser lembrado que, no local do crime, foram encontrados nove cartuchos, oito deles pertencentes a um lote UZZ18, vendido com exclusividade à Polícia Federal e utilizado no crime. A investigação foi instaurada em 2018, de competência da Justiça federal e até o momento não foi concluída.
 
Relevante acrescentar que o GAECO/MPRJ investiga e acompanha novas investigações e ações penais já deflagradas que tangenciam o caso principal. 
 
1. Operação Intocáveis I / Processo nº 0008202-94.2019.8.19.0001. Decorrente de encontro fortuito de provas do caso principal, a investigação do GAECO/MPRJ denunciou 13 pessoas por organização criminosa junto ao IV Tribunal do Júri. O processo encontra-se em fase de alegações finais. Após a morte de um dos acusados, Adriano da Nóbrega, em circunstâncias sendo apuradas pelas autoridades da Bahia, foi declarada extinta a punibilidade para o referido réu. Em relação aos celulares apreendidos, o material foi encaminhado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli para análise. Por determinação judicial, o resultado será remetido ao GAECO/MPRJ para continuidade das investigações.
 
2. Operação Nevoeiro / Denúncia com base no inquérito policial federal nº 477/2018-15SR/PF/RJ / Processo nº 0279187-41.2018.8.19.0001. O GAECO/MPRJ exerceu o controle externo das investigações, com várias oitivas de testemunhas e  várias medidas cautelares manejadas. Ao final das  investigações, o GAECO denunciou junto à 28ª Vara Criminal da Capital, Rodrigo Jorge Ferreira e Camila Moreira, pelos crimes de obstrução de justiça. O grupo também atua na ação penal.
 
3. Investigação e denúncia contra Ronnie Lessa e Alexandre Motta de Souza junto à 40ª Vara Criminal da Capital por comércio e posse ilegal de arma de fogo, em decorrência da Operação Lume. Processo corre em segredo de justiça.
 
4. Investigação sobre organização criminosa e comércio ilícito de armas, tendo como envolvido o denunciado Ronnie Lessa. Apuração tramita sob sigilo.
 
5. Investigação sobre lavagem de dinheiro praticada pelos denunciados Ronnie Lessa e Élciode Queiroz. Apuração tramita sob sigilo.
 
6. Operação Submersus / Processo nº 0133709-65.2019.8.19.0001. O GAECO/MPRJ denunciou, junto à 19ª Vara Criminal da Capital, Ronnie Lessa por posse ilegal de arma de fogo e acessório de uso restrito, e Elaine Lessa, Bruno Figueiredo, Márcio Mantovano e Josinaldo Freitas pelo crime de obstrução de Justiça, em atos decorrentes à Operação Lume, na qual atuaram para desfazer o material criminoso armazenado pelo denunciado principal.
 
7. Operação Intocáveis II / Processo em segredo de justiça na 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital. Investigação e denúncia do GAECO/MPRJ contra 45 pessoas por organização criminosa, resultando na prisão de 35 pessoas.
 
O GAECO/MPRJ informa, por fim, que atua pautado nos princípios da legalidade, transparência e moralidade, visando à busca da verdade real para elucidar a autoria dos bárbaros homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O MPRJ esclarece que mantém comunicação com os familiares das vítimas sobre os avanços e desdobramentos do caso e está aberto para prestar as informações necessárias, respeitado o sigilo das investigações. A instituição tem consciência da responsabilidade que o caso exige e compromete-se a atuar, de forma incansável, na busca das respostas concretas que a sociedade tanto anseia.

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