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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Nome: Francisca da Costa Viana Matrícula:20112070208 Polo: Belford Roxo As práticas de letramento devem ser trabalhadas em conjunto com diferentes gêneros textuais, voltados para o uso significativo da linguagem nas mais variadas atividades de leitura, escrita e produção textual. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) por exemplo, destaca a importância do ensino da Língua ser contextualizado e articulado com seu uso social.Deste modo, de acordo com Goulart: O texto é a unidade de sentido básica do trabalho pedagógico, por sua concretude social e histórica, sendo as práticas orais entre crianças e professores geradoras das primeiras fornadas de textos a povoar a sala de aula. Neste importante movimento discursivo oral, textos escritos de variados gêneros vão sendo significados, por meio de conversas em que se discutem compreensões, se comparam ideias e posições, se estabelecem relações com outros textos e situações.(GOULART, 2014, p.169) Segundo Goulart “embora ao longo do século tenhamos mudado algumas roupagens no ensino, continuamos a trabalhar com pressupostos behavioristas, estimulando a aprendizagem de uma língua como que autônoma em relação a seus falantes – os diferentes usos sociais não têm peso, somente o sistema abstrato”. Goulart (2014). Essa prática não incentiva o estudante a ser proficiente da língua, e que tenha prazer em usufruir de tudo aquilo que a sua aprendizagem oferece, através das práticas de leitura e escrita. Nessa visão de ensino contextualizada, percebe-se a importância do ensino da língua através de enunciados que levem o aluno a descobrir gradativamente diferentes tipologias e gêneros textuais presentes nos contextos sociais de seu dia a dia. Deste modo, ROJO (2006), aponta que: Assim, os gêneros, como formas historicamente cristalizadas nas práticas sociais, fazem a mediação entre a prática social, ela própria e as atividades de linguagem dos indivíduos. Os locutores sempre reconhecem um evento comunicativo, uma prática de linguagem, como instância de um gênero (a ação de telefonar como um telefonema, a ação de ensinar na escola como uma aula, a ação de escrever um texto como este para um programa de formação de professores como um artigo de divulgação e assim por diante). O gênero funciona, então, como um modelo comum, como uma representação integrante que determina um horizonte de expectativas para os membros de uma comunidade confrontados às mesmas práticas de linguagem. Os gêneros, portanto, intermedeiam e integram as práticas às atividades de linguagem. São referências fundamentais para a construção dessas práticas. Como tal, do ponto de vista da aprendizagem escolar, os gêneros podem ser considerados como ‘mega instrumentos’ (Schneuwly, 1994) que fornecem suporte para as atividades de linguagem nas situações de comunicação e que funcionam como referências para os aprendizes. (ROJO, 2006, p.25) Sendo assim, o ensino da Língua Portuguesa deve estar em concordância com os contextos sociais a que os alunos estão inseridos. Nesse sentido, um olhar mais atento do professor é capaz de identificar diferentes possibilidades de ensino-aprendizagem que venham contribuir para o papel social da aquisição da leitura e da escrita na inserção do indivíduo na sociedade. Assim, práticas letradas como informes publicitários, jornais, panfletos, literatura para o público juvenil e tantos outros, podem e devem ser articulados progressivamente com o ensino da Língua Portuguesa, objetivando a estruturação do pensamento reflexivo e crítico do aluno, bem como a formação de cidadão conscientes, críticos e autônomos. Referência Bibliográfica: • BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em 11 de maio de 2020. • GOULART, Cecilia M. A.. Perspectivas de alfabetização: lições da pesquisa e da prática pedagógica. Raído, Dourados, v. 8, n. 16, p. 157-175, dez. 2014. ISSN 1984-4018. Disponível em: <http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/3753/2022>. Acesso em: abr. 2020. • ROJO, Roxane. Letramento e diversidade textual. In CARVALHO , Maria Angélica Freire; MENDONÇA, Rosa Helena(orgs). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília : Ministério da Educação, 2006.
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