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- -1 PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE PERSONALIDADE: DISTINÇÕES E APROFUNDAMENTOS Marck de Souza Torres - -2 Olá! Você está na unidade Personalidade: distinções e aprofundamentos. Conheça aqui as principais diferenças das quatro forças da teoria da personalidade. Entenda as diferenças e semelhanças do e da personalidade,self desdobrando seu conhecimento para a fenomenologia e personalidade. Compreenda a teoria cognitiva sobre as questões da personalidade. Conheça conceitos como e seus desdobramentos filosóficos e psicológicos. Aprenda na fenomenologia o vir aself ser e a tendência autoatualizante do humanismo rogeriano. Por fim, compreenda os conceitos da teoria cognitiva comportamental, da terapia do esquema e do .mindfulness Bons estudos! - -3 1 Semelhanças e diferenças das teorias da personalidade O estudo da personalidade é um dos principais tópicos de interesse em psicologia. Existem inúmeras teorias da e a maioria, das principais, se enquadra em uma das quatro principais perspectivas. Cada umapersonalidade dessas perspectivas sobre a personalidade tenta descrever diferentes padrões de personalidade, incluindo como esses padrões se formam e como as pessoas diferem em um nível individual. Os psicólogos projetaram várias teorias da personalidade para tentar explicar semelhanças e fornecer razões para diferenças de personalidade. As abordagens a seguir – teorias psicodinâmicas, biológicas, humanísticas, comportamentais e de características da personalidade – serão descritas nesta unidade, destacando os pontos fortes e fracos de cada teoria. - -4 1.1 Perspectiva psicanalítica Essa perspectiva enfatiza a importância das experiências da e da . Aprimeira infância mente inconsciente perspectiva sobre a personalidade foi criada pelo neurologista Sigmund Freud, que fundamentava sua descoberta no inconsciente. Segundo ele, essas experiências podiam ser reveladas de várias maneiras diferentes, inclusive por meio de sonhos, associação livre, atos falhos, lapso de memória ou sintomas. Para a teoria psicanalítica, a maioria dos comportamentos é causada por pensamentos, ideias e desejos que estão no cérebro, mas não são facilmente acessíveis pela parte consciente da mente. Em outras palavras, seu cérebro sabe coisas e sua mente não. Esse reservatório de concepções dos quais nós desconhecemos é chamado de inconsciente. A teoria psicanalítica propõe que as características da personalidade são principalmente um da parte inconsciente da mente.reflexo do conteúdo Freud acreditava que o inconsciente é parte de nossa e que opera naturalmente, assim comonatureza biológica todas as nossas funções biológicas. Ele sugeriu que certas ideias e pensamentos são reprimidos, isto é, empurrados para fora da consciência e para o inconsciente. Isso acontece, de acordo com a teoria de Freud, quando essas ideias e esses pensamentos estão nos ameaçando. A repressão funciona como nosso : protege-nos contra coisas perigosas. No caso dasistema imunológico personalidade, coisas perigosas incluem qualquer coisa que ameaça a autoestima ou os sentimentos de conforto e prazer. Quando temos pensamentos ou ideias ameaçadoras, elas são tiradas da consciência, porque ter consciência deles produz ansiedade. Eles nos fazem sentir nervosos. Assim, através da repressão, nosso inconsciente nos protege da ansiedade. - -5 Quadro 1 - Teóricos da psicanálise Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer A imagem mostra quatro quadros coloridos, em cada um está escrito o nome de um teórico da: psicanálise. O primeiro quadrante superior esquerdo tem o título Sigmund Freud e caracteriza o interesse da psicanálise pela primeira infância. O quadrante inferior esquerdo tem o título Erik Erikson que enfatiza os processos do desenvolvimento. O quadrante direito superior tem o título Alfred Adler e descreve a personalidade como uma tentativa de superação e autorrealização. O quadrante direito inferior tem o título Karen Horney e descreve a necessidade de superar a ansiedade básica e o sentimento de solidão. Ainda assim, a permanece como uma das principais teorias da personalidade atéperspectiva psicanalítica hoje. Diferentemente da teoria humanista, o foco de Freud permanece no inconsciente. Ele explora a ideia de que, para descobrir a raiz de nossa personalidade, precisamos cavar mais fundo do que aquilo que experimentamos na "superfície". A envolve um terapeuta que questiona seu paciente sobre memórias de infância outerapia psicanalítica possíveis eventos que levaram a lutas entre o Id e o Superego. Freud acreditava que os humanos reprimem muitas de suas emoções, portanto, durante as sessões de terapia o objetivo era trazer os sentimentos inconscientes para a mente consciente. - -6 Para você pensar: Quantos eventos em sua vida você pode apontar como momentos "definidores" que moldaram sua personalidade? Quantos eventos poderiam ter mudado sua personalidade sem o seu conhecimento. 1.2 Perspectiva humanista A abordagem humanista da psicologia se desenvolveu como uma rebelião contra o que alguns psicólogos viam como as limitações da psicologia behaviorista e psicodinâmica. É frequentemente chamada de "terceira força" na psicologia após a psicanálise e o behaviorismo . Baseia-se no crescimento psicológico, no livre arbítrio e na consciência pessoal, promovendo uma visão mais positiva da natureza humana, indicando que cada pessoa pode atingir seu . Além disso,potencial individual enfatizou o papel ativo do indivíduo na formação de seus mundos interno e externo. Pioneiro na abordagem humanista, estudou pessoas consideradas saudáveis, criativas eAbraham Maslow produtivas, incluindo Albert Einstein, Eleanor Roosevelt, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, dentre outros. Ele descobriu que essas pessoas compartilham características semelhantes, como serem abertas, criativas, amorosas, espontâneas, compassivas, preocupadas com os outros e aceitam a si mesmas. Quando você estudou sobre a motivação, aprendeu uma das teorias humanísticas mais conhecidas, a teoria da hierarquia de necessidades de Maslow, na qual ele propõe que os seres humanos têm certas necessidades em comum e que essas necessidades devem ser atendidas em uma determinada ordem. Nessa ordem, a maior necessidade é a , que é a conquista de todo o nosso potencial.autorrealização Outro autor importante é Carl Rogers, suas proposições consideram a pessoa humana um ser ativo, criativo, experiente, que vive no presente e responde subjetivamente as percepções, os relacionamentos e os encontros atuais. Sua experiência clínica fez com que criasse o termo , que se refere ao instintotendência de atualização básico de uma pessoa para ter sucesso em sua capacidade mais alta possível. Por meio de aconselhamento centrado na pessoa e pesquisa de terapia científica, Rogers formou sua teoria do desenvolvimento da personalidade, que destacava o livre arbítrio e o grande reservatório do potencial humano para a bondade, chamada .Abordagem Centrada na Pessoa - -7 1.3 Teoria dos cinco grandes fatores O modelo dos da personalidade é entendido como padrões de pensamento,Cinco Grandes Fatores (CGF) sentimento e comportamento que são relativamente duradouros ao longo da vida de um indivíduo. Os traços que constituem o CGF são extroversão, neuroticismo, abertura à experiência, prazer e consciência. Extroversão É indicada por comportamentos assertivos, energéticos e gregários. Neuroticismo É essencialmente equivalente à instabilidade emocional e pode ser visto em comportamentos irritáveis e de mau humor. Abertura à experiência Indica a inquisição, a consideração e a propensão de um indivíduo para tarefas intelectualmente desafiadoras. Amabilidade É indicada em comportamentos empáticos, compreensivos e bondosos. Conscienciosidade Refere-se ao senso de responsabilidade e dever de um indivíduo, bem como à previsão. Esse modelo foi desenvolvido nas décadas de 1980 e 1990, em grande parte com base na , quehipóteselexical sugeria que os traços fundamentais da personalidade humana, com o tempo, se tornaram codificados na linguagem. De acordo com essa hipótese, a tarefa do psicólogo da personalidade é selecionar os traços essenciais da personalidade dos milhares de adjetivos encontrados na linguagem que distinguem as pessoas de acordo com suas disposições comportamentais. A hipótese lexical pode ser rastreada até a década de 1930 e o advento da (umanálise de fatores múltiplos método estatístico para explicar diferenças individuais em uma variedade de atributos observados em termos de diferenças em um número menor de atributos não observados ou latentes) na mesma década forneceu um método empírico para selecionar essas descrições verbais. Na segunda metade do século XX, os psicólogos da personalidade, de fato, se baseavam principalmente na análise fatorial para descobrir e validar muitas de suas teorias de características. Muitos psicólogos da personalidade concluíram que o modelo dos cinco fatores representava o resultado mais bem-sucedido desses esforços. A perspectiva dos está centrada na identificação, descrição e mensuração dos traçostraços da personalidade específicos que compõem a personalidade humana. Ao entender esses traços, os pesquisadores acreditam que podem compreender melhor as diferenças entre os indivíduos. - -8 Quadro 2 - Principais teóricos da teoria dos traços Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer A imagem mostra um quadro com fundo colorido, divido em três linhas, com a descrição dos três: principais autores da teoria dos traços da personalidade. O primeiro autor, Hans Eysenck, inicialmente sugeriu a existência de três traços. Posteriormente, Reymond Cattell identificou 16 traços. Em seguida, McCrae e Costa identificaram cinco grandes fatores que são os utilizados na abordagem atual. O modelo dos cinco fatores provavelmente continuará no futuro como um modelo de traço popular da personalidade humana. Os cinco fatores se mostraram extremamente úteis para pesquisadores e profissionais de diversas áreas, como os domínios , e . Inquestionavelmente, essesocial clínico industrial-organizacional modelo gerou uma grande quantidade de pesquisas e discussões e desempenhou um papel importante na revitalização da disciplina da psicologia da personalidade. - -9 1.4 Teoria social cognitiva As da personalidade enfatizam o papel dos processos cognitivos, como pensar e julgar,teorias sociocognitivas no desenvolvimento da personalidade. A cognição social é basicamente o pensamento social, ou como a mente processa a informação social, e descreve como os indivíduos pensam e reagem em situações sociais. O modo como a mente funciona em um ambiente social é extremamente complicado para emoções, por isso, fatores de desejo social e pensamentos inconscientes podem interagir e afetar a cognição social de várias maneiras. O principal autor é Bandura, psicólogo comportamental responsável pela criação da teoria do aprendizado social. Ele concordou com a teoria de B. F. Skinner de que a personalidade se desenvolve por meio do aprendizado; no entanto, ele discordou da abordagem comportamental estrita de Skinner ao desenvolvimento da personalidade. Em contraste com a ideia de Skinner, de que apenas o ambiente determina o comportamento, Bandura (1990) propôs o conceito de , no qual processos cognitivos, comportamento e contexto todosdeterminismo recíproco interagem, cada fator influenciando simultaneamente e sendo influenciado pelos outros. A perspectiva social cognitiva da personalidade enfatiza a importância do aprendizado observacional, da autoeficácia, das influências situacionais e dos processos cognitivos. Essa teoria foi significativa porque se afastou da ideia de que apenas o ambiente afeta o comportamento de um indivíduo. Em vez disso, Bandura hipotetizou que a relação entre comportamento e ambiente era bidirecional, o que significa que ambos os fatores podem influenciar um ao outro. Nessa teoria, os humanos estão envolvidos ativamente na que influencia seu próprio desenvolvimento e crescimento.moldagem do ambiente - -10 2 e personalidadeSelf A personalidade é uma conta difícil de explicar. Cada indivíduo tem sua própria definição. Em vez de concordar com uma definição específica, o psicólogo está envolvido em uma discussão contínua e talvez nunca interminável sobre como descrever a personalidade humana e quais tópicos pertencem a esse subcampo da psicologia. Como pessoas maduras, é quase impossível conceber a vida sem um senso de . A percepção integrada de "eu"self no centro de toda a experiência de vida parece natural e inevitavelmente capaz. Porém, se pararmos para considerar tudo o que o engloba, é evidente que esse conceito é consideravelmente mais complexo do queself sugere nossa experiência intuitiva, e que o desenvolvimento do é um processo multifacetado que se estendeself por toda a vida (CLANCY; DOLLINGER, 2003). Para clarear seu entendimento sobre essa nova palavra dentro da discussão da personalidade. O pode serself definido como o , com as características mais profundas, pouco reveladas para outros e,centro de quem você é por vezes, desconhecidas de você mesmo. Poderíamos dizer que você teria que fazer muita meditação para chegar a esse centro. Contudo, aqui vamos falar um pouco disso para você. - -11 2.1 Teoria do self O s é um termo de complexa definição, portanto, é mais fácil pensar em possibilidades reflexivas, como aelf seguir, a centralidade do é a:self • manutenção duradoura de integração da sua identidade, mesmo exposto a grandes mudanças; • capacidade de sentir-se único e de aceitar o outro como ser único; • capacidade de pensar sua construção pessoal e percebe-se como co-construtor da realidade e ao mesmo poder ser co-construído pela realidade (MACEDO; SILVEIRA, 2012). Figura 1 - Evolução humana Fonte: SpicyTruffel, iStock, 2020. #PraCegoVer: A imagem mostra a evolução humana, representada por um macaco, um homem das cavernas evoluindo ao conceito estereotipado de empresário até um robô, do macaco antigo ao crescimento do homem. Além das questões anteriormente citadas, pode-se ter os seguintes desdobramentos sobre o :self • • • - -12 Figura 2 - Desdobramentos do self no mundo Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer: A imagem mostra um organograma sobre o . No centro a palavra e ao redor quatroself self quadrados com a descrição dos desdobramentos teóricos. O pode ser confundindo com o , estrutura principal da teoria psicanalítica, responsável pelo equilíbrioself ego emocional, ao mesmo tempo que faz a mediação entre o mundo interno e o mundo externo, ou seja, o que é meu e o que é do outro. Por outro lado, o aspecto cognitivo da personalidade é colocado em evidência. Poderíamos pensar da seguinte maneira: Somos o que pensamos? Pensamos o que somos? Pergunta complexa, com resposta mais complexa ainda. O nos aproxima do desenvolvimento do potencial humano, numa proposta de elevação interior. Ele é como self entre o que é do sujeito e do mundo. proposta motivacional Na modernidade, particularmente no Ocidente, mais e mais pessoas têm experimentado problemas e desafios ao experimentar a sua individualidade. Portanto, existem únicas do moderno que são cruciais para compreender as pessoas modernas. Sãoseis qualidades self elas: O 1. self é visto como um projeto que o indivíduo “trabalha” e cria, ou seja, um produto do processo de autoidentificação, pelo qual, em última instância, é responsável. - -13 O 2. self é criado na vida cotidiana e não requer autoridade ou posição especial para o legítimo. A legitimidade é encontrada na vida social comum do trabalho e da família. 3. O self possui uma profundidade e riqueza internas, que para muitos são consideradas uma fonte moral interna, daí a importância de ser "fiel a si mesmo". 4. À medida que a expectativa de vida aumentava com os desenvolvimentos em nutrição e medicina, o self passou a ser vistomais como se desenvolvendo ao longo do tempo. Os adultos modernos pensam sobre si mesmos, passando por estágios da vida e pelo desenvolvimento do self tornando-se visto, como em muitos pontos de vista humanísticos, como autorrealização. 5. O self busca uma forma de coerência e continuidade para entender as mudanças ao longo de seu desenvolvimento. Portanto, a identidade de uma pessoa está amplamente ligada à sua capacidade de criar uma narrativa ou história de vida para dar sentido à sua vida. O 6. self moderno busca satisfação no que é chamado de "relacionamento puro", um novo ideal relacional em que duas pessoas livres independentes optam por compartilhar amor. Se características da personalidade, como traços, preocupações e histórias, são possíveis componentes do self, isso significa que elas podem influenciar o processo de egoísmo. Significaria que uma característica como a extroversão seria influenciar como alguém vê, constrói e faz sentido do self. - -14 2.2 Eu objeto/eu processo Qual é a natureza do ? Essa questão tem sido central para uma série de disciplinas para séculos. NosSelf primeiros dias da psicologia científica, propôs a existência de diferentes aspectos do eu: o “Eu” eWilliam James o “ . O primeiro pode ser considerado como eu objeto, enquanto o último se refere a ser um agente. O eu “Eu”Self” compreende ainda um físico, eu social e espiritual. Sigmund Freud concebeu o eu em termos do ego, mediando entre pulsões básicas (o id) e contexto/consciência social (o superego). Apesar dessas teorias precoces defendidas pela realidade psicológica do eu, os pesquisadores mais recentemente propuseram que, semelhante ao conceito de centro de gravidade, o conceito de fornece umaself narrativa explicativa sem servir como mecanismo que gera a narrativa. Seguindo esses argumentos, grande parte do trabalho psicofilosófico se baseou em julgamentos e avaliações conscientes do eu, o que foi denominado ."eu como sujeito" Nessa linha de pesquisa, estudos clássicos usaram medidas de para avaliar o que as pessoas pensamautorrelato e como elas se sentem sobre si mesmas. Embora úteis, esses métodos estão abertos à distorção por meio das características de demanda do contexto social e inferências feitas por pessoas sobre como se apresentar melhor. Mais recentemente, porém, os pesquisadores tentaram avaliar o autoprocessamento, estudando como a associação de estímulos a nós mesmos altera o processamento de informações. Esses estudos se concentram no que chamamos de em mente e cérebro e revelam várias novas propriedades do"eu como objeto" autoprocessamento, incluindo sua capacidade de integrar processos perceptivos, cognitivos e afetivos. Aqui vale a pena distinguir duas definições: processamento autorrelacionado e processamento autorreferencial. A autoexperiência de ser um agente surge do processamento autoespecífico e ambos experimentam a si mesmo, como o e o eu refletem o processamento autorrelacionado. Por outro lado, esses aspectos autorrefletem oself processamento autorreferencial, em vez de autorrelacionado, este último se refere ao processamento de qualquer estímulo em relação ao cérebro. - -15 3 Psicologia humanista-existencial Logo após a segunda Guerra Mundial, uma nova psicologia – a – começou a se espalhar dapsicologia existencial Europa até os Estados Unidos. A psicologia existencial está enraizada na filosofia de Søren Kierkegaard, Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e outros filósofos europeus. Os primeiros psicólogos e psiquiatras existenciais também eram europeus, incluíam Ludwig Binswanger, Medard Boss, Victor Frankl e outros. A teoria existencial humanista é aquela que promove melhor . Incentiva o crescimento pessoal,autoconsciência colocando um nível mais alto de foco no que a realidade atual oferece a cada indivíduo. Então, procurando padrões específicos e encontrando maneiras de alterá-los, torna-se possível obter mais do que se esses padrões não fossem analisados. Isso ajuda cada pessoa a encontrar seu próprio significado para a vida. A teoria humanística sugere que todo ser humano está tentando encontrar a melhor maneira de ser a melhor versão de si mesmo diariamente. Sugere que a principal motivação da humanidade é buscar e, eventualmente, encontrar o ao tentar combinar as semelhanças de ambas as teorias em uma opção no encontrosentido da vida terapêutico significativo. - -16 3.1 Tornar-se pessoa de Carl Rogers A teoria humanista da personalidade de Carl Rogers enfatiza a importância da tendência à autorrealização na formação do . Segundo Rogers, o potencial do indivíduo humano é único e se desenvolve de umaautoconceito maneira única, dependendo da personalidade de cada um. De acordo com Carl Rogers (1959), as pessoas querem sentir, experimentar e se comportar de maneira consistente com a autoimagem. Quanto mais próxima a autoimagem e o ideal, mais as pessoas são consistentes e congruentes e mais valor elas acreditam ter. Carl Rogers acreditava que os humanos estão constantemente reagindo aos estímulos que encontram dentro de sua realidade. Esses estímulos mudam constantemente, o que exige que cada pessoa desenvolva seu conceito de si, com base no que recebe de sua realidade. Ele acreditava que sua teoria da personalidade ajudaria afeedback entender por que há tanta ênfase na importância de tendências e profecias autorrealizáveis durante a formação da personalidade. Rogers acreditava que os seres humanos estão sempre . Estão sempre experimentando a vida como ocorreativos de maneira criativa. Isso faz com que eles formem percepções que evoluirão para relacionamentos, o que cria encontros em que a personalidade pode ser desenvolvida. Em outras palavras, se uma pessoa deseja ter uma personalidade humorística, criará situações da vida que as ajudarão a desenvolver essa personalidade. O estudioso analisou sua teoria humanística da personalidade e percebeu que o "conceito de eu" precisava ser dividido em duas categorias distintas: o eu e o eu . O eu real é a pessoa que você é agora, enquanto"real" "ideal" o eu ideal é a pessoa que você gostaria de ser um dia. Rogers decidiu que precisava haver um certo nível de consistência entre esses dois conceitos de si. É isso que a batalha entre o eu real e o eu ideal pretende fazer. À medida que o equilíbrio é criado e alcançado, ele influencia a personalidade desse indivíduo. A dá mais estima à pessoa por não pensar nela apenas como uma máquina avançada oupsicologia humanista uma vítima da contenção entre o senso de si e o id. Considerando como um ser deliberado, apto a se ajustar ao seu arredor e escolher sua própria estratégia, tendo em mente o objetivo final de realizar o objetivo que ele escolheu para si. Esses objetivos podem ser tão diretos quanto os de satisfação de uma necessidade física típica ou tão grande quanto a realização do autorreconhecimento ou satisfação individual. A psicologia humanista acentua tais partes particularmente humanas da identidade, como a presença de escolha e oportunidade de decisão e a busca do homem por objetivos notáveis e qualidades para guiar sua conduta e ser um indivíduo pretendendo sua presença. Psicólogos humanistas acreditam que: • o comportamento de um indivíduo é principalmente determinado por sua percepção do mundo em volta dele. • os indivíduos não são apenas o produto de seu meio ambiente. • os indivíduos são direcionados internamente e motivados a realizar seu potencial humano. • • • - -17 • os indivíduos são direcionados internamente e motivados a realizar seu potencial humano. A psicologia humanista expandiu sua influência ao longo dos anos 70 e 80. Seu impacto pode ser entendido em termos de principais: três áreas Área 1 Ofereceu um novo conjunto de valores para abordar uma compreensão da natureza humana e da condição humana. Área 2 Ofereceu um horizonte expandido de métodos de inquérito no estudo do comportamento humano. Área 3 Ofereceu uma gama maisampla de métodos na prática profissional de psicoterapia. Na teoria humanística de Rogers, acreditava-se que não havia maior influência sobre uma pessoa do que o amor . Quando existe uma influência tão positiva, limita a quantidade de incongruência que pode serincondicional criada. Isso, por sua vez, ajuda a definir uma autoestima positiva, permitindo que o indivíduo crie um equilíbrio ainda melhor. Quando esse equilíbrio pode ser alcançado, os indivíduos podem começar a buscar o que Rogers chamou de . É uma busca que se baseia nas características que somente o equilíbrio poderia proporcionar, como"Boa Vida" ser aberto, confiar no julgamento pessoal e abraçar a liberdade de escolha. As personalidades podem ser bastante variadas. Elas também podem mudar com o tempo. Uma personalidade também pode ter vários elementos permanentes. Com a teoria humanística da personalidade, Carl Rogers nos ajuda a entender por que somos as pessoas que somos hoje. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /bf4671ace8d291e0320f40d34cab2bda • https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/bf4671ace8d291e0320f40d34cab2bda https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/bf4671ace8d291e0320f40d34cab2bda - -18 3.2 Psicologia existencial de Rollo May Rollo May nasceu em 21 de abril de 1909, em Ada, Ohio. Sua infância não foi particularmente agradável: seus pais não se deram bem e acabaram se divorciando e sua irmã teve um colapso psicótico. Depois de uma breve passagem pelo estado de Michigan (ele foi convidado a sair por causa de seu envolvimento com uma revista radical de estudantes), ele estudou na Oberlin College, em Ohio, onde recebeu seu diploma de bacharel. Depois de se formar, foi para a Grécia, onde ensinou inglês no Anatolia College por três anos. Durante esse período, ele também passou um tempo como artista itinerante e até estudou brevemente com Alfred Adler. Quando voltou aos EUA, entrou no Seminário Teológico da União e tornou-se amigo de um de seus professores, Paul Tillich, o teólogo existencialista, que teria um efeito profundo em seu pensamento. May sofria de tuberculose e teve que passar três anos em um sanatório. Esse foi provavelmente o momento decisivo de sua vida. Enquanto enfrentava a possibilidade de morte, ele também preenchia suas horas vazias com a leitura. Entre a literatura que leu, estavam os escritos de , o escritor religiosoSören Kierkegaard dinamarquês que inspirou grande parte do movimento existencial e inspirou a teoria de May. Ele passou a estudar psicanálise no Instituto Branco, onde conheceu pessoas como Harry Stack Sullivan e Erich Fromm. E, finalmente, foi para a Universidade Columbia, em Nova York, onde em 1949 recebeu o primeiro doutorado em psicologia clínica que a instituição já concedeu. Depois de receber seu doutorado, passou a lecionar em uma variedade de escolas de primeira linha. Em 1958, ele editou, com Ernest Angel e Henri Ellenberger, o livro , que introduziu a psicologia existencial nosExistence EUA. May passou os últimos anos de sua vida em Tiburon, Califórnia, até morrer em outubro de 1994. Por quase 50 anos, o principal porta-voz da psicologia existencial nos Estados Unidos foi Rollo May. Durante seus anos como psicoterapeuta, desenvolveu uma nova maneira de olhar para os seres humanos. Sua abordagem não era baseada em alguma pesquisa científica controlada, mas na . Ele via asexperiência clínica pessoas como vivendo em um mundo de experiências presentes e, em última análise, sendo responsáveis por quem elas se tornam. A percepção penetrante e as análises profundas da condição humana fizeram de May um escritor popular entre pessoas leigas e entre psicólogos profissionais. Muitas pessoas, acreditava May, não têm coragem para enfrentar seu destino e, no processo de escapar dele, desistem de boa parte de sua liberdade. Tendo negado sua liberdade, elas igualmente fogem da responsabilidade. Não estando dispostas a fazer escolhas, perdem de vista quem são e desenvolvem um sentimento de insignificância e alienação. Em contraste, as desafiam seupessoas sadias destino, valorizam sua liberdade e vivem de forma autêntica com outros indivíduos e consigo mesmas. Elas reconhecem a inevitabilidade da morte e têm a coragem de viver o presente. - -19 Rollo May é o psicólogo existencial americano mais conhecido. Muito de seu pensamento pode ser entendido pela leitura sobre o existencialismo em geral, e a sobreposição entre suas ideias e as de éLudwig Binswanger grande. No entanto, ele está um pouco fora do comum, pois foi mais influenciado pelo humanismo americano do que pelos europeus e mais interessado em reconciliar a psicologia existencial com outras abordagens, especialmente as de Freud. May usava alguns termos existenciais tradicionais de maneira um pouco diferente de outros e inventava novas palavras para algumas das ideias antigas do existencialismo. O destino, por exemplo, é aproximadamente o mesmo que o arremesso combinado com a queda. É a parte de nossas vidas que é determinada por nós, nossas matérias-primas, se você preferir, para o projeto de criação de nossas vidas. Outro exemplo é a palavra ,coragem que ele usa com mais frequência do que o termo tradicional "autenticidade" para significar enfrentar a ansiedade e se elevar acima dela. Conforme Schroll, Rowan e Robinson (2011), Rollo May discute certos (não no estrito sentido"estágios" freudiano, é claro) do desenvolvimento, conforme a seguir: • Inocência O estágio pré-egóico e pré-consciente do bebê. O inocente é pré-oral, ou seja, não é ruim nem bom. Como um animal selvagem que mata para comer, o inocente está apenas fazendo o que ele ou ela deve fazer. Mas um inocente tem um certo grau de vontade no sentido de uma unidade para satisfazer suas necessidades. • Rebelião A fase da infância e adolescência do desenvolvimento do ego ou da autoconsciência por meio de contraste com os adultos, do "não" dos dois anos ao "não há maneira" do adolescente. A pessoa rebelde quer liberdade, mas ainda não tem total entendimento da responsabilidade que a acompanha. O adolescente pode querer gastar sua mesada da maneira que escolher, mas ainda assim espera que os pais forneçam o dinheiro e queixa-se de injustiça se não o conseguirem. • Comum O ego adulto normal, convencional e um pouco chato, talvez. Eles aprenderam a responsabilidade, mas a consideram muito exigente e, portanto, buscam refúgio em conformidade e em valores tradicionais. • Criativo • • • • - -20 O adulto autêntico, o estágio existencial, além do ego e da autorrealização. Essa é a pessoa que, aceitando o destino, enfrenta a ansiedade com coragem. Esses não são estágios no sentido tradicional. Uma criança pode certamente ser inocente, comum ou criativa às vezes. Um adulto pode ser rebelde. Os únicos apegos a certas idades são em termos de relevância: a rebeldia se destaca nos dois anos de idade e no adolescente. Por outro lado, May estava tão interessado em quanto em qualquer existencialista. Seu primeiroansiedade livro, , foi baseado em sua tese de doutorado que, por sua vez, foi baseada em sua leituraThe Meaning of Anxiety de Kierkegaard. Sua definição de ansiedade é "a apreensão provocada por uma ameaça a algum valor que o indivíduo considera essencial à sua existência como um eu" (MAY, 1996, p. 72). Embora não seja existencialismo “puro”, obviamente inclui o medo da morte ou o “nada”. Mais tarde, ele cita Kierkegaard: "A ansiedade é a tontura da liberdade". Muitas das ideias únicas de May podem ser encontradas no livro . Em seus esforços paraAmor e Vontade reconciliar Freud e os existencialistas, ele volta sua atenção para a motivação. Seu construto motivacional básico é o . O daimônico é todo o sistema de motivos, diferente para cada indivíduo. É composto por umadaimônico coleção de motivos específicos chamados . daimons A palavra édo grego e significa “pequeno deus”. Ele chega até nós como demônio, com uma conotaçãodaimon muito negativa, mas, originalmente, um poderia ser ruim ou bom. incluem necessidades maisdaimon Daimons baixas, como comida e sexo, bem como necessidades mais altas, como amor. Basicamente, ele diz que um daimon é qualquer coisa que possa dominar a pessoa, uma situação a que ele se refere como . É, então,posse daimônica quando o equilíbrio entre os é interrompido, quando eles devem ser considerados "maus" – como adaimons frase implica. Essa ideia é semelhante à ideia de temas de Binswanger ou à ideia de estratégias de enfrentamento de Horney. Para May, um dos mais importantes é o . Eros é amor (não sexo), e na mitologia grega era um deusdaimons eros menor retratado quando jovem. Mais tarde, Eros seria transformado naquela praga irritante, Cupido. Pode entender o amor como a necessidade que temos de “tornar-se um” com outra pessoa e se refere a uma história grega antiga de : as pessoas eram originalmente criaturas de quatro patas, quatro braços e duasAristófanes cabeças. Quando nos tornamos orgulhosos demais, os deuses nos dividiram em dois, homens e mulheres, e nos amaldiçoaram com o desejo interminável de recuperar nossa metade que faltava. De qualquer forma, como qualquer , eros é uma coisa boa até que ela domine a personalidade, até que fiquemos obcecados por ela.daimon Outro conceito importante para May é a capacidade de se para atingir os objetivos. Isso torna quaseorganizar sinônimo de ego e teste da realidade, mas com seu próprio estoque de energia, como na psicologia do ego. - -21 Suspeita-se que ele tenha entendido a ideia de Otto Rank, que usa a vontade da mesma maneira. As dicas de May também serão um , que podem potencialmente dominar a pessoa.daimon Outra definição de vontade é "a capacidade de realizar desejos". são "imaginações lúdicas deDesejos possibilidades" e são manifestações de nossos . Muitos desejos, é claro, vêm de eros, mas eles exigemdaimons vontade para fazê-los acontecer! Portanto, podemos ver saindo de nossa oferta três "tipos de personalidade" relativa, você pode dizer, de nossos desejos de amor e da vontade de realizá-los. Neopuritano É tudo vontade, mas não amor. Eles têm uma incrível autodisciplina e podem "fazer as coisas acontecerem", mas não desejam agir. Então eles se tornam "anal" e perfeccionista, mas vazios e "secos". Infantil São todos desejos, mas não vontade. Cheios de sonhos e desejos, eles não têm autodisciplina para fazer nada dos seus sonhos e desejos e, assim, tornam-se dependentes e conformistas. Criativo May recomenda, sabiamente, que devemos cultivar um equilíbrio destes dois aspectos de nossas personalidades. Ele disse que a tarefa do homem é unir amor e vontade. Essa ideia é, de fato, uma ideia antiga que encontramos entre muitos teóricos. Otto Rank, por exemplo, faz o mesmo contraste com a morte (que inclui tanto a necessidade de outros como o medo da vida) e a vida (que inclui a necessidade de autonomia e o medo da solidão). Outros teóricos falaram sobre comunhão e ação, homonímia e autonomia, nutrição e assertividade, afiliação e conquista e assim por diante. - -22 4 Personalidade e a teoria cognitivo-comportamental As representam a convergência de estratégias comportamentais eTerapia Cognitiva Comportamental (TCC) processos cognitivos, com o objetivo de alcançar mudanças comportamentais e cognitivas. Contudo, mesmo uma breve revisão dos procedimentos terapêuticos incluídos no título da TCC revela uma diversidade de princípios e procedimentos. A diversificação no desenvolvimento e na implementação da abordagem cognitivo-comportamental pode ser explicada em parte pelas diferentes orientações teóricas de intervenção geradas com base nessa perspectiva. Por exemplo, Ellis e Beck, autores de terapia comportamental emotiva racional e terapia cognitiva, respectivamente, vieram de .contextos psicanalíticos Mahoney e Arnkoff (1978) organizaram as TCCs em três grandes divisões: reestruturação cognitiva, terapias de habilidades de enfrentamento e terapias de resolução de problemas. • Reestruturação cognitiva Assumem que o sofrimento emocional é a consequência de uma má adaptação de pensamentos. Assim, o objetivo dessas intervenções clínicas é examinar e desafiar os padrões de pensamento desadaptativos e estabelecer um pensamento mais adaptativo. • Terapias de habilidades de enfrentamento Concentram-se no desenvolvimento de um repertório de habilidades criadas para ajudar o cliente a lidar com uma variedade de situações estressantes. • Terapias de solução de problemas Podem ser caracterizadas como uma combinação de técnicas de reestruturação cognitiva e treinamento de habilidades de enfrentamento procedimentos. Elas enfatizam o desenvolvimento de estratégias para lidar com uma ampla gama de problemas pessoais e estresse e a importância de uma colaboração ativa entre cliente e terapeuta no planejamento do programa de tratamento. A seguir, descrevemos a evolução das principais terapias associadas ao comportamento cognitivo- . Essa revisão não pretende ser exaustiva e, portanto, exclui um número decomportamental tradicional terapias que não estimularam uma quantidade significativa de pesquisas ou aplicação clínica. • • • - -23 4.1 Terapia do esquema A terapia do esquema se desenvolveu a partir das práticas cognitivo-comportamentais e das experiências clínicas de , que reconheceu a necessidade de ampliar a perspectiva para abordar padrões deJeffrey Young comportamento de longa data e problemas emocionais (YOUNG, KLOSKO e WEISHAAR, 2003). Embora a terapia cognitiva comportamental (TCC) seja tipicamente breve e focada no presente, alguns clientes têm disfunção persistente ou características caracterológicas que complicam expandir o curso do tratamento. Por exemplo, até 40% das pessoas deprimidas não respondem com sucesso ao tratamento e aproximadamente 30% dos respondentes de tratamento experimentam recaída dentro de um ano (YOUNG, WEINBERGER e BECK, 2001). Clientes com geralmente não respondem à TCC tradicional (BECK,transtornos de personalidade subjacentes FREEMAN e ASSOCIATES, 1990) e podem encontrar uma variedade de dificuldades no trabalho terapêutico tradicional da TCC. Esses clientes geralmente têm motivações ambivalentes ou complicadas para a terapia e podem não estar dispostos ou incapaz de cumprir os procedimentos terapêuticos. Clientes com características problemáticas habitualmente se envolvem em esquiva cognitiva, afetiva e comportamental e, portanto, podem não estar dispostos ou incapaz de observar e relatar seus pensamentos e sentimentos. Esses clientes podem não ter a flexibilidade psicológica necessária para modificação a curto prazo de pensamentos mal adaptativos arraigados e duradouros e comportamentos. Observe que a é uma característica marcante dos transtornos de personalidade crônica. Distúrbios comrigidez outras pessoas significativas são outra característica marcante dos transtornos de personalidade (MILLON, 1981), e as dificuldades interpessoais fundamentais de clientes com problemas caracterológicos podem refletir em dificuldades em uma aliança terapêutica. Alguns clientes ficam excessivamente absorvidos por terem o terapeuta atendendo suas necessidades emocionais e deixa de trabalhar de forma independente, enquanto outros clientes podem ser muito desapegados ou hostis para formar uma aliança de trabalho com o terapeuta. Finalmente, clientes com problemas frequentemente se deparam com problemas vagos, crônicos e difusos relacionados àcaracterológicos insatisfação no amor, no trabalho ou no lazer. Esses temas podem ser difíceis de concretizar e operacionalizar como alvos de tratamento para a abordagem padrão da TCC. Fique de olho Como vimos os modelos explicativos de personalidade possibilitam inúmeras reflexões, inclusive entender que o núcleo da própria personalidade, o que denominamos , apresentaself outros desdobramentos. Entretanto,as teorias existencial-humanista e a teoria cognitiva - -24 Esquemas são crenças profundamente arraigadas que são aprendidas cedo e repetidas ao longo da vida. Os clientes podem ser altamente resistentes à mudança. Por isso, é preciso fornecer a eles uma sensação de previsibilidade e segurança. A do esquema exige que os clientes estejam dispostos a confrontar esquemascura diretamente, com o apoio e a aliança do terapeuta. Os clientes devem sistematicamente se de seu esquema e praticar novas formas de pensar, sentirconscientizar e se comportar. Esse processo requer disciplina e comprometimento com a prática regular. Se o a terapia visa esquemas, estilos de enfrentamento ou modos, o relacionamento terapeuta-cliente compreende um componente fundamental da terapia de esquema. Esquemas de clientes, estilos de enfrentamento e modos são avaliados e abordados à medida que surgem na relação terapêutica. O terapeuta modela um para o cliente o internalizar para combater esquemas desadaptativos eadulto saudável buscar a realização emocional por meios saudáveis. O terapeuta usa a postura terapêutica de “empatia confronto” para destacar os motivos da mudança do cliente, mantendo empatia pelos esquemas e estilos de enfrentamento do cliente. Finalmente, o terapeuta usa a dentro de limites terapêuticos“reparação limitada” adequados para satisfazer parcialmente as necessidades infantis não atendidas do cliente. A terapia do esquema é utilizada para tratar clientes com distúrbios crônicos e características de problemas como distúrbios de personalidade, depressão e ansiedade crônicas e outros problemas difíceis. Destina-se aos aspectos crônicos e caracterológicos de um problema de apresentação e pode ser realizado simultaneamente com outras modalidades de tratamento. O descreve três construçõesmodelo de terapia de esquema principais: esquemas, que são temas psicológicos centrais; estilos de enfrentamento, que são característicos de respostas comportamentais a esquemas; e modos, que são os esquemas e o enfrentamento de estilos operando em um determinado momento. A terapia de esquema oferece uma estrutura de , que visa esquemas não adaptativos,tratamento flexível estratégias de enfrentamento e/ou modos, conforme necessários (YOUNG , 2003). O suporte empírico paraet al. a terapia de esquema está surgindo, à medida que a pesquisa está em andamento sobre essa abordagem inovadora. outros desdobramentos. Entretanto, as teorias existencial-humanista e a teoria cognitiva comportamental apresentam propostas contemporâneas e amplas para a leitura dos traços de personalidade. - -25 Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /c43fd3eb82b463ee73b3ff4a923c6a6d https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/c43fd3eb82b463ee73b3ff4a923c6a6d https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/c43fd3eb82b463ee73b3ff4a923c6a6d - -26 4.2 Mindfulness Os termos “atenção plena” e “aceitação” são frequentemente usados em conjunto ou mesmo de forma intercambiável na TCC. Atenção plena Foi descrita como "trazer a atenção completa para a presente experiência momento a momento” (MARLATT e KRISTELLER, 1999, p. 68) e como "a consciência que surge ao prestar atenção de propósito, no momento presente, e sem julgamento para o desenrolar da experiência momento a momento” (KABAT-ZINN, 2003). A atenção plena pode incluir chamar a atenção para experiências internas, como pensamentos, sentimentos ou sensações corporais ou ao ambiente externo, como vistas e sons. Assim, a atenção plena inclui estar consciente, não julgar e aceitar a experiência atual. Aceitação Foi definida como aberto à experiência ou disposto a experimentar a realidade do momento presente (ROEMER e ORSILLO, 2002). Essa definição é semelhante à definição de “atenção plena” como consciência sem julgamento e inclui permitir ativa ou propositadamente que experiências (pensamentos, emoções, desejos, impulsos, sensações etc.) ocorram sem tentar bloqueá-las ou suprimi-las. Da mesma forma, a aceitação concentra-se no aumento do “contato” com eventos privados evitados anteriormente, novamente enfocando o papel essencial da conscientização da experiência. Claramente, atenção plena e aceitação são construções sobrepostas na TCC. Muitas das intervenções associadas à TCC se concentram na mudança da situação ou das reações do cliente às situações. Muitas abordagens da TCC enfatizam o desenvolvimento de e o uso de para resolver esses problemas aolistas de problemas mudanças longo do tratamento. A aceitação torna-se relevante no contexto de tratamento da TCC quando a mudança altamente desejada é difícil, impossível ou pelo menos não iminente. Como a mudança é altamente desejada, o primeiro passo da aceitação, que envolve não colocar energia em mudança, não é necessariamente uma alternativa fácil ou óbvia, e o cliente provavelmente resistirá aos resultados desejados (aceitação). Porque nem mudança nem aceitação estão ocorrendo, o cliente pode ser considerado preso em uma situação de “não aceitação/não mudança”. Mudança real ou aceitação da realidade de que a mudança não ocorrerá no futuro iminente fornece avenidas para o cliente ficar "descolado" e seguir em - -27 frente, com . Aceitação e intervenções de atenção plena fornecem uma maneirasofrimento diminuído alternativa de reduzir o sofrimento e ajudar os clientes a abandonar suas situações "paralisadas" quando a mudança não está disponível imediatamente. Atenção plena e aceitação podem ser consideradas respostas adaptativas ou habilidades que substituam comportamentos inadequados. Nessas situações, a atenção plena de atividades e habilidades são operantes que são reforçados negativamente pela diminuição sofrimento. Ou atividades voltadas para atenção e aceitação podem ser consideradas estratégias de controle de estímulos: em vez de mudar a própria situação, quando mudança é indesejável ou impossível, as propriedades de estímulo da situação são alteradas significativamente, permitindo um ser criado e surgir novas respostas cognitivas, emocionais enovo significado da situação evidentes. Em ambas as formas, a atenção plena pode funcionar para aumentar a exposição (habituação, extinção) ou ser considerada uma (um subtipo de estímulo, intervenções de atenção plena e aceitaçãoestratégia de exposição ao controle). À medida que a atenção plena também, às vezes, envolve reavaliação (por exemplo, "a situação é o que é" e não "a situação é terrível"), essas estratégias também podem ser consideradas parte do conjunto de reestruturações cognitivas ou habilidades. A atenção plena tem suas raízes nas tradições religiosas orientais e em algumas práticas espirituais, filosóficas e psicológicas ocidentais. No que se refere ao seu fundamento espiritual, observou-se que a atenção plena foi desenvolvida e articulada dentro de uma por um período de 2.500 anos. É frequentementetradição budista chamado de "coração" da meditação budista. Dentro dessa tradição, a atenção plena nunca foi uma prática "autônoma", mas sim aninhada dentro de uma estrutura maior orientada para o não prejudicial. Para Teasdale, Segal e Williams (2003), atenção plena sempre foi apenas um dos vários componentes de um caminho muito mais amplo. Algumas práticas contemplativas ocidentais também empregam elementos de atenção plena e a filosofia e a psicologia existencial desenvolvidas na Europa na Europa. O século XX incluiu elementos essenciais da .prática consciente A incorporação da atenção plena na TCC nos últimos anos tem frequentemente uma influência oriental, embora independente de suas origens religiosas. A secularização da atenção plena foi pragmática, no esforço de tornar o tratamento acessível ao maior número possível de pessoas (DIMIDJIAN e LINEHAN, 2003). O de atenção plena na TCC não é ensinar budismo; a intervenção da atenção plenaobjetivo do treinamentodeve estar livre de fatores culturais, religiosos e ideológicos (KABAT-ZINN, 2003). No entanto, Dimidjian e Linehan (2003) sugerem que é possível que algo se perca quando a atenção plena é separada das suas raízes. Assim, para manter a integridade das intervenções de atenção plena, elas sugerem que os pesquisadores ocidentais mantenham diálogo com os professores espirituais de atenção plena para impedir a “reinvenção da - -28 roda” e guiar os pesquisadores em seus esforços para "identificar as principais qualidades da competência do terapeuta" (DIMIDJIAN e LINEHAN, 2003, p. 167). De fato, várias das abordagens proeminentes da TCC que incorporam atenção plena e aceitação acentuaram as dessa modalidade. Existem desafios inerentes à incorporação de uma práticaorigens espirituais historicamente espiritual ou religiosa em uma prática científica, mesmo após a modificação. Hayes e Wilson (2003) sugerem que, devido à atenção e aceitação, há origens espirituais e religiosas, elas começam como "pré- científicas". Contudo, como partes integradas do tratamento, elas devem ser especificadas e avaliadas e, assim, se incorporam ao domínio da ciência. A baseado na atenção plena Jon Kabat-Zinn foi chamada de “o professor mais influente daredução do estresse atenção plena em meditação na América” (ELLIS, 2006, p. 63), e sua influência pode ser vista em uma variedade de tratamentos baseados na atenção. O Grupo de Acadêmico de Melbourne (2006, p. 286) observouMindfulness que o trabalho de Kabat-Zinn “chamou a atenção para os aspectos clínicos e aplicações psicoterapêuticas da atenção plena”. Com base na atenção plena, a redução do estresse (MBSR) foi desenvolvida dentro de um cenário de medicina comportamental para pacientes que lidam com dor crônica e distúrbios relacionados ao estresse e possuem suporte empírico substancial. Os objetivos do desenvolvimento da MBSR eram duplos: estabelecer treinamento eficaz de pacientes médicos em meditação relativamente intensiva da atenção com aplicação imediata ao estresse, à dor e à doença; e servir como modelo para outros hospitais e centros médicos (KABAT-ZINN, 2003). Esse programa de intervenções de atenção plena e aceitação foi originalmente projetado para servir como um local de referência para o qual os médicos enviariam pacientes que não haviam respondido ao tratamento tradicional e pretendiam realizar como . O treinamento em atenção plenacomplemento ao tratamento médico visava permitir aos pacientes um certo grau de responsabilidade por seus bem-estar e [participar] mais plenamente de seu próprio movimento em direção a níveis mais altos de saúde, cultivando e refinando nossa capacidade inata de prestar atenção e uma visão/percepção profunda e penetrante da interconectividade de aspectos aparentes da experiência. (KABAT-ZINN, 2003, p. 149) A atenção plena não é "chegar a lugar nenhum" ou "consertar qualquer coisa". Pelo contrário, é um convite para se permitir estar onde já está e para conhecer a paisagem interna e externa da experiência direta do momento. - -29 Esse convite pode criar um , pois os clientes geralmente chegam ao tratamento com objetivosparadoxo específicos de tratamento. Kabat-Zinn (2003) afirma que o professor deve do cliente comconciliar as metas uma postura consciente de não se esforçar e não agir. Como essa não é uma tarefa simples, a MBSR enfatiza que os professores devem ter uma base de prática pessoal. O é baseado em práticas tradicionais de meditação, incluindo imóveis sentados. Essa prática inclui manterMBSR uma posição mesmo que sensações dolorosas surgir. Os participantes aprendem a perceber essas sensações e observá-las sem julgar. O foco está na aceitação da experiência, tolerância, redirecionamento atenção e a capacidade de se concentrar em outras coisas, apesar da dor, do que não ser capaz de se envolver nessas atividades por causa da dor. A capacidade de perceber dor sem julgamentos e sem tentar escapar dela, pode reduzir a reatividade cognitiva e emocional (e outras respostas secundárias) associadas à dor e, portanto, reduzem o sofrimento associado à dor. Assim, o "relacionamento" da pessoa com a dor é alterado e, a esse respeito, o MBSR perde função parcialmente devido aos efeitos da exposição (BAER, 2003). Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /3a24f36ea42d1e1f273c8ad61b369c3e é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • retomar as principais teorias da personalidade; • identificar como as principais teorias se desdobram no contexto contemporâneo; • conhecer o impacto do self no desenvolvimento da personalidade; • compreender as teorias humanista-existencial; • conhecer as abordagens cognitivas-comportamentais da personalidade. Referências BAER, R. Mindfulness training as a clinical intervention: A conceptual and empirical review. 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Olá! 1 Semelhanças e diferenças das teorias da personalidade 1.1 Perspectiva psicanalítica 1.2 Perspectiva humanista 1.3 Teoria dos cinco grandes fatores 1.4 Teoria social cognitiva 2 Self e personalidade 2.1 Teoria do self 2.2 Eu objeto/eu processo 3 Psicologia humanista-existencial 3.1 Tornar-se pessoa de Carl Rogers Assista aí 3.2 Psicologia existencial de Rollo May Inocência Rebelião Comum Criativo 4 Personalidade e a teoria cognitivo-comportamental Reestruturação cognitiva Terapias de habilidades de enfrentamento Terapias de solução de problemas 4.1 Terapia do esquema Assista aí 4.2 Mindfulness Assista aí é isso Aí! Referências
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