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Slides de Aula - Unidade I descartes e a filosofia moderna UNIP

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Unidade I
DESCARTES E A FILOSOFIA MODERNA
Profa. Heloisa Helena
 Não podemos entender a Filosofia Moderna sem contextualizá-
la dentro da história do pensamento ocidental, que teve sua 
origem na Grécia Antiga. 
 Podemos dividir a história da 
Filosofia ocidental em quatro 
grandes períodos: 
 Filosofia Antiga.
 Filosofia Medieval.
 Filosofia Moderna.
 Filosofia Contemporânea.
A filosofia moderna no contexto da história do 
pensamento ocidental
Fonte: http://julirossi.blogspot.com.br/2013/02/o-
pensador_6.html
 A Filosofia Antiga: vai do século VI a.C. até o século VI d.C. e 
compreende quatro grandes períodos da Filosofia greco-
romana:
 Período pré-socrático: quando a Filosofia se ocupa com a 
origem do mundo e as causas das transformações na 
natureza. 
 Período socrático: a Filosofia investiga as questões humanas: 
a ética, a política e as técnicas, ou seja, é um período 
antropológico.
Períodos históricos da filosofia – Filosofia Antiga
 Período sistemático: nesse período, a Filosofia procura reunir 
e sistematizar tudo o que já havia sido pensado até então; ela 
se interessa em mostrar que tudo pode ser objeto do 
conhecimento filosófico, sendo necessário que as leis do 
pensamento e suas demonstrações estejam estabelecidas 
pois é necessário haver critérios da verdade e da ciência. É o 
período de Platão e Aristóteles.
 Período helenístico: vai se ocupar com as questões da ética, 
do conhecimento humano e das relações entre o homem e a 
natureza; mas também de ambos com Deus quando entra no 
Cristianismo. Nesse período temos as escolas epicurista, 
estoica, cínica e neoplatônica.
 Os filósofos mais importantes e influentes desse 
período são: Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Filosofia Antiga
 A Filosofia Medieval se divide em:
 Filosofia Patrística. 
 Filosofia Escolástica. 
 A Patrística começa no século I e vai até o século VII, recebendo 
influência das Epístolas de São Paulo e do Evangelho de São 
João. A grande preocupação da filosofia patrística é conciliar a 
fé cristã com a razão e divide-se em patrística grega (ligada à 
Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à Igreja de Roma). 
 Os nomes mais importantes dessa época foram: Justino, 
Tertuliano, Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo 
Ambrósio, São Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo, 
Isidoro de Sevilha, Santo Agostinho, Beda e Boécio.
Filosofia Medieval
 A Filosofia Escolástica vai do século VIII ao século XIV, quando 
a Igreja Romana dominava politicamente a Europa e criava, no 
entorno das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. E, 
a partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas, a 
Filosofia Medieval também é conhecida com o nome de 
Escolástica. Uma de suas questões principais diz respeito às 
provas da existência de Deus e da alma. 
 A filosofia medieval tem grandes pensadores europeus, árabes, 
judeus e os teólogos medievais mais importantes foram: 
Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, Santo 
Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Ockham, 
Roger Bacon, São Boaventura. Do lado árabe: Avicena, 
Averróis, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico: Maimônides, 
Nahmanides, Yeudah bem Levi.
Filosofia Medieval
 A Filosofia Moderna é dividida em três grandes períodos:
 Renascimento: do século XIV ao XVI.
 Racionalismo clássico: do século XVII a meados do século 
XVIII.
 Iluminismo: de meados do século XVIII ao começo do século 
XIX.
 Vamos entender cada uma dessas fases?
Filosofia Moderna
 O pensamento renascentista é marcado pela descoberta de 
obras filosóficas gregas, de Platão e Aristóteles, 
desconhecidas na Idade Média, bem como pela recuperação 
das obras de grandes autores e artistas gregos e romanos. 
Os temas principais desse período são: o homem como 
microcosmo, a política e o antropocentrismo. 
 Os nomes importantes desse período são: Dante, Marcílio 
Ficino, Giordano Bruno, Campannella, Maquiavel, Montaigne, 
Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e Nicolau de Cusa. 
Filosofia Moderna – Renascimento 
 O Racionalismo Clássico é marcado por três grandes 
mudanças intelectuais: 
 1ª – surgimento do sujeito do conhecimento. 
 2ª – o objeto pode ser conhecido desde que sejam 
consideradas representações, ou seja, ideias ou conceitos 
formulados pelo sujeito do conhecimento.
 3ª – a realidade é concebida como um sistema racional de 
mecanismos físicos, cuja estrutura profunda e invisível é 
matemática. Há uma grande confiança nas capacidades e nos 
poderes da razão humana. 
 Os principais pensadores desse período foram: Francis Bacon, 
Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, 
Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi.
Filosofia Moderna – Racionalismo Clássico
 O Iluminismo é a última fase da Filosofia Moderna e vai de 
meados do século XVIII ao começo do século XIX. É um período 
calcado também na razão e chamado de “As Luzes”, tendo 
como premissa básica que o homem pode conquistar a 
liberdade e a felicidade social e política por meio da razão.
 Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire, 
D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling 
(embora esse último costume ser colocado como filósofo 
do Romantismo).
Filosofia Moderna – Iluminismo 
Existe uma fase da Filosofia Moderna que vai do século XVIII até o 
início do século XIX e é considerada a última fase dela. Qual é 
essa fase?
a) Idade Média.
b) Racionalismo clássico.
c) Renascimento.
d) Iluminismo.
e) Convencional.
Interatividade
Existe uma fase da Filosofia Moderna que vai do século XVIII até o 
início do século XIX e é considerada a última fase dela. Qual é 
essa fase?
a) Idade Média.
b) Racionalismo clássico.
c) Renascimento.
d) Iluminismo.
e) Convencional.
Resposta
 A Filosofia Contemporânea compreende o final do século XIX e 
os séculos XX e XXI e é marcada por rupturas com o 
pensamento anterior. São temas recorrentes na Filosofia 
Contemporânea: a história, as ciências, a política e as utopias, 
a cultura, a pós-modernidade, a linguagem e a ética. 
 São considerados filósofos contemporâneos: Hegel, Nietzsche, 
Husserl, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, Bachelard, Bergson, 
Wittgenstein, Foucault.
Filosofia Contemporânea 
 É preciso entender que filosofar é pensar, raciocinar e criar 
conceitos acerca da realidade.
 O intuito dessa disciplina é entendermos a Filosofia como um 
todo e a Filosofia Moderna, com destaque para o pensamento 
de Descartes.
 Vamos, então, entender cada uma das fases ou períodos da 
Filosofia Moderna?
Mas afinal, vamos filosofar?
 Aqui se dá a ruptura com o pensamento teocêntrico da Idade 
Média e surge o modelo antropocêntrico de compreensão da 
realidade.
 Teo significa Deus e cêntrico significa centro, portanto, tudo 
que pensavam e conheciam girava em torno de Deus.
 A Filosofia Moderna tem seu nascimento no Renascimento que 
compreende os séculos XIV, XV e XVI. O período renascentista 
é marcado pela ruptura com o modelo teocêntrico dos 
medievais e a proposta de um modelo antropocêntrico de 
compreensão da realidade.
 Mas antes de irmos além, vamos entender um pouco mais do 
pensamento medieval.
Filosofia Renascentista
 O período medieval foi longo, durou mil anos e foi marcado 
pelo domínio da Igreja Católica. O pensamento cristão 
controlava o pensamento das pessoas e dos grupos sociais da 
época. 
 O homem era apenas a criatura criada à imagem e à 
semelhança de Deus, existindo somente para obedecer e salvar 
sua alma por meio dessa obediência.
 Tudo o que era escrito, produzido, pensado, passava pelo crivo 
da Igreja e ela decidia o que poderia ser ou não divulgado. 
 Filósofos da Antiguidadecomo Platão e Aristóteles foram 
cristianizados por Agostinho que cristianizou de Platão e, por 
Tomás de Aquino, que fez o mesmo com Aristóteles. 
Pensamento medieval
 A dualidade corpo e alma, tão importante para Platão, teve 
grande aceitação e desenvolvimento no pensamento medieval. 
A alma era considerada a única parte digna do ser humano, 
aquela que deveria ser salva a todo custo. O corpo era a 
entrada do pecado no mundo e, portanto, deveria ser 
mortificado e controlado para que a alma não ardesse no fogo 
do inferno.
 Essa dualidade também se estendia aos mundos. O mundo 
celestial, o paraíso para onde as almas salvas irão habitar na 
eternidade, o céu. O mundo terreno, sujo, degradado, cheios de 
tentações que podiam levar a alma ao inferno e a eternos 
sofrimentos.
Pensamento medieval
 O início da Filosofia Moderna se dá com o surgimento do 
pensamento renascentista que rompe com a filosofia medieval. 
Em função das grandes descobertas marítimas, da reforma 
protestante, do ressurgimento das cidades e do 
reestabelecimento do comércio, o sistema feudal entra em 
declínio. Estamos falando do período entre o século XIV e XVI.
 Para Marilena Chauí, o pensamento renascentista tem três 
grandes linhas de pensamento. Vamos entendê-las?
Filosofia Moderna
 A primeira vem de Platão com a ideia da natureza como um 
grande ser vivo; o homem faz parte da natureza como um 
microcosmo (como espelho do universo inteiro) e pode agir 
sobre ela por meio da magia natural, da alquimia e da 
astrologia, pois o mundo é constituído por vínculos e ligações 
secretas (a simpatia); o homem pode também conhecer esses 
vínculos e criar outros, como um deus.
 A segunda linha vem dos pensadores florentinos, que 
valorizavam a vida ativa, isto é, a política, e defendiam os ideais 
republicanos das cidades italianas contra o Império Romano-
Germânico, isto é, contra o poderio dos papas 
e dos imperadores. 
Filosofia Moderna
 A terceira linha de pensamento propunha o homem como 
artífice de seu próprio destino, tanto por meio dos 
conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), quanto da política 
(o ideal republicano), das técnicas (medicina, arquitetura, 
engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, 
literatura, teatro).
 O Renascimento é assim chamado porque a cultura, a filosofia 
e a arte dos gregos e dos romanos renasceram após ter 
desaparecido durante o período medieval. 
 O pensamento renascentista é antropocêntrico, ou seja, o 
homem é o centro da filosofia, é o ponto de partida para a 
compreensão da realidade. 
Filosofia Moderna
Também segundo Marilena Chauí, o racionalismo clássico é 
marcado por três grandes mudanças intelectuais:
 A primeira, conhecida como “surgimento do sujeito do 
conhecimento”, começa indagando qual é a capacidade do 
intelecto humano para conhecer e demonstrar a verdade dos 
conhecimentos. 
 O ponto de partida é o sujeito do conhecimento, o homem, com 
a consciência que conhece sua capacidade de conhecer. O 
sujeito do conhecimento é um intelecto no interior de uma 
alma. Por isso, a segunda pergunta da Filosofia é: Como o 
espírito ou intelecto pode conhecer o que é diferente dele? 
Como pode conhecer os corpos da natureza?
Racionalismo Clássico: Descartes
 A segunda grande mudança intelectual diz respeito ao objeto 
do conhecimento. Para os modernos, as coisas exteriores (a 
natureza, a vida social e a política) podem ser conhecidas 
desde que sejam consideradas representações, ou seja, ideias 
ou conceitos formulados pelo sujeito do conhecimento.
 Explicando melhor: tudo o que pode ser conhecido deve poder 
ser transformado em um conceito ou em uma ideia clara e 
distinta, formulada pelo intelecto.
Racionalismo Clássico: Descartes
Fonte: 
http://www.liceufilosofia.com.br/
2016/06/pensamento.html 
 A terceira e última mudança veio com Galileu quando afirma 
que “o livro do mundo” “está escrito em caracteres 
matemáticos”, ou seja, o mundo é essencialmente racional e, 
assim, a realidade é concebida. 
 A realidade é um sistema de causalidades racionais rigorosas 
que podem ser conhecidas e transformadas pelo homem. 
Nasce a ideia de experimentação e de tecnologia 
(conhecimento teórico que orienta as intervenções práticas) e o 
ideal de que o homem poderá dominar tecnicamente a natureza 
e a sociedade. É o triunfo da técnica e passa a haver a 
convicção que a razão humana é capaz de conhecer a origem, 
as causas e os efeitos das paixões e das emoções, sendo, 
portanto, capaz de governá-las e dominá-las.
Racionalismo Clássico: Descartes
Percebemos até aqui que entender a Filosofia é mais do que isso, 
filosofar é:
a) Pensar.
b) Raciocinar.
c) Criar conceitos sobre a realidade.
d) Estruturação de pensamento.
e) Todas as alternativas se encontram corretas.
Interatividade
Percebemos até aqui que entender a Filosofia é mais do que isso, 
filosofar é:
a) Pensar.
b) Raciocinar.
c) Criar conceitos sobre a realidade.
d) Estruturação de pensamento.
e) Todas as alternativas se encontram corretas.
Resposta
 O terceiro período da Filosofia Moderna é chamado Iluminismo, 
em que a razão é a luz que ilumina a realidade.
 No período Iluminista existe grande desenvolvimento pelas 
ciências, principalmente as que têm a ideia de evolução. 
Darwin, com sua evolução das espécies, vai colocar a biologia 
em um lugar central no pensamento iluminista. Também há 
grande interesse pelas artes, porque elas representam o grau 
de progresso de uma civilização.
 A economia passa a ser alicerce da vida social e política. 
Discute-se a importância maior ou menor da agricultura e do 
comércio. Essa controvérsia se expressa em duas correntes do 
pensamento econômico: primeiro, a corrente fisiocrata e, 
segundo, a corrente mercantilista.
Iluminismo: Filosofia das Luzes
 O racionalismo moderno nos traz uma questão que é 
fundamental: a razão humana é inata ou ela é adquirida por 
nossas experiências vividas? 
 Durante muito tempo, a Filosofia nos deu duas respostas: 
 A primeira ficou conhecida como inatismo.
 A segunda, como empirismo.
 O empirismo afirma que a razão é adquirida por nós pela 
experiência. Em grego: empeiria – empirismo, conhecimento 
empírico, ou conhecimento adquirido por meio da experiência 
(CHAUÍ, 2004, p. 69).
Racionalismo moderno
 O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa 
inteligência não só os princípios racionais, mas também 
algumas ideias verdadeiras ou inatas. 
 Platão defende essa tese em várias de suas obras, mas a 
passagem mais conhecida se encontra nos diálogos de 
“Mênon” e em “A República”. Em “Mênon”, Sócrates dialoga 
com um escravo fazendo-lhe perguntas e conseguindo que ele, 
escravo, demonstre sozinho o difícil teorema de Pitágoras. 
 Em “A República”, Platão desenvolve a teoria da reminiscência, 
em que nascemos com a razão e as ideias, sendo que a 
filosofia fará com que relembremos. Conhecer, diz Platão, é 
recordar a verdade que já existe em nós.
O inatismo
 No “Discurso do Método” e nas “Meditações Metafísicas”, 
Descartes defende a tese que nosso espírito possui três tipos de 
ideias que irão se diferenciar pela origem e pela qualidade:
 1ª – ideias adventícias são aquelas que vêm de fora por meio de 
sensações, percepções, lembranças, ou seja, por experiências 
que, muitas vezes, não 
condizem com a realidade.
O inatismo de Descartes
Fonte: 
http://supernaturalrrpg.forumeiros.com/t23-
floresta-de-longland-noite
Fonte: http://like3za.pt/os-fantasticos-pores-do-sol-portugal/
 2ª – ideias fictícias: são aquelas criadas pela imaginação com 
partes das ideias adventícias e que compõem seres 
inexistentes.
O inatismo de Descartes
Fonte: http://www.desenhosinfantis.com/imagens-cavalo-alado-jpg
Fonte: http://pt.quizur.com/quiz/que-tipo-de-fada-
voce-seria-EQm
 3a – ideiasinatas: são racionais e só podem existir porque 
nascemos com elas como a ideia do infinito. Não temos 
qualquer experiência sobre o infinito. Para Descartes, essas 
ideias são a “a assinatura do Criador” no nosso espírito e nos 
trazem a possibilidade de entender se uma ideia adventícia é 
verdadeira ou falsa e ter certeza que as ideias fictícias são 
sempre falsas.
 Para Descartes, as ideias inatas são simples, muitas vezes 
chegam com a intuição e são o ponto de partida para a dedução 
racional e da indução como “Penso, logo existo”.
O inatismo de Descartes
 Para os empiristas, nascemos como uma folha de papel em 
branco e tudo o que sabemos vem de fora, de experiências e de 
contatos com outras pessoas e com o mundo exterior. A razão, 
a verdade e as ideias racionais são adquiridas por meio da 
experiência. 
 Os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII são os 
empiristas mais famosos como: Francis Bacon, John Locke, 
George Berkeley e David Hume.
 As sensações se reúnem e formam uma percepção. 
A experiência escreve e grava 
no espírito as ideias, e a razão 
irá associá-las, combiná-las, 
formando os pensamentos. 
O empirismo
Fonte: 
http://minhasplantas.com.
br/plantas/rosa/
 David Hume foi um empirista e mostra que a ciência é formada 
pela associação de ideias, como consequência das repetições. 
Vamos ver um exemplo?
 Percebo que ao colocar a água no fogo ela fica muito quente e 
ferve, terminando por evaporar. Isso acontece inúmeras vezes 
também com outros líquidos e isso me leva a dizer: “O calor é a 
causa desses fatos”.
 Hume, nesse caso, diz que as ideias da razão se originam na 
experiência e que os princípios da racionalidade também são 
derivados dessas mesmas experiências.
 O calor é a causa e a evaporação, a consequência. Temos, aqui, 
o princípio da causalidade.
O empirismo
 Problemas com o inatismo:
 1º – a própria razão pode mudar o conteúdo de ideias que 
eram consideradas universais e verdadeiras. Para Platão se 
uma ideia mudasse, ela era uma simples opinião, ao passo 
que uma ideia verdadeira seria inata, universal e necessária, 
não sofrendo as variações das opiniões.
 2º – a própria razão pode provar que ideias racionais também 
podem ser falsas como foi o caso da física cartesiana que 
demonstrou ser falsa quando vista sob o ponto de vista de 
Galileu.
Ao questionarmos um e outro...
 Problemas com o empirismo:
 Para Chauí, o problema que o empirismo apresenta está na 
impossibilidade do conhecimento objetivo da realidade 
(CHAUÍ, 2004, p. 73) ou, melhor dizendo, se a ciência é uma 
questão de hábitos e repetições, quando ao invés de ferver a 
água e ver seu volume aumentar eu gelar a água e ver seu 
volume diminuir, a ciência desaparece porque deixa de 
explicar, por repetição, o primeiro fenômeno.
 Do conflito entre empiristas e inatistas surge o ceticismo.
Ao questionarmos um e outro...
 Para o matemático e filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-
1716) existia uma distinção entre verdades de razão e verdades 
de fato.
 As verdades de razão eram inatas e enunciavam uma 
premissa universal, necessária, não podendo ser diferente do 
que realmente era. Como exemplo, temos o círculo.
 As verdades de fato seriam obtidas por meio das sensações, 
da percepção e da memória, dependendo, portanto, de 
experiência. As verdades de fato, para o autor, são empíricas 
e se referem a coisas que poderiam ser diferentes como a 
rosa vermelha.
 Para essas verdades funciona o princípio da razão suficiente, 
ou seja, tudo tem uma causa que pode 
ser conhecida.
Solucionando a origem da razão
 Kant exerceu grande influência entre os filósofos e se 
notabilizou por investigar as condições que possibilitam o 
conhecimento e o modo como podemos agir, tendo em vista 
um princípio universal que não cause danos para as outras 
pessoas. Preocupou-se também em examinar os limites do 
homem e sua filosofia se denominou filosofia crítica.
 Kant dizia que os filósofos eram semelhantes com astrônomos 
geocêntricos, buscando um centro que não é verdadeiro. Essa 
visão ficou conhecida como Revolução Copernicana que 
percebia o sol como o centro de tudo. Hélios = sol, sistema 
heliocêntrico.
Solucionando a origem da razão
Percebemos que para que se dê a evolução das ideias, 
normalmente existe um rompimento com as ideias antecessoras, 
pelo menos, em um primeiro momento. Assim, a filosofia 
moderna, centrada na razão, nega a filosofia medieval, 
centrada na ideia de Deus.
Quais são as características de cada uma dessas filosofias? 
a) Antropocêntrica e teocêntrica.
b) Relevante e estruturada.
c) Antropocêntrica e estrutural.
d) Teocêntrica e relevante.
e) Relevante e antropocêntrica.
Interatividade
Percebemos que para que se dê a evolução das ideias, 
normalmente existe um rompimento com as ideias antecessoras, 
pelo menos, em um primeiro momento. Assim, a filosofia 
moderna, centrada na razão, nega a filosofia medieval, 
centrada na ideia de Deus.
Quais são as características de cada uma dessas filosofias? 
a) Antropocêntrica e teocêntrica.
b) Relevante e estruturada.
c) Antropocêntrica e estrutural.
d) Teocêntrica e relevante.
e) Relevante e antropocêntrica.
Resposta
 Em lugar de estudar o que é a razão e indagar o que ela pode e 
o que não pode conhecer, o que é a experiência e o que ela 
pode ou não pode conhecer ou, melhor dizendo, em vez de 
procurar o que é a verdade, os filósofos preferiram começar 
dizendo o que a realidade é, dizendo que ela é racional e que, 
por isso, pode ser inteiramente conhecida pelas ideias da 
razão. Colocaram a realidade exterior ou os objetos do 
conhecimento no centro e fizeram a razão, ou o sujeito do 
conhecimento, girar em torno deles.
 Parecem, diz Kant, como alguém que, querendo assar um 
frango, fizesse o forno girar em torno dele e não o frango 
em torno do fogo.
Qual, então, o grande equívoco?
 Vamos entender o sujeito do conhecimento e mostrar 
que esse sujeito é a razão universal.
 Mas o que é a razão?
 A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos, 
inata. Essa estrutura (e não os conteúdos) é que é universal, 
sendo a mesma em todos os lugares, em todos os tempos, para 
todos os seres humanos, não dependendo da experiência para 
existir, ou seja, a razão é, do ponto de vista do conhecimento, 
anterior à experiência e não depende dela. 
A estrutura da razão é a priori.
Trocando em miúdos... 
 Agora... Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela 
pensa dependem da experiência e sem ela a razão seria vazia, 
nada conhecendo.
 Então, a experiência fornece a matéria (os conteúdos) do 
conhecimento para a razão e essa, por sua vez, fornece a forma 
(universal e necessária) do conhecimento. 
 Pensando melhor: O conhecimento se dá por meio da 
racionalização dos conteúdos, da matéria que advém da 
experiência.
Sobre a razão
 Inatistas – supor que os conteúdos ou a matéria do 
conhecimento são inatos. Não existem ideias inatas.
 Empiristas – supor que a estrutura da razão é adquirida por 
experiência ou causada pela experiência. 
 A estrutura da razão, portanto, é inata e universal, enquanto os 
conteúdos são empíricos e podem variar no tempo e no espaço, 
podendo transformar-se com novas experiências ou revelarem-
se falsos em função de novas experiências.
Qual o engano dos inatistas? E dos empiristas?
 É a síntese que a razão realiza entre uma forma universal inata 
e um conteúdo particular oferecido pela experiência.
 A razão é constituída por três estruturas a priori:
 a estrutura ou forma da percepção sensível ou sensorial;
 a estrutura ouforma do entendimento – inteligência; 
 a estrutura ou forma da razão propriamente dita. A razão é a 
função reguladora da atividade do sujeito do conhecimento.
O que é o conhecimento racional, então?
 A percepção recebe conteúdos da experiência e a sensibilidade 
organiza racionalmente segundo a forma do espaço e do 
tempo. Essa organização espaço-temporal dos objetos do 
conhecimento é inata, universal e necessária.
 O entendimento organiza os conteúdos que lhe são enviados 
pela sensibilidade; o conteúdo é oferecido pela experiência sob 
a forma do espaço e do tempo, e a razão, por meio do 
entendimento, organiza esses conteúdos empíricos.
 Essa organização transforma 
as percepções em conhecimentos 
intelectuais ou em conceitos. 
O fluxo do conhecimento
Fonte: 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jkt
de/preview/fldr_2004_07_22/file000894312228.jpg
 O filósofo alemão Hegel utilizou o método dialético (focado na 
contraposição de ideias) para explicar aquilo que constitui o 
mundo real. 
 Ao criticar o inatismo, o empirismo e o kantismo, Hegel traz que 
essas filosofias não tinham compreendido o que há de mais 
fundamental e de mais essencial à razão: ser histórica.
 Preocupada em garantir a diferença entre a mera opinião e a 
verdade, a filosofia considerou que as ideias só seriam 
racionais e verdadeiras se fossem intemporais, perenes, 
eternas, as mesmas em todo tempo e em todo lugar e é essa 
intemporalidade atribuída à verdade e à razão que Hegel 
criticou.
Hegel
 O conjunto das leis do pensamento, os procedimentos do 
raciocínio, as formas e as estruturas necessárias para pensar, 
as categorias (subjetiva).
 A ordem, a organização, o encadeamento e as relações das 
próprias coisas (objetiva).
 A relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as 
leis do real. 
Para Hegel, a razão é:
 Para Hegel, os conflitos filosóficos são a história da razão 
buscando conhecer-se. Para ele, graças a tais conflitos e 
contradições entre as filosofias é que se pôde chegar à 
descoberta da razão como síntese, unidade ou harmonia das 
teses opostas ou contraditórias.
 Em cada momento de sua história, a razão produziu uma tese a 
respeito de si mesma e, logo a seguir, uma tese contrária à 
primeira, uma antítese porque ambas, embora verdadeiras, 
foram parciais e, sem elas, a razão nunca teria chegado a se 
conhecer a si mesma. Mas não podemos esquecer que a razão 
não pode ficar estacionada nessas contradições que ela própria 
criou, é preciso ultrapassá-las pela síntese que une teses 
contrárias, mostrando onde está a verdade de cada uma delas. 
Essa é a razão histórica (CHAUÍ, 2004, p. 79).
Ainda, Hegel
 A Filosofia Medieval acreditava em Deus, a Filosofia Moderna 
acreditava na razão e prometeu civilização, progresso, 
felicidade, evolução social, conhecimento, mas o século XX 
mostrou que o projeto das luzes falhou.
 Três pensadores, entre o final do século XIX e início do século 
XX, passam a questionar o conceito de razão: Marx, Freud e 
Bergson.
A Filosofia Contemporânea
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/cartuchos-arma-
guerra-arma-de-m%C3%A3o-2166491/
 Marx questiona os limites da razão para as 
ações humanas.
 Segundo ele, a ideologia acaba por mascarar a realidade e não 
nos permite ver as coisas como elas de fato são ou agir a partir 
de nossa própria razão. Muitas vezes agimos por imposição 
ideológica do grupo ou da moral da sociedade. As roupas que 
usamos, a comida que comemos podem não ser totalmente 
escolhida por nós, mas colocadas pela ideologia dominante 
como sendo a roupa certa e comida certa. Nesse sentido, não 
foi a nossa razão que fez as escolhas, mas a ideologia que 
mascarou a realidade e não nos deixou ver todas as 
possibilidade de vestimenta e alimentação.
Karl Marx
Fonte: https://pixabay.com/pt/karl-
marx-karl-marx-historicamente-
1882195/
 Freud, ao estudar o inconsciente, impõe 
severos limites à razão porque, para ele, 
muitas das nossas pretensas decisões 
racionais, não são racionais, mas sugeridas 
pelo nosso inconsciente. Agimos guiados 
pelos impulsos internos da psique e não 
somente guiados pela nossa razão. 
 Freud descobre que o inconsciente é irracional e influencia 
nossas vidas, ou seja, a razão humana não é absoluta como 
pretendiam os iluministas. 
Sigmund Freud
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/sigm
und-freud-retrato-1926-
1153858/
 Para Bergson, é possível distinguir duas 
maneiras diferentes de conhecer uma coisa: a 
primeira é racional, a segunda é intuitiva. 
Uma é conhecimento exterior, a outra, 
conhecimento interior.
 Para o filósofo francês, a razão conhece somente as partes, 
enquanto que a intuição conhece o todo. Espírito e matéria. 
 A razão não dá conta do novo, não concebe o imprevisível nem 
a própria criação, porque somente pode conhecer o 
descontínuo, o imóvel, o inerte. Quando se trata de conhecer a 
totalidade é completamente inábil e incapaz de compreender o 
todo do movimento de criação do espírito, e quando se põe a 
fazer isso advém inúmeros problemas.
Henri Bergson
Fonte: 
https://www.philosophyguides
.org/decoding/decoding-of-
bergson-donnees-immediates/ 
 Mas não podemos conceber e entender razão sem o espírito. 
Uma nos dá a parcialidade e o outro, a totalidade por meio da 
intuição.
 Para Bergson, a razão pensa somente na imobilidade e a 
intuição pensa no movimento.
 A mudança traz a novidade que a intuição acompanha e 
entende seu processo imprevisível. A razão, por sua vez, busca 
a imobilidade, a estabilidade.
 A razão, mesmo sendo um resultado da evolução da vida, é 
naturalmente incapaz de conhecer o movimento vital, que é 
antes de tudo movimento e criação de novas formas de vida.
Henri Bergson
Existe uma escola filosófica que nos traz que a ideologia acaba 
por mascarar a realidade, não permitindo que possamos ver as 
coisas como elas de fato são. Qual o filósofo que representa essa 
corrente de pensamento?
a) Descartes.
b) Henri Bergson.
c) Marx.
d) Freud.
e) Kant.
Interatividade
Existe uma escola filosófica que nos traz que a ideologia acaba 
por mascarar a realidade, não permitindo que possamos ver as 
coisas como elas de fato são. Qual o filósofo que representa essa 
corrente de pensamento?
a) Descartes.
b) Henri Bergson.
c) Marx.
d) Freud.
e) Kant.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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