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Atenção integral à saúde do adulto

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Oficina 2 – Atenção integral à saúde do adulto 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
Conceituar transição demográfica, epidemiológica e nutricional 
Transição Demográfica 
 A teoria da transição demográfica foi elaborada pelo demógrafo estadunidense Frank Notestein, em 1929, 
sendo amplamente utilizada desde então para contestar a Teoria Demográfica Malthusiana. 
 
 Tem como objetivo explicar a evolução da população desde níveis altos de mortalidade e fecundidade até 
outros cada vez mais baixos para estabelecer um parâmetro causal entre a população e o desenvolvimento 
socioeconômico ao longo dos últimos cem anos, assumindo as transformações econômicas e sociais do 
crescimento econômico capitalista baixo e a influência da modernização industrial. 
 
 Conceitua-se transição demográfica como a passagem de um contexto populacional onde prevalecem altos 
coeficientes de mortalidade e natalidade, para outro, onde esses coeficientes alcançam valores muito 
reduzidos. Ou seja, a transição demográfica é um conceito que descreve a dinâmica populacional ao longo 
da evolução histórica das sociedades humanas. Ela ocorre por meio da relação entre nascimentos, óbitos, 
fluxos de imigração e emigração. 
Transição Epidemiológica 
 O conceito de transição epidemiológica surgiu a partir da teoria da transição demográfica e foi descrito pela 
primeira vez por Omram (1971), referindo-se a mudança seculares dos padrões de saúde e doença 
relacionandose aos fatores sociais, econômicos e demográficos. 
 
 A teoria da Transição Epidemiológica, elaborada a partir da observação das modificações ocorridas no perfil 
de saúde de populações de países de economia central, previa a substituição, como causas mais importantes 
de mortalidade e morbidade*, das doenças infecciosas por outras decorrentes de difusão de certos estilos 
de vida e do envelhecimento da população. 
 
 Transição Epidemiológica é o conceito que descreve as mudanças ocorridas no perfil de morbimortalidade e 
de invalidez de uma população ao longo das transformações demográficas, sociais e econômicas de uma 
sociedade. 
 
Transição Nutricional 
 A chamada transição nutricional diz respeito às mudanças na estrutura da dieta dos indivíduos, relacionada a 
essas alterações e às condições de saúde. 
 
 
 
 
Compreender as fases da transição demográfica e epidemiológica; 
O processo de tarnsição demográfica se dá em quatro fases diferentes, resultando no efeito do envelhecimento da 
população. 
1) Fase pré-industrial ou primitiva: Alta natalidade e alta mortalidade com expectativa de vida baixa. 
2) Fase divergente: Redução brusca da mortalidade com natalidade ainda elevada, causando um crescimento 
acelerado da população. 
3) Fase convergente: A natalidade diminui de maneira mais acelerada que o da mortalidade, gerando limitação 
progressiva do ritmo de crescimento, evidenciando o envelhecimento da população. 
4) Fase pós-transição: Alta expectativa de vida e grande número de pessoas idosas. 
Estágios da Transição Epidemiológica 
De acordo com Medronho (2008) a transição epidemiológica tem como premissa: que e a mortalidade e a 
fecundidade são as forças mais importantes da dinâmica populacional; e que durante a transição epidemiológica 
ocorrem mudanças lentas e longa duração nos padrões de mortalidade e morbidade, com substituição gradual das 
pandemias de doenças infecciosas e parasitárias e da deficiência nutricional, pela doenças crônico degenerativas e 
aquelas provocadas pelo homem (causas externas). 
Conceituar a carga global de doença; 
O Estudo Global de Carga de Doenças é um programa de pesquisa regional e global sobre a carga de doenças que 
avalia a mortalidade e a incapacidade de doenças graves, lesões e fatores de risco. 
No Brasil, o projeto – originalmente chamado Global Burden of Disease (GBD) – é resultado de acordo entre o 
Ministério da Saúde, UFMG e o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington, 
visando constituir uma rede de colaboradores, com participação de pesquisadores brasileiros e técnicos do 
Ministério da Saúde. 
O objetivo é dar apoio metodológico e avaliar as estimativas do estudo GBD em nível subnacional, bem como 
compilar e analisar a carga da doença no país e nos estados brasileiros. 
A abordagem do Estudo de Carga de Doença Global (GBD) é um esforço sistemático e científico para quantificar a 
magnitude comparativa da perda de saúde decorrente de doenças, lesões e fatores de risco por idade, sexo e 
geografia para pontos específicos no tempo. 
A última iteração desse esforço, o Estudo de Carga de Doença Globals, Lesões, e Fatores de Risco 2010 (GBD 2010), 
foi publicado em The Lancet em dezembro de 2012. 
A intenção é criar um bem público global que será útil para informar o projeto de sistemas de saúde e a criação de 
uma política de saúde pública. Ele estima a morte prematura e invalidez devido a 291 doenças e lesões, 1.160 
sequelas (consequências diretas de doença e lesão) e 67 fatores de risco para 20 faixas etárias e ambos os sexos em 
1990, 2005 e 2010. O GBD 2010 produziu estimativas para 187 países e 21 regiões. No total, o estudo gerou quase 1 
bilhão de estimativas de resultados de saúde. 
Referência: 
http://www.healthdata.org/sites/default/files/files/policy_report/2013/GBD_GeneratingEvidence/IHME_GBD_Gene
ratingEvidence_FullReport_PORTUGUESE.pdf 
http://www.healthdata.org/sites/default/files/files/policy_report/2013/GBD_GeneratingEvidence/IHME_GBD_GeneratingEvidence_FullReport_PORTUGUESE.pdf
http://www.healthdata.org/sites/default/files/files/policy_report/2013/GBD_GeneratingEvidence/IHME_GBD_GeneratingEvidence_FullReport_PORTUGUESE.pdf
Compreender cálculo de DALY, HALE e de QUALY; 
Disability Adjusted Life Years (DALY) 
 Ano de vida saudável perdido - é um indicador que contempla as medidas de impacto das doenças, tanto em 
relação à morbidade, quanto em relação à mortalidade. 
 O DALY considera o total de anos de vida saudáveis perdidos devido à uma doença (ou a um fator de risco) e 
seu cálculo inclui tanto a idade do óbito, quanto a duração e a gravidade de qualquer incapacidade presente. 
 Por exemplo, sua aplicação pode demonstrar as patologias com potencial de cronificação, retratando as 
expectativas de um estado não saudável em uma população. 
Quality Adjusted Life Years (QALY) 
 Anos de vida ajustados pela qualidade de vida - capta em uma única medida os ganhos em quantidade e em 
qualidade de vida. 
 Trata-se de um instrumento genérico para avaliar os estados de saúde, oferecendo medidas objetivas da 
qualidade de vida e das intervenções. 
 Por exemplo, esta medida pode ser utilizada para verificação de resultados em intervenções. 
Years Lived with Disability (YLD) - anos de vida perdidos por doença e/ou incapacidade - é a quantificação dos anos 
vividos com a incapacidade proveniente de um agravo. Por exemplo, este indicador pode ser usado para 
demonstração de sobrevida. No GBD2013 o aumento de status sociodemográfico foi associado com uma mudança 
na carga de Years of Life Lost (YLL) - anos de vida perdidos - para YLD, impulsionado por quedas nos YLLs e aumentos 
de YLD de lesões músculo-esqueléticas , doenças neurológicas e transtornos mentais por uso de substâncias 
químicas. 
YLL = Número de mortes X Expectativa de vida na idade ao morrer 
YLD = Número de casos X Duração até remissão ou morte X Peso da Incapacidade 
DALY, para uma doença ou agravo, é constituído pela soma dos anos perdidos por morte prematura (YLL- Years of 
Life Lost) e os anos de vida perdidos por incapacidade (YLD- Years Lost due Disability), resultando na fórmula de 
carga de doença DALY= YLL + YLD. 
Referência: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
18462016000300778#:~:text=Dessa%20forma%2C%20o%20DALY%2C%20para,doen%C3%A7a%20DALY%3D%20YLL
%20%2B%20YLD. 
 
Saber quais são as DCNT mais prevalentes; 
DCNT no Brasil 
As doençascrônicas não transmissíveis constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a 72% 
das causas de mortes. As DCNT atingem fortemente camadas pobres da população e grupos vulneráveis. Em 2007, a 
taxa de mortalidade por DCNT no Brasil foi de 540 óbitos por 100 mil habitantes. Apesar de elevada, observou-se 
redução de 20% nessa taxa na última década, principalmente em relação às doenças do aparelho circulatório e 
respiratórias crônicas. Entretanto, as taxas de mortalidade por diabetes e câncer aumentaram nesse mesmo 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462016000300778#:~:text=Dessa%20forma%2C%20o%20DALY%2C%20para,doen%C3%A7a%20DALY%3D%20YLL%20%2B%20YLD
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462016000300778#:~:text=Dessa%20forma%2C%20o%20DALY%2C%20para,doen%C3%A7a%20DALY%3D%20YLL%20%2B%20YLD
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462016000300778#:~:text=Dessa%20forma%2C%20o%20DALY%2C%20para,doen%C3%A7a%20DALY%3D%20YLL%20%2B%20YLD
período. A redução das DCNT pode ser, em parte, atribuída à expansão da Atenção Básica, melhoria da assistência e 
redução do tabagismo nas últimas duas décadas, que passou de 34,8% (1989) para 15,1% (2010). 
Fatores de risco no Brasil: os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (15%) e apenas 18,2% 
consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana. 34% consomem alimentos com 
elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana, o que contribui para o 
aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 48% e 14% dos adultos, respectivamente. 
 
Referências: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 162 p. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. 
Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-
2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 160 p. 
 
Compreender os princípios e diretrizes quanto a abordagem e ao plano de enfrentamento 
para pacientes com DCNT; 
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no 
Brasil, 2011- 2022 
Em 2005, a Secretaria de Vigilância em Saúde, após consulta aos estados e municípios, publicou a Agenda de 
prioridades para implementação da vigilância, prevenção e controle de doenças não transmissíveis, que foi 
importante para a organização e a estruturação da área no MS, nas Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e nas 
Secretarias Municipais de Saúde (SMS). Em 2008, foi lançado o documento Diretrizes para a Vigilância de DCNT, 
Promoção, Prevenção e Cuidado, que integrou diretrizes de trabalho entre as diversas áreas do MS. 
Em 2011, em sintonia com os esforços globais, o MS preparou este Plano de Ações Estratégicas para o 
Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, que integra ações do setor 
saúde e outros setores. Diversos representantes de segmentos sociais participaram da construção desse Plano, o 
qual se constitui em mais um instrumento para transformar o tema de prevenção e controle de DCNT em agenda 
política e de governo. 
Objetivo do Plano 
Promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas 
em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde 
voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas. O Plano visa a reduzir a morbidade, incapacidade e 
mortalidade causadas pelas DCNT, por meio de um conjunto de ações preventivas e promocionais de saúde, 
associadas à detecção precoce e ao tratamento oportuno e ao reordenamento dos serviços de saúde do Sistema 
Único de Saúde, a partir da Atenção Básica e da participação comunitária. 
Eixos estratégicos 
I – Vigilância, Informação, Avaliação e Monitoramento 
Objetivos 
 Fomentar e apoiar o desenvolvimento e o fortalecimento da vigilância integrada de DCNT e seus fatores de 
proteção e risco modificáveis e comuns à maioria das DCNT (tabagismo, alimentação não saudável, 
inatividade física e o consumo nocivo de álcool) por meio do aprimoramento de instrumentos de 
monitoramento desses fatores, com ênfase nos inquéritos nacionais e locais. 
 Avaliar e monitorar o desenvolvimento do Plano de Ação Nacional de DCNT. 
Estratégias 
1. Realizar pesquisas/inquéritos populacionais sobre incidência, prevalência, morbimortalidade e fatores de 
risco e proteção para DCNT. 
2. Fortalecer os sistemas de informação em saúde e produzir análise de situação de saúde de DCNT e seus 
fatores de risco. 
3. Consolidar um sistema nacional padronizado e integrado de informações sobre incidência, sobrevida e 
mortalidade por câncer. 
4. Fortalecer a vigilância de DCNT em estados e municípios. 
5. Monitorar e avaliar as intervenções em DCNT e seus custos. 
6. Monitorar e avaliar a implantação do Plano Nacional de Enfrentamento das DCNT. 
7. Monitorar a equidade social relativa aos fatores de risco, prevalência, mortalidade e acesso ao cuidado 
integral das DCNT. 
II – Promoção da Saúde 
Objetivos 
 Fomentar iniciativas intersetoriais no âmbito público e privado, visando ao desencadeamento de 
intervenções e ações articuladas que promovam e estimulem a adoção de comportamentos e estilos de vida 
saudáveis, constituindo-se em prioridades no âmbito nacional, estadual e municipal. 
 Abordar as condições sociais e econômicas no enfrentamento dos fatores determinantes das DCNT. 
 Proporcionar à população alternativas relativas à construção de comportamentos saudáveis ao longo da 
vida. 
Estratégias 
1. Garantir o comprometimento dos Ministérios e das Secretarias relacionados às ações de promoção da saúde 
e prevenção de DCNT. 
2. Realizar ações de advocacy para a promoção da saúde e para a prevenção de doenças crônicas não 
transmissíveis. 
3. Estabelecer acordo com setor produtivo e parceria com a sociedade civil para a prevenção de DCNT e a 
promoção da saúde, respeitando o artigo 5.3 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Decreto nº 
5.658/2006) e suas diretrizes. 
4. Criar estratégia de comunicação com o tema de promoção da saúde, prevenção de DCNT e seus fatores de 
risco e promoção de modos de vida saudáveis. 
5. Implantar ações de promoção de práticas corporais/atividade física e modos de vida saudáveis para a 
população, em parceria com o Ministério do Esporte (Programa Academia da Saúde, Vida Saudável e outros). 
6. Estimular a construção de espaços urbanos ambientalmente sustentáveis e saudáveis. 
7. Ampliar e fortalecer as ações de alimentação saudável. 
8. Promover ações de regulamentação para promoção da saúde. 
9. Avançar nas ações de implementação e internalização das medidas legais da Convenção-Quadro para o 
Controle do Tabaco. 
10. Articular ações para prevenção e para o controle da obesidade. 
11. Fortalecer ações de promoção da saúde e de prevenção do uso prejudicial do álcool. 
12. Implantar um modelo de atenção integral ao envelhecimento ativo. 
III – Cuidado Integral de DCNT 
Objetivo 
 Fortalecer a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde, visando à ampliação de um conjunto de 
intervenções diversificadas capazes de uma abordagem integral da saúde com vistas à prevenção e ao 
controle das DCNT. 
Estratégias 
1. Definir linha de cuidado ao portador de DCNT, garantindo projeto terapêutico adequado, vinculação entre 
cuidador e equipe, assim como a integralidade e a continuidadeno acompanhamento. 
2. Fortalecer o complexo produtivo da saúde para o enfrentamento das DCNT. 
3. Fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo de útero e de mama. 
4. Ampliar, fortalecer e qualificar a assistência oncológica no SUS. 
5. Desenvolver e implementar estratégias para formação profissional e técnica na qualificação das equipes de 
saúde para abordagem de DCNT. 
6. Fortalecer a área de educação em saúde para DCNT. 
7. Fortalecer e qualificar a gestão da rede de serviços, visando a qualificar os fluxos e as respostas aos 
portadores de DCNT. 
8. Fortalecer o cuidado ao portador de doenças do aparelho circulatório na rede de urgência. 
Referência: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. 
Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-
2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 160 p. 
 
Compreender o rastreamento na AB de DCNT; 
Rastreamento de doenças crônicas mais comuns em Atenção Básica 
O cuidado com a vida humana revela significados, comportamentos e expressões de acordo com a cultura e o 
momento histórico e social vivido. Assim, há de se problematizar eventos, fatos, transformações que ocorreram com 
a passagem dos anos e recapturar a noção de que o diálogo entre o profissional, o usuário e a família é essencial 
para a incorporação de novas práticas, saberes e tecnologias. 
Sem perder de vista que os profissionais são responsáveis pela condução da relação dialógica entre eles e o usuário 
dos seus serviços, ambos desenvolvem potenciais e habilidades com a aceitação da ambiguidade, da discrepância 
entre as situações e o uso de tecnologias. O serviço de saúde usa a tecnologia quando alia vários conhecimentos 
científicos com o objetivo de encontrar a solução para um problema ou situação vivida na prática, isto ocorre no 
encontro entre ele, o usuário e sua família. 
Diante dessas observações, é possível reconhecer que o cuidado às pessoas com doenças crônicas exige do 
profissional mais do que conhecimentos sobre os aspectos biomédicos, exige também compreensão sobre como a 
doença crônica afeta a vida das pessoas, de suas famílias e das comunidades. Nessa perspectiva, a relação dialógica 
entre profissionais da saúde e pessoas com doenças crônicas, na qual ambos, contínua e dinamicamente, 
compartilham o momento vivido, torna-se uma referência. 
A hipertensão arterial e o Diabetes mellitus constituem-se nos principais fatores de risco para as doenças do 
aparelho circulatório. As complicações mais frequentes decorrentes destes agravos são: o infarto agudo do 
miocárdio, o acidente vascular cerebral, a insuficiência renal crônica, a insuficiência cardíaca, as amputações de pés 
e pernas, a cegueira definitiva, os abortos e as mortes perinatais. 
Com o propósito de identificar precocemente os casos, o Ministério da Saúde brasileiro criou mecanismos para 
acompanhar e controlar a hipertensão arterial e o Diabetes mellitus no âmbito da atenção básica e, desta forma, 
reduzir o número de internações hospitalares e a mortalidade em decorrência destes agravos. Neste sentido, 
assumiu o compromisso de executar ações em parceria com estados e municípios; com a Sociedade Brasileira de 
Cardiologia, Hipertensão, Nefrologia e Diabetes; com as Federações Nacionais de Portadores de Hipertensão Arterial 
e Diabetes e; com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias 
Municipais de Saúde (CONASEMS) para apoiar a reorganização da rede de saúde, para a melhoria da atenção às 
pessoas com estes agravos, por meio do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes 
mellitus. 
Em relação à Saúde do Adulto, preconizam-se atualmente as seguintes recomendações: 
 Hipertensão Arterial Sistêmica: O rastreamento da HAS, por meio da aferição da pressão arterial, em 
indivíduos acima de 18 anos. 
 
 Dislipidemia: O rastreamento da dislipidemia, por meio da dosagem sérica dos níveis de colesterol, é 
recomendado para homens acima de 35 anos e mulheres acima de 45 anos. O intervalo de rastreamento 
ainda é incerto. Homens com fatores de risco como diabetes, uso de tabaco, obesidade, história familiar de 
doença arterial coronariana antes dos 50 anos ou história pessoal de aterosclerose devem ser rastreados 
para dislipidemia a partir dos 20 anos. 
 
 Diabetes mellitus Tipo II: Recomenda-se o rastreamento do Diabetes mellitus tipo II por meio da dosagem 
sérica de glicose em indivíduos com aumento dos níveis pressóricos acima de 135/80. 
 Neoplasia de cólon: O rastreamento da neoplasia de cólon é recomendado por meio da pesquisa de sangue 
oculto nas fezes, sigmoidoscopia ou colonoscopia, deve-se iniciar dos 50 anos até os 75 anos de idade. A 
frequência de rastreamento é anual para pesquisa de sangue oculto nas fezes, a cada 5 anos para 
sigmoidoscopia e a cada 10 anos para a colonoscopia. 
 
 Uso de tabaco: O rastreamento sobre o uso de tabaco é recomendado para os adultos e gestantes. Deve ser 
questionado o uso de tabaco em todo o encontro com estes usuários e eles devem ser encorajados a 
cessarem o tabagismo. 
 
 Abuso de álcool: É recomendado o rastreamento do uso abusivo de álcool e o aconselhamento sobre o 
abandono do uso nos encontros com a população adulta. Pode-se usar o questionário de CAGE, 
nomenclatura derivada das questões: Cut down, Annoyed by criticism, Guilty e Eye-opener, que é utilizado 
para rastreamento de transtornos de uso de álcool em pronto-socorro. 
Referências: 
https://unasus.ufsc.br/atencaobasica/files/2017/11/modulo_9-saude_adulto_medicina-final-ficha-isbn.pdf 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 162 p. 
 
https://unasus.ufsc.br/atencaobasica/files/2017/11/modulo_9-saude_adulto_medicina-final-ficha-isbn.pdf
Compreender o inquérito vigitel; 
Vigitel 
 Compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do 
Ministério da Saúde, juntamente com outros inquéritos, como os domiciliares e os voltados para a 
população escolar. 
 
 Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que 
reduzam a ocorrência e a gravidade destas doenças, melhorando assim a saúde da população. A 
pesquisa Vigitel é realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. 
 O Vigitel foi implantado em 2006 em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal e 
tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças 
crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico, além de descrever a evolução anual desses 
indicadores em nosso meio. As entrevistas telefônicas são realizadas anualmente em amostras da 
população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo. 
 O Vigitel faz parte das ações do Ministério da Saúde para monitorar a frequência e a distribuição de 
fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em todas as capitais dos 26 estados 
brasileiros e no Distrito Federal. 
Entre as doenças crônicas não transmissíveis monitoradas por esse sistema estão: 
 diabetes; 
 câncer; 
 cardiovasculares, como hipertensão arterial, que têm grande impacto na morbi-mortalidade e na qualidade de 
vida da população. 
 
O monitoramento dos fatores de risco e das principais doenças crônicas fornece informações importantes para o 
planejamento de políticas públicas de promoção e prevenção, além da avaliaçãode intervenções realizadas. Como 
exemplo, temos que os resultados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco de DCNT embasaram a elaboração 
do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011–
2022, e subsidiam o monitoramento periódico das metas propostas no mesmo. 
 
O Vigitel, dentro do sistema de vigilância, apoia também o monitoramento das metas do Plano Regional de DCNT 
(Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS) e do Plano Global para o Enfrentamento das DCNT (Organização 
Mundial da Saúde). 
O sigilo das informações é garantido pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) 
e pela Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde. 
Indicadores avaliados pelo Vigitel estão dispostos nos seguintes assuntos: tabagismo; excesso de peso e obesidade; 
consumo alimentar; atividade física; consumo de bebidas alcoólicas; condução de veículo motorizado após consumo 
de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas; autoavaliação do estado de saúde; prevenção de câncer; morbidade 
referida. 
A duração média para responder ao questionário é de 12 minutos. 
Divulgação do dados do Vigitel 
 Feita ao final de cada pesquisa, por meio de relatórios e publicações do Ministério da Saúde. 
 Os primeiros resultados são divulgados pelo próprio Ministro da Saúde em entrevistas para jornais e redes 
de televisão. São divulgados apenas os resultados agrupados por capital do país/região de residência, 
sexo, idade e nível de escolaridade. Não são analisados ou divulgados dados individuais de cada 
entrevistado. 
OBS.: participação na pesquisa é voluntária, mesmo que comece a responder ao questionário, pode desistir da 
entrevista ou interrompê-la a qualquer momento. 
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do 
mundo. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as DCNT são responsáveis por 71% das 57 
milhões de mortes ocorridas globalmente em 2016. 
No Brasil, as DCNT são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2016, por 74% do total de mortes, com 
destaque para doenças cardiovasculares (28%), neoplasias (18%), doenças respiratórias (6%) e diabetes (5%). 
De acordo com a OMS, um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por 
DCNT e por fração substancial da carga de doenças devida a essas enfermidades. Entre esses fatores, destacam-se o 
tabagismo, o consumo alimentar inadequado, a inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 
Em razão da relevância das DCNT na definição do perfil epidemiológico da população brasileira, e pelo fato de que 
grande parte de seus determinantes é passível de prevenção, o Ministério da Saúde implantou, em 2006, a Vigilância 
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Essa implantação se fez por 
intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), contando com o suporte técnico do Núcleo de Pesquisas 
Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP). 
A atualização contínua desses indicadores torna-se imprescindível para o monitoramento das metas previstas no 
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022, e 
também no Plano Regional, no Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle das DCNT da Organização Mundial 
da Saúde, bem como no monitoramento de metas de DCNT da agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável. 
Referência: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de 
Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por 
inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção 
para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019 [recurso eletrônico] / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças 
não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 137.

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