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AULA 3 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS COMUNICAÇÕES BUCO-
SINUSAIS 
EMBRIOLOGIA DOS SEIOS PARANASAIS 
Formação a partir de invaginações de epitélio 
das mucosas respiratórias do nariz; 
As cavidades iniciam a se formar no útero e 
continuam a pneumatizar ao longo da vida. 
ANATOMIA DOS SEIOS PARANASAIS 
O seio maxilar drena pra cima, é um pouco mais 
complicado porque vai contra a gravidade. A 
secreção pelo óstio. 
Variações anatômicas associadas as sinusites: 
▪ Concha média bolhosa; 
▪ Desvio ou esporão do septo nasal; 
▪ Bolha etmoidal hiperpneumatizada; 
▪ Desvio medial ou lateral do processo unciado. 
FUNÇOES DOS SEIOS PARANASAIS 
Estrutural: 
▪ Reduzem o peso do crânio; 
▪ Protegem a órbita e crânio de trauma; 
▪ Participam do crescimento facial. 
Funcional: 
▪ São “caixas de ressonância” da voz; 
▪ Aquecimento e umidificação; 
▪ Contribuem para a secreção de muco; 
▪ Isolamento térmico doo encéfalo; 
▪ Equilibram a pressão nasal; 
▪ São coadjuvantes na olfação. 
FISIOLOGIA DOS SEIOS PARANASAIS 
▪ Epitélio pseudoestratificado cilíndrico 
ciliado; 
▪ Produção de muco; 
▪ Movimentação ciliar leva o muco produzido 
até a região de drenagem para a cavidade 
nasal; 
▪ No seio maxilar esse movimento vai contra as 
forças da gravidade. 
Alterações fisiológicas do seio podem levar à 
sinusite e: 
▪ Obstrução mecânica dos óstios de drenagem 
causada pela secreção; 
▪ Incapacidade da movimentação ciliar; 
▪ Quantidade anormal de secreção; 
▪ A estase da secreção, resultando em 
colonização bacteriana e infecção, leva à 
sinusite. 
DEFINIÇÃO DAS SINUSOPATIAS 
Sinusopatia Inflamatória Aguda Recorrente 
(SIARC): 
▪ Descarga nasal purulenta; 
▪ Tosse: Piora a noite e apresenta acessos pela 
manhã; 
▪ Obstrução nasaç e sensação de peso na face; 
▪ Rinorréia; 
▪ Febre; 
▪ Infecções associadas: Otite média, hipertrofia 
de adenoide e das amigdalas 
Achados imaginológicos: A tomografia é o 
padrão outro, mas uma panorâmica bem feita 
também serve. 
▪ Velamento sinusal; 
▪ Hipertrofia das mucosas sinusais; 
▪ Variações anatômicas; 
▪ Obstrução do óstio. 
Fístula buco antral: 
O tratamento consiste na abertura do seio e 
curetagem. 
ETIOLOGIAS DAS COMUNICAÇÕES BUCO-
SINUSAIS 
São elas: 
▪ Entidades patológicas (noma, goma sifilítica, 
leishmaniose, etc); 
▪ Remoção de cistos e/ou tumores do palato ou 
seio maxilar; 
▪ Trauma ou cirurgia oral e local; 
▪ Extrações dentárias, traumas; 
▪ Efeito de radiação (osteoradionecrose dos 
maxilares); 
▪ Patologias (cistos e neoplasias); 
▪ Infecções; 
COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL 
A extração de dentes superiores posteriores é a 
causa mais comum destas fistulas, devido à 
proximidade existente entre os ápices dos pré-
molares e molares superiores com o seio maxilar, 
que pode varias de 0,1 a 0,7mm (neste caso, o 
próprio coagulo fecha). Acima de 0,7mm, deve-
se usar membranas ou fazer retalho para fechar 
a comunicação. 
Diagnostico: 
1. Exame clinico: Anamnese, histórico e 
manobra de valsava; 
2. Exames de imagem: Radiografias intraorais, 
panorâmica, PA de Waters (seios da face) 
e/ou Tomografia computadorizada. 
PREVENÇÃO DAS COMUNICAÇÕES BUCO-
SINUSAIS 
▪ Planejamento clínico e radiográfico; 
▪ Evitar excesso de força durante as extrações 
dentárias; 
▪ Aplicação correta da força durante a 
extração dentária. 
TERAPIA CLÍNICA 
Princípios: Atuar na estase dos mucos, infecções 
e inflamação utilizando: 
▪ Antibioticoterapia: Amoxicilina, Azitromicina, 
Levofloxacino; 
▪ Descongestionantes nasais; 
▪ Anti-histamínico; 
▪ Irrigação com soro fisiológico; 
▪ Esteroides nasais. 
OBS: Não se abre pelo alvéolo, se abre pela 
parede lateral. 
DIAGNÓSTICO DAS COMUNICAÇÕES 
BUCOSINUSAIS 
Imediato: 
▪ No trans cirúrgico deve-se realizar a 
Manobra de Vasalva (pedir que o paciente 
assoe, se borbulhar significa que comunicou); 
▪ Avaliar exodontia traumática e relação 
anatômica com o seio maxilar; 
▪ Evidencia de ar no alvéolo sangrante. 
Tardio: 
▪ Queixas clínicas do paciente; 
▪ Manobra de Vassalva. 
Situação 1: Se não tiver raiz dentro do seio é só 
fechar o alvéolo. 
Situação 2: Se tiver raiz dentro do seio, deve-se 
fazer: 
▪ Abertura de Caldeluck; 
▪ Expõe a região do pilar maxilar e faz 
osteotomia e tirar a raiz. 
TRATAMENTO DAS COMUNICAÇÕES 
BUCOSINUSAIS 
IMEDIATO: 
▪ Comunicações menores que 2mm fecham 
espontaneamente; 
▪ Comunicações moderadas (2 a 6mm) deve 
haver uma avaliação pelo operador quanto 
à necessidade de fechamento do alvéolo por 
retalho; 
▪ Comunicações maiores que 7mm devem ser 
fechadas com retalho; 
▪ Orientações do paciente e 
antibioticoterapia. 
TARDIO: 
▪ Tratamento da fistula bucosinusal (abrir, 
remover a secreção, fechar e passar 
antibiótico para o paciente); 
▪ Reconstrução do defeito deverá ser 
realizado em dois planos (mucosa do seio 
maxilar e mucosa bucal); 
▪ Incisão perifistular para reconstrução da 
mucosa sinusal; 
▪ Rotação de retalho para reconstrução de 
mucosa bucal. 
Rotação de retalho pode ser: 
1. Vestibular: 
▪ Vantagens: Simples execução e não deixa 
áreas cruentas; 
▪ Desvantagens: Perda de altura em fundo 
de vestíbulo e risco de recidiva. 
2. Palatino; 
3. Retalho pediculado do corpo adiposos 
bucal: Podemos chamar de “bola de bchart”. 
O tratamento deve compensar doenças 
sistêmicas, tratar infecção local, promover boa 
área cruenta no local de contato dos retalhos, 
remover tecido ósseo suspeito de osteíte e deve-
se evitar tensão nos retalhos. 
TERAPIA MEDICAMENTOSA 
Antibioticoterapia: 
1. Levofloxacino 500mg 1x ao dia (levoxin); 
2. Levofloxacino 750mg 1x ao dia 
(tamiram); 
3. Amoxicilina com clavulanato; 
4. Cefalosporina de 3ª geração – 
Ceftriaxona 1ª geração EV 12/12h; 
5. Clindamicina 600mg de 8/8h VO; 
6. Metronidazol 400mg de 8/8h VO. 
Corticoides: 
1. Dexametasona 4mg 12/12h via oral; 
AINES: 
1. Diclofenaco Potássio; 
2. Diclofenaco Sódico 50mg de 8/8h via 
oral; 
3. Ibuprofeno 600mg de 8/8h via oral; 
4. Nimesulida 100mg de 12/12h via oral. 
ANALGÉSICOS: 
1. Dipirona sódica 1g ou 500mg de 6/6h; 
2. Paracetamol 500mg ou 750mg de 6/6h; 
FLUIDIFICANTES NASAIS: 
1. SF 0,9% spray

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