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avaliando o aprendizado 4 - ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL

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1 
 Questão 
 
 
Robson é advogado com atuação no Estado X e foi surpreendido pela acusação de participar de 
determinado crime, tendo sido decretada sua prisão cautelar, por ordem judicial. Com relação ao 
caso relatado, nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta: 
 
 
O advogado sofrerá punição disciplinar pelo fato de estar respondendo a processo 
criminal; 
 
O advogado ficará restrito a sua residência, em prisão domiciliar, até reunião da seccional 
da OAB; 
 
O advogado deve ser apresentado ao Presidente da Seccional da OAB ou ao seu 
representante; 
 
O advogado em hipótese alguma poderá ser preso. 
 O advogado ficará preso em sala de Estado-Maior ou equivalente até o final do processo; 
Respondido em 30/09/2021 21:26:02 
 
 
Explicação: 
Trata-se de prerrogativa prevista no art. 7°, inciso V, EOAB. Sala de Estado maior ou prsão 
domiciliar. 
 
 
 
2 
 Questão 
 
 
Às 15h15, o advogado Armando aguardava, no corredor do fórum, o início de uma audiência 
criminal designada para as 14h30. A primeira audiência do dia havia sido iniciada no horário 
correto, às 13h30, e a audiência da qual Armando participaria era a segunda da pauta daquela 
data. Armando é avisado por um serventuário de que a primeira audiência havia sido interrompida 
por uma hora para que o acusado, que não se sentira bem, recebesse atendimento médico, e que, 
por tal motivo, todas as demais audiências do dia seriam iniciadas com atraso. Mesmo assim, 
Armando informa ao serventuário que não iria aguardar mais, afirmando que, de acordo com o 
EAOAB, tem direito, após trinta minutos do horário designado, a se retirar do recinto onde se 
encontre aguardando pregão para ato judicial. A partir do caso apresentado, assinale a opção 
correta. 
 
 Armando não poderia se retirar do recinto, pois a autoridade que presidiria o ato judicial 
do qual Armando participaria estava presente. 
 
Armando poderia se retirar do recinto, pois o advogado tem o direito de não aguardar 
por mais de trinta minutos para a realização de ato judicial. 
 
Armando poderia se retirar do recinto, pois não deu causa ao atraso da audiência. 
 
Armando não poderia se retirar do recinto, pois a prerrogativa por ele invocada não é 
válida para audiências criminais. 
 
Armando nãp possui a prerrogativa, porque inexiste essa situação para o advogado. 
Respondido em 30/09/2021 21:27:34 
 
 
Explicação: 
O art. 7°, inciso XIX, do EOAB é o fundamento da questão. Somente a ausência efetiva da 
autoridade no local nautoriza invocar a prerrogativa. 
 
 
 
3 
 Questão 
 
Advogado, após o transito de sentença penal condenatória por pratica de crime comum, é preso em 
sua residência. Nesta momento exige que seja levado para sala de Estado maior, ou na sua 
inexistência na região, que fique em prisão domiciliar. Sobre esta prerrogativa, assinale a opção 
correta. 
 
 
O requerimento será indeferido porque a sala de estado maior é prerrogativa exclusiva 
para o advogado preso no exercício da profissão ou em razão dela. 
 
O requerimento do advogado terá êxito porque o advogado tem como prerrogativa ser 
preso somente em prisão domiciliar, mesmo após o trânisto em julgado. 
 
O requerimento do advogado terá êxito porque o advogado tem como prerrogativa ser 
preso somente em sala de estado maior. 
 O requerimento do advogado será indeferido, pois a prerrogativa não se aplica após o 
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
 
O requerimento não será deferido porque a prerrogativa só pode ser invocada na hipótese 
de prisão em flagrante delito por prática de crime inafiançável. 
Respondido em 30/09/2021 21:28:52 
 
 
Explicação: 
A prerrogativa do art. 7°, inciso V do EOAB vale para qualquer tipo de crime praticado pelo 
advogado no exercício da profissão ou gfora dele, não importa. Todavia a prerrogativa só poderá 
ser invocada se for prisão ANTES do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
 
 
 
4 
 Questão 
 
 
Um advogado foi preso em flagrante e indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado de sua 
convivente. Em defesa, alegou a nulidade da lavratura do auto por não ter a presença de 
representante da OAB quando preso. Sobre esta alegação é correto afirmar: 
 
 a ausência de representante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante não 
gera a nulidade conforme determinado pelo STF em julgamento de ADI 1127-8 em 2006 
em que foi decidido a interpretação conforme com redução de texto. 
 
somente quando preso em razão da profissão terá direito à sala de Estado Maior. 
 
Somente quando preso por prática de crime inafiançável terá direito a sala de Estado 
Maior. 
 
a ausência de representante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante gera a 
nulidade e lhe concede o direito de ficar em sala de Estado Maior; 
 
a ausência de representante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante gera a 
nulidade, mas terá direito à sala de Estado Maior; 
Respondido em 30/09/2021 21:30:36 
 
 
Explicação: 
A ausência de representante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante não gera a 
nulidade conforme determinado pelo STF em julgamento de ADI 1127-8 - DOU 26-5-2006, com 
redução de texto. Retira-se a expressão "sob pena de nulidade" do inciso IV do art. 7º do EOAB. 
 
 
 
5 
 Questão 
 
 
(XXI Exame da Ordem). José, bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procurador 
para atuar em demanda a ser proposta em face de Natália. Ajuizada a demanda, após o pedido de 
tutela provisória ter sido indeferido, José orienta César a opor Embargos de Declaração, embora 
não vislumbre omissão, contradição ou obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. 
César, porém, acredita que a medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instrumento, 
pois entende que a decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se, ainda, ao juízo de 
primeira instância reformar sua decisão. Diante da divergência, assinale a opção que indica o 
posicionamento correto. 
 
 
César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte na demanda 
e possui formação jurídica. 
 
César, como patrono da parte, não deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, nem 
subordinar-se à orientação deste. 
 César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se 
subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua estratégia. 
 
César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se 
subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua estratégia, 
pois, no seu ministério privado, presta serviço público. 
 
César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao final, à 
orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte. 
Respondido em 30/09/2021 21:50:28 
 
 
Explicação: O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por 
isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções 
contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. 
 
 
 
6 
 Questão 
 
 
Alfredo Rodrigues, advogado, teve seu escritório de advocacia invadido por policiais e oficiais de 
justiça, em virtude de cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão. O magistrado 
competente, ao decretar referida medida, fez consignar no mandado que poderiam ser apreendidos 
todos e quaisquer objetos relevantes para as investigações. À luz das disposições estatutárias: 
 
 
todas as questões estão erradas. 
 agiu incorretamente o magistrado, visto que o mandado de busca e apreensão deve ser 
específico e pormenorizado, não se podendo determinar a apreensão de objetos de forma 
indeterminada 
 
o escritório de advocacia é inviolável em qualquer hipótese, não sendo admitida a busca e 
apreensão, sob pena de restarquebrada a intimidade do advogado e de seus clientes 
 
a ausência de representante da OAB gerará a ilegalidade da busca e apreensão, ainda que 
o magistrado tenha oficiado à entidade comunicando tal medida 
 agiu corretamente o magistrado, visto que a busca e apreensão em escritórios de 
advocacia é medida que visa à satisfação do princípio in dubio pro societate 
Respondido em 30/09/2021 21:55:23 
 
 
Explicação: 
 
Dispõe o art. 7º, inciso II, da Lei 8.906 de 04.7.1994 (EOAB), com a redação que lhe deu a Lei n. 
11.767 de 07.8.2008, que é direito do advogado ¿a inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, 
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia¿. 
A regra, portanto, é a da inviolabilidade do escritório, materiais e instrumentos de trabalho do 
advogado, uma vez que indispensáveis ao exercício da ampla defesa, valor que possui raiz 
constitucional, e é ¿consectário da inviolabilidade assegurada ao advogado no exercício 
profissional¿[1]. A inviolabilidade, pois, está ligada ao exercício da advocacia e à garantia da ampla 
defesa, e não à pessoa ou ao ¿grau¿ do advogado. 
A inviolabilidade, todavia, não é ¿ e nem poderia ser - absoluta, pois o que pretende a norma é 
resguardar a liberdade, o segredo e inviolabilidade profissional, o pleno exercício do direito de 
defesa, e não o acobertamento ou a prática de crimes. 
Nesta esteira, prevê o § 6º, do art. 7º, do EOAB, que, sendo o advogado investigado, isto é, 
presentes indícios da autoria e materialidade de crime de sua autoria ou que tenha contado com a 
sua participação, poderá a autoridade judiciária competente decretar a quebra da inviolabilidade do 
escritório ou local de trabalho, em decisão motivada, expedindo, para tanto, mandado de busca e 
apreensão específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos 
pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais documentos de trabalho 
que contenham informações sobre clientes 
 
 
 
7 
 Questão 
 
 
Michael foi réu em um processo criminal, denunciado pela prática do delito de corrupção passiva. 
Sua defesa técnica no feito foi realizada pela advogada Maria, que, para tanto, teve acesso aos 
comprovantes de rendimentos e extratos da conta bancária de Michael. Tempos após o término do 
processo penal, a ex-mulher de Michael ajuizou demanda, postulando, em face dele, a prestação de 
alimentos. Ciente de que Maria conhecia os rendimentos de Michael, a autora arrolou a advogada 
como testemunha. Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da 
OAB, assinale a afirmativa correta. 
 
 
Em nenhuma hipótese, Maria não deverá recusar-se a depor como testemunha. 
 Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael expressamente lhe 
autorize ou solicite que revele o que sabe. 
 
Maria deverá depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a verdade, e 
revelar tudo o que souber, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que não é 
advogada dele no processo de natureza cível. 
 
Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, exceto se Michael expressamente 
autorizá-la, caso em que deverá informar o que souber, mesmo que isto prejudique 
Michael. 
 
Maria deverá depor como testemunha, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que 
não é advogada dele no processo de natureza cível, mas terá o direito e o dever de se 
calar apenas quanto às informações acobertadas pelo sigilo bancário de Michael. 
Respondido em 30/09/2021 22:00:18 
 
 
Explicação: 
O fundamento está no art. 35 e 36 do CED de 2015 que estabelece o sigilo profissional como de 
ordem pública e o art. 38 que observa que o advogado não é obrigado a depor sobre fatos 
conhecidos em razão da profissão. 
 
 
 
8 
 Questão 
 
 
Numa Audiência de Instrução e Julgamento na 44ª Vara Cível do Rio de Janeiro, quando fazia a 
sustentação oral, o Advogado do Réu injuriou e difamou o Advogado do Autor. Pergunta-se: O que 
pode acontecer ao Advogado do Réu por tal comportamento? 
 
 
Ser apenas punido pela OAB, pelas ofensas proferidas contra o Colega; 
 
Ser processado criminalmente, pelos crimes de injúria e difamação e também 
disciplinarmente (pela OAB), pelas ofensas proferidas contra o Colega; 
 O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis 
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, 
sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer. 
 Ser advertido pelo Juiz da 44ª Vara Cível para não mais ofender o Colega, sob pena de ter 
a palavra cassada e também ser punido pela OAB, pelos excessos que cometeu; 
 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato 
puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou 
fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que 
cometer. 
Respondido em 30/09/2021 22:02:21 
 
 
Explicação: 
A opção correta é a que menciona apenas a imunidade por injúria e difamação porque na ADI 
1127-8, o STF concedeu interpretação conforme ao referido parágrafo 2° do art. 7° EOAB, 
determinando a retirada do desacato do rol das imunidades. Resposta correta: O advogado tem 
imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de 
sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções 
disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer.

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