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Aula Estresse

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Curso – Enfermagem
Disciplina Gerenciamento de Pessoas e Serviços na Área da Saúde
Aula-ESTRESSE ( Diminuindo o estresse e aumentando a motivação no trabalho).
SATISFAÇÃO E ESTRESSE
Satisfação no trabalho
É um sentimento agradável que resulta da percepção de que nosso trabalho permite a realização de valores importantes relativos ao próprio trabalho.
Estresse é um estado emocional desagradável que ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio. Estar estressado significa "estar sob pressão" ou estar sob a ação de estímulo persistente". 
Estresse é um conjunto de alterações acontecidas no organismo em resposta a um determinado estímulo, capaz de colocá-lo sob tensão. Sem esse conjunto de alterações não se pode falar em estresse. Essa reação do organismo aos agentes estressores tem um propósito evolutivo. É uma resposta que a natureza dotou os animais superiores ao perigo. Com a ameaça o corpo produz substâncias químicas elevam a pressão sanguínea e que desviam o sangue da pele e do aparelho digestivo para os músculos. Gorduras do sangue são liberadas para fornecer um ímpeto de energia e aumentar a coagulação do sangue em caso de dano.
O Estresse é um mecanismo normal necessário e benéfico ao organismo. Faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de dificuldade. Se não existisse esse mecanismo que nos coloca em posição de alerta ou alarme, talvez a espécie humana nem teria sobrevivido às adversidades encontradas pelos ancestrais.
Mesmo situações consideradas positivas e benéficas (ex. promoções profissionais, casamentos desejados, nascimento de filhos, etc.) podem produzir Estresse.
O ser humano começou a padecer por estresse excessivo depois da Revolução Industrial. O que a vida passou a exigir das pessoas nesses últimos 80 a 50 anos foi imensamente maior que o desenvolvimento da capacidade adaptação. 
Houve dificuldade em conciliar as necessidades adaptativas da vida social e recursos orgânicos.
Por 40 anos do Século XX, êxodo rural levou pessoas a trocarem a vida do campo pela agitação das cidades, com suas características competitivas, agressão urbana, desafios profissionais e de sobrevivência. O ritmo frenético da vida moderna exigiu demasiadamente do corpo humano
O pesquisador canadense Hans Selye dividiu toda reação de Estresse em três estágios:
· Reação de Alarme 
· Reação de Adaptação ou resistência
· Estado de Esgotamento
· Na 1ª etapa dessa situação ocorre uma 
REAÇÃO DE ALARME
Onde todas as respostas corporais entram em estado de prontidão geral, ou seja, todo organismo é mobilizado sem envolvimento específico ou exclusivo de algum órgão em particular. É um estado de alerta geral, tal como se fosse um susto. De frente para o perigo, o desempenho humano físico faz coisas extraordinárias, que normalmente não seria capaz de fazer em situações mais calmas. 
Se esse Estresse continua por um período mais longo sobrevém a 2ª fase, chamada de :
FASE DE ADAPTAÇÃO OU RESISTÊNCIA , que acontece, quando a tensão se acumula. Nesta fase o corpo começa a acostumar-se aos estímulos causadores do Estresse e entra num estado de resistência ou de adaptação 
Durante este estágio, o organismo adapta suas reações e seu metabolismo para suportar o Estresse por um período de tempo. Neste estado a reação de estresse pode ser canalizada para um órgão específico ou para um determinado sistema, seja o sistema cardiológico, pele, sistema muscular, aparelho digestivo, etc. A energia dirigida para adaptação da pessoa à solicitação estressante não é ilimitada.
Se o Estresse continuar, o corpo todo pode entrar na terceira fase, 
O ESTADO DE ESGOTAMENTO , onde haverá queda acentuada da capacidade adaptativa.  
Sintomas do Estresse
Quando as modificações fisiológicas necessárias à adaptação são eficientemente produzidas pela Ansiedade estamos diante da Ansiedade ou estresse normal.  Ex: respostas diante de uma situação nova; a criança que chora diante da fome deixando clara a vontade de comer, o adolescente em estado de alerta diante da prova do vestibular, o adulto muito atento ao trânsito.  
O estresse patológico é uma forma de resposta inadequada, em intensidade e duração, à solicitações de adaptação;
o bebê que chora ao ponto de perder o fôlego diante da fome; o adolescente em estado de esquecimento total diante da prova do vestibular, o adulto hipertenso e com arritmia cardíaca no trânsito. 
Segundo Kaplan, ocorrência duas vezes maior no sexo feminino 
Estima-se que até 5% da população geral tenha algum tipo de Transtorno de Ansiedade. 
Sendo o estresse um grande mobilizador do Sistema Nervoso Autônomo, nestes tipos de transtornos ocorre rica sintomatologia física. 
Organicamente, no Esgotamento, há alterações significativas nas glândulas supra-renais (produtoras de adrenalina e cortisona), há dificuldades no controle da pressão arterial, há alterações do ritmo cardíaco, alterações no 
sistema imunológico, no controle dos níveis de glicose do sangue, etc.
 Psiquicamente, estresse crônico ou Esgotamento leva à um estado de apatia, desinteresse, desânimo e de pessimismo em relação à vida.
Na sintomatologia geral do estresse, se observa pelo menos 6 dos sintomas seguintes: 
01 - tremores ou sensação de fraqueza, 02 - tensão ou dor muscular, 03 – inquietação, 04 - fadiga fácil, 05 - falta de ar ou sensação de fôlego curto, 06 – palpitações, 07 - sudorese, mãos frias e úmidas, 08 - boca seca, 09 - vertigens e tonturas, 10 - náuseas e diarréia, 11 - rubor ou calafrios, 12 -“bolo na garganta”, 13 – impaciência, 14 - resposta exagerada à surpresa, 15 - pouca concentração ou memória prejudicada
16 - dificuldade em conciliar e manter o sono, 17 – irritabilidade
Embora o Estresse favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que o organismo atinja um máximo de eficiência.  A partir de um ponto excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa 
Custos Organizacionais da Insatisfação e do Estresse
 Custos de assistência médica, absenteísmo e rotatividade, baixo comprometimento organizacional, violência no local de trabalho.
 Fontes de Insatisfação e Estresse
Ambiente Físico e Social (“síndrome do edifício doente”), inclinações pessoais, 
Tarefas organizacionais: complexidade, esforço físico, insignificância da tarefa
Papéis organizacionais : 
Conflito de papéis(Ter de trabalhar sob diretrizes contraditórias, ter de trabalhar com dois ou mais grupos de pessoas que esperam coisas diferentes de você; tr demandas contraditórias de pessoas no trabalho, Não saber exatamente quais são as suas responsabilidades ; ter de fazer coisas que você acha que devem ser feitas de modo diferente; tr dúvidas quanto à autoridade de que você dispõe.
Ambigüidade de papel: (Não saber como você deve se desempenhar para fazer bem o seu trabalho; Ter dúvidas quanto a dividir corretamente seu tempo entre o trabalho que você precisa fazer; Trabalhar onde você nem sempre pode ter certeza do que é esperado de você; Trabalhar onde é difícil de obter todas as informações, recursos ou materiais necessários; Sentir que você não tem todas as aptidões necessárias para fazer bem o seu trabalho
Papel sub dimensionado: ( Trabalhar em tarefas que poderiam ser feitas por alguém menos qualificado; Realizar trabalho repetitivo ou enfadonho; Trabalhar em coisas que você acha que não são absolutamente necessárias ou úteis.
Papel superdimensionado: ( Trabalhar sob constante pressão de tempo, Trabalhar duro para atender prazos finais.
Síndrome de Burnout 
O termo Burnout é uma composição de Burn = queima e Out = exterior
É uma resposta ao estresse ocupacional crônico e caracterizada pela desmotivação, ou desinteresse, mal estar 
interno ou insatisfação ocupacional.
Afeta, em maior ou menor grau,  profissionais que lidam com outras pessoas, que resolvem problemas dos outros, como por exemplo médicos, enfermeiros,carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, funcionários de departamento pessoal, tele marketing e bombeiros.
Trata-se de um conjunto de condutas negativas, como a deterioração do rendimento, a perda de responsabilidade, atitudes passivo-agressivas com os outros e perda da motivação. 
A pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Entre os fatores associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout estão: pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação, falta de cooperação na equipe. Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho. Enquanto o estresse apareceria mais 
como um esgotamento pessoal com interferência na vida da pessoa e não necessariamente na sua relação com o trabalho. 
A Síndrome de Burnout traz conseqüências não só do ponto de vista pessoal, mas também do ponto de vista institucional, como: absenteísmo, diminuição do nível de satisfação profissional, aumento das condutas de risco, 
inconstância de empregos, repercussões na esfera familiar. 
O quadro evolutivo tem 4 níveis de manifestação:
1º nível – Falta de vontade, ânimo ou prazer de ir trabalhar. Dores nas costas, pescoço e coluna. Diante da pergunta “o que você tem?” normalmente a resposta é "não sei, não me sinto bem“
2º nível – Começa a deteriorar o relacionamento com outros. Pode haver uma sensação de perseguição ("todos estão contra mim"), aumenta o absenteísmo e a rotatividade de empregos. 
3º nível – Diminuição notável da capacidade ocupacional. Podem começar a aparecer doenças psicossomáticas, tais como alergias, psoríase, picos de hipertensão, etc. Nesta etapa se começa a auto-medicação, que no princípio tem efeito placebo mas, logo em seguida, requer doses maiores. Neste nível tem se verificado também um aumento da ingestão alcoólica.
4º. nível – Esta etapa se caracteriza por alcoolismo, idéias ou tentativas de suicídio, podem surgir doenças mais graves, tais como câncer, acidentes cardiovasculares, etc. Durante esta etapa ou antes dela, nos períodos prévios, o ideal e afastar-se do trabalho.
Como prevenir o estresse e gerar satisfação no trabalho?
Enriquecer o trabalho ( autonomia, significado); Identificar as aptidões; Treinar as habilidades; Voz (verbalização das insatisfações), Condicionamento físico (exercícios aeróbicos); Técnicas de relaxamento; Feedback. 
Seria impossível e, ao mesmo tempo, extremamente indesejável eliminar completamente todos os tipos de Estresses. Fisiologicamente, a ausência total de Estresse equivale à morte.Reduzir os efeitos danosos do Estresse e administrar melhor os estressores do cotidiano. 
Assumir uma postura onde o Estresse seja um acontecimento positivo e não um empecilho ao desempenho pessoal e profissional, à saúde e à felicidade. 
Bibliografia
Hollenbeck, J. Comportamento Organizacional, Ed Saraiva, cap 5, Satisfação e Stress no Local de trabalho
Ballone GJ, Moura EC -Síndrome de Burnout - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br

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