Buscar

DIRETO TRIBUTARIO - completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 168 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 168 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 168 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIRETO TRIBUTÁRIO 
 
Prof. Flávio Galvão 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
2 
 
DIRETO TRIBUTARIO – Prof. Flávio Galvão 
26/02/2021 – Aula 1 
1. Sistema Tributário Nacional 
COMPETÊNCIA TRIBUTARIA é o poder que a Constituição outorga para os entes federativos para 
que eles possam criar as leis que vão exigir os tributos que estão disciplinados na própria 
Constituição. Ou seja, competência tributária, é um poder para que a união, estados membros e 
municípios possam criar por meio das leis competentes e exigir os tributos disciplinados na 
Constituição. 
A Constituição tem 3 funções relevantes em matéria tributária. A competência tributária e 
essa outorga de poder para legislar a competência tributária, onde a constituição 
1- Estabelece os princípios constitucionais tributários; 
2- Disciplina as imunidades tributarias, ou seja, as relações jurídicas que não vão se 
submeter a tributação; 
3- Estabelece o chamado núcleo definidor dos elementos que compõe a norma 
tributaria, é a hipótese de que é o comportamento do contribuinte que vai desencadear 
o dever de pagar tributo, qual a base de cálculo desses tributos, quem é o sujeito 
passivo desses tributos e em que momento ocorre o dever de pagamento do tributo; 
E, com isso, se estabelece nessas 3 funções, ao lado da competência tributária, esses 
requisitos essenciais para que a tributação pode ser considerada válida no ordenamento jurídico. 
Obedecer aos princípios tributários que a própria constituição estabelece, excluir/ impedir 
determinadas relações jurídicas para que se submeta a tributação, pois as imunidades estão no 
plano da constituição. E ao definir os tributos que podem ser cobrados, a CF de 88 limita a atuação 
do legislador ordinário, o legislador infraconstitucional. 
E dentro desse contexto também, ela estabelece o que pode e o que não pode ser feito no 
contexto da tributação, quem pode e quem não pode exigir os tributos. Ou seja, a CF impõe a 
competência tributária. 
 Essa COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA vem disciplinada a partir do Art. 145 da CF; 
A MODALIDADE DOS TRIBUTOS existentes nos Arts. 153 ao 156 CF; 
E PRICÍPIOS TRIBUTÁRIOS a partir do Art. 150 CF. 
 
O dever de pagar tributo é uma condição inexorável da nossa cidadania. 
Pessoas físicas não detém de imunidade tributária. 
 
A CF não cria o tributo, quem cria o tributo são as leis emanadas pela União, Estados 
membros e Municípios, por meio dessas leis ordinárias competentes, esses entes federativos criam 
ou até mesmo majoram os tributos. Essa possibilidade também, de criação e majoração dos tributos 
pode ser atribuída a lei complementar. 
3 
 
Quem efetivamente cria os tributos, por outorga de competência são os entes federativos, 
seja por meio de suas leis ordinárias, o que exige votação de quórum público, emanadas pelo 
legislativo do ente público ou a própria união, como também a constituição exige a possibilidade 
de criação e majoração de tributo por meio de LEI COMPLEMENTAR. 
• A exceção a essa regra diz respeito a possibilidade da Lei Complementar criar 
empréstimos compulsórios (art. 148, da CF); o imposto de competência residual (art. 
154, I), além das outras contribuições sociais (§ 4º do art. 195) e, por último, o imposto 
sobre grandes fortunas (art. 153, VIII), que é um imposto competente a união federal, 
mas ainda não existe lei complementar, ainda não foi criado. 
 
 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 
O sujeito ativo do tributo será sempre a União, Estados membros, DF e os municípios. Estes 
são chamados os entes federativos que recebem e são vinculados a competência tributária que a 
CF estabelece. 
O sujeito passivo será pessoa natural física ou jurídica de direito privado. 
A capacidade tributaria tem a ver com a sujeição ativa do tributo. 
Administração Pública Direta (está vinculada aos órgãos da administração pública 
centralizada que se vincula diretamente ao ente político, ex.: Receita Federal do Brasil, está 
vinculada diretamente a tributação da união federal) 
Administração Pública Indireta (autarquias e fundações mantidas pelo poder público). 
A capacidade tributaria ativa significa a outorga de poderes para a cobrança e fiscalização 
dos tributos a uma outra entidade da adm. pública, são eles órgãos da adm. pública indireta, mas 
que é atribuída pela Lei, e não pela CF. a Lei criadora ou majoradora, por outorga de competência 
da CF, então, a capacidade tributaria ativa significa que a lei competente pode atribuir a cobrança 
e fiscalização dos tributos a um outro órgão distinto da adm. publica indireta. Inclusive até podendo 
utilizar o que é cobrado e arrecadado para o custeio de atividades do órgão da adm. publica 
indireta. 
 A competência tributária é da CF que outorga competência para editar as leis tributarias 
para a exigência ou majoração dos tributos, quem recebe essa outorga de poder são os entes 
federativos, e com a outorga dessa competência eles editam as leis competentes para exigir ou 
majorar os tributos. A competência tributária não se transfere. 
A capacidade tributaria ativa significa que quando esta lei, competentes para exigir ou 
majorar os tributos, é criada pelos entes federativos, pode esta lei em 2 atividades essenciais na 
atividade jurídica tributaria: cobrança e/ ou fiscalização dos tributos atribuir este dever de cobrar e 
fiscaliza a outro órgão da adm. publica indireta, destes mesmos entes federativos. (Ex.: quando a 
OAB (autarquia) cobra anuidade do advogado, tributo para o exercício de atividades profissionais). 
A capacidade tributaria ativa pode ser transferida. 
Resumo: 
“A capacidade tributária ativa é a aptidão para figurar, por lei, na posição de sujeito ativo da 
relação tributária, ou seja, na posição de credor, com as prerrogativas que lhe são inerentes de 
4 
 
fiscalizar o cumprimento das obrigações pelos contribuintes e de cobrar os respectivos créditos 
tributários.” 
A competência tributária é o poder conferido pela Constituição Federal de 1988 aos entes 
políticos (União, estados membros, Distrito Federal e municípios) para a instituição de tributos. 
O que a caracteriza é o fato de ser facultativa, indelegável, intransferível, incaducável e 
irrenunciável. Em outras palavras, podemos dizer que a competência tributária não é de exercício 
obrigatório, não pode ser entregue a outra pessoa jurídica de Direito Público nem a outra 
entidade política, não tem prazo para ser exercida e não pode ser objeto de renúncia. 
 
Já a capacidade tributária ativa, por sua vez, consiste na atividade de arrecadar e fiscalizar 
tributos. Tem como principais características o fato de ser delegável a outras pessoas jurídicas de 
Direito Público (autarquias profissionais), transferível para outra entidade política e precária, pois 
sua delegação pode ser revogada a qualquer tempo, conforme preceitua o artigo 7º do Código 
Tributário Nacional. 
 
Desta forma, conclui-se que a competência tributária é o poder de tributar do ente federativo, 
conferido pela Constituição Federal de 1988, e que somente será exercido pelo ente político 
constitucionalmente competente; enquanto a capacidade tributária ativa é o ato de arrecadar e 
fiscalizar tributos, o qual pode ser transferido para outra entidade política. Por exemplo, somente 
a União pode instituir o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas), porém ela pode delegar a 
arrecadação e fiscalização deste tributo a outra pessoa jurídica de Direito Público. Neste caso, a 
União possui o poder mais abrangente (competência), pois cria um tributo, não sendo necessário 
que ela própria arrecade e fiscalize a tributação de referido imposto (poder menos abrangente). 
Acrescente-se ainda que, como acima visto, a recíproca não é verdadeira, pois mesmo que uma 
entidade política tenha capacidade tributária ativa, esta pode ser revogada a qualquer tempo. 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10591016/artigo-7-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
5 
 
A AUTONOMIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
O Direito Tributário se apresenta como um ramo autônomo (relativamente) do direito. 
 
Indiscutivelmente, o Direito Tributário tem: 
 
a) autonomia dogmática, isto é, possui certos princípios e métodos que lhe são próprios, diferentes 
dos que são exclusivos de outros ramos do direito. 
 
O Direito Tributário tem forma própria, específica. 
 
No Direito Tributário há princípios que são seus pilares: 
 
PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONCEITO 
Estrita legalidade tributária Todos os elementos integrantes do tributo devem estar 
definidos em lei 
Anterioridade da lei tributária Antes do inicio do exercício financeiro, lei tributária e lei 
orçamentária devem estar em vigência 
Definição legal do fato gerador Deve ser interpretada com abstração da validade jurídica 
dos atos efetivamente praticados pelo contribuinte, bem 
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos 
Convenções particulares A responsabilidade pelo pagamento de tributos, não pode 
ser oposta à Fazenda Pública para alterar a definição legal 
do sujeito passivo tributário 
 
b) autonomia estrutural, isto é, possui certos institutos jurídicos específicos, próprios, diferentes 
dos existentes nos demais ramos do direito. O Direito Tributário tem conteúdo próprio, especifico. 
 
No Direito Tributário encontramos o estatuto do contribuinte, a consulta tributária, a obrigação 
tributária, a capacidade tributária, e outros. 
 
Como tais princípios, métodos e institutos são distintos dos que informam outros ramos do direito, 
o Direito Tributário passa a ter certa independência (relativa) para oferecer suas conclusões e 
defender sua finalidade específica. 
 
Daí a autonomia (relativa) do Direito Tributário perante o direito e os demais ramos jurídicos. 
 
A autonomia do Direito Tributário é, pois, uma realidade indiscutível. Este ramo do direito atinge 
suas finalidades, alcança os seus objetivos e realiza os seus fins de modo inconfundível. Atende, 
incontestavelmente, os requisitos dogmáticos e estrutural, essenciais para a autonomia. 
 
Esta autonomia está consagrada também no ápice do nosso ordenamento jurídico, pois a 
Constituição Federal dedica um capítulo especial ao Sistema Tributário Nacional (artigos 145 ao 
162) e prevê que lei complementar estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária 
(artigo 146, inciso III). 
 
Além disso, a existência do CTN — Código Tributário Nacional — é decisivo para derrubar 
qualquer argumento tendente a questionar a autonomia do Direito Tributário. 
 
 
6 
 
RECEPÇÃO DO CTN PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
 
Através do princípio da recepção, todas as normas jurídicas em vigência anteriores a um 
ordenamento constitucional e que não entrem em conflito com este último, são absorvidas pelo 
sistema jurídico, permanecendo em vigor. 
 
A Constituição de 1988, exatamente no art. 146, inciso III, alínea "b", exige a edição de lei 
complementar para tratar, como norma geral aplicável aos entes estatais (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios), dos institutos da decadência e da prescrição tributárias. 
 
O CTN - Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, cumpre as funções da lei complementar exigida pela 
Constituição de 1988 para tratar de prescrição e de decadência tributárias no art. 150, parágrafo 
quarto; no art. 156, inciso V; no art. 173 e no art. 174. 
 
Desta forma, a aplicabilidade atual do CTN, sob a égide da Constituição de 1988 decorre do 
fenômeno, teoria ou princípio da recepção (art. 34, §5 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias). 
 
No aspecto formal, como a Constituição Federal de 1967 exigia que a matéria tributária, em se 
tratando de ‘normas gerais, conflitos de competência e limitações ao poder tributante’ fosse de 
natureza complementar, o CTN, diploma que versava sobre tais assuntos, embora fosse lei 
ordinária, passou a ter ‘eficácia de lei complementar’ por força do princípio da recepção. 
 
http://www.portaltributario.com.br/obras/ctn.htm
7 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTARIAS 
 
Competência cumulativa – Art. 147 CF e 155 CF 
 
Art. 147 CF - Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não 
for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os 
impostos municipais. 
 
 - Não temos território federal na federação brasileira, mas se tivermos pode ser exercida a 
competência cumulativa. 
 
 
Competência privativa, é exclusiva, ou seja, só aquele ente pode exigir ou majorar aqueles 
específicos tributos. 
 
o União Federal: 
- Impostos - Art. 153 CF (só a união federal cobra o ITR; imposto sobre grandes 
fortunas, ainda que não criado, mas só ela tem esse poder; IOF;) 
- Empréstimo compulsório (é um tributo) – Art. 148 + Sum 418 STF 
- Contribuições – Art. 149 
 
o Estados membros e DF: 
- Impostos - Art. 155 CF (ex.: IPVA, ITCMD - O imposto sobre transmissão causa 
mortis e doação é um imposto brasileiro de competência dos estados e do Distrito Federal, que 
incide quando da transmissão não onerosa de bens ou direitos, tal como ocorre na herança ou 
na doação.) 
- Contribuições Sociais do Sistema Previdenciário dos Estados, DF: §1º, do Art. 
149. 
 
o Municípios e DF 
- Impostos - Art. 156 CF (ex.: IPTU, ISS, ITBI, …) 
- Contribuições Sociais do Sistema Previdenciário dos Estados, DF: §1º, do Art. 
149. COSIP: Art. 149-A. 
 
 
Competência comum = Taxas e Contribuições de melhorias – Art. 145 CF 
Competência residual = é a possiblidade da criação de impostos novos, e de acordo com a 
interpretação do STF esses impostos novos não podem ter base de cálculo em fato gerador dos 
já existentes na CF. no que tange na possibilidade de contribuições sociais novas, essa 
competência da união federal, e de acordo com a interpretação do STF, ela pode sim ter idêntica 
base de cálculo em fato gerador a impostos. 
 
Uma das modalidades de contribuição do Artigo 149 são as Contribuições sociais, distintas dos 
impostos. 
Quando se fala de competência residual se fala na possibilidade da união federal de editar leis 
para a exigência de impostos novos, que não tenham previsão na CF. desde que, na interpretação 
do STF esses impostos novos não podem ter base de cálculo em fato gerador dos impostos já 
existentes na CF. 
 
8 
 
Quando a união federal vai exercer essa competência para as contribuições sociais, elas serão 
novas contribuições socias, mas o SFT entende que não há nenhum impedimento condicional a 
esse que essas contribuições sociais possam ter e terão a mesma base de cálculo em fato gerador 
dos impostos, isso sem prejuízo a CF. 
 
 
- IMPOSTO = é um tributo não vinculado a qualquer tipo de atividade estatal, contra prestação 
estatal, o imposto não recebe absolutamente nada em troca. E tampouco impostos podem ter 
destinação específica. 
- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL = são tributos cuja característica essencial é possuírem destinação 
específica. 
- TAXAS = de acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício 
regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”. 
 
Competência extraordinária = aquela advinda de imposto extraordinário de guerra, se o Brasil 
entrar em guerra com outro país na orbita internacional, uma guerra externa (não abrange guerra 
civil interna), pode ser criado um imposto extraordinário de guerra Art. 154, II CF. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
o Privativa = significa que a competência para a instituiçãode determinados tributos 
conferidas aos entes federativos são de caráter exclusivo, então quando a união recebe 
competência para tributar impostos sobre a rende, apenas a união poderá faze-la. 
Respeitando os limites estabelecidos pela CF para a criação do imposto sobre a renda. 
Inclusive impossibilita que outros entes federativos possam usurpar essa competência, 
pois não se tem autorização para tanto. 
 
Tratados Internacionais ou Convenções internacionais em face da ordem tributária jurídica 
vigente, a convivência deve ser harmônica, havendo a prevalência do tratado em face do princípio 
oriundo do direito internacional, oriundo dessa convenção estabelecida por meio de tratados 
internacionais entre os países, ou seja, ou tratados vão prevalecer sobre a ordem jurídica interna, 
estes tratados devem estar devidamente ratificados por meio de decreto legislativo. Art. 98 do 
código tributário nacional. 
Então quando o Decreto legislativo integra e ratifica o Tratados Internacionais ou Convenções 
internacionais realizado pelo Brasil, no âmbito do ordenamento jurídico interno, ele vai revogar 
todas as disposições normativas anteriores que disporem em contrário. 
Os tratados e convenções internacionais, em matéria tributária, necessitam de serem ratificados 
por meio de decreto legislativo e tem status de lei ordinária, emanada pela CF, de acordo com o 
Art. 98 do código tributário nacional. 
9 
 
Portanto, pela interpretação do STF (ADIn 1.480/DF-2001), no caso de uma lei tributária interna 
POSTERIOR já existente for incompatível com a norma prevista em tratado ou convenção 
internacional, prevalece este último, por força do princípio da especialidade, não existindo 
hierarquia entre eles, permanecendo em vigor a lei tributária interna existente naquilo que for 
compatível. 
Ou seja, pela interpretação do STF no caso de uma lei tributária que seja POSTERIOR a um tratado 
e convenções internacionais e que seja contraria ao que dispõe o tratado internacional, o STF 
entende que não vai valer o princípio da especialidade. Então os tratados e convenções 
internacionais vão perder a sua vigência e eficácia em face da lei nova que é incompatível com 
seu texto. Nunca a lei superveniente será nula por força ou existência do tratado, prevalecendo 
a soberania interna brasileira no que tange a sua competência legislativa. 
(1h23m) 
DECRETOS LEGISLATIVOS = sua função é de introduzir no ordenamento jurídico brasileiro os 
convênios internacionais no âmbito tributário, então eles ratificam os tratados e convenções 
internacionais em matéria tributária, como também vai ratificar os decretos legislativos, 
convênios que são realizados entre os entes políticos e estados, municípios entre a união e os 
estados ou municípios. 
➢ Não confundir decreto legislativo com decreto regulamentador que é baixado pelos 
chefes do executivo para dar fiel cumprimento a lei. Decreto legislativo é lei ordinária, 
seja ela federal, estadual ou municipal. Decreto regulamentador não é lei é ato normativo 
secundário. Art. 62 CF. 
(1h25m) 
Competência tributária: 
o Indelegável = possibilidade absoluta de poder, legislar para outros entes federativos em 
matéria tributária, essas funções não podem ser atribuídas ao poder executivo. Só quem 
legisla em matéria tributária, que tem a competência tributária, são os entes federativos 
por meio dos seus órgãos próprios para legislar, são eles, congresso nacional, governo 
federal, assembleia legislativa estaduais e câmaras municipais e distritais. 
o Incaducável = o poder para legislar em matéria tributária não fica veiculado ao tempo, se 
se perde ao decurso do tempo, não prescreve ou decai. A qualquer momento pode ser 
exercida pela união federal 
o Irrenunciável = o poder para legislar em matéria tributária pelos entes federativos não 
pode ser objeto de renúncia. 
o Inalterável = é matéria reservada a CF, somente pode ser alterada por meio de emenda. 
Nem a lei complementar pode dispor sobre a competência tributária. 
o Facultativa = os entes federativos não são obrigados a legislar sobre matéria tributária, 
ou seja, ao exercício da criação e cobrança dos tributos. (ex.: imposto sobre grandes 
fortunas). 
OBS.: CUIDADO. O art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2001), significa que uma vez 
instituído o tributo está estabelecido a arrecadação tributária do tributo por meio de lei, o ente 
federativo não pode mais abrir mão. Então ela é facultativa no exercício de legislar, mas uma vez 
exercida a perspectiva de poder para a criação de tributos o ente federativo exerce e cria o tributo, 
não vai mais deixar de arrecadar, sob pena de sanção jurídica atribuída ao respectivo poder. 
10 
 
(1h30m) 
Bitributação = mais de um ente federativo, mais de um ente político que compõe a federação 
brasileira tributar duas vezes o mesmo fato. Significa dizer que mais de um ente federativo, por 
exemplo a união e o estado membro, muitas vezes entra-se essa possibilidade pela CF de que 2 
entes federativos podem cobrar em face do mesmo comportamento do ser humano, seja pessoa 
física ou jurídica de direito privado, poderemos ter o mesmo comportamento do sujeito de direito 
sendo submetidos a tributação. Isto é, 2 entes federativos, cobram o mesmo tributo ao mesmo 
tempo em face do mesmo comportamento. 
Bis in Idem = um ente federativo, o mesmo ente federativo, cobrando 2 vezes o mesmo tributo 
federativo. Ex.: imposto de importação, IPI da importação. Exemplo de contribuições do art. 149, a 
união federal cobra PIS e COFINS sobre o faturamento e sobre a importação de mercadorias. 
 
 
 
 
11 
 
05/03/2021 – Aula 2 
Princípios Constitucionais Tributários 
- Princípio da Legalidade tributaria – Art. 150, I CF = significa a proeminência, primado, o respeito a 
legalidade, todo tributo para ser criado ou majorado deve ser previamente submetido a aprovação 
do poder legislativo. A exigência e a majoração do tributo é fruto de uma atividade parlamentar, 
que se conclui com a aprovação da lei, só a lei pode exigir ou aumentar o tributo. O decreto 
regulamentador (ato normativo secundário), que é aquele de competência dos chefes do poder 
executivo para baixar normas para o fiel cumprimento de lei, não tem a possibilidade pelo sistema 
constitucional brasileiro de criar ou majorar tributos. 
Ou seja, o tributo deve ser criado ou majorado sempre por meio de lei, sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte. 
Art. 150 CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
(21m30s) 
- Regime jurídico da MP - Medidas PROVISÓRIAS em matéria tributárias - Art. 62, § 2º CF = é um 
instrumento normativo utilizado em casos de relevância e urgência. A MP tem força de lei, ainda 
que seja um expediente excepcional. Nenhum chefe do executivo pode desprezar a esse comando 
constitucional. 
 
Art. 62 CF - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e 
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo 
financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
§ 2º - Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nosarts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
 
Temos uma regra de eficácia estabelecida no Art. 62, § 2º CF. significa dizer que, em que se pese a 
possibilidade de o presidente da república taxar com relevância e urgência a MP em matéria 
tributária, em impostos, ela só produz seus efeitos jurídicos a todos os cidadãos brasileiros só a 
partir do exercício financeiro seguinte. (ex.: havendo um aumento das alíquotas de impostos, essa 
MP para ter eficácia e produzir seus efeitos validos, a partir do exercício financeiro seguinte, ou 
seja, a partir de janeiro de 2022. E desde que essa MP tenha sido convertida em lei até o último dia, 
31 de dezembro de 2021, daquele exercício financeiro em que ela foi editada). 
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, = esses típicos impostos, como o imposto de 
importação do Art. 153, I; imposto de exportação do Art. 153, II; IPI do Art. 153, IV; IOF do Art. 153, 
12 
 
V; e o imposto extraordinário de guerra do Art. 154, II; quando se tratar desses impostos a MP terá 
eficácia imediata. Não haverá necessidade de aguardar o exercício financeiro seguinte, nem mesmo 
aguardar a conversão em lei. 
***Exceto para os impostos de importação, exportação, IPI, IOF e imposto extraordinário de guerra, 
da qual quando assim a MP estipular majoração ou criação de impostos a eficácia é imediata!!! 
 
 
Para as Contribuições Sociais, do Art. 149 CF = vamos encontrar a autorização, pelo entendimento 
do SFT, de MP para a instituição e majoração de contribuições sociais. 
 
Também fica permitida a utilização de MP para a instituição de taxas e contribuições de melhoria. 
 
Quando a Constituição determinar que um assunto que ela dispõe deve ser regulado por meio de 
lei complementar, a MP não vai poder disciplinar, pois a CF proíbe que toda e qualquer matéria 
reservada a Lei complementar não poderá ser editada por MP. Art. 62, III CF. 
 
Impossibilidade de MP para matérias de competência da Lei Complementar: 
 
• Imposto Residual (imposto novo): Art. 154, I, da CF. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
 
• Empréstimo Compulsório: Art. 148, da CF 
 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada 
à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
• Imposto sobre Grandes Fortunas: 153, VII, da CF 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
 
• Contribuição Social Previdenciária Nova: 195, §6º, da CF 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
• Normas Gerais em Direito Tributário: Art. 146 da CF 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
13 
 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas 
de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o 
art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime 
único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, 
adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
 
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços): Art. 155, §2º, XII e alíneas da CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das 
operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos 
além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e 
exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, 
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação 
do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 
 
• ITCMD (imposto de transmissão causa mortis e doação): Art. 155, §1º, III, da CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado 
no exterior; 
 
• ISS (imposto sobre serviços de qualquer natureza): Art. 156, III e §3º da CF 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
14 
 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei 
complementar. 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
 
 
• Contribuição Social: Art. 195, §11º (remissão = perdão do crédito e anistia = perdão da multa 
tributária, para débitos em montante fixado em lei complementar).Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, 
na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam 
a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. 
 
 
 
Aparente exceção ao Princípio da Legalidade – Art. 153, §1º CF 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
 
Os incisos tratam dos impostos de importação, exportação, IPI e IOF. Esses 4 
impostos, pelo critério de extra fiscalidade que a Constituição adota, ou seja, pela 
relevância desses impostos, exatamente por se tratarem de impostos que tem uma 
influencia imediata no que tange a regulamentação do mercado interno, inclusive das 
importações e exportações, influenciam na balança comercial brasileira. 
Esses 4 impostos, podem ter suas alíquotas, manipuladas pelo Poder 
Executivo/presidente da república e quando ele o faz, o faz por meio de decreto, mas 
quando ele faz por decreto, que não é lei, alíquota não pode ser criada por meio de decreto, 
porem nestes 4 impostos a CF permite. O presidente da república pode manipular, ele pode 
ir do grau mínimo ao grau máximo previsto em lei, para dispor sobre as alíquotas dos 
impostos. 
E porque é uma “aparente exceção”, pois o presidente não pode ficar mexendo da 
forma que quiser. Pois ele só pode manipular dentro do grau mínimo e o teto máximo 
estipulado por lei. E somente nos impostos acima mencionados. 
 
 
 
Outra aparente exceção ao Princípio da Legalidade, que permite a manipulação das 
alíquotas dos referidos impostos por meio de Decreto do Presidente da República: está 
previsto- Art. 177, § 4º, “b” da CF: 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades 
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e 
álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
15 
 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
a) diferenciada por produto ou uso; 
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no 
art. 150, III, b; 
Aqui estamos falando da manipulação das alíquotas da CIDE – Combustíveis por 
meio de Decreto Presidencial. A CIDE Combustível é um tributo, é uma contribuição de 
intervenção no domínio econômico, ramo da economia que ativa as atividades de 
importação e de comercialização de petróleo e derivados, gás natural e derivados de 
etanol. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Os CONVÊNIOS celebrados pelas entidades federativas, possuem uma previsão normativa 
no Art. 199 CTN – Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966. 
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-
se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na 
forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. 
 Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou 
convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da 
fiscalização de tributos. 
 
 São acordo de apropriação em matéria tributária, que são realizados pelas entidades de 
direito público internas, principalmente celebrados entre os estados que compõe a federação 
brasileira, entre os estados membros e municípios e também podem existir convênios celebrados 
entre a união federal e estados membros ou entre a união federal e municípios. E esses convênios 
são acordos de cooperação, que visam estipular regras bem especificas sobre arrecadação e 
fiscalização de tributos. E também servem para tratar de isenções tributarias, reduções de base de 
cálculo, incentivos e benefícios fiscais. Essas regras só podem ser aplicadas, quando todos os 
estados da federação concordam sobre ela. Então esses convênios são celebrados pelos entes 
federativos, naquilo que vem estipulado na CF inclusive por meio de um órgão, o CONFAZ – 
Conselho Nacional de Política Fazendária. Tudo isso com autorização constitucional e do CTN. A 
aplicação é feita de maneira uniforme em todo o território nacional. 
 
O Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ é o colegiado formado pelos Secretários de Fazenda, 
Finanças ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal, cujas reuniões são presididas pelo Ministro de Estado 
da Fazenda, competindo-lhe, precipuamente, celebrar convênios para efeito de concessão ou revogação de 
isenções, incentivos e benefícios fiscais e financeiros do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação – 
ICMS (Constituição, art. 155, inciso II e § 2° , inciso XII, alínea g e Lei Complementar n° 24, de 7.1.1975). 
Incumbe-lhe, ainda, nos termos do seu regimento interno, aprovado pelo Convênio ICMS 133/97: 
- sugerir medidas com vistas à simplificação e à harmonização de exigências legais; 
- promover a gestão do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais - SINIEF, para a coleta, 
elaboração e distribuição de dados básicos essenciais à formulação de políticas econômico-fiscais e ao 
aperfeiçoamento permanente das administrações tributárias. 
- promover estudos com vistas ao aperfeiçoamento da Administração Tributária e do Sistema Tributário 
Nacional como mecanismo de desenvolvimento econômico e social, nos aspectos de inter-relação da 
tributação federal e da estadual; 
- colaborar com o Conselho Monetário Nacional na fixação da Política de Dívida Pública Interna e Externa dos 
Estados e Distrito Federal, para cumprimento da legislação pertinente e na orientação das instituições 
financeiras públicas estaduais, propiciando sua maior eficiência como suporte básico dos Governos Estaduais. 
 
 
 Esses convênios estaduais, que são celebrados pelos entes federativos estaduais, em 
matéria de ICMS são disciplinados no Art. 155, §2º, Inciso XII, “g”, da CF; então todos os estados, 
incluindo o DF, vão conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais. E todos esses convênios que 
são celebrados tem previsão em Lei Complementar – LC no 24 de 1975.] 
 Então esses convênios de ICMS que integram a legislação tributária do próprio imposto, 
então todas essas desonerações tributarias vão ser disciplinadas por convênios e devem ser 
ratificadas, ou seja, confirmadas, por meio de decreto do poder executivo. No caso de ICMS é o 
governador do estado. 
 Aqui não se trata de uma exceção ao principio da legalidade, pois os convênios são aos 
acordos de confederação, previstos na CF por exemplo em matéria de ICMS. A organização, feitura 
e elaboração desses convênios está previsto em LC e tem previsão no CTN no artigo 199, e com isso 
esses convênios editados por esses órgãos da adm. Pública, tanto da união federal com os estados, 
17 
 
ou da união federal com os municípios, ou entre os próprios estados membros da federação e DF. 
Quando assim são editados há uma regra que os disciplina em lei com autorização constitucional 
para tanto, ai não há em matéria de ICMS isso se reforça com a previsão do Art. 155, §2º, Inciso XII, 
“g”, da CF. Então, os típicos casos de convênios celebrados entre os estados da federação brasileira, 
para celebrar matéria tributária relativa a isenção, redução de base de cálculo, concessão de 
incentivo e benefícios fiscais/ tributário não são considerados aparente exceções, são previsões 
constitucionais para disciplinar a matéria tributaria e integram o ordenamentojurídico conforme a 
lei, tanto no CTN – art. 199, como na LC. 
 
O Convenio, celebrado pelas entidades federativas, não é lei mas tem autorização legal e 
constitucional para disciplinas matéria tributaria e dentro desse contexto são ratificadas por meio 
de decreto legislativo ou decreto regulamentador. 
 
Os casos de isenção, extinção e redução dos demais tributos, que também obedecem ao 
princípio da legalidade, conforme previsão do §6º, do Art. 150 da Constituição Federal. 
Art. 150 §6ºCF - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito 
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser 
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do 
disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
 
 
 
Pag.11 
DECRETO LEGISLATIVO = é ato normativo primário, tem status de lei ordinária. Caráter de Lei 
Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 62 da CF. É oriundo e decorrente do processo legislativo. 
Decreto legislativo é o meio da qual se vai internar no ordenamento jurídica brasileiro os convênios 
internacionais, os chamados tratados convênios e resoluções internacionais em matéria tributária, 
então aí a manifestação do estado na ação, no caso a união federal. E também podem junto com o 
decreto regulamentador, disciplinar e ratificar internamente os convênios que são celebrados entre 
os estados da federação, entre os estados e municípios. Eles PODEM também, como decreto 
regulamentador, não há proibição do decreto regulamentador disciplinar também os convênios, 
isso por força da CF. 
 
Quando se tratar de ratificar tratado, convenção ou resolução que trate de caráter de participação 
do brasil como manifestação do estado em ação, nesses tratados ou convenções internacionais, é 
o DECRETO LEGISLATIVO que tem essa típica função exclusiva de integrar e ratificar os tratados ou 
convenções internacionais em matéria tributaria na legislação brasileira. 
 
DECRETO LEGISLATIVO = é ato normativo primário, tem status de lei ordinária. Caráter de Lei 
Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 62 da CF. ou seja, é lei e não decreto regulamentador. 
 
As Resoluções. Previsão do Art. 59, Inciso VII, da CF. 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
18 
 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
 
Resoluções podem tratar de matéria tributária e tem caráter de lei conforme a CF. 
 
➢ Em matéria de ICMS, temos a previsão do Inciso IV, do Art. 155, da CF, que determina que 
resolução do Senado Federal fixarão as alíquotas máximas de ICMS. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
➢ A seu turno Resolução do Senado, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço 
dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros estabelecerá as alíquotas 
aplicáveis às operações e prestações de caráter interestadual, previsão do Inciso IV, do §2º, 
do art. 155, da CF. 
Art. 155, § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos 
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas 
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 
➢ Ainda, em matéria de ICMS, vamos encontrar a previsão do Art. 155, §2º, Inciso V, “a”, da CF, 
que dispõe de resolução para definir as alíquotas máximas e mínimas nas operações e 
prestações internas, como também, fixar as alíquotas máximas nas mesmas operações 
para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados (Art. 155, §2º, Inciso V, 
“b”). 
Art. 155, V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de 
um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que 
envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por dois terços de seus membros; 
 
➢ O ITCMD terá sua alíquota máxima fixada pelo senado Federal por meio de resolução. O 
ITCMD tem a alíquota máxima fixada pela Resolução 9/92, que a fixa em 8% (Art. 155, §1º, 
Inciso IV). 
Art. 155, § 1º O imposto previsto no inciso I: 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
➢ Outro exemplo é em relação ao IPVA, o Senado poderá estabelecer por resolução alíquotas 
mínimas para o imposto, na previsão do Inciso I, §6º, do art. 155, da CF (Projeto Resolução 
do Senado Federal nº 15/2017). 
Art.155, § 6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
 
 
 
19 
 
pag12. 
 
 
PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA NÃO-CUMULATIVIDADE - Art. 153, II, § 3º, e Art. 155, § 
2º, I da CF 
 
Com relação ao IPI – imposto sobre produtos industrializados: não cumulatividade dos impostos 
sobre os produtos industrializados e sobre o comercio de mercadorias, relativamente com relação 
ao consumo desses produtos e mercadoria. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas 
anteriores; 
 
Com relação ao ICMS – imposto sobre operações relativas a circulação de mercadorias e sobre a 
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado 
ou pelo Distrito Federal; 
 
O IPI e ICMS incide e vem embutido no preço da mercadoria. São exemplos de impostos inseridos 
no Princípio da Não-Cumulatividade, pois na base de cálculo para definir o preço para definir o 
produto, vai ter que ser aplicada a compensação de créditos do próprio imposto, isso significa que, 
quando a empresa coloca o produto na circulação de consumo, ou seja, realiza uma operação de 
venda para o comerciante, esse comerciante compra o produto da empresa fabricante, que fez 
incidir sobre seu preço o IPI e ICMS, embutindo no preço da venda. E quando o consumidor final 
adquire esse produto, o comerciante faz a venda desse produto incidindo mais ICMS, IPI não pois 
ele não produziu mais nada sobre o produto. Então ele faz a venda do produto para o consumidor 
final e esse comerciante vai ter que pagar o ICMS da operação dele, pois ele realizou uma nova 
operação de circulação de mercadoria para o consumidor. Então temos o ICMS da indústria para o 
comerciante e temos o ICMS do comerciante para o consumidor. 
O ICMS que o comerciante vai ter que recolher para o fisco será então o ICMS a recolher fruto/ 
resultado da operação de abatimento. Ou seja, o comerciante pagou o ICMS embutido no preço do 
produto, este sendo de obrigação de recolhimento da indústria, então esse ICMS que ele pagou 
nessa operação antecedente, vira um credito que vai abater do debito da operação subsequente, 
ou seja do comerciante para o consumidor. Então o ICMS a ser recolhido vai ser o fruto resultado 
dessa operação de abatimento. Isso significa a aplicação do principio constitucional da não-
cumulatividade. E, se o credito for maior que o debito, vai gerar acumulo, gera credito para o 
período subsequente. Esse princípio pode ocorrer dentro no mesmo estado, bem como entre 
estados diferentes. 
 
20 
 
12/03/2021 – Aula 3 
Pag.13 
PRINCIPIODA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA - Art. 150, III, § 3º, a, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
 
Toda lei tributaria se projeta seus efeitos jurídicos para o futuro, a partir de sua vigência e eficácia 
da lei tributaria, inclusive em relação aos fatos gerados dos comportamentos gerados a partir da 
vigência e eficácia da lei tributária. 
 
Exceção, em que a lei retroage no tempo, na previsão do CTN, no art. 160 do CTN. 
 
Art. 106, I CTN - Uma lei interpretativa é uma lei cujo dispositivos interpretam e dão uma noção 
conceitual, há institutos jurídicos contidos em outra lei anterior, então uma lei nova interpreta os 
institutos jurídicos da conceituação jurídica descrevendo o conteúdo jurídico contido em uma lei 
antecedente. A lei retroativa vai retroagir no tempo em qualquer caso. 
A lei interpretativa, quando retroagem para seu entendimento de um instituto jurídico contido em 
lei anterior, se porventura o contribuinte agiu de maneira contraria ao entendimento a lei nova 
sobre o instituto jurídico contido na lei anterior, ou seja o contribuinte não agiu conforme a 
interpretação dada pela lei nova em razão da lei anterior que estabeleceu o conteúdo jurídico, Não 
vai ser aplicada sansão para a falta de cumprimento, não há consequência ao comando normativo 
interpretado pela lei nova. Ou seja, a lei interpretativa é inócua (ineficiente). 
Exemplo: PIS e COFINS (são contribuições sociais – Art. 149) 
 
Art. 106, II CTN - A lei tributaria vai retroagir no tempo, mas desde que ocorra uma situação 
elencada nas alíneas a, b e c, porem se tem coisa julgada não vai poder retroagir. O que significa 
dizer que o ato ou fato pretérito deixou de ser considerado infração, deixou de ser considerado 
fraudulento, comina uma penalidade menos severa, contudo não pode o ato ou fato pretérito estar 
submetido ao manto da coisa julgada, ou seja, não pode ter sido submetido a jurisdição tanto do 
processo administrativo fiscal, quanto do poder judiciário. Se tem coisa julgada nã vai poder 
retroagir. 
- alínea a = quando deixa de definir o ato ou fato pretérito como infração, ou seja, o ato o fato 
enquanto comportamento do contribuinte deixa de ser considerado com infração tributária. Ex.: 
não emitir nota fiscal, é uma infração a legislação tributária, aí vem uma lei nova que não considera 
mais uma infração tributaria. O fato ou ato deixou de ser considerado infração, vai retroagir no 
tempo, vai mas sob a condição de se tratar de ato não definitivamente julgado. 
- alínea b = quando deixa de definir o ato ou fato pretérito como fraudulento e desde que não tenha 
implicado na falta de pagamento do tributo. E.: o contribuinte pratica uma fraude ao não emitir 
nota fiscal, é uma infração a legislação tributária, aí vem uma lei nova que não considera mais uma 
infração tributaria. O fato ou ato deixou de ser considerado infração, vai retroagir no tempo, vai 
mas sob a condição de que o ato ou fato não estejam submetidos a coisa julgada. 
- alínea c = ex.: a lei nova afirma que a penalidade pelo descumprimento de uma determina lei 
tributaria é de 30%, mas a penalidade prevista na lei anterior é de 50%, então a penalidade aplicada 
é menos severa, então ela vai retroagir. Caso de diminuição de alíquotas de multa. 
 
 
Art. 106 CTN - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
21 
 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração 
dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha 
sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA - Art. 150, III, b, c, combinada com o Art. 150, 
§ 1º, e Art. 195, § 6º, da CF 
 
O Princípio da Anterioridade tributária, está vinculado ao momento de vigência e eficácia 
da lei tributária, ou seja do momento para a lei tributaria em que produz seus efeitos validos, seja 
para produzir ou majorar tributos. 
Tem aplicação para a Administração Fazendária e ao próprio poder Legislativo, onde ambos 
devem obediência irremediável. 
Envolve a preservação do princípio da segurança jurídica. 
Garantia individual do contribuinte com o entendimento do STF ADI nº 939-7 (1993). Direito 
Fundamental. Cláusula Pétrea (Impossibilidade de Supressão). 
 
De acordo com o Art. 150, III CF, fica vetado aos entes federativos cobrar tributos, de acordo 
com o disposto nas alíneas “b” e “c”. 
A alínea “b” diz que, toda lei tributária vai se projetar em eficácia, vai produzir efeitos validos, a 
partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte da publicação da lei que os institui ou 
aumenta. Ou seja, exige que a lei produz seus efeitos validos somente a partir do exercício 
financeiro seguinte da publicação lei que os institui ou majora. Ex.: lei tributaria hoje, 12/03/2021, 
que majora determinado tributo, só vai produzir eficácia a partir de 01/01/2022. 
A alínea “c” diz que, dispõe que sua eficácia só terá efeitos do exercício seguinte e antes de 
decorridos 90 dias a partir da data de publicação da lei que os institui ou aumenta. Observado o 
disposto na alínea “b”, ou seja, a produção de efeitos será conjugada com o disposto na alínea “b”, 
devendo ser respeitado o prazo estipulado por esta também. 
Devem ser cumpridos os requisitos das alíneas “b” e “c”. Isso se aplica para a regra geral. 
 
As exceções estão contidas no Art. 150, § 1º CF. 
• Exceções a Alínea “b”, do Inciso III, do Art. 150: 
148, I = Empréstimo Compulsório decorrente de Calamidade Pública e Guerra Externa 
153, I = Imposto de Importação 
153, II = Imposto de Exportação 
153, IV = IPI 
153, V = IOF 
154, II = Imposto Extraordinário de Guerra 
 
• Exceções a Alínea “c”, do Inciso III, do Art. 150 
148, I = Empréstimo Compulsório decorrente de Calamidade Pública e Guerra Externa 
153, I = Imposto de Importação 
153, II = Imposto de Exportação 
153, III = IR 
153, V = IOF 
154, II = Imposto Extraordinário de Guerra 
155, III = Base de Cálculo do IPVA 
156, I = Base de Cálculo de IPTU (imposto sobre propriedade territorial urbana) 
22 
 
 
OBS.: As exceções tem eficácia imediata. 
Com atenção para o artigo 153, IV = IPI (SE APLICA O PRAZO DE 90 DIAS, MAS NÃO SE APLICA O 
EXERCICIO FINANCEIRO SEGUINTE); 
E os artigos 153, III = IR e 155, III = Base de Cálculo do IPVA e 156, I = Base de Cálculo de IPTU, 
(NÃO SE APLICA O PRAZO DE 90 DIAS, MAS SE APLICA O EXERCICIO FINANCEIRO SEGUINTE); 
Tais que devem respeitar as exceções APENAS de suas respectivas alíneas. 
 
Art. 150 CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b; 
§ 1º - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; 
e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem 
à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.203) 
 
Art. 195 CF - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias 
da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 
150, III, "b". 
 
No artigo Art. 195, § 6º da CF, rege que a Contribuição Social, a modalidade de contribuição 
de seguridade social, o prazo para eficácia tributaria é limitado na CF aos 90 dias a partir da data de 
publicação da lei que os institui ou aumenta, não precisa obedecer ao exercício financeiro seguinte. 
Aqui não sofre nenhum tipo de exceção. 
 
IMPORTANTE!!! 
Art. 104 do CTN, que se encontra derrogado em face da Constituição de 1988, pelo princípio 
da anterioridade. 
Trata de dispositivos que, em se tratando de tributos e impostos inseridos sobre o patrimônio 
e a renda. 
Trata de imposto de: IR, IPTU e IPVA, que são impostos sobre patrimônio e renda. 
 
Art. 104 CTN - Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação 
os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: 
I - que instituem ou majoram tais impostos; 
II - que definem novas hipóteses de incidência; 
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e 
observado o disposto no artigo 178. 
 
➢ No que se refere o Artigo 104, III CTN, a respeito da Revogação de Isenção: não obedece a regra 
geral do princípio da anterioridade, nesse sentido o contribuinte imediatamente estará 
submetido a eficácia da lei que impõe o tributo, inclusive relativamente ao ICMS e Tratados 
Internacionais Revogados, salvo aquelas concedidas a prazo certo e sob condição, QUE 
CONTINUAM SOB A ÉGIDE DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA. 
 
No entendimento do STF, em matéria de tributação sobre renda e patrimônio, no caso de 
redução da isenção ou de revogação de isenção de tributo, o contribuinte já sabia qual era a carga 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
23 
 
tributária que ele tinha e se ele está na condição de isento, é porque ele tem consciência de que a 
qualquer momento ele pode voltar para a tributação, por afinal de contas a isenção só exclui o 
pagamento do tributo. Neste sentido, revogada a isenção, ou reduzida parcialmente a isenção, a lei 
vai ter eficácia imediata, isso no entendimento do STF, não precisa aguardar o exercício financeiro 
seguinte e nem os 90 dias. 
Em suma, revogada a isenção ou extinta parcialmente a isenção, não precisa aguardar o 
exercício financeiro seguinte e nem os 90 dias, ela já vai ter exercício imediato, o contribuinte vai 
ter que se submeter a tributação no dia seguinte. Salvo, se a isenção fora concedida a prazo certo 
e sob condição, isto é, por exemplo, uma isenção de IPTU por 5 anos, desde que você esteja 
desempregado e tenha uma família constituída morando naquele imóvel, e se você ingressa no 
mercado de trabalho, você perde a condição, automaticamente você deve voltar a contribuir com 
o tributo, porem se aplica o principio da anterioridade tributaria, ou seja você só vai pagar o tributo 
no exercício financeiro seguinte. 
 
24 
 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA - ART. 150, II CF 
 
Art. 150 CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
 
Os entes federativos tem proibição em instituir tratamento desigual entre contribuintes. 
 
Todo aquele que está submetido a incidência da norma tributaria, tendo igualdade na lei, 
mas a lei para aplicar a isonomia tributária, e toda a lei tributaria deve sim obediência a isonomia, 
quando ela estabelecer os critérios de diferenciação entre os contribuintes os deve fazer com toda 
a observância da riqueza por ele revelado, proibindo qualquer tipo de critério que leve em 
consideração ocupação profissional, função, característica pessoais do contribuinte ou a 
determinação dada para títulos ou direitos que o contribuinte possa ter. 
A isonomia tributaria estabelece um paradoxo, ao estabelecer a suposta igualdade, não é 
igualdade de todos para ser submetidos a tributação. Acontece que a lei tributaria para ser 
isonômica não pode ser apenas igualdade perante a lei, tem que ser igualdade na lei, ou seja, deve 
se estabelecer critérios para diferenciar o contribuinte em razão de determinado nível de riqueza 
que ele apresenta. Por isso existe a gradação de aplicação de alíquotas, tanto quanto maiores em 
face da riqueza apresentada pelo contribuinte. Ou seja, não temos a isonomia tributária como um 
critério justo a ser aplicado para a tributação. 
 
 
• Igualdade perante a Lei: objetivo do aplicador da lei que deve impor o conteúdo da norma 
jurídica a todos aqueles que realizarem a conduta descrita na hipótese legal. 
 
• Igualdade na Lei: proibição ao legislador de impor critérios de diferenciação entre os cidadãos 
baseados no arbítrio, estabelecendo diferenças jurídicas sem fundamento jurídico razoável. 
 
• Princípio constitucional tributário autoaplicável destinado ao legislador infraconstitucional no 
momento do exercício de sua competência tributária. Tem por função limitar a atuação do 
legislador, proibindo a adoção de privilégios tributários a determinada categorias de 
contribuintes, devendo aquele estabelecer critérios de diferenciação entre contribuintes a 
ponto de equipará-los de maneira justa e razoável, em face dos níveis de riqueza que se 
apresentam. 
 
 
Princípios que decorrem dentro da IGUALDADE/ ISONOMIA TRIBUTÁRIA: 
 
1 – Princípio da capacidade contributiva – Art. 145, § 1º CF 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
Todos os tributos, e principalmente os impostos, e contribuições do art. 149, que a base de 
cálculo revelam riqueza também, pois até as contribuições estão submetidas ao critério isonômico, 
25 
 
então mais ainda reforçado para os impostos, que sempre terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, sempre e todos os impostos. 
Isso se reforça para os impostos, pois a característica da base de calculo que confirma o 
comportamento tributário que é a riqueza. Todos os impostos mensuram a riqueza do contribuinte. 
 
• Contribuições Sociais - Art. 195, §9º: por força de diferenciação de alíquotas em função de 
atividade econômica, utilização de mão-de-obra ou porte da empresa. 
• Taxas: princípio da retributividade em face do serviço prestado e poder de polícia realizado. 
 
 
A capacidade contributiva também é utilizada em caráter extrafiscal, já que se é tributado 
do ponto de vista de riqueza, a capacidade contributiva também serva para inibir certos 
comportamentos indesejáveis do sujeito passivo, que muitas vezes são contrários ao ordenamento 
jurídicos, você vai ter alíquotas gradativas aplicáveis em face do mau uso da propriedade, ou seja, 
se ela descumpre com a sua função social ela é mau usada e sendo mal usada ela dá ensejo para as 
alíquotas progressivas, pelo critério da extrafiscalidade, então ela tem a capacidade contributiva 
em seu critério extrafiscal. 
 
• A capacidade contributiva também se presta como instrumento deextrafiscalidade, enquanto 
finalidade não arrecadatória, mas que visam inibir e reprovar condutas indesejáveis dos 
contribuintes, tudo em prol do cumprimento dos demais princípios constitucionais que 
compõem o sistema. 
 
• O contexto jurídico de aplicação do princípio da capacidade contributiva determina a adoção 
de técnicas de aferição da mensuração pessoal da riqueza do contribuinte em matéria de 
impostos. 
 
• Nesse sentido, temos subprincípios de aplicação da capacidade contributiva, tais como a 
progressividade e a seletividade contidas na CF de 1988. 
 
 
2 – Princípio da Progressividade Fiscal e Extrafiscal: 
A aplicação de alíquotas progressivas na medida do aumento do grau da riqueza do 
contribuinte, revelado na base de cálculo do contribuinte, isso é um princípio constitucional. 
 
Os tributos que se submente a progressividade são: 
 
• Imposto de Renda - Art. 153, § 2º, I CF 
Temos o Imposto de Renda como imposto progressivo previsto no Art. 153, §2º, I, será informado 
pelos critérios de generalidade, universalidade e progressividade, correspondendo o alcance da lei 
tributária do imposto sobre a renda àqueles que tenham realizado a hipótese de incidência do 
tributo, abrangendo todas as rendas e proventos auferidos pelos contribuintes, com aplicação de 
alíquotas variadas em de acordo com o aumento da base de cálculo. 
 
OBS (1): Por reiterada posição jurisprudencial do STF, restou definido que o Poder Judiciário não 
pode autorizar a correção monetária da tabela progressiva do imposto sobre a renda pessoa física 
na ausência de lei para tanto (RE 388.312). 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
26 
 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, 
na forma da lei; 
• ITR - Art. 153, § 4º, I CF 
O imposto territorial rural apresenta-se como progressivo, na conformidade do Art. 153, §4º, I, da 
CF de 1988, fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. 
 
 
153, § 4º, inciso III, da Constituição Federal, determina que o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural - ITR, será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, 
na forma da lei, desde que isso não implique redução do imposto ou qualquer outra forma 
de renúncia fiscal, sendo que, de acordo com o.... 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 42, de 19.12.2003) 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
 
 
• IPTU: Art. 156, § 1º, I e II e Art. 182, §4º, II, da CF 
O imposto sobre a propriedade territorial e predial urbana de competência municipal e distrital é 
um imposto progressivo, levando em consideração alíquotas progressivas em razão da localização, 
valor e uso do imóvel, na esteira do Art. 156, §1º, Incisos I e II, bem como o Art. 182, §4º, Inciso II, 
ambos da CF, de 1988. Esta última progressividade está relacionada com a progressividade do IPTU 
no tempo, em caso de descumprimento de exigência pelo poder público municipal de adequado 
aproveitamento de solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado. 
Aplicação da Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes 
da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo para destinada a 
assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.” 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o 
imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 
2000) 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, 
de 2000) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, 
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento 
das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. (Regulamento) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm
27 
 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no 
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente, de: 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
 
 
 
• ITCMD: Art. 155, Inciso I e IV, da CF c/c Resolução do Senado Federal nº 9/92. Interpretação 
Constitucional STF RE 562.045. 
O imposto de transmissão causa morte e doação, previsto no Art. 155, Incisos I a IV, da CF de 1988, 
combinado com a Resolução do Senado federal nº 9/92 é um imposto progressivo, inclusive, 
conforme interpretação constitucional do STF em repercussão geral no AgR-RE 542.485, 
Precedente RE 562.045/RS. 
 
OBS (2): Salientamos, que o ITBI, imposto sobre transmissão de bens imóveis inter vivos, de 
competência municipal, não terá aplicação da progressividade fiscal ou extrafiscal, conforme 
interpretação do STF, Súmula 656: “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas 
para o ITBI com base no valor venal do imóvel.” 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
RESOLUÇÃO Nº 9 - DE 5 DE MAIO DE 1992. 
Faço saber que o senado Federal aprovou, nos termos do inciso IV, do § 1º, do artigo 155 da 
Constituição, e eu, Mauro Benevides, presidente , promulgo a seguinte Resolução: 
 
Art. 1º A alíquota máxima do Imposto de que trata a alínea "a", inciso I, do art. 155 da 
Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de janeiro de 1992. 
Art. 2º As alíquotas dos Impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em 
função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, nos termos da Constituição 
Federal. 
Art. 3º Essa Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
• IPVA conforme o Art. 155, §6º, Inciso II, da CF 
O imposto sobre a propriedade de veículos automotores é um imposto progressivo, na 
conformidade do Art. 155, §6º, Inciso II, da CFde 1988, aplicando-se alíquotas progressivas em 
razão do tipo e utilização do veículo. (TIPO = cilindrada, flex) (UTILIZAÇÃO = utilitário, coletivo) 
Veículos acima de 20 anos de sua fabricação são isentos de IPVA. 
 
 
Art. 155, § 6º - O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
28 
 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
 
 
OBS (3): Não se pode confundir a progressividade fiscal, como princípio constitucional corolário 
da capacidade contributiva e isonomia fiscal, com a técnica de tributação conhecida como 
proporcionalidade. 
A proporcionalidade significa a aplicação de uma alíquota única sobre uma base de cálculo 
variável. Ainda, que se possa afirmar que seja a proporcionalidade um mecanismo “neutro” de 
justiça fiscal, por meio do qual se induz que o pagamento do tributo pelo contribuinte seja 
proporcional a expressão econômica de sua riqueza, aplicando-se uma alíquota única. 
 
A proporcionalidade tributaria não é um critério isonômico, não está conforme o princípio da 
isonomia tributária. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
29 
 
19/03/2021 – Aula 4 
Pag.24 
3 – Princípio da Seletividade Fiscal 
 
É a extensão de aplicação do princípio da capacidade contributiva. E a seletividade fiscal, 
quando se trata de analisar em face de impostos indiretos, que são aqueles que repercutem na 
cadeia econômica, e que em a cada fase da circulação ou produção de mercadoria ou produtos 
eles incidem, e por isso que a sistemática do princípio da não-cumulatividade estabelece uma 
prestação de débitos e créditos em cima do imposto, esses impostos indiretos (ICMS e IPI) 
Esses são impostos que se aplica o princípio da seletividade fiscal. É uma maneira de 
estabelecer a capacidade contributiva para esses típicos impostos, que incidem sobre o consumo 
de mercadorias ou produtos, então a modalidade de aferição da capacidade contributiva se dá 
nesses típicos impostos pela seletividade fiscal, onde vai ter a gradação de alíquotas em razão da 
essencialidade de mercadorias ou produtos. 
 Produtos supérfluos tem alíquotas mais altas (ex.: cigarro, possui alíquotas de 300% de 
IPI), e produtos essenciais tem alíquotas mais baixas, justamente por conta da necessidades 
básicas da sociedade ter o acesso a essas mercadorias. 
 
- Art. 153, § 3º, I – IPI 
- Art. 155, § 2º, III da CF - ICMS 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
 
 
 
4 – Princípio Constitucional do Não-Confisco 
 
- Art. 150, IV da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Temos uma proibição constitucional, mas ao mesmo tempo trata de uma norma 
extremamente vaga, porque não se tem uma delimitação constitucional no tocante ao patamar 
ao que se inicia a partir de então o efeito confiscatório dos tributos. 
Chamando a atenção para a aplicação de alíquotas confiscatórias. Não existe uma 
delimitação específica para considerar que acima de um patamar de aplicação de alíquotas 
poderíamos ter um tributo com efeitos confiscatórios. Então é uma norma jurídica que impõe 
uma proibição, mas não estabelece qual a medida considerada confiscatória no que tange a 
aplicação de tributos com alíquotas que seja considerada elevadas. 
Esse princípio tem uma relação com a condição do contribuinte, seja pessoa física ou 
jurídica, onde não se teria pela tributação, um objetivo de impedir que na pessoa física, por 
exemplo, se estabelecesse uma tributação tão alta que prejudique a própria sobrevivência digna 
30 
 
do ser humano. E em relação a pessoa jurídica uma tributação confiscatória com esse espectro de 
subjetividade não poderia tolher a iniciativa econômica, a iniciativa de estabelecer alguma 
atividade econômica, e aí por conta disso o estado se vale de uma tributação confiscatória 
impedindo que essa atividade econômica seja desenvolvida, pois a tributação acaba se tornando 
tão excessiva que acaba consumindo grande parte do faturamento empresarial para prover o 
pagamento de tributos. 
O efeito confiscatório dos tributos não pode entrar como uma medida de parâmetro do 
legislador, quando nós temos a chamada função extrafiscal dos tributos. A extrafiscalidade é 
utilizada para inibir determinadas condutas que estão em prejuízo aos valores consagrados na CF. 
como por exemplo, eu atribuo uma função extrafiscal a tributação da propriedade (IPTU ou ITR) 
para inibir o uso especulativo ou a própria ofensa pela propriedade a função social que ela detém 
em relação ao seu uso. 
No caso de importação de mercadorias do estrangeiro, temos uma função extrafiscal de 
extrema importância para a economia brasileira. Quando se tem o aumento das importações a 
balança comercial brasileira fica prejudicada, o consumo interno também fica prejudicado, e isso 
afeta nitidamente a arrecadação interna de tributos. Então com a tributação Aduaneira, você tem 
uma autorização da CF de manipular, com as alíquotas dos tributos aduaneiros para proteger a 
econômica brasileira, aí pode por parte do presidente da república, determinar um decreto 
elevando gradativamente ao patamar permitido em lei das alíquotas desses tributos aduaneiros, 
aí neste caso não seria considerado um efeito confiscatório. 
Importante salientar, no princípio do não confisco, o equilíbrio que se deve ter com a 
aplicação desse princípio em face da função extrafiscal dos tributos. 
 
• Com relação as taxas, o efeito confiscatório na seara tributária apresenta-se no 
descompasso existente entre a cobrança elevada e o custo efetivo da prestação estatal 
aferido em sua base de cálculo. 
• No mesmo sentido, em relação as contribuições de melhoria, quando existe uma falta de 
correspondência entre a valorização imobiliária experimentada pelo contribuinte, em 
razão da obra pública realizada, com o montante do tributo cobrado. 
• No tocante as contribuições, existe confisco na falta de proporção entre o valor cobrado 
pelo Estado e a finalidade pretendida com a arrecadação do tributo, com a noção do 
benefício que deverá ser atingido ou mesmo quando inexiste a finalidade pretendida 
contida na lei. 
• Notoriamente, vamos encontrar o efeito confiscatório com a aplicação de pesadas e 
excessivas multas tributárias, que extrapolam o limite do razoável, de cunho a evidenciar 
receita adicional além da tributária, com características evidentes de atingir a totalidade 
do patrimônio do contribuinte. A jurisprudência do STF já consolidou entendimento, 
considerando confiscatória a penalidade tributária aplicada acima

Outros materiais