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LOMBALGIA RELEVÂNCIA • Lombalgia é a principal causa de incapacidade no mundo todo, sendo um dos principais motivos de ausência do trabalho. • A lombalgia acomete entre 58 e 84% das pessoas ao longo da vida. • Os estudos mostram que: o A prevalência de lombalgia é maior em mulheres. o A prevalência de lombalgia aumenta com a idade até a faixa dos 60 anos, aproximadamente; após essa idade, a prevalência é menos estudada. o As patologias discais são prevalentes em indivíduos assintomáticos. o Estudos em gêmeos idênticos indicam que a influência genética na degeneração discal é tão ou mais importante do que idade e a sobrecarga mecânica. O QUE PERGUNTAR? Sinais de alerta vermelho CLASSIFICAÇÃO Sinais de alerta vermelho QUANDO ENCAMINHAR? • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para emergência: o suspeita de compressão de cone medular ou síndrome da cauda equina; ou o perda de força progressiva medida de maneira objetiva; ou o dor intensa refratária ao tratamento clínico otimizado; ou o diagnóstico de neoplasia acometendo a coluna vertebral; ou o suspeita de infecção (especialmente em pessoas imunossuprimidas e/ou usuárias de drogas ilícitas endovenosas); ou o suspeita de fratura ou luxação associada a traumatismo recente. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para exame de imagem (RMN ou TC), se raio-X normal ou inconclusivo o Dor lombar com sinais de alerta, sem indicação de avaliação emergencial: ▪ sintomas que iniciaram em paciente com idade maior que 70 anos ou menor que 20 anos; ou ▪ paciente com história prévia ou suspeita de câncer; ou ▪ paciente com imunossupressão (HIV, uso crônico de corticoides ou outros imunossupressores); ou ▪ presença de sinais ou sintomas sistêmicos (perda de peso de maneira involuntária, febre, outros achados); ou ▪ dor com característica não mecânica (não relacionada à atividade/repouso) ou dor predominantemente noturna; ou ▪ paciente com diagnóstico prévio de osteoporose; ou ▪ dor lombar com duração maior que 8 semanas, sem resposta ao tratamento clínico otimizado. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para ortopedia ou neurocirurgia: o síndrome radicular sem melhora clínica após 6 semanas de tratamento clínico otimizado; ou o diagnóstico de estenose de canal lombar ou suspeita clínica (claudicação neurogênica); ou o lombalgia de característica mecânica e diagnóstico de espondilolistese; ou o dor lombar com sinais de alerta, sem indicação de avaliação emergencial, na impossibilidade de solicitar RMN ou TC na APS; ou o dor lombar crônica inespecífica sem melhora após tratamento clínico otimizado por 6 meses, na ausência de serviço especializado para tratamento de dor crônica. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para reumatologia: o dor lombar crônica (mais de 3 meses) de característica inflamatória. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para serviço especializado para tratamento de dor crônica (fisiatria, acupuntura, equipe de tratamento da dor ou outra referência disponível): o dor lombar crônica inespecífica, sem melhora após tratamento clínico otimizado1 por 6 meses, sem indicação ou condição clínica para cirurgia. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para Medicina do Trabalho ou Saúde do Trabalhador: o dor lombar crônica (mais de 3 meses) e suspeita de associação com o trabalho. CERVICALGIA RELEVÂNCIA • A dor na região cervical, ou cervicalgia, é uma queixa comum na prática do médico de família e comunidade. • É responsável por 1,4% das consultas ao médico de família e comunidade nos EUA, sendo que estatísticas sugerem que entre 67 e 70% da população adulta terá, em algum momento de sua vida, cervicalgia, sendo mais prevalente em adultos de meia idade, em que as mulheres têm maior probabilidade do que os homens de desenvolverem dores cervicais e de sofrerem com problemas cervicais persistentes. • Em 95% dos casos, não há sinais de comprometimento neurológico, e em 85% dos casos, está relacionada a má postura, lesões, tensões ou permanência por tempo prolongado em determinadas posturas, curvatura aumentada do tronco, uso prolongado do computador, estresse crônico, ansiedade, depressão, atividades de intensa vibração de mãos e braços, condições ergonômicas inadequadas e riscos associados ao trabalho ou desportivos. • Por sua variabilidade e complexidade e pela falta de correlação entre achados e clínica, a cervicalgia representa um desafio à prática médica, estando, muitas vezes, associada a questões sociais e laborativas. O QUE PERGUNTAR? • A história clínica deve ser conduzida para investigar as características, o início, a localização, a irradiação, os fatores agravantes ou atenuantes, a intensidade da dor, assim como para detectar sinais de risco, alertas amarelos (yellow flags) e alertas vermelhos (red flags). • Os alertas amarelos indicam fatores psicossociais associados a um risco aumentado de cronicidade e incapacidade. • Os alertas vermelhos indicam risco aumentado de condições específicas, as quais exigem uma atenção urgente ou doença grave, apontando para a necessidade de investigação de uma causa mecânica ou não mecânica diferente da distensão ou da tensão muscular. CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUANDO ENCAMINHAR? • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para emergência: o suspeita de síndrome de compressão medular; ou o exame de imagem com evidência de compressão medular e/ou mielopatia; ou o suspeita de infecção (especialmente em pessoas imunossuprimidas e/ou usuárias de drogas ilícitas endovenosas); ou o suspeita de fratura vertebral, luxação ou lesão medular associada a traumatismo recente; ou o diagnóstico de neoplasia acometendo a coluna vertebral. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para exame de imagem (RMN ou TC), se raio-X normal ou inconclusivo: o Dor cervical com sinais de alerta, sem indicação de avaliação emergencial: ▪ sintomas que iniciaram em paciente com idade maior que 70 anos ou menor que 20 anos; ou paciente com história prévia ou suspeita de câncer; ou ▪ paciente com imunossupressão (HIV, uso crônico de corticoides ou outros imunossupressores); ou ▪ presença de sinais ou sintomas sistêmicos (perda de peso de maneira involuntária, febre, outros achados); ou ▪ paciente com diagnóstico prévio de osteoporose; ou ▪ dor cervical com duração maior que 8 semanas, sem resposta ao tratamento clínico otimizado. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para ortopedia ou neurocirurgia: o diagnóstico de estenose de canal cervical ou mielopatia que não foram operados em caráter emergencial; ou o pacientes com cervicalgia e artrite reumatoide; ou o dor cervical e sintomas de radiculopatia (dor irradiada para os braços, fraqueza, parestesia), sem resposta após 6 semanas de tratamento clínico otimizado; ou o dor cervical com sinais de alerta, sem indicação de avaliação emergencial, na impossibilidade de solicitar RMN ou TC; ou o dor cervical crônica inespecífica sem melhora após tratamento clínico otimizado por 6 meses, na ausência de serviço especializado para tratamento de dor crônica • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para reumatologia: o dor cervical crônica (mais de 3 meses) de característica inflamatória. • Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para serviço especializado para tratamento de dor crônica (fisiatria, acupuntura, equipe de tratamento da dor ou outra referência disponível): o dor cervical crônicainespecífica, sem melhora após tratamento clínico otimizado por 6 meses, sem indicação ou condição clínica para cirurgia.
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