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Descrição – Filo: Platyhelmintes; - Classe: Cestoda; - Família: Taeniidae; - Gênero: Echinococcus; - Espécie: Echinococcus granulosus; - Parasito heteroxênico e hermafrodita; - Morfologicamente, apresenta 3 formas: • Adulto: presente no intestino delgado do cão; • Ovos: eliminados nas fezes; • Larvas – cisto hidático: presente nas vísceras do hospedeiro intermediário; - Causa Hidatidose: um parasitismo caracterizado pela presença de formas larvais do E.granulosus no HI ou no HI acidental – homem; - HD: Cão; - HI: Animais Ungulados – Caprinos, ovinos, suínos, bovinos, homem; - Habitat: • Adulto: mucosa do intestino delgado do HD; • Larvas: fígado e pulmões do HI; • HI Acidental – Homem: fígado, pulmão, cérebro, ossos, baço, músculos e rins; Epidemiologia – Zoonose rural, endêmica em regiões do extremo sul do país – predominância de criação de ovinos. - Focos principais: fronteira com Uruguai; - 4 espécies importantes de Echinococcus, mas no Brasil, apenas há a E. granulosos; - Na América do Sul é uma infecção parasitária de grande relevância tanto em animais quanto em humanos; - Rio Grande do Sul: altas taxas de infecção; Ciclo biológico – O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir vísceras do hospedeiro intermediário contendo o cisto hidático (forma larval); - As larvas originam adultos no tubo digestivo do cão; - As proglotes grávidas cheias de ovos se destacam e vão ao meio ambiente com as fezes; - Neste, os ovos se disseminam e o hospedeiro intermediário infecta-se ingerindo os ovos nas pastagens ou em alimentos contaminados que dão origem às larvas hexacantor que pelo sistema porta vão ao fígado ou pela circulação vão ao pulmão e cérebro; Transmissão – Cães contaminados liberam ovos nas fezes que podem contaminar todo o pelo do cão; - O simples acariciar do pelo pode fazer com que haja o contato com o ovo pela via oral; - Transmissão por alimentos e água contaminada além de vetores mecânicos; - Cães: consumir vísceras de hospedeiros intermediários com cistos hidáticos férteis; - HI: ingestão de ovos; - Homens: principalmente crianças (hábitos higiênicos); Sinais clínicos – Em bovinos e ovinos a infecção geralmente é assintomática; - De modo geral, em humanos a doença é assintomática, porém, os sinais clínicos vão depender da localização do cisto e do nível de parasitismo; - Sendo assim, a patogenia depende do órgão afetado, do tamanho e do número de cistos; - A forma larvar no hospedeiro intermediário pode levar a obstrução de canais respiratórios, distúrbios no fígado (cirrose), cérebro e pulmão; - E se o cisto hidático se romper no hospedeiro intermediário esse pode morrer de choque, pois foram liberadas vesículas filhas e escólex; - Formas da hidatidose: • Benigna: - Tumoração; - Silenciosa – Assintomática; • Maligna: - Quadros Alérgicos; - Choque Anafilático; Manifestações Clínicas - Hepática: embrião → circulação sanguínea → fígado → inflamação (polimorfonuclear e mononuclear) → necrose → calcificação; - Apresentação Clínica: sensação de plenitude pós- grandial, congestão porta e estase biliar (icterícia e ascite), necrose de vasos e hipertensão porta; - Pulmonar: embrião → circulação sanguínea → pulmão → formação do cisto → compressão dos brônquios e alvéolos; - Apresentação Clínica: cansaço ao esforço físico, dispneia, tosse com expectoração, eliminação no escarro, infecções secundárias, abcesso pulmonar crônico; - Cerebral: localização rara e fatal; - O SNC não apresenta resistência para o crescimento do cisto hidático, consequentemente, o cisto evolui de forma muito rápida, ficando muito grande e geralmente associado a um quadro com desfecho mais grave; - Óssea: localização rara; - Invasão do tecido ósseo (canais de Harvers) → destruição das trabéculas → fraturas ósseas; -Apresentação Clínica: Os sintomas são os mais inespecíficos possível. Temos dor nas costas, dor ciática, fraturas, paresias, paraplegias e constantemente tem mau prognóstico. - Destrói a medula óssea e as paredes rígidas → Isquemia, necrose e elevada fragilidade óssea; - Reações Alérgicas: • Líquido hidático → rico em proteínas (componentes antigênicos); • Ruptura do cisto → choque anafilático e febre; Diagnóstico – Pode ser feito de várias maneiras: - Clínico: Levar em conta epidemiologia; - Palpação de massas (semelhante a tumores); - Geralmente só é detectada 10 a 15 anos após infecção visto que o crescimento é lento, demorando anos até o tamanho ser capaz de induzir sintomatologias mais exuberante; - Laboratorial: Sorologia (Elisa); - Hemograma → eosinofilia; - Métodos de Imagem: radiografia; - Tomografia; - Ultrassonografia; - Ressonância Magnética; - Laparoscopia; Tratamento – - Intervenção Cirúrgica: para cistos de diâmetro menores que 20cm; - Localizações acessíveis e cistos volumosos (dessensibilização do paciente); - Quimioterapia: uso de Albendazon → 400mg em 2 doses/dia durante 3 a 6 meses, ou em 3 a 6 ciclos de 28 dias com intervalos de 14 dias; - PAIR: punção (aspiração) do líquido hidático; - Infiltração de substância protoescolicida; - Reaspiração; Profilaxia – Conscientização da população sobre a parasitose; - Não alimentar cães com vísceras cruas de suínos, bovinos ou ovinos; - Cozimento das vísceras antes de oferecer aos cães; - Tratamento contínuo em cães parasitados; - Educação Sanitária: lavar alimentos naturais, e devida higienização de mãos, consumo de água tratada; - Erradicação de abate clandestino; - Incineração de vísceras nos matadouros; - Vermifugação dos cães. - Vacinação: • HI: Proteína recombinante EG95 – Induz 95% de proteção por imunidade transferida através do colostro; • HD: Proteínas de vermes adultos e proteína fibrilar;
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