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APOSTILA DE EXERCÍCIOS UFU CONCURSO AUXILIAR ADMINISTRATIVO

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Assistente em Administração - UFU 
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE UBERLÂNDIA 
 
 
ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
Conhecimentos Gerais 
 
1. Língua Portuguesa 
Será avaliada a capacidade de o candidato: 
 Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros, redigidos em Língua Portuguesa e 
produzidos em situações diferentes e sobre temas diferentes. ....................................................................... 1 
 Argumentar e justificar opiniões. ................................................................................................................ 30 
 Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções. ...................................................... 31 
 Identificar elementos que permitam extrair conclusões não explicitadas no texto. .................................... 32 
 Integrar e sintetizar informações. ............................................................................................................... 33 
 Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte do mesmo texto. .. 
 ....................................................................................................................................................................... 40 
 Identificar informações pontuais no texto. .................................................................................................. 41 
 Identificar e corrigir, em um texto dado, determinadas inadequações em relação à língua padrão. ......... 41 
 Inferir o sentido de palavras a partir do contexto. ...................................................................................... 45 
 Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opinião, estabelecer contato, promo-
ver polêmica, humor, etc.). ............................................................................................................................ 51 
 Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto. .......................................................................... 60 
 Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros oficiais. ......................................................................... 65 
 Estabelecer relações entre os diversos segmentos do próprio texto e entre textos diferentes. ................. 78 
 Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e infe-
rências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e opini-
ões do autor. ................................................................................................................................................. 79 
 Reconhecer marcas linguísticas necessárias à compreensão do texto (mecanismos anafóricos e dêiticos, 
operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação do texto, marcadores temporais, formas 
de indeterminação do agente). ...................................................................................................................... 83 
 Reconhecer e avaliar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência 
textual. ........................................................................................................................................................... 95 
 Reconhecer os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, 
especialmente no que se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes 
verbais. ........................................................................................................................................................ 125 
 Reconhecer a importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto . 
 ................................................................................................................................................................... . 147 
 Identificar e empregar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação, ortografia, con-
cordância nominal e verbal, regência ......................................................................................................... 158 
 
2. Noções de informática 
 MS-Windows 7: controle de acesso e autenticação de usuários, painel de controle, central de ações, área 
de trabalho, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, ferramentas de diagnóstico, manutenção e 
restauração. .................................................................................................................................................... 1 
 MS-Word 2007: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, rodapés, 
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e 
numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto, mala 
direta, correspondências, envelopes e etiquetas, correção ortográfica. ........................................................ 20 
Apostila Digital Licenciada para Bárbara Sampaio Batista - barbarasbf12@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Assistente em Administração - UFU 
 MS-Excel 2007: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, 
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, cam-
pos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação e 
filtragem de dados. ........................................................................................................................................ 37 
 MS-Power Point 2007: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, slide mestre, modos de 
exibição, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, 
inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. .............. 46 
 Correio Eletrônico: uso do aplicativo de correio eletrônico Mozilla Thunderbird, protocolos, preparo e 
envio de mensagens, anexação de arquivos. ............................................................................................... 52 

Internet: Navegação Internet (Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome), conceitos de URL, 
proxy, links/apontadores, sites/sítios Web, sites/sítios de pesquisa (expressões para pesquisa de conteú-
dos/sites (Google)). ....................................................................................................................................... 62 
 Noções de Segurança e Proteção: Vírus, Cavalos de Tróia, Worms, Spyware, Phishing, Pharming, 
Spam e derivados. ......................................................................................................................................... 67 
 
3 Legislação 
1. Regime jurídico dos servidores públicos civis da União. Lei 8.112 de 1990 e suas alterações. ................. 1 
2. Código de Ética Profissional no Serviço Público. Decreto 1.171 de 22 de junho de 1994 ....................... 24 
3. Lei da Improbidade Administrativa. Lei nº 8.429/1992 .............................................................................. 26 
4. Processo Administrativo disciplinar. Lei nº 9.784/1999 ............................................................................. 29 
 
Conhecimentos Específicos 
 
1. Noções em Administração 
 Administração: Conceitos, objetivos, evolução histórica, organizações, eficiência e eficácia; ...................................... 1 
 Abordagens clássica, comportamental e sistêmica das organizações. ...................................................................... 11 
 O processo administrativo: planejamento, organização, liderança e controle; ............................................................ 14 
 Organização: estruturasorganizacionais; ................................................................................................................. 18 
 Administração Pública e Reforma do Estado ............................................................................................................ 19 
 
2. Redação Oficial 
 Modalidades de textos técnicos. 
 Aspectos gerais da redação oficial 
Conceito e princípios de redação oficial 
Impessoalidade 
Linguagem dos atos e comunicações oficiais 
Concisão e clareza 
Fechos para comunicação 
Identificação do signatário 
Modelos oficiais – normas gerais. 
 Pronomes de Tratamento 
Concordância 
Emprego 
 Abreviaturas, siglas e símbolos. 
 Comunicações oficiais 
O padrão ofício 
Exposição de motivos 
Mensagem 
Telegrama 
Fax 
Correio Eletrônico ....................................................................................................................................... PP 1 a 38 
 
2. NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA 
 Conceitos fundamentais de arquivologia 
 Princípio da Proveniência 
 Teoria das Três Idades 
 Protocolo 
 Legislação arquivística 
 Instrumentos de Gestão de Documentos / Plano de Classificação / Tabelas de Temporalidade 
 Arquivos Permanentes...................................................................................................................... PP 1 A 108 
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
 A Opção Certa Para a Sua Realização 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO 
PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIÇÃO NÃO GARANTE A INSCRIÇÃO DO 
CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA. 
 
O CONTEÚDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORÉM, ISSO 
NÃO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS 
MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO. 
 
ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS, QUE NÃO TENHAM SIDO COLOCADAS À DISPOSIÇÃO ATÉ A 
DATA DA ELABORAÇÃO DA APOSTILA, PODERÃO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA 
APOSTILAS OPÇÃO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS. 
 
INFORMAMOS QUE NÃO SÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAÇÕES E RETIFICAÇÕES 
NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO, 
NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO ELABORADAS DE ACORDO 
COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE, 
www.apostilasopcao.com.br, NO LINK “ERRATAS”, A MATÉRIA ALTERADA, E DISPONIBILIZAMOS 
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CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA QUANTO AO CONTEÚDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE 
DESTA DEVE ACESSAR O SITE www.apostilasopcao.com.br, E ENVIAR SUA DÚVIDA, A QUAL SERÁ 
RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS 
E POSSÍVEIS ERRATAS. 
 
TAMBÉM FICAM À DISPOSIÇÃO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) 2856-6066, 
DENTRO DO HORÁRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS. 
 
EVENTUAIS RECLAMAÇÕES DEVERÃO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS 
PRAZOS ESTITUÍDOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 
 
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O 
ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
 A Opção Certa Para a Sua Realização 
 
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 1
1. Língua Portuguesa 
Será avaliada a capacidade de o candidato: 
� Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros, redigidos em Língua Portuguesa e produzi-
dos em situações diferentes e sobre temas diferentes. 
� Argumentar e justificar opiniões. 
� Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções. 
� Identificar elementos que permitam extrair conclusões não explicitadas no texto. 
� Integrar e sintetizar informações. 
� Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte do mesmo texto. 
� Identificar informações pontuais no texto. 
� Identificar e corrigir, em um texto dado, determinadas inadequações em relação à língua padrão. 
� Inferir o sentido de palavras a partir do contexto. 
� Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opinião, estabelecer contato, promover polê-
mica, humor, etc.). 
� Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto. 
� Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros oficiais. 
� Estabelecer relações entre os diversos segmentos do próprio texto e entre textos diferentes. 
� Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências 
(semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e opiniões do autor. 
� Reconhecer marcas linguísticas necessárias à compreensão do texto (mecanismos anafóricos e dêiticos, 
operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação do texto, marcadores temporais, formas 
de indeterminação do agente). 
� Reconhecer e avaliar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência textual. 
� Reconhecer os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, especial-
mente no que se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes verbais. 
� Reconhecer a importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto. 
� Identificar e empregar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação, ortografia, concordância 
nominal e verbal, regência 
 
� Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros, redigidos em Língua Portuguesa e 
produzidos em situações diferentes e sobre temas diferentes. 
http://www.energia.com.br/professores/portaldasletras/dicas_para_compreender_e_interpretar_textos.doc 
 
Análise e interpretação de textos 
Para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. Mas, como aprender a ler? Lendo. Alguém que deseje aprender a nadar terá 
de, inevitavelmente, entrar na água. O mesmo ocorre com a formação de um leitor: se ele não se dedicar ao exercício da leitura, 
debruçando-se sobre poemas, notícias e crônicas de jornal, romances, ensaios etc., jamais aprenderá a ler. 
 
Mas a verdadeira leitura pressupõe compreensão. Não basta passar os olhos sobre as palavras, mas é preciso entender o signi-
ficado delas - ou, pelo menos, aproximar-se do que o autor pretende transmitir. E, depois, para realmente analisar o objeto da 
nossa leitura, devemos proceder à identificação das características, dos atributos, das propriedades do texto. 
 
Textos denotativos - um ensaio, uma dissertação, uma notícia ou reportagem - são escritos em linguagem conceitual. Esse tipo 
de texto - racional, que se apoia em conceitos, leis, princípios ou normas - pede do leitor uma postura objetiva. 
 
Já os textos conotativos - a poesia e os gêneros de ficção, incluindo algumas crônicas - exigem de nós uma postura subjetiva, 
pois são escritos em linguagem poética. Ou seja, são textos que exploramaquele conjunto de alterações ou de ampliações que 
uma palavra pode agregar ao seu sentido literal (ou denotativo). Os meios para se alcançar esse tipo de expressão envolvem as 
diversas figuras de linguagem, a criação de personagens e uma infinidade de associações entre os vocábulos, criando, muitas 
vezes, um mundo à parte. 
 
Para esses dois tipos de textos podemos estabelecer algumas regras gerais de leitura: 
 
1. Cada novo texto é, também, um novo universo. Para apreender o que o autor pretende transmitir, devemos estar abertos ao 
novo. Então, antes de iniciar a leitura, procure esquecer o que lhe disseram sobre o autor - as críticas e os elogios -, e aproxime-
se do texto sem preconceitos. 
 
2. Se for um texto curto - artigo, notícia, crônica, conto, etc. -, leia-o integralmente, procurando captar o seu sentido geral, e só 
depois, reiniciando a leitura, proceda assim: 
 
a) procure, no dicionário, cada uma das palavras desconhecidas ou cujo sentido lhe pareça estranho, duvidoso. 
b) sublinhe ou circule, em cada parágrafo, a frase que expressa a ideia central daquele trecho. 
c) faça anotações nas margens do texto, mas de maneira que elas expressem o seu pensamento, as suas interrogações, as suas 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 2
concordâncias ou discordâncias, relacionando o texto às suas vivências pessoais e a outras leituras que você, porventura, tenha 
feito. 
 
3. Se o texto for longo - romance, ensaio, tese, peça de teatro etc. - siga os passos acima, mas desde o primeiro momento da 
leitura. 
 
4. Não tenha preguiça. A leitura exige, muitas vezes, que voltemos ao início do texto ou do capítulo, que retrocedamos alguns 
parágrafos, a fim de retomar certa ideia ou rever o comportamento, a fala de uma personagem. 
 
5. À medida que você decodifica as palavras, procure relacioná-las com o todo. Ou seja, compreenda as palavras dentro do con-
texto (o conjunto de frases, o encadeamento do discurso). 
 
6. Enquanto lê, estabeleça um duplo diálogo: com o autor e com você mesmo. 
 
7. Quando o texto usar a linguagem conceitual, não faça uma leitura tímida: imagine-se concordando e, também, discordando 
das ideias expostas. Coloque-se no papel de defensor e de opositor. Depois, forme seu próprio julgamento. 
 
8. Quando o texto utilizar a linguagem poética, imagine a cena, coloque-se no lugar das personagens. Muitas vezes, poemas e 
textos de ficção tratam de realidades completamente diferentes da nossa, o que exige uma leitura sem preconceitos. Não tenha 
receio: entre os gregos, transforme-se em grego. 
 
9. Não seja um leitor crédulo, não acredite com facilidade em tudo que lê. Num texto conceitual, seja implacável com a argumen-
tação do autor: ele realmente convenceu você? Quais as partes frágeis do texto? Quais as qualidades? Aja da mesma forma em 
relação ao texto poético: o enredo convenceu você? A história é verossímil (transmite a impressão de verdade) ou imperfeita, 
defeituosa? O bom leitor nunca é ingênuo. 
 
10. Numa prova, não se esqueça: 
a) leia o texto com calma, duas ou três vezes; 
b) a cada questão, retorne ao texto e esclareça suas dúvidas; 
c) esteja atento ao enunciado da questão, pois, muitas vezes, ele exigirá que você leia não só o trecho citado, mas um ou mais 
parágrafos. 
d) muitas vezes, a resposta correta não corresponde exatamente ao que está no texto, mas apenas se aproxima do sentido ge-
ral. 
 
 
Dicas para analisar, compreender e interpretar textos 
http://www.energia.com.br/professores/portaldasletras/dicas_para_compreender_e_interpretar_textos.doc 
 
É comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. Muitos têm aversão a exercícios nessa cate-
goria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada um inter-
preta a sua maneira. No texto literário, essa ideia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos 
criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, com-
preender e interpretar com mais proficiência. 
 
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamen-
to. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz dife-
rença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo você se 
tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de 
partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. Não fique cha-
teado com comentários desagradáveis. 
 
2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 
 
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas. 
 
4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 
 
5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasi-
leiros. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame 
para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 
de dezembro, em Brasília, os estudantes brasileiros pouco entendem do que lêem. O Brasil ficou em último lugar, numa pesquisa 
que envolveu 32 países e avaliou, sobretudo, a compreensão de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 4,8 mil alunos, 
da 7a série ao 2º ano do Ensino Médio. 
http://www.seduc.ce.gov.br/cfe/artigo2.htm 
 
6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de 
responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. 
 
7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo 
para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto. 
 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 3
8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está es-
crito. Veja um exemplo disso: 
 
Texto: 
 
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os 
antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em de-
terminados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que 
exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exer-
cer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. 
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) 
 
- Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: 
 
a) os portugueses. 
b) os negros. 
c) os índios. 
d) tanto os índios quanto aos negros. 
e) a miscigenação de portugueses e índios. 
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.) 
 
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível concluir pelas característicasapresentadas no 
texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto. 
 
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases a seguir. 
 
a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
 
b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
 
c) Os alunos dedicados passaram no vestibular. 
 
d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. 
 
e) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
 
f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
 
 
Explicações: 
 
a) Diego fez sozinho o trabalho de artes. 
b) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. 
c) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não-dedicados e, passaram no vestibular, somente, os que se dedicaram, restringindo 
o grupo de alunos. 
d) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. 
e) Marcão é chamado para cantar. 
f) Marcão pratica a ação de cantar. 
 
10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele. 
 
“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescente com hormônios em ebulição e com o desejo natural da idade 
de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à auto-
ridade do professor.” (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.) 
 
Frase para análise. 
 
• Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor 
moderno. 
 
1 – Não é mencionado que a escola seja da rede privada. 
2 – O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistério. Outra questão é que o grande 
desafio não é só administrar os desafios às regras, isso é parte do desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem 
parte do desafio do magistério. 
 
11º - Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original). 
 
Veja o exemplo: 
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a 
me olhar e eu olhava também.(Concurso TRE/ SC – 2005) 
A frase parafraseada é: 
 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 4
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me 
olhou. 
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de 
uma loirona. 
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar. 
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me 
olhar também. 
 
Resposta: Letra C. 
 
A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas. 
 
a) substituição de locuções por palavras; 
b) uso de sinônimos; 
c) mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; 
d) converter a voz ativa para a passiva; 
e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses). 
 
12º - Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases. 
 
Exemplos 
 
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores. 
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores. 
 
Explicações: 
 
a) Certos alunos = qualquer aluno 
b) Alunos certos = aluno correto 
c) Alunos determinados = alunos decididos 
d) Determinados alunos = qualquer aluno 
 
Veja as diferenças entre analisar, compreender e interpretar 
 
1. O que se pretende com a análise textual? 
 
- identificar o gênero; a tipologia; as figuras de linguagem; 
- verificar o significado das palavras; 
- contextualizar a obra no espaço e tempo; 
- esclarecer fatos históricos pertinentes ao texto; 
- conhecer dados biográficos do autor; 
- relacionar o título ao texto; 
- levantar o problema abordado; 
- apreender a ideia central e as secundárias do texto; 
- buscar a intenção do texto; 
- verificar a coesão e coerência textual; 
- reconhecer se há intertextualidade. 
 
2. Qual o objetivo da análise? 
- levantar elementos para a compreensão e, posteriormente, fazer julgamento crítico. 
 
3. Para compreender bem é necessário que o leitor: 
 
- conheça os recursos linguísticos.Por exemplo, a regência verbal não compreendida pelo leitor pode levá-lo ao erro. Veja: Assisti 
o doente é diferente de assisti ao doente. No primeiro caso, a pessoa ajuda ao doente; no segundo, ela vê o doente. 
- perceba as referências geográficas, mitológicas, lendárias, econômicas, religiosas, políticas e históricas para que faça as possí-
veis associações. 
- esclareça as suas dúvidas de léxico. 
- esteja familiarizado com as circunstâncias históricas em que o texto foi escrito. Por exemplo, para entender que, no poema 
Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, o advérbio aqui e lá é, respectivamente, Portugal e Brasil, você tem que saber onde o 
poeta escreveu seu poema naquela época. 
- observe se há no texto intertextualidade por meio da paráfrase, paródia ou citação. 
 
4. Afinal o que é interpretar? 
 
- Interpretar é concluir, deduzir a partir dos dados coletados. 
 
5. Existe interpretação crítica? 
 
- Sim, a interpretação crítica consiste em concluir os dados e, em seguida, julgar, opinar a respeito das conclusões. 
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Professor adora complicar na prova! 
 
Será mesmo que o professor adora complicar na prova? Não, mas ele deseja que você amplie o vocabulário e compreenda os 
enunciados. E isso vem com a prática, a leitura e o estudo. Podemos começar pela leitura de alguns verbos, que são utilizados 
nos enunciados de muitas provas. 
 
Afirmar: certificar, comprovar, declarar. 
Explicar: expor, justificar, expressar, significar. 
Caracterizar: distinguir, destacar o caráter, as particularidades. 
Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (determinada coisa), ser feito, formado ou composto de. 
Associar: estabelecer uma correspondência entre duas coisas, unir-se, agregar. 
Comparar: relacionar (coisas animadas ou inanimadas, concretas ou abstratas, da mesma natureza ou que apresentem similitu-
des) para procurar as relações de semelhança ou de disparidade que entre elas existam; aproximar dois ou mais itens de espécie 
ou de natureza diferente, mostrando entre eles um ponto de analogia ou semelhança. 
Justificar: provar, demonstrar, argumentar, explicar. 
Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação, adquirir relações. 
Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a significação precisa de, retratar, conceituar, explicar o significado. 
Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção entre, reconhecer as diferenças. 
Classificar: distribuir em classes e nos respectivos grupos, de acordo com um sistema ou método de classificação; determinar a 
classe, ordem, família, gênero e espécie; pôr em determinada ordem, arrumar (coleções, documentos etc.). 
Identificar: distinguir os traços característicos de; reconhecer; permitir a identificação, tornar conhecido. 
Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se. 
Determinar: precisar, indicar (algo) a partir de uma análise, de uma medida, de uma avaliação; definir. 
Citar: transcrever, referir ou mencionar como autoridade ou exemplo ou em apoio do que se afirma. 
Indicar: fazer com que, por meio de gestos, sinais, símbolos, algoou alguém seja visto; assinalar, designar, mostrar. 
Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir. 
Inferir-se: concluir, deduzir. 
Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor etc. 
Propor: submeter (algo) à apreciação (de alguém); oferecer como opção; apresentar, sugerir. 
Depreender: alcançar clareza intelectual a respeito de; entender, perceber, compreender; tirar por conclusão, chegar à conclu-
são de; inferir, deduzir. 
Aludir: fazer rápida menção a; referir-se. 
(Fonte: dicionário Houaiss) 
 
Como interpretar textos 
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes 
faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. 
 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos. 
 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTE-
RAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a 
anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o 
nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse 
tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A 
partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclareci-
mento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
 
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
 
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 
 
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
 
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. 
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EXEMPLO 
 
 TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
 "O HOMEM UNIDO ” 
 A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) 
 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
Fazem-se necessários: 
 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinoní-
mia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLU-
SÕES, DEDUZIR. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... 
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REAL-
MENTE ESTÁ ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode 
ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, 
errando a questão. 
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de con-
curso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras 
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há 
uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. 
 
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OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome 
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pro-
nomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, 
deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
 
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE. 
 
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. 
 
QUEM (PESSOA) 
 
CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO POSSUÍDO. 
 
COMO (MODO) 
 
ONDE (LUGAR) 
 
QUANDO (TEMPO) 
 
QUANTO (MONTANTE) 
 
EXEMPLO: 
 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). 
 
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, 
porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como: 
 
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. 
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O . 
 
Como ler um texto - O aprendizado da leitura 
http://www.vestibular1.com.br/redacao/inter1.htm 
Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para tirar o maior rendimento possível da leitura de um texto. Mas não 
se pode responder a essa pergunta sem antes destacar que não existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que 
não exista solução alguma. Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimento lin-
güístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de conhecimento de 
mundo. A título e ilustração, observe a questão seguinte,extraída de um vestibular da UNICAMP: 
Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpre-
tação adequada do que se lê. Um bom exemplo é o texto que segue: 
"As video-locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro 
de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a meno-
res de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos 
pais. (Folha Sudeste, 6/6/92)" 
É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a ambigüidade do texto em questão (pela posição em que se situa, a 
expressão sem a companhia ou autorização dos pais permite a interpretação de que com a companhia ou autorização dos pais 
os menores podem ir a rodeios ou motéis). Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é estra-
nha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido a intenção de dizer que os menores 
estão proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou autorização dos pais e de freqüentarem motéis. 
Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que nos leva à conclusão de que o apren-
dizado da leitura depende muito das aulas de Português, mas também de todas as outras disciplinas sem exceção. 
- Três questões básicas 
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas: 
I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as 
questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o 
texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de 
que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. 
II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da 
opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa 
questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva. 
III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo 
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de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do 
autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na 
verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo. 
ESTRUTURAÇÃO E ARTICULAÇÃO DO TEXTO 
 
Resenha Critica de Articulação do Texto 
Amanda Alves Martins 
Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guimarães 
 
No livro de Elisa Guimarães, A Articulação do Texto, a autora procura esclarecer as dúvidas referentes à formação e à com-
preensão de um texto e do seu contexto. 
 
Formado por unidades coordenadas, ou seja, interligadas entre si, o texto constitui, portanto, uma unidade comunicativa para 
os membros de uma comunidade; nele, existe um conjunto de fatores indispensáveis para a sua construção, como “as intenções 
do falante (emissor), o jogo de imagens conceituais, mentais que o emissor e destinatário executam.”(Manuel P. Ribeiro, 2004, 
p.397). Somado à isso, um texto não pode existir de forma única e sozinha, pois depende dos outros tanto sintaticamente quanto 
semanticamente para que haja um entendimento e uma compreensão deste. Dentro de um texto, as partes que o formam se 
integram e se explicam de forma recíproca. 
 
Completando o processo de formação de um texto, a autora nos esclarece que a economia de linguagem facilita a compreen-
são dele, sendo indispensável uma ligação entre as partes, mesmo havendo um corte de trechos considerados não essenciais. 
 
Quando o tema é a “situação comunicativa” (p.7), a autora nos esclarece a relação texto X contexto, onde um é essencial pa-
ra esclarecermos o outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados conforme são inseridas em um determi-
nado contexto; nos levando ao entendimento de que não podemos considerar isoladamente os seus conceitos e sim analisá-los 
de acordo com o contexto semântico ao qual está inserida. 
 
Segundo Elisa Guimarães, o sentido da palavra texto estende-se a uma enorme vastidão, podendo designar “um enunciado 
qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (p.14) e ao contrário do que muitos podem pensar, um texto pode 
ser caracterizado como um fragmento, uma frase, um verbo ect e não apenas na reunião destes com mais algumas outras for-
mas de enunciação; procurando sempre uma objetividade para que a sua compreensão seja feita de forma fácil e clara. 
 
Esta economia textual facilita no caminho de transmissão entre o enunciador e o receptor do texto que procura condensar as 
informações recebidas a fim de se deter ao “núcleo informativo” (p.17), este sim, primordial a qualquer informação. 
 
A autora também apresenta diversas formas de classificação do discurso e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de 
texto informativo e de um texto literário ou ficcional. 
 
Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já aborda-
dos, estimula a nossa biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um contexto qualquer, ou seja que 
não fosse de um texto informacional, seria apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repetição é nor-
malmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos” (p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto 
sem que o sentido original e desejado seja modificado. 
 
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpretações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a 
chamada “semântica referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de palavras semanticamente seme-
lhantes à que fora enunciada, porém, existe ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito” (p.30) que 
são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro não geram uma coerência adequada ao entendimento. 
 
Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo 
a “hiponímia” (p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de substituições pode-se causar desajustes e o 
resultado final não fazer com que a imagem mental do leitor seja ativada de forma corretamente, e outra assimilação, errônea, 
pode ser utilizada. 
 
Seguindo ainda neste linear das substituições, existem ainda as “nominações” e a “elipse”, onde na primeira, o sentido inici-
almente expresso por um verbo é substituído por um nome, ou seja, um substantivo; e, enquanto na segunda, ou seja, na elipse, 
o substituto é nulo e marcado pela flexão verbal; como podemos perceber no seguinte exemplo retirado do livro de Elisa Guima-
rães: 
“Louve-se nos mineiros, em primeiro lugar, a sua presença suave. Mil deles não causam o incômodo de dez cearenses. 
 
__Não grita, ___ não empurram< ___ não seguram o braço da gente, ___ não impõem suas opiniões. Para os importunos in-
ventaram eles uma palavra maravilhosamente definidora e que traduz bem a sua antipatia para essa casta de gente (...)” (Rachel 
deQueiroz. Mineiros. In: Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiros, José Olympio, 1958, p.82). 
 
Porém é preciso especificar que para que haja a elipse o termo elíptico deve estar perfeitamente claro no contexto. Este con-
ceito e os demais já ditos anteriormente são primordiais para a compreensão e produção textual, uma vez que contribuem para a 
economia de linguagem, fator de grande valor para tais feitos. 
 
Ao abordar os conceitos de coesão e coerência, a autora procura primeiramente retomar a noção de que a construção do tex-
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to é feita através de “referentes linguísticos” (p.38) que geram um conjunto de frases que irão constituir uma “microestrutura do 
texto” (p.38) que se articula com a estrutura semântica geral. Porém, a dificuldade de se separar a coesão da coerência está no 
fato daquela está inserida nesta, formando uma linha de raciocínio de fácil compreensão, no entanto, quando ocorre uma incoe-
rência textual, decorrente da incompatibilidade e não exatidão do que foi escrito, o leitor também é capaz de entender devido a 
sua fácil compreensão apesar da má articulação do texto. 
 
A coerência de um texto não é dada apenas pela boa interligação entre as suas frases, mas também porque entre estas exis-
te a influência da coerência textual, o que nos ajuda a concluir que a coesão, na verdade, é efeito da coerência. Como observa-
mos em Nova Gramática Aplicada da Língua Portuguesa de Manoel P. Ribeiro (2004, 14ed): 
 
A coesão e a coerência trazem a característica de promover a inter-relação semântica entre os elementos do discurso, res-
pondendo pelo que chamamos de conectividade textual. “A coerência diz respeito ao nexo entre os conceitos; e a coesão, à 
expressão desse nexo no plano linguístico” (VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade, 1991, p.7) 
 
No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães, busca ressaltar o nível sintático representado pelas co-
ordenações e subordinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectivamente. 
Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuído às estruturas integrantes do texto, como o título, o 
parágrafo, as inter e intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas. 
 
O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo desempenhar papéis que resumam os seus pontos pri-
mordiais, como também, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto. 
 
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia Othon Moacir Garcia: 
 “O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as ideias principais da sua composição, 
permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”. 
 
É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágra-
fo no qual esta inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos de parágrafo, cada qual com um ponto 
de vista específico. 
 
No que diz respeito ao tópico Inicio e fim, Elisa Guimarães preferiu abordá-los de forma mútua já que um é consequência ou 
decorrência do outro; ficando a organização da narrativa com uma forma de estrutura clássica e seguindo uma linha sequencial já 
esperada pelo leitor, onde o início alimenta a esperança de como virá a ser o texto, enquanto que o fim exercer uma função de 
dar um destaque maior ao fechamento do texto, o que também, alimenta a imaginação tanto do leito, quanto do próprio autor. 
 
No geral, o que diz respeito ao livro A Articulação do Texto de Elisa Guimarães, ele nos trás um grande número de informa-
ções e novos conceitos em relação à produção e compreensão textual, no entanto, essa grande leva de informações muitas 
vezes se tornam confusas e acabam por desprenderem-se uma das outras, quebrando a linearidade de todo o texto e dificultan-
do o entendimento teórico. 
 
A REFERENCIAÇÃO / OS REFERENTES / COERÊNCIA E COESÃO 
 
A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa sequência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas 
ditas ou escritas forma uma cadeia que vai muito além da simples sequencialidade: há um entrelaçamento significativo que apro-
xima as partes formadoras do texto falado ou escrito. Os mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e a retomada 
e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto 
com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, construindo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, 
que dá unidade ao texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes procedimentos, tanto no campo do 
léxico, como no da gramática. (Não esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elementos dispensáveis. 
Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre 
as orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos e conexões e estabelecem sentido ao todo.) 
 
Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto coesão e coerência. São esses procedimentos que 
desenvolvem a dinâmica articuladora e garantem a progressão textual. 
 
A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes 
adjetivos, adjetivos em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos; tempos verbais nas relações espaço-
temporais constitutivas do texto etc.), na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como formadoras de uma 
cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos 
gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto. 
1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode dar-se pela reiteração, pela substituição e pela as-
sociação. 
É garantida com o emprego de: 
• enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensagem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxi-
cos sucessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse caso, fazer-se a diferenciação entre a simples 
redundância resultado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como recurso estilístico, com intenção articu-
latória. Ex.: “As contas do patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas Fabiano sabia que elas es-
tavam erradas e o patrão queria enganá-lo.Enganava.” Vidas secas, p. 143); 
• substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos como de palavras quase sinônimas. Considerem-se 
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aqui além das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológicas e do campo associativo, como, por exem-
plo, esvoaçar, revoar, voar; 
• hipônimos (relações de um termo específico com um termo de sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações 
de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específico, ex.: felino, gato); 
• nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substan-
tivo, ex.: consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se entre nominalização estritae. generalizações 
(ex.: o cão < o animal) e especificações (ex.: planta > árvore > palmeira); 
• substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço. O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar); 
• enunciados que estabelecem a recapitulação da ideia global. Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado 
e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono (Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é cha-
mado de anáfora conceptual. Todo um enunciado anterior e a ideia global que ele refere são retomados por outro enunci-
ado que os resume e/ou interpreta. Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso avançar, mantendo-se 
sua unidade. 
 2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de: 
• certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacam-se aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, em-
pregados como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto, diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pes-
soa que se referem à pessoa que fala e com quem esta fala. 
• certos advérbios e expressões adverbiais; 
• artigos; 
• conjunções; 
• numerais; 
• elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: 
O jovem recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, 
assim, estabelece a relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que marca a inter-relação. A identifi-
cação pode dar-se com o próprio enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraverbais, exteriores ao 
enunciado. Vejam-se os avisos em lugares públicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma situação 
não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e contexto (extratextual); 
• as concordâncias; 
• a correlação entre os tempos verbais. 
 
Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não sig-
nificam, apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os componentes concentram em si a significa-
ção. Referem os participantes do ato de comunicação, o momento e o lugar da enunciação. 
 
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos: 
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, 
certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento da enunciação, podendo 
indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recen-
temente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro). 
 
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam relações não só entre os elementos no interior de uma fra-
se, mas também entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. 
 
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Muitas vezes a comunicação se faz por meio de uma coe-
são implícita, apoiada no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo comunicativo têm da língua. 
 
A ligação lógica das ideias 
Uma das características do texto é a organização sequencial dos elementos linguísticos que o compõem, isto é, as relações 
de sentido que se estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto, fazendo com que a interpretação de um 
elemento linguístico qualquer seja dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse encadeamento lógico 
são: a articulação, a referência, a substituição vocabular e a elipse. 
 
ARTICULAÇÃO 
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjunções, advérbios e preposições responsáveis pela liga-
ção entre si dos fatos denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependência de sentido das frases no 
processo de sequencialização textual. As ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência, finalidade, 
etc. 
 
Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente. 
Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo. 
Ingressei na Faculdade depois de ter-me casado. 
 
É possível observar que os articuladores relacionam os argumentos diferentemente. Podemos, inclusive, agrupá-los, confor-
me a relação que estabelecem. 
 
Relações de: 
adição: os conectores articula sequencialmente frases cujos conteúdos se adicionam a favor de uma mesma conclusão: e, 
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também, não só...como também, tanto...como, além de, além disso, ainda, nem. 
 
Na maioria dos casos, as frases somadas não são permutáveis, isto é, a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser 
respeitada. 
 
Ele entrou, dirigiu-se à escrivaninha e sentou-se. 
alternância: os conteúdos alternativos das frases são articulados por conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articula-
dor ou pode expressar inclusão ou exclusão. 
 
Ele não sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade. 
 
oposição: os conectores articulam sequencialmente frases cujos conteúdos se opõem. São articuladores de oposição: mas, 
porém, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, embora, apesar de (que), ainda que, se bem que, mesmo que, etc. 
 
O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula. 
condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas proposições: uma introduzida pelo articulador se ou 
caso e outra por então (consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o antecedente e o consequente, 
isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou possível, o consequente também o será. 
 
Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introdu-
zida pelo articulador se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição seguinte. Em geral, a proposição 
situa-se num tempo futuro. 
 
Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires. 
 
causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma das quais encerra a causa que acarreta a consequên-
cia expressa na outra. Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas: 
 
Passei no vestibular porque estudei muito 
visto que 
já que 
uma vez que 
_________________ _____________________ 
consequência causa 
 
 
Estudei tanto que passei no vestibular. 
Estudei muito por isso passei no vestibular 
_________________ ____________________ 
causa consequência 
 
 
Como estudei passei no vestibular 
Por ter estudado muito passei no vestibular 
___________________ ___________________ 
 causa consequência 
 
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para se atingir determinado fim expresso na outra. Os arti-
culadores principais são: para, afim de, para que. 
 
Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida. 
 
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposições, em que se mostra a conformidade de conteúdo de 
uma delas em relação a algo afirmado na outra. 
 
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. 
segundo 
consoante 
como 
de acordo com a solicitação... 
 
temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, ex-
pressas por meio de duas proposições. 
Quando 
Mal 
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui. 
Assimque 
Depois que 
No momento em que 
Nem bem 
 
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estudava com afinco. 
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 Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada uma das proposições. 
b) um tempo progressivo: 
 À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. 
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. 
 
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portanto, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece 
uma conclusão em relação a algo dito no enunciado anterior: 
 
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Portanto tem condições de se sair bem na prova. 
 
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam a articular frases. Eles podem articular parágrafos, ca-
pítulos. 
 
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como, tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, me-
nos ....(do) que, assim como. 
Ele é tão competente quanto Alberto. 
 
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, porque introduzem uma justificativa ou explicação a algo já 
anteriormente referido. 
 
Não se preocupe que eu voltarei 
 pois 
 porque 
 
As pausas 
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marcadas por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que 
podem assinalar tipos de relações diferentes. 
 
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalidade) 
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) 
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposição) 
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) 
 http://www.seaac.com.br/ 
 
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do discurso. A identificação de expressões correferentes 
é importante em diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões referenciais podem ser usadas para 
introduzir entidades em um discurso ou podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de redução lexi-
cal. 
 
Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes na formação do aluno. Para realizá-las de modo satis-
fatório, é essencial saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do discurso. A linguagem é um ato 
intencional, o indivíduo faz escolhas quando se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas escolhas, de 
modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respeitadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem 
ligações (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso. 
 
Autor e Narrador: Diferenças 
Equipe Aprovação Vest 
Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença enorme entre ambos. 
Autor 
É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermercado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na 
infância e, mais eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal. Paga imposto. 
Narrador 
É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que está sendo narrada. Está claro que é um preposto do 
autor, mas isso não significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Machado de Assis seria um crápula 
como Bentinho ou um bígamo, porque, casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi amante de 
Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus contos e romances. 
O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele, em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história 
que o livro guarda. Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor, todos os seus narradores morre-
riam junto com ele e que, portanto, não disporíamos mais de nenhuma narrativa dele. 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discursivas constituem 
as estruturas e as funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e exortativas), utilizadas como for-
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mas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, 
avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, 
entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos 
 
A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu entender, importante para direcionar o trabalho do profes-
sor de língua na leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste pequeno ensaio é apresentar algumas 
considerações sobre Gênero Textual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por Marcuschi (2002) e 
Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considera-
ções a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia. 
 
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna deve ter 
como meta primordial o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha capacidade de usar um número 
sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação 
humana. 
 
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero Textual Marcus-
chi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo 
para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possa-
mos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferen-
ças específicas. 
 
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o 
autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocu-
ção. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunica-
tiva. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restri-
to a apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornan-
do-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de levantamento de quais tipos 
seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários. 
 
Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se 
trata de tipo de texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, é um tipo 
de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual. 
 
O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em 
dois ou mais tipos.Ele apresenta uma carta pessoal3 como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrição, 
injunção, exposição, narração e argumentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero de heterogenei-
dade tipológica. 
 
Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente são encontrados tipos puros. Realmente é raro um ti-
po puro. Num texto como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é um texto injuntivo, tem-se a presen-
ça de várias tipologias, como a descrição, a injunção e a predição. Travaglia afirma que um texto se define como de um tipo por 
uma questão de dominância, em função do tipo de interlocução que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em 
função do espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto. 
 
Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome 
de intertextualidade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu no texto a configuração de uma estru-
tura intergêneros de natureza altamente híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro. 
 
Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um 
tipo pode ser usado no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis, na opinião do autor, com outro 
dado tipo. Para exemplificar, ele fala de descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração. 
 
Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica: 
• intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro 
• heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos 
Travaglia mostra o seguinte: 
• conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos 
• intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro 
 
Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gêneros não são entidades naturais, mas artefatos cultu-
rais construídos historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma determinada propriedade e ainda conti-
nuar sendo aquele gênero. Para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o autor da carta não 
tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes .Ele diz, ain-
da, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja 
fazendo divulgação de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele produto. 
 
Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de sequência teoricamente 
definida pela natureza linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumenta-
ção, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é 
usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos 
lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22). 
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Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que 
apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição caracte-
rística. 
 
Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, se-
gundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em rela-
ção ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo e/ou no espaço. Pode 
ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou 
não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando o produtor vê o receptor como alguém que não con-
corda com ele. Se o produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Tem-se ain-
da, na opinião de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma forma, é pos-
sível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspecti-
vas apresentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrição, dissertação, 
injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e não argumentativo 
stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo 
comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado 
seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no tipo dissertação. 
 
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais 
são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos 
específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apre-
sentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o 
mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo. 
 
Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual 
a partir dessa “qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu gênero ou tipo, não exerce uma função 
social qualquer? 
 
Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta sua função social. Os exemplos que ele traz são telefo-
nema, sermão, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc. 
 
Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o que, na sua opinião, seria a função social básica co-
mum a cada um: aviso, comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social de dar conhecimento de algo 
a alguém). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado sob a forma 
de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assi-
nado (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de 
compromisso e voto são exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa função de prometer. Mas a função 
de confirmar a promessa de dar o voto a alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de votar que 
pode ter sido feita a um candidato. 
 
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colocarei todos. É bom notar que os exemplos dados por 
ele, mesmo os que não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não apresenta exemplos de gêneros 
que tenham uma função social menos rígida, como o bilhete. 
 
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcusch é a de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracte-
riza por aspectos formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo. Ele exemplifica Espécie dizendo 
que existem duas pertencentes ao tipo narrativo: a história e a não-história. Ainda

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