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Av. Leandro Solto, N°45, Centro, Ipanema/RJ, CEP: 29118-427 CNPJ: 09.456.853/0004-07 Telefone: (21) 3333-9494 PARECER JURÍDICO N°P54p/1°etapa/ UnB Cotas Raciais/05/172021 REQUERENTE: Alan Teixeira da Cunha EMENTA: DIREITOS HUMANOS - DIREITOS NATURAIS - DIREITOS FUNDAMENTAIS – REINTEGRAÇÃO – RACISMO – PRINCÍPIOS DA IGUALDADE – AÇÕES AFIRMATIVAS – COTAS RACIAIS – INCLUSÃO SUMÁRIO: 1. Trata-se de um caso referente a ações afirmativas? 2. O caso trata de um caso de racismo ou preconceito? 3. Existe violação de direitos humanos? Se existir, qual geração podemos afirmar que foi violada? 4. Os pareceristas são a favor da reintegração dos alunos no regime de cotas negado no caso? RESUMO: O requerente solicitou uma consulta tratando-se da indignação sob a decisão tomada pela UnB ( Universidade de Brasília), que lhe foi negado a participação para concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos, no entanto seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato na mesma universidade tenha sido aprovado. Os parecerista são a favor da reintegração dos alunos no regime de cotas raciais. Av. Leandro Solto, N°45, Centro, Ipanema/RJ, CEP: 29118-427 CNPJ: 09.456.853/0004-07 Telefone: (21) 3333-9494 FUNDAMENTAÇÃO: De acordo com os fatos narrativo de Alex a UNB (Universidade de Brasília) fez a utilização do método de avaliação por jurados e os mesmos decidiram que o requerente não se adequa as exigências, no entanto validaram a aprovação de seu irmão gêmeo Alan. Diante do caso, através de cotas raciais são ações afirmativas contra a desigualdade, negatividade de um grupo. A seleção de quem teria direito às cotas na UnB é feitas com base em “critérios mágicos e místicos”, o caso Alex Teixeira da Cunha, ele e o irmão Alan se inscreveram no vestibular em 2007, e, depois de analisadas fotos dos dois, Alan foi aceito na seleção das cotas e Alex não. Depois, a UnB voltou atrás. “A imposição de um modelo de estado racializado, por óbvio, traz consequências perversas para formação da identidade de uma nação. [...] Não existe racismo bom. Não existe racismo politicamente correto. Todo o racismo é perverso e precisa ser evitado”, disse a advogada Roberta Kauffman (g1.globo.com/2012). De acordo com a CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERAL: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014: Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Ações afirmativas se definem como políticas públicas voltadas a concretização dos princípios constitucional da igualdade material a neutralização dos efeitos perversos da discriminação racial, de gênero, de idade, de origem. [...] Essas medidas visam a combater não somente manifestações flagrantes de discriminação, mas a discriminação de fato, que é a absolutamente enraizada na sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem.” (Ministro Joaquim Barbosa/ STF/2012). Av. Leandro Solto, N°45, Centro, Ipanema/RJ, CEP: 29118-427 CNPJ: 09.456.853/0004-07 Telefone: (21) 3333-9494 O ato da UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA) que lhe foi negada a participação do Alex através do sistema de cotas oferecidos pela universidade e aceitação do irmão gêmeo, de acordo com a constituição essa ação difere os princípios da igualdade, dignidade da pessoa humana e isonomia. Sustentação feita com base no princípio da igualdade previsto no art. 5º, "caput", da Constituição Federal, segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. CONCLUSÃO: Diante do exposto, tratando-se das ações cometidas pela UNB, tendo em vista tais argumentos plausíveis, o requerente teve seus princípios violados de acordo com artigo 5º e seus incisos da Constituição Federal. Buscam com esta política afirmativas combater o RACISMO consistente no preconceito e discriminação com base fundada em visões sociais distorcidas de diferenças biológicas. IPANEMA, RJ/17 MAIO DE 2021 Sabrina Medeiro Daniel Tebas Giovanna Rodrigues OAB/RJ 32.439 OAB/RJ 13.874 OAB/RJ 42.634 Jhulia Siqueira Daniel Marcelino OAB/RJ 42.532 OAB/RJ 21.426