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PARECER JURIDCO ALEX 2.1_17_May_2021-033103


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CNPJ: 09.456.853/0004-07 Telefone: (21) 3333-9494 
 
 
 
 
PARECER JURÍDICO N°P54p/1°etapa/ UnB Cotas Raciais/05/172021 
 
REQUERENTE: Alan Teixeira da Cunha 
 
EMENTA: DIREITOS HUMANOS - DIREITOS NATURAIS - DIREITOS 
FUNDAMENTAIS – REINTEGRAÇÃO – RACISMO – PRINCÍPIOS DA 
IGUALDADE – AÇÕES AFIRMATIVAS – COTAS RACIAIS – INCLUSÃO 
 
SUMÁRIO: 
 
1. Trata-se de um caso referente a ações afirmativas? 
2. O caso trata de um caso de racismo ou preconceito? 
 3. Existe violação de direitos humanos? Se existir, qual geração podemos afirmar que foi 
violada? 
 4. Os pareceristas são a favor da reintegração dos alunos no regime de cotas negado no caso? 
 
RESUMO: O requerente solicitou uma consulta tratando-se da indignação sob a decisão 
tomada pela UnB ( Universidade de Brasília), que lhe foi negado a participação para 
concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a 
negros e pardos, no entanto seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato na mesma 
universidade tenha sido aprovado. 
Os parecerista são a favor da reintegração dos alunos no regime de cotas raciais. 
 
 
 
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FUNDAMENTAÇÃO: De acordo com os fatos narrativo de Alex a UNB (Universidade de 
Brasília) fez a utilização do método de avaliação por jurados e os mesmos decidiram que o 
requerente não se adequa as exigências, no entanto validaram a aprovação de seu irmão 
gêmeo Alan. Diante do caso, através de cotas raciais são ações afirmativas contra a 
desigualdade, negatividade de um grupo. 
A seleção de quem teria direito às cotas na UnB é feitas com base em “critérios mágicos e 
místicos”, o caso Alex Teixeira da Cunha, ele e o irmão Alan se inscreveram no vestibular em 
2007, e, depois de analisadas fotos dos dois, Alan foi aceito na seleção das cotas e Alex não. 
Depois, a UnB voltou atrás. 
 
“A imposição de um modelo de estado racializado, por óbvio, traz consequências perversas para 
formação da identidade de uma nação. [...] Não existe racismo bom. Não existe racismo 
politicamente correto. Todo o racismo é perverso e precisa ser evitado”, disse a advogada Roberta 
Kauffman (g1.globo.com/2012). 
 
De acordo com a CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERAL: 
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014: 
 
Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos 
para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração 
pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das 
sociedades de economia mista controladas pela União. 
 
Ações afirmativas se definem como políticas públicas voltadas a concretização dos princípios 
constitucional da igualdade material a neutralização dos efeitos perversos da discriminação racial, 
de gênero, de idade, de origem. [...] Essas medidas visam a combater não somente manifestações 
flagrantes de discriminação, mas a discriminação de fato, que é a absolutamente enraizada na 
sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem.” (Ministro Joaquim Barbosa/ STF/2012). 
 
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O ato da UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA) que lhe foi negada a participação do Alex 
através do sistema de cotas oferecidos pela universidade e aceitação do irmão gêmeo, de 
acordo com a constituição essa ação difere os princípios da igualdade, dignidade da pessoa 
humana e isonomia. Sustentação feita com base no princípio da igualdade previsto no art. 5º, 
"caput", da Constituição Federal, segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza. 
CONCLUSÃO: Diante do exposto, tratando-se das ações cometidas pela UNB, tendo em vista tais 
argumentos plausíveis, o requerente teve seus princípios violados de acordo com artigo 5º e seus 
incisos da Constituição Federal. Buscam com esta política afirmativas combater o RACISMO 
consistente no preconceito e discriminação com base fundada em visões sociais distorcidas de 
diferenças biológicas. 
 
IPANEMA, RJ/17 MAIO DE 2021 
 
 
 
 
Sabrina Medeiro Daniel Tebas Giovanna Rodrigues 
OAB/RJ 32.439 OAB/RJ 13.874 OAB/RJ 42.634 
 
 
 
 Jhulia Siqueira Daniel Marcelino 
 OAB/RJ 42.532 OAB/RJ 21.426